Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO I Cap. 8 do livro “Psicologias” Estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social, desde o nascimento até fase adulta. ➢ CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO O crescimento está relacionado ao aspecto físico, ao aumento do corpo da criança. Está relacionado ao crescimento orgânico. É caracterizado por transformações progressivas de cunho quantitativas. O desenvolvimento é um processo que envolve a aquisição de novas funções, tais como as intelectuais, sociais e motoras. Refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. É caracterizado simultaneamente por transformações quantitativas e qualitativas. É uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais. ➢ ESTRUTURAS MENTAIS Formas de organização da atividade mental que vai se aperfeiçoando e solidificando até o momento em que todas elas, estando plenamente desenvolvidas, caracterizarão um estado de equilíbrio superior quando aos aspectos da inteligência, vida afetiva e relações sociais. Algumas dessas estruturas mentais permanecem ao longo de toda a vida. Por exemplo, a motivação está sempre presente como desencadeadora da ação, seja por necessidades fisiológicas, seja por necessidades afetivas ou intelectuais. Essas estruturas mentais que permanecem garantem a continuidade do desenvolvimento. Outras estruturas são substituídas a cada nova fase do indivíduo. Por exemplo, a moral da obediência da criança pequena é substituída pela autonomia moral do adolescente ou, outro exemplo, a noção de que o objeto existe só́ quando a criança o vê̂ (antes dos 2 anos) é substituída, posteriormente, pela capacidade de atribuir ao objeto sua conservação, mesmo quando ele não está presente no seu campo visual. Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos. Todos esses aspectos têm importância para a Educação. Planejar o que e como ensinar implica saber quem é o educado. Por exemplo, a linguagem que usamos com uma criança de 4 anos não é a mesma que usamos com um jovem de 14 anos. Estudar o indivíduo significa descobrir que ele é determinado pela interação contínua de vários fatores. ➢ FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO - HEREDITARIEDADE: a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver. Existem pesquisas que comprovam os aspectos genéticos da inteligência. No entanto, a inteligência pode desenvolver-se além do seu potencial, dependendo das condições do meio que encontra. - CRESCIMENTO ORGÂNICO: refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a estabilização do esqueleto permitem ao indivíduo comportamentos e um domínio do mundo que antes não existiam. - MATURAÇÃO NEUROFISIOLÓGICA: é o que torna possível determinado padrão de comportamento. A alfabetização das crianças, por exemplo, depende dessa maturação. Para segurar o lápis e manejá-lo é necessário um desenvolvimento neurológico que a criança de 2, 3 anos não tem. Observe como ela segura o lápis. - MEIO: o conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões de comportamento do indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for muito intensa, uma criança de 3 anos pode ter um repertório verbal muito maior do que a média das crianças de sua idade, mas, ao mesmo tempo, pode não subir e descer com facilidade uma escada, porque esta situação pode não ter feito parte de sua experiência de vida. ➢ ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO - ASPECTO FÍSICO-MOTOR: refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo. Exemplo: a criança leva a Chupeta à boca ou consegue tomar a mamadeira sozinha, por volta dos 7 meses, porque já coordena os movimentos das mãos. - ASPECTO INTELECTUAL: é a capacidade de pensamento, raciocínio. Por exemplo, a criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está embaixo de um móvel ou o jovem que planeja seus gastos a partir de sua mesada ou salário. - ASPECTO AFETIVO-EMOCIONAL: é o modo particular do indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. - ASPECTO SOCIAL: é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças, no parque, é possível observar algumas que espontaneamente buscam outras para brincar, e algumas que permanecem sozinhas. Todas as teorias do desenvolvimento humano partem do pressuposto de que esses quatro aspectos são indissociáveis, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, ou seja, estudar o desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos. PIAGET Jean Piaget (1896-1980), psicólogo e biólogo suíço, destacou-se no estudo do desenvolvimento humano por sua produção contínua de pesquisas, pelo rigor científico de sua produção teórica e pelas