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Atlas de Uroanálise

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Faculdade de Biomedicina 
 
 
 
Milena Lucas Santos Silva 
 
 
 
 
 
ATLAS DE UROANÁLISE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Maio de 2022 
 
 
Milena Lucas Santos Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATLAS DE UROANÁLISE 
 
 
Atlas apresentado ao curso de Biomedicina da 
Pontifícia Universidade Católica de Minas 
Gerais – Campus Praça da Liberdade, 2º 
Período, noite, disciplina: Fluídos 
Corporais/Uroanálise. 
Professor: Allysson Thiago Cramer Soares 
 
 
 
Belo Horizonte 
Maio de 2022 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. CRISTAIS NORMAIS EM URINA ÁCIDA ........................................................... 1 
1.1 Urato amorfo .................................................................................................. 1 
1.2 Ácido úrico ..................................................................................................... 2 
1.3 Urato de sódio ............................................................................................... 3 
1.4 Oxalato de cálcio (urinas ácidas, neutras e raramente em alcalinas).. 4 
 
2. CRISTAIS NORMAIS EM URINA ALCALINA .................................................. 5 
2.1 Fosfato amorfo .............................................................................................. 5 
2.2 Fosfato triplo ................................................................................................. 5 
2.3 Fosfato de cálcio ........................................................................................... 6 
2.4 Carbonato de cálcio...................................................................................... 7 
2.5 Biurato de amônia ......................................................................................... 8 
 
3. CRISTAIS URINÁRIOS ANORMAIS (URINAS ÁCIDAS OU RARAMENTE 
NEUTRAS) ............................................................................................................ 9 
3.1 Cristal de cistina ........................................................................................... 9 
3.2 Tirosina ......................................................................................................... 10 
3.3 Bilirrubina ..................................................................................................... 10 
3.4 Colesterol .................................................................................................... 11 
 
4. CÉLULAS ENCONTRADAS NA URINA .......................................................... 12 
4.1 Hemácias normais e dismórficas ............................................................. 12 
4.2 Leucócitos (piócitos) .................................................................................. 14 
4.3 Células epiteliais escamosas (pavimentosas) ....................................... 14 
4.4 Células epiteliais transicionais ................................................................. 15 
4.5 Células epiteliais tubulares renais ........................................................... 16 
 
5. CILINDROS ......................................................................................................... 17 
5.1 Cilindros hialinos ........................................................................................ 17 
5.2 Cilindros hemáticos.................................................................................... 18 
5.3 Cilindros leucocitários ............................................................................... 19 
5.4 Cilindros de células epiteliais ................................................................... 20 
5.5 Cilindros granulares ................................................................................... 21 
 
 
5.4 Cilindros céreos .......................................................................................... 22 
5.5 Cilindros adiposos ...................................................................................... 22 
 
6. OUTRAS SUBSTÂNCIAS ................................................................................. 23 
6.1 Bactérias....................................................................................................... 23 
6.2 Leveduras ..................................................................................................... 24 
6.3 Fungo (Trichomonas vaginalis) ................................................................ 24 
6.4 Espermatozoides ........................................................................................ 25 
6.5 Muco .............................................................................................................. 26 
6.4 Artefatos ....................................................................................................... 26 
 
7. REFERÊNCIAS................................................................................................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. CRISTAIS NORMAIS EM URINA ÁCIDA 
A principal razão para a identificação de cristais urinários é detectar a presença 
dos tipos de cristais anormais que podem representar alguma alteração no sistema 
urinário ou estar ligada a alguma lesão renal causada por cristalização de compostos 
iatrogênicos dentro dos túbulos ou a erros inatos de metabolismo. 
Os cristais são formados pela precipitação de solutos de urina, incluindo sais 
inorgânicos, compostos orgânicos, e medicamentos (compostos iatrogênicos). A 
precipitação é sujeita a mudanças de temperatura, concentração de soluto, e do pH 
urinário, que afetam a solubilidade. 
Cristais são relatados no exame de urina de forma semi-quantificada (+, ++, 
+++) ou por termos descritivos (raros, poucos, moderados, numerosos). 
 
1.1 URATO AMORFO 
São cristais numerosos na urina fortemente ácida, podendo aparecer como sais 
de urato (sódio, potássio, magnésio e cálcio). Quando visto sob um microscópio, 
cristais amorfos aparecem como coleções de minúsculos grãos sem forma ou feições 
definidoras, tendo a variação de cor de amarelo a preto. Eles aparecem amarelo ou 
amarelo-marrom. 
O surgimento do urato amorfo não causa sintoma, sendo verificado apenas por 
meio de exame de urina de tipo 1. Quando há grande quantidade de urato a amorfo, 
é possível que exista alteração macroscópica, ou seja é possível que seja identificado 
o excesso de urato amorfo na urina por meio da mudança da coloração da urina para 
rosa. 
Não apresentam significado clínico. Pode surgir devido ao pH ácido da urina, 
ou também como consequência do resfriamento da amostra, isso porque temperatura 
mais baixas favorecem a cristalização de alguns dos componentes da urina, havendo 
formação do urato. Por isso, é recomendado que a urina seja analisada até 2 horas 
após a sua coleta e não seja refrigerada para evitar interferência no resultado. 
 
