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Ação usucapião

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AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA COMARCA DE GOIÂNIA DO ESTADO DE GOIÁS
DAMIÃO CELESTINO, brasileiro, casado, agricultor, regularmente inscrito no CPF sob nº XXXXXXXXXX e RG sob nº XXXXXX, residente e domiciliado na BR 125, perímetro 7, Zona Rural no Município de São Paulo Afonso, Minas Gerais, endereço eletrônico: XXXX@XXX.com, vem por seu intermédio de seu advogado devidamente constituído, pelo instrumento de mandato anexo, vem perante Vossa Excelência propor AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL com fulcro no artigo 191 da Constituição Federal e artigo 1.239 do Código Civil, em desfavor de FRANCISCO CONCEIÇÃO DA COSTA, casado, aposentado, CPF: 123.456.789-10, RG: 1234568, residente e domiciliado em lugar incerto e não sabido, pelos fatos e fundamentos a seguir narrados.
GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Conforme o artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, no caso em epígrafe, o requerente não tem condições financeiras de custear a tramitação judicial, necessitando da gratuidade da justiça, conforme documentos anexos às fls. XX.
DOS FATOS
A localização do imóvel usucapindo fica na BR 125, perímetro 7, Zona Rural no Município de São Paulo Afonso, Minas Gerais, com área de 50 (cinquenta) hectares, de propriedade de FRANCISCO CONCEIÇÃO DA COSTA.
O requerente não tem nenhum outro imóvel urbano ou rural, a título de prova anexo nos autos uma certidão negativa emitido pelo cartório de registro de imóveis da cidade de São Paulo Afonso, Minas Gerais.
O Requerente possui mansa e pacificamente o imóvel por mais de 6 anos, sem que houvesse interrupção, nem oposição.
Contudo o requerente não possui título de domínio do mesmo, e quer através da presente ação de usucapião, respeitando-se os termos do artigo 1.238 do Código Civil pátrio.
Com o passar dos anos, DAMIÃO CELESTINO que não possuía nenhum outro imóvel, construí uma casa no terreno e passaram a tirar da terra o sustento da família, tanto para o sustento próprio, tendo em vista que é a única maneira que sobrevinha o custeio de suas despesas. Nunca tendo aparecido qualquer pessoa para reclamar a propriedade do referido imóvel. Até mesmo os carnês de IPTU, deixados na propriedade pela prefeitura, foram pagos pelo casal, desde o início da posse, bem como conta de luz, de água, de despesas pessoais como roupas e despesas necessários como mantimentos.
O requerente não sabe exatamente quem é o proprietário, somente que este até então nunca esteve ali, e só o conhece pelo nome devido ter ido no cartório de registro de imóvel da cidade de São Paulo Afonso-MG, e requerido a Certidão de Matrícula Atualizada do imóvel, anexo.
O requerente cumpre a função social do imóvel, planta feijão, milho e hortaliças, e também tem criação de porcos e galinhas com os quais sobrevive e vende.
Tendo em vista o motivo pelo qual levou o Requerente a solicitar um auxílio da advogada que subscreve, pois já demonstrado é notória sua boa-fé no caso em questão, vez que gostaria de sanar possíveis transtornos que podem ocasionar no decorrer dos anos.
DO DIREITO
O Autor satisfaz os requisitos do artigo 1242 do Código Civil, de Usucapião Ordinário. Pois possui de forma continua e incontestada o imóvel, pois nele foi construído residência familiar, o que caracteriza que exercem a posse de forma pacifica e continua, bem como os comprovantes de pagamentos dos IPTUs comprobatórios no justo período de nove anos.
É cabível mencionar que a Posse qualificada ad usucapionem para que seja configurada a usucapião, é necessário que o possuidor esteja na propriedade com a intenção de ser o dono dela, e pelo tempo fixado em lei para cada espécie de usucapião, o que costuma ser chamada de animus domini (ânimo/intenção de proprietário/dono). Além disso, essa posse deve ser mansa e pacífica, ou seja, sem que o proprietário tenha manifestado interesse em reaver a posse do bem. Por fim, essa posse, necessariamente, terá de ser contínua, sem interrupção, não sendo admitida em intervalos para a configuração desse requisito. Após essa breve descrição é notória que a situação do Requerente se enquadra de forma legal.
Portanto, apresenta boa-fé, pois crê que a coisa lhe pertença, caracterizado o animus domini (ânimo do proprietário), tendo em vista as benfeitorias que fizeram no imóvel, a construção da casa no referido imóvel, demonstra clareza de direito, bem como o pagamento em dia de faturas de água, luz e tributos, o que comprova o comprometimento com este, em virtude do direito real adquirido, conforme artigo 201 do Código Civil.
Tendo em vista na Boa-Fé do requerente, que por sua vez é um dos requisitos da usucapião ordinária, previsto no art. 1.201, do CC/02, que preconiza ser:
“de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa” (BRASIL, 2002, [s.p.]). Trata-se de requisito deveras simples, a ser interpretado do seguinte modo: se o possuidor ignora as situações que o impediriam de adquirir a coisa e simplesmente foi possuidor para residir, sem buscar fraudar a lei, teremos o possuidor de boa-fé.
Já a usucapião rural, também chamada de usucapião pró-labore, está prevista nos arts. 191, caput, da CF/88, e art. 1.239, do CC/02, que assim dispõe, apresentando-nos os requisitos:
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Portanto, mais uma vez é notória que o Requerente tem por direito e totalmente aparado em lei que o bem é de fato seu configurando assim a posse total do bem.
DO PEDIDO
Diante do Exposto requer:
a) Requer, que seja determinada por Vossa Excelência a realização de diligências nos sistemas oficiais, com base no artigo 319, § 1º do Código de Processo Civil, para a citação de FRANCISCO CONCEIÇÃO DA COSTA bem como dos confinantes e, por edital, dos eventuais interessados, sendo observado o prazo do artigo 232, inciso IV do Código de Processo Civil.
b) Seja intimada, as autoridades competentes da fazenda pública da União, Estado, e Município, para que se manifestem.
c) Seja intimado o Ministério Público, para que intervenha nos autos do processo.
d) A procedência da presente ação, com a finalidade de ser declarada na sentença, o domínio do requerente sobre a área do imóvel, condenando-se a parte que contestar ao pagamento dos honorários advocatícios, custas e despesas processuais.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ XXXXX (valor por extenso).
Nestes termos pede e espera deferimento.
Goiânia, XX de XXXX de XXXX.
Nome do Advogado
OAB/XX 000.000

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