2 
 
Figura 1- Urato amorfo 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
Figura 2- Urato amorfo 
 
Fonte: Biomedicina Padrão 
 
Figura 3- Urato amorfo 
 
Fonte: Biomedicina Padrão
1.2 ÁCIDO ÚRICO 
Os cristais de ácido úrico são um dos cristais mais comumente encontrados na 
urina. Em geral, são provocados por dietas muito ricas em proteínas (isso quer dizer 
que esse tipo de cristal é comumente associado às pessoas que adotam dietas hiper 
proteicas, como fisiculturistas e atletas), que estimulam o aumento do ácido úrico na 
urina, que é derivado da proteína purina. 
O ácido úrico, que pode ser excretado na urina, pode se cristalizar na faixa de 
pH 5,0 – 5,5. Comumente observados na urina mantida em tempo de exposição 
prolongada com ação de bactérias produtoras de amônia. Os cristais de ácido úrico 
na urina são geralmente amarelos ou laranja-acastanhados. Às vezes, podem ser 
encontrados cristais de ácido úrico incolores. 
Os estados patológicos em que se encontram aumentados no sangue são: 
gota, metabolismodas purinas aumentado, pode ocorrer em enfermidade febris 
agudas e nefrites crônicas. É comum também em pacientes que passam por 
quimioterapias. 
Os cristais de ácido úrico podem coalescer com o tempo e causar cálculos de 
ácido úrico. É uma das causas importantes da formação de pedra nos rins. 
 
3 
 
Figura 4 – Cristal de ácido úrico 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
Figura 5 – Cristal de ácido úrico 
 
Fonte: VIEIRA, Luisane 
 
1.3 URATO DE SÓDIO 
Os cristais de urato de sódio se apresentam como formas cristalinas ou 
amorfas. São vistos como agulhas incolores ou de coloração amarelada; prismas 
delgados ou organizados em feixes ou agrupamentos (forma de roseta). 
Tem significado patológico importante como em enfermidades hepáticas em 
fase terminal, como a cirrose, hepatite viral, atrofia amarela aguda do fígado e em 
severas lesões hepáticas provocadas por envenenamento porfósforo, tetracloreto de 
carbono ou clorofórmio. Nas doenças hepáticas, estão normalmente associados a 
cristais de tirosina. 
Figura 6 – Cristais urato de sódio 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
 
 
4 
 
1.4 OXALATO DE CÁLCIO (URINAS ÁCIDAS, NEUTRAS E RARAMENTE EM 
ALCALINAS) 
A presença deste cristal em urina recém-emitida, deve-se suspeitar de 
processo patológico como intoxicação pelo etilenoglicol, diabetes mellitus, doença 
hepática, enfermidade renal crônica grave, pacientes com nefrolitíase. A ingestão de 
grande quantidade de vitamina C pode promover o aparecimento desses cristais na 
urina, pois o ácido oxálico é um derivado da degradação do ácido ascórbico e produz 
a precipitação de íons de cálcio. 
Podem ocorrer como oxalato de cálcio di-hidratado (aparecem como 
bipirâmides incolores de vários tamanhos – forma de envelope) ou mono-hidratado 
(incolores, e podem assumir várias formas, incluindo ovoides, discos bicôncavos, 
varetas e halteres), e são identificados através da análise microscópica da urina 
durante o exame de urina tipo 1, também chamado de EAS. 
Algumas doenças podem deixar uma pessoa mais suscetível à formação de 
cristais de oxalato de cálcio na urina, são elas: hiperparatireoidismo, doenças 
inflamatórias intestinais (como colite ulcerosa ou Doença de Crohn), doença de Dent 
(doença rara e hereditária que afeta os rins), diabetes, bypass gástrico. 
 
Figura 7 – Oxalato de cálcio Fonte: Biomedicina Padrão 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
Figura 8 – Oxalato de cálcio di-hidratado 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame microscópico 
da urina 
Figura 9 – Oxalato de cálcio mono-hidratado 
 
Fonte: Association LEA 
 
5 
 
2. CRISTAIS NORMAIS EM URINAS ALCALINAS 
 
2.1 FOSFATO AMORFO 
São partículas granulares que não tem forma definida e são geralmente visíveis 
indistinguível dos uratos amorfos. O pH da urina e as propriedades de solubilidade 
ajuda a distingui-los. São solúveis em ácido acético; não apresentam significado 
clínico. Em grandes quantidades produz turvação branca na urina. 
Normalmente são cristais presentes na urina de indivíduos saudáveis. 
Raramente poderiam indicar alguma alteração a nível renal caso tenha grande 
quantidade presente na amostra. Podem surgir, como no caso dos oxalatos de cálcio, 
como resultado do processo de refrigeração da amostra de urina e não apresentam 
importância para o diagnóstico. 
 
Figura 10 – Fosfato amorfo 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
Figura 11 – Fosfato amorfo 
 
Fonte: Biomedicina Padrão 
 
2.2 FOSFATO TRIPLO 
Os cristais são descritos como tendo uma aparência de “tampa de caixão”. São 
talvez os mais facilmente identificáveis porque costumam ser constituídos por prismas 
incolores denominados "tampa de caixão". Constituído por fosfato, magnésio e 
amônia. 
6 
 
Esse tipo de cristal em elevadas concentrações pode ser indicativo de cistite e 
hipertrofia da próstata, no caso dos homens. Condições patológicas em que podem 
ser encontrados incluem pielonefrite crônica, cistite crônica, hiperplasia da próstata, e 
quando a urina é retida na bexiga. 
Aparecem também em urinas normais. 
 
Figura 12 – Fosfato triplo 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
Figura 13 – Fosfato triplo 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame microscópico da urina 
 
2.3 FOSFATO DE CÁLCIO 
São longos, finos, prismas incolores e pode ter uma extremidade pontiaguda, 
também podem assumir formas grandes, finas em forma de estrela ou de agulha, e 
podem formar placas irregulares que podem flutuar na superfície da urina. São 
solúveis em ácido acético diluído. 
Em casos raros, os cristais de fosfato de cálcio podem ser causados por 
hipoparatireoidismo. Os sintomas disso incluem formigamento nas mãos e cãibras 
musculares. O tratamento pode incluir beber mais água, obter mais cálcio e tomar 
suplementos de vitamina D. 
 
7 
 
Figura 14 – Fosfato de cálcio 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
Figura 15 – Fosfato de cálcio 
 
Fonte: Biomedicina Padrão 
 
2.4 CARBONATO DE CÁLCIO 
São pequenos, incolores e apresentam forma de haltere ou formas esféricas 
com estrias radiais. São incolores a castanhos-amarelados e podem dar uma 
tonalidade acastanhada à urina, quando ocorrem em números elevados. 
Elas podem ocorrer em aglomerados que se assemelham material amorfo, mas 
eles podem ser distinguidos pela formação de gás, após a adição de ácido acético. 
São birrefringentes. Não tem significado clínico. 
Figura 16 – Carbonato de cálcio 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
8 
 
Figura 17 – Carbonato de cálcio 
 
Fonte: Biomedicina Padrão 
 
2.5 BIURATO DE AMÔNIA 
Também referidas como uratos de amônio, são encontrados na urina alcalina 
e neutra. São amarelo amarronzados apresentando forma de corpos esféricos com 
longas espículas irregulares. 
São solúveis aquecendo a urina ou acrescentando o ácido acético e, se ficar 
em repouso, formam cristais de ácido úrico. A precipitação de solutos depende do pH 
urinário e da solubilidade e concentração do cristaloide. Por vezes os cristais de 
biurato de amónio só aparecem porque a amostra de urina é velha ou foi mal 
conservada. Por isso, a recolha de uma amostra de urina pode ser aconselhada se 
estes cristais aparecerem. 
São patogênicos se aparecem em urina recém-emitida, como ocorre em 
doenças hepáticas. 
 
Figura 18 – Biurato de amônia 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
Figura 19 – Biurato de amônia 
 
Fonte: Biomedicina Padrão 
 
9 
 
3. CRISTAIS URINÁRIOS ANORMAIS (URINAS ÁCIDAS OU 
RARAMENTE NEUTRA 
 
3.1 CRISTAL DE CISTINA 
A cistina é um aminoácido e pode causar cristais de urina e pedras nos rins. As 
pedras nos rins causadas pelo ácido cistina são geralmente maiores que a maioria 
das outras pedras nos rins. É uma condição rara e geralmente genética. 
A condição que faz com que a cistina se ligue e forme os cristais é chamada 
cistinúria. Os cristais, quando encontrados na urina, geralmente têm a forma de 
hexágonos e podem ser incolores, que se assemelham a anéis de benzeno. Porém, 
sua identidade deve ser confirmada por testes químicos ou pelas informações do 
paciente (medicamentos). 
A presença desses cristais tem sempre significado clínico, como na cistinose, 
cistinúria congênita, insuficiente reabsorção renal ou em hepatopatias tóxicas. Os 
sintomas podem incluir sangue na urina, náusea e vômito e dor na virilha ou nas 
costas. 
 
Figura 20 – Cristais de cistina 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
Figura 21 – Cristais de cistina 
 
Fonte: Biomedicina Padrão 
 
 
Figura 22 – Cristal de cistina 
 
Fonte: Livro Analisis de Orina – Graff (1987) 
 
 
10 
 
3.2 TIROSINA 
Os cristais de tirosina são incolores e semelhantes a agulhas, refringentes, 
delgadas, que são organizadas em grupos ou feixes. Eles são frequentemente 
encontrados na urina ácida e podem ser causados por distúrbios metabólicos, como 
doença hepática ou tirosinemia. Os sintomas detirosinemia incluem dificuldade em 
ganhar peso, febre, diarreia, fezes ensanguentadas e vômitos. 
A presença destes cristais está associada a enfermidades hepáticas graves ou 
tirosinose. 
 
Figura 23 – Tirosina 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
Figura 24 – Tirosina 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
3.3 BILIRRUBINA 
A bilirrubina é um produto que ocorre como resultado da degradação dos 
glóbulos vermelhos depois de estes deixarem de funcionar. É formado no fígado após 
um longo mecanismo. 
Os cristais de bilirrubina têm uma aparência granular semelhante a uma agulha 
e geralmente são muito pequenos, sendo exibidos na coloração amarela ou castanho 
avermelhado. Podem ser causador por: cirrose, icterícia, câncer de fígado, 
escarlatina, tifo, envenenamento por fósforo. 
11 
 
Níveis altos de bilirrubina ou cristais de bilirrubina na urina podem indicar 
doença hepática ou função hepática deficiente. Outros sintomas podem incluir 
náusea, dor, vômito, icterícia e febre. 
 
Figura 25 – Cristais de bilirrubina 
 
Fonte: EclinPath 
 
Figura 26 – Cristais de bilirrubina 
 
Fonte: Biomedicina Padrão
 
Figura 27 – Cristais de bilirrubina 
 
Fonte: Livro Analisis de Orina – Graff (1987) 
 
3.4 COLESTEROL 
Os cristais de colesterol geralmente são claros e têm a forma de retângulos 
longos, com um entalhe cortado na esquina. É mais provável que apareçam após uma 
amostra de urina ter sido refrigerada. 
Cristais de colesterol podem ser encontrados na urina neutra e ácida. 
Raramente são vistos a menos que as amostras foram refrigeradas. Os lipídios 
permanecem em forma de gota, no entanto, quando observado, eles têm uma 
aparência mais característica, assemelhando-se uma placa retangular com um 
entalhe em um ou mais cantos e são altamente birrefringentes com luz. 
Condições em que os cristais de colesterol aumentam na urina: urina gelada, 
urina retida, síndrome nefrótica, glomérulo nefrite de membrana, cistite ou pielonefrite. 
Os cristais de colesterol podem anunciar uma patologia renal subjacente. A 
avaliação e o detalhamento são importantes. Eles podem ser causados por doença 
tubular renal, que pode levar a insuficiência renal se não tratada. 
12 
 
O tratamento pode envolver terapia alcalina para ajudar a tratar condições 
metabólicas crônicas, como doença tubular renal. 
 
Figura 28 – Colesterol 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
Figura 29 – Colesterol 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto (2011) 
 
4. CÉLULAS ENCONTRADAS NA URINA 
 
4.1 HEMÁCIAS NORMAIS E DISMÓRFICAS 
As hemácias podem ser percebidas na urina pela cor avermelhada, quando em 
altas quantidades, ou pode ser identificada no exame de urina de rotina (EAS). 
No exame de urina normal, a presença de hemácias é raro. Os valores 
considerados dentro da normalidade são descritos de 3 formas, dependendo do 
laboratório: 
• Menos de 10.000 células/mL ou 
• 3 a 5 hemácias por campo ou 
• Hemácias ausentes / raras hemácias. 
As causas mais comuns de hematúria são a cistite, pedras nos rins, período 
menstrual, pielonefrite, uso de medicamentos e as doenças na próstata. 
As hemácias podem apresentar morfologias diversas, dependendo do 
ambiente da urina. Quando a urina é fresca, as hemácias apresentam aspecto normal, 
pálido ou amarelado, no formato de discos bicôncavos e lisos e apresentam um 
13 
 
diâmetro de cerca de 7 micrômetros e 2 micrômetros de espessura. As hemácias não 
têm núcleo e lateralmente são vistas em formato de ampulheta. Quando a urina está 
diluída ou hipotônica, há a possibilidade de lisar as hemácias, liberando, assim, 
hemoglobina na urina. Estas células lisadas são chamadas de células “fantasmas” e 
correspondem a círculos pálidos e incolores (membranas ocas de hemácias). A lise 
também pode ocorrer em urinas alcalinas. Quando a urina é hipertônica, as células 
podem encolher devido à perda de água e podem parecer crenadas ou irregulares. 
Além disso, na hematúria glomerular podem ser observadas hemácias 
dismórficas, que podem variar em tamanho, possuem saliências celulares ou estão 
fragmentadas. Os principais tipos de hemácias dismórficas são os acantócitos 
(hemácias em formato de anel com protusões em forma de vesícula) e os codócitos 
(hemácias que apresentam o centro mais corado que os arredores). 
A hematúria é definida como um aumento de hemácias na urina. A hematúria 
macroscópica normalmente é relacionada a lesões glomerulares avançadas, também 
sendo relacionada a danos vasculares no trato urinário causados por trauma, 
inflamação aguda, infecção e coagulopatias. É necessária a análise da hematúria 
microscópica para o diagnóstico precoce de doenças glomerulares, carcinoma do trato 
urinário e também para confirmar a presença de cálculos renais. Caso haja glóbulos 
vermelhos na amostra de pacientes do sexo feminino, a contaminação menstrual deve 
ser levada em conta. 
A presença de uma alta quantidade de hemácias dismórficas está associada 
com a hematúria glomerular. 
 
Figura 30 – Hemácias normais 
 
Fonte: JAQUETO, Marcel – Urinálise 
14 
 
 
 
 
Figura 31 – Hemácias dismórficas 
 
Fonte: JAQUETO, Marcel – Urinálise 
 
4.2 LEUCÓCITOS (PIÓCITOS) 
Os leucócitos são células maiores que as hemácias e menores que as células 
epiteliais renais. Normalmente são esféricos e podem ter cor cinza pálida ou amarelo-
esverdeadas, organizando-se isoladamente ou em aglomerados. Quando observados 
na urina, os leucócitos são chamados de piócitos e podem ser identificados por seus 
grânulos e lóbulos nucleares característicos. 
Um aumento de leucócitos na urina está relacionado a um processo 
inflamatório no trato urinário ou nas regiões próximas. Algumas vezes, a piúria é 
observada em condições não infecciosas, como glomerulonefrite aguda, nefrite lúpica, 
acidose tubular renal, desidratação, febre, estresse e na irritação não infecciosa de 
ureter, uretra ou bexiga. Quando há uma grande quantidade de leucócitos na urina, 
principalmente quando estão aglomerados, aponta para uma infecção aguda como 
pielonefrite, uretrite e cistite. 
 
Figura 32 - Leucócito 
 
Fonte: Atlas virtual de uroanálise do LACES 
 
Figura 33 - Leucócito 
 
Fonte: JAQUETO, Marcel – Urinálise 
4.3 CÉLULAS EPITELIAIS ESCAMOSAS (PAVIMENTOSAS) 
Cobrem a vagina, a uretra e o trígono vesical. São as maiores células 
encontradas no sedimento urinário; contém um citoplasma abundante e irregular, e 
um núcleo proeminente com tamanho semelhante ao do GV. 
15 
 
Representam a descamação celular normal e não tem nenhum significado 
patológico. O aumento da quantidade é, mais frequentemente, observado na urina de 
pacientes do sexo feminino. 
São relatadas como raras, poucas, moderadas e muitas. 
 
Figura 34 - Células epiteliais escamosas 
coradas 
 
Fonte: Kasvi 
 
Figura 35 - Células epiteliais escamosas 
 
Fonte: CRAM
 
 
4.4 CÉLULAS EPITELIAIS TRANSICIONAIS 
Cobrem a pelve renal, ureter e bexiga. São menores que as células epiteliais 
escamosas e aparecem em várias formas, inclusive esféricas, poliédricas e caudadas. 
Essas diferenças são causadas pela capacidade das células epiteliais de transição 
para absorver grande quantidade de água. As células em contato direto com a urina 
absorvem água, assumindo forma esférica e muito maior que a das células poliédricas 
e caudadas. Todas as formas tem núcleos distintos, centralmente localizados. 
Sua presença, em grande número, pode indicar inflamação da via urinária 
descendente, se associada a leucocitúria. É difícil sua separação do epitélio renal. 
São relatadas como raras, poucas, algumas ou muitas. 
 
Figura 36 – Células epiteliais de transição esféricas (azul) – bexiga – e leucócitos (verde) 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame microscópico da urina 
 
16 
 
Figura 37 – Células epiteliais transicionais 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame microscópico da urina 
 
Figura 38 – Células epiteliaistransicionais caudadas 
 
Fonte: Livro Urinálise e Fluídos corporais – 5ª ed. 
 
4.5 CÉLULAS EPITELIAIS TUBULARES RENAIS 
As células epiteliais tubulares renais (ETR) variam em tamanho e forma, 
dependendo da área dos túbulos renais da qual são originárias. As células do túbulo 
contorcido proximal (TCP) são maiores que outras células ETR. Elas tendem a ter um 
formato retangular e são referidas como colunares ou células convolutas. O 
citoplasma é grosseiramente granular e as células ETR, às vezes, se assemelham a 
cilindros. Devem ser cuidadosamente examinadas para a presença de um núcleo, 
uma vez que o núcleo não está presente em um cilindro. 
Células do túbulo contorcido distal (TCD) são menores que as do TCP e são 
redondas ou ovais. Células ETR do ducto coletor são cuboides e nunca são redondas, 
 As células ETR são clinicamente as mais significativas das células epiteliais. A 
presença de um número aumentado é indicativo de necrose dos túbulos renais, com 
a possibilidade de afetar a função renal global. Condições que produzem necrose 
tubular incluem exposição a metais pesados, toxicidade induzida por drogas, 
infecções virais, pielonefrite, rejeição aguda de transplante alogênico. As células ETR 
podem, também, serem vistas como efeito secundário de doenças glomerulares. 
 
17 
 
Figura 39 – Células ETR ovais do TCD 
 
Fonte: Livro Urinálise e Fluídos corporais – 5ª 
ed. 
 
Figura 40 – Células ETR cuboidais do túbulo 
coleor 
 
Fonte: Livro Urinálise e Fluídos corporais – 5ª 
ed. 
5. CILINDROS 
Os cilindros são estruturas formadas exclusivamente nos rins que não são 
frequentemente identificadas na urina de pessoas saudáveis. Dessa forma, quando 
são observados cilindros no exame de urina, pode ser indicativo de que há qualquer 
alteração nos rins, seja infecção, inflamação ou destruição das estruturas renais, por 
exemplo. 
A presença de cilindros é verificada através do exame de urina, o EAS ou 
exame de urina tipo I, em que através de análises microscópicas é possível observar 
os cilindros. Normalmente, quando é verificada a presença de cilindros, outros 
aspectos do exame também encontram-se alterados, como leucócitos, número de 
células epiteliais e hemácias, por exemplo. 
 
5.1 CILINDROS HIALINOS 
Esse tipo de cilindro é o mais comum e é formado basicamente pela proteína 
Tamm-Horsfall. 
A morfologia do cilindro hialino é variada, consistindo de lados paralelos e 
extremidades arredondadas, formas cilindroides e enrugadas ou convolutas, que 
indicam envelhecimento da matriz do cilindro. 
Os cilindros hialinos são incolores nos sedimentos não-corados, homogêneos 
e costumam apresentar extremidades arredondadas. Têm um índice de refringência 
semelhante ao da urina; portanto, podem facilmente passar despercebidos se as 
amostras não forem examinadas com pouca luminosidade. 
A presença de cilindros hialinos em pequena quantidade na urina é normal (até 
2 cilindros), principalmente após exercícios físicos, desidratação, calor e estresse. 
Porém pode aparecer de forma patológica quando o indivíduo apresentar 
18 
 
glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica e insuficiência cardíaca 
congestiva. 
Figura 41 – Cilindros hialinos 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
5.2 CILINDROS HEMÁTICOS 
São cilindros hialinos que contém aglomerados de hemácias ou hemoglobina 
ao seu redor e em seu interior. Podem conter células claramente identificáveis ou 
fortemente agrupadas, ligadas à matriz protéica. 
São mais frágeis que outros cilindros e podem ser apenas fragmentos ou ter 
forma irregular, uma vez que podem ter várias células agrupadas no seu interior sem 
ser uma matriz visível, também pode ter poucas hemácias em uma matriz proteica. O 
cilindro é designado hemático quando as hemácias ainda estão intactas e com os 
contornos visíveis. 
Quando o cilindro hemático envelhece, ocorre lise celular e o cilindro começa a 
assumir aparência mais homogênea, mas mantém a cor laranja-avermelhada 
característica da hemoglobina liberada. Na presença de hemoglobinúria ou 
mioglobinúria maciças, podem ser observados na cor laranja-vermelho ou vermelho-
acastanhado homogêneos. Os cilindros granulosos de cor marrom-escuro, que 
representam produtos de degradação da hemoglobina, também podem estar 
presentes; estão associados á necrose tubular aguda causada, muitas vezes, pelos 
efeitos tóxicos da hemoglobinúria maciça que podem levar à insuficiência renal. 
Em muitos casos está associado a glomerulonefrite, lesões glomerulares, 
tubulares e capilares renais, sendo formados devido ao sangramento no interior dos 
néfrons. Por isso são muito importantes para definir se a lesão é glomerular, ureteral, 
da bexiga, da próstata ou da uretra. Podem estar presentes na trombose de veia renal, 
infarto renal, na insuficiência cardíaca congestiva direta, periarterite nodosa e 
pielonefrite grave. Os cilindros hemáticos também podem aparecer no exame de urina 
de pessoas saudáveis após prática de esportes de contato. 
19 
 
Por causa das graves implicações diagnósticas do cilindro hemático, a 
presença efetiva de glóbulos vermelhos (GVs) também deve ser verificada para evitar 
o relato impreciso de cilindro hemático inexistente. É altamente improvável que 
cilindros hemáticos estejam presentes na ausência de GVs livres e de uma reação na 
tira reagente positiva para sangue. 
 
Figura 42 – Cilindros hemáticos 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
 
Figura 43 – Cilindro hemático corado pelo uri-
cell. 
 
Fonte: BIASOLI, Wander Mendes – Atlas do 
sedimento urinário (1980) 
 
Figura 44 – Cilindro hemático contendo dois 
piócitos. 
 
Fonte: BIASOLI, Wander Mendes – Atlas do 
sedimento urinário (1980) 
 
5.3 CILINDROS LEUCOCITÁRIOS 
São cilindros hialinos que contém leucócitos ao seu redor e em seu interior. Os 
cilindros leucocitários são refringentes, têm grânulos e, a menos que sua 
desintegração tenha começado, serão visíveis os núcleos multilobulados. 
São indicativos de infecção ou inflamação no interior do néfron tais como: 
pielonefrite e glomerulonefrite. Geralmente ocorre concomitante com leucocitúria e 
mostra a necessidade de se realizar uma cultura de urina. 
Apesar do cilindro leucocitário ser indicativo de pielonefrite, a presença dessa 
estrutura não deve ser considerado critério único de diagnóstico, sendo importante 
avaliar outros parâmetros do exame. 
 
20 
 
Figura 45 – Cilindro leucocitário. 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
Figura 46 – Cilindro leucocitário. 
 
Fonte: Kasvi (2019) 
 
5.4 CILINDROS DE CÉLULAS EPITELIAIS 
As fibrilas da proteína de Tamm-Horsfall prendem-se às células tubulares; se 
assim não fosse, passariam para a urina antes da formação do cilindro. Podem estar 
presentes na trombose de veia renal, infarto renal, na insuficiência cardíaca 
congestiva direta, periarterite nodosa e pielonefrite grave. 
A presença de cilindros de células epiteliais na urina é normalmente indicativo 
de destruição avançada do túbulo renal, mas também pode estar associado à 
toxicidade induzida por medicamentos, exposição à metais pesados e infecções virais. 
Eles podem ser distinguidos dos cilindros leucocitários pela existência de 
núcleo redondo. 
Figura 47 – Cilindro de células epiteliais tubular renal 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame microscópico da urina 
 
21 
 
Figura 48 – Cilindro de células epiteliais tubular renal 
 
Fonte: VICENTT, Jonathan – Thread reader (2020)
5.5 CILINDROS GRANULARES 
Estes cilindros são oriundos da desintegração de cilindros celulares que 
permanecem nos túbulos devido à estase urinária, ou podendo ser resultantes de 
restos de leucócitos e bactérias. Normalmente aparecem 1 ou 2 por campo e são finos 
e grosseiros. 
Possuem como significado clínico: glomerulonefrite, pielonefrite, estresse e 
exercícios intensos. 
 
Figura 49 –Cilindro granular 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
 
 
Figura 50 – Cilindro granular 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011)
Figura 51 – Cilindro granular 
 
Fonte: Atlas virtual de uroanálise do LACES 
 
 
22 
 
5.6 CILINDROS CÉREOS 
Os cilindros céreos são curtos e largos, apresentando um alto índice de 
refração. Possuem estrutura rígida² com aparência lisa e bordas serrilhadas. Podem 
aparecer nas cores amarela, cinza ou incolor; possui como característica uma 
"dobradinha" na cauda. 
A presença desses cilindros representa um estágio avançado da evolução 
natural dos cilindros hialinos patológicos, sendo indicativo de lesão tubular crônica; 
representam a destruição final dos grânulos que aderem à matriz do cilindro. 
 
Figura 52 – Cilindros céreos 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
 
 
Figura 53 – Cilindros céreos 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
5.7 CILINDROS ADIPOSOS 
São produzidos pela decomposição de cilindros de células epiteliais que 
contém corpos adiposos ovais. Essas células absorvem lipídeos que entram no túbulo 
através dos glomérulos. Esses cilindros podem ser identificados com precisão através 
da coloração pelo Sudan IV, que os cora em vermelho. São ligeiramente refringentes 
e contêm gotículas gordurosas de cor marrom-amarelada. 
Esse tipo de cilindro são vistos quando ocorre degeneração adiposa do epitélio 
tubular, como na doença tubular degenerativa. Também podem ser observados na 
síndrome nefrótica, glomeruloesclerose diabética, lúpus, nefrose, envenenamento 
renal tóxico, glomerulonefrite crônica e síndrome de Kimmelstiel-Wilson. 
 
 
23 
 
Figura 54 – Cilindro adiposo 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame 
microscópico da urina 
Figura 55 – Cilindro adiposo 
 
Fonte: VICENTT, Jonathan – Thread reader 
(2020) 
 
6. OUTRAS SUBSTÂNCIAS 
 
6.1 BACTÉRIAS 
Em regra, as bactérias não estão presentes na urina. No entanto, se as 
amostras não forem colhidas em condições estéreis, pode ocorrer contaminação 
bacteriana sem significado clínico. As amostras que ficam à temperatura ambiente por 
muito tempo também podem conter quantidades detectáveis de bactérias, que 
representam apenas a multiplicação dos organismos contaminantes, mas não tem 
nenhum significado clínico. 
As bactérias podem estar presentes na forma de cocos (esféricas) ou bacilos 
(barras). São relatadas como raras, poucas, algumas ou muitas, por campo de grande 
aumento. 
Para serem consideradas significativas para a ITU, as bactérias devem ser 
acompanhadas por glóbulos brancos. 
O número de bactérias pode aumentar para moderado ou abundante. Esse 
aumento é chamado bacteriúria. Se houver bacteriúria sem leucocitúria, elas 
geralmente são devidas a amostras de urina mal coletadas, ou seja, sem a higiene 
adequada dos órgãos genitais. Diz-se que a amostra está contaminada e é quase 
sempre acompanhada por um grande número de células epiteliais. No entanto, 
amostras que contém número aumentado de bactérias e leucócitos são, 
rotineiramente, acompanhadas com uma amostra para cultura quantitativa. 
Enterobacteriaceae (bacilos gram-negativos), Staphylococcus e Enterococcus 
são bactérias associadas à infecção do trato urinário. 
24 
 
Figura 56 – Bactérias 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame 
microscópico da urina 
Figura 57 – Bactérias 
 
Fonte: Renal fellow network (2020) 
 
6.2 LEVEDURAS 
As células de leveduras são incolores, lisas e costumam ser de formato ovoide, 
com paredes duplamente refringentes. As leveduras podem variar de tamanho e 
frequentemente têm brotamentos e/ou micélios. 
As leveduras podem ser encontradas quando há infecções no trato urinário, 
normalmente em pacientes com diabetes mellitus. Também podem estar presentes 
devido a contaminação de origem cutânea ou vaginal. 
As leveduras, geralmente Candida albicans, podem ser observadas na urina de 
pacientes com diabetes melito e de mulheres com candidíase vaginal. São facilmente 
confundidas com hemácias e por isso deve-se observar atentamente se há 
brotamentos. 
Figura 58 – Levedura Cândida sp. 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame 
microscópico da urina 
 
Figura 59 – Leveduras e um leucócito 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame 
microscópico da urina 
6.3 FUNGO (Trichomonas vaginalis) 
Os fungos aparecem na urina como estruturas pequenas, ovais, refringentes 
que podem ou não ter gemulação. Em infecções graves, podem aparecer como 
formas micelianas ramificadas. São semelhantes às leveduras (tópico 6.2). Uma 
infecção de fungos pode ser acompanhada pela presença de hemácias. 
25 
 
O parasita encontrado com mais frequência na urina é o Trichomonas vaginalis, 
devido à contaminação por secreções vaginais. Esse organismo é flagelado, sendo 
facilmente identificado por seu movimento rápido no campo microscópico. Contudo, 
quando não se move, o Trichomonas pode parecer um leucócito. 
O achado na urina geralmente indica contaminação por secreções genitais, 
sendo uma frequente causa de vaginites e uretrites. Alguns outros parasitas também 
podem ser encontrados, normalmente resultado de uma contaminação fecal. 
 
Figura 60 – Trichomonas vaginalis – 
preservação da estrutura celular e motilidade. 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame 
microscópico da urina 
 
Figura 61 – Trichomonas vaginalis com 
eritrócito fagocitado. 
 
Fonte: Kasvi 
 
 
6.4 ESPERMATOZOIDES 
Os espermatozoides são facilmente identificados no sedimento urinário pelo 
seu formato oval, cabeça ligeiramente cônica e cauda longa, que se assemelha a um 
flagelo. A urina é tóxica para os espermatozoides e, portanto, raramente, apresentam 
a mobilidade observada durante o exame de uma amostra de sêmen. 
Os espermatozoides costumam ser encontradas na urina de pessoas do sexo 
masculino após a masturbação ou ejaculação noturna, e são encontrados na urina de 
pessoas do sexo feminino após relação sexual. 
Raramente apresentam importância clínica, exceto nos casos de infertilidade 
masculina ou ejaculação retrógrada, na qual o espermatozoide é expulso para a 
bexiga em vez de ser expulso para a uretra 
 
26 
 
Figura 62 – Espermatozoides e piócitos em 
menor quantidade. 
 
Fonte: BIASOLI, Wander Mendes – Atlas do 
sedimento urinário (1980) 
 
Figura 63 – Espermatozoide 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame 
microscópico da urina
 
6.5 MUCO 
O muco é um material proteico produzido por glândulas e células epiteliais do 
trato geniturinário inferior e pelas células ETR. Análises imunológicas demonstrou que 
um dos principais componentes do muco é a proteína de Tamm-Horsfall. 
Microscopicamente, é visto como estruturas filamentosas irregulares, finas e 
onduladas, com baixo índice de refração, o que exige observação em luz de baixa 
intensidade. 
O muco está presente com maior frequência na amostra de urina de pessoas 
do sexo feminino. Não tem nenhum significado clínico quando presente na urina, seja 
de homens ou mulheres. 
 
Figura 64 – Filamentos de muco 
 
Fonte: Kayser, Melissa – Exame microscópico 
da urina 
Figura 65 – Filamentos de muco 
 
Fonte: Atlas virtual de uroanálise do LACES 
 
6.6 ARTEFATOS 
Caracterizam-se por uma pluralidade de objetos estranhos que podem 
aparecer na amostra de urina. 
Alguns dos tipos mais comuns de artefatos são os cristais de amido (redondos 
ou ovais de tamanho variável, costumam aparecer devido ao uso de talco); fibras de 
27 
 
tecido (oriundas de roupas, fraldas, papel higiênico); gotículas de óleo (contaminação 
por lubrificantes); material fecal; fragmentos de vidro; grânulos de pólen. 
Podem ser encontrados contaminantes de todos os tipos na urina, 
principalmente nas amostras colhidas em condições impróprias ou em recipientes 
sujos. O que mais confunde os estudantes são as gotículas de óleo e os grânulos de 
amido (pó de talco), por se parecerem com hemácias. 
 
Figura 66 – Grânulos de amidoFonte: Kayser, Melissa – Exame microscópico 
da urina 
Figura 67 – Partículas de talco 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
 
 
Figura 68 – Fibras 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de Urinálise (2011) 
 
 
Figura 69 – Fragmentos de vidro 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
 
Figura 70 – Contaminação fecal 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
 
28 
 
Figura 71 – Gotículas de gordura 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
 
Figura 72 – Contaminação fecal 
 
Fonte: GAMA, Ádamo Porto – Atlas de 
Urinálise (2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
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WATSON, Stephanie. What you need to know about calcium oxalate crystals. 
Visualizado em: 12-05-2022. Disponível em: 
https://www.healthline.com/health/calcium-oxalate-crystals 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.tuasaude.com/cilindros-na-urina/#:~:text=Os%20principais%20tipos%20de%20cilindro%20na%20urina%20e,associado%20%C3%A0%20pielonefrite%20e%20...%20Mais%20itens...%20
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https://saudeteu.info/o-que-e-cristal-na-urina-crystaluria-causas-sintomas-tratamento-valor/?msclkid=e4e651a4d15e11ec98d3ebd24004313f#_Cristais_de_acido_urico
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https://laces.icb.ufg.br/p/20662-atlas-virtual-de-uroanalise
https://agora.resposta.net/cristais-de-urina-tipos-causas-e-muito-mais/?msclkid=e4e5ebb2d15e11ecaa09a2cea93f0f01
https://agora.resposta.net/cristais-de-urina-tipos-causas-e-muito-mais/?msclkid=e4e5ebb2d15e11ecaa09a2cea93f0f01
https://drlucianoteixeira.com.br/cristais-na-urina/?msclkid=fb3533c5d14a11ec8e969e4a7592a0ee
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https://www.plugbr.net/cristais-de-urato-e-fosfato-amorfo-no-resultado-do-exame-de-urina-qual-importancia-da-alteracao/
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https://threadreaderapp.com/thread/1266389063428382725.html
https://www.healthline.com/health/calcium-oxalate-crystals

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