implicações práticas de sua teoria, principalmente no campo da educação. ➢ TEORIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DE JEAN PIAGET Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que o indivíduo consegue fazer de melhor nessas faixas etárias. Todos passam por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, essa divisão em faixas etárias é uma referência, não uma norma rígida. ▪ 1º PERÍODO: sensório-motor (0 a 2 anos) ▪ 2º PERÍODO: pré-operatório (2 a 7 anos) ▪ 3º PERÍODO: operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) ▪ 4º PERÍODO: operações formais (11 ou 12 anos em diante) ➢ PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR (0 A 2 ANOS) No recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexo de fundo hereditário, como a sucção. Esses reflexos melhoram com o treino. No final desse período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto. Neste caso, ela utiliza a inteligência prática ou sensório-motora, que envolve as percepções e os movimentos. Nesse período, fica evidente que o desenvolvimento físico acelerado é o suporte para o aparecimento de novas habilidades. Isto é, o desenvolvimento ósseo, muscular e neurológico permite a emergência de novos comportamentos, como sentar-se e andar, o que propiciará um domínio maior do ambiente. Ao longo desse período, ocorrerá uma diferenciação progressiva entre o eu da criança e o mundo exterior. A criança passa a percebe- se como um elemento entre outros no mundo. Isso permite que a criança admita que um objeto continue a existir mesmo que ele não esteja no seu campo visual. A criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e pessoas de seu mundo para uma atitude ativa e participativa. ➢ PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO (A 1ª INFÂNCIA, 2 A 7 ANOS) Nesse período, o mais importante é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança. A interação e a comunicação entre os indivíduos são, sem dúvida, as consequências mais evidentes da linguagem. Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. No início do período, o pensamento exclui toda objetividade, a criança transforma o real em função dos seus desejos e fantasias (jogo simbólico); posteriormente, utiliza-o como referencial para explicar o mundo real, a sua própria atividade, seu eu e suas leis morais; no final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo(é a fase dos famosos “porquês”). É um pensamento mais adaptado ao outro e ao real. No aspecto afetivo, surgem os sentimentos interindividuais, sendo um dos mais relevantes o respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela, como pais e professores. É um misto de amor e temor. Seus sentimentos morais refletem essa relação com os adultos significativos – a moral da obediência -, em que o critério de bem e mal é a vontade dos adultos. ➢ PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS (A INFÂNCIA PROPRIAMENTE DITA – 7 A 11 OU 12 ANOS) O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo intelectual e social, é superado neste período pelo início da construção lógica – capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. No plano afetivo, a criança será capaz de cooperar com os outros, de trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, de ter autonomia pessoal. No plano intelectual, surge uma nova capacidade mental: as operações. A criança consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um fim (objetivo) e revertê-la para o seu início. No nível do pensamento, a criança consegue: - Estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim; - Sequenciar ideias ou eventos; - Trabalhar com ideias sob dois pontos de vista, simultaneamente; - Formar o conceito de número. A criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais. ➢ PERÍODO DAS OPERAÇÕES FORMAIS (A ADOLESCÊNCIA – 11 OU 12 ANOS EM DIANTE) Nesse período ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça etc. o adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar; cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais afastada do mundo real, é capaz de tirar conclusões de puras hipóteses. Conforme Piaget, a personalidade começa a se formar no final da infância, entre 8 e 12 anos, com a organização autônoma de regras, dos valores e a afirmação da vontade. VYGOTSKY Lev Semeanovich Vygotsky foi um dos teóricos que buscou uma alternativa dentro do materialismo dialético para conflito entre as concepções idealista e mecanicista na Psicologia. Vygotsky construiu propostas teóricas inovadoras sobre temas como a relação pensamento e linguagem, a natureza do processo de desenvolvimento da criança e o papel da instrução no desenvolvimento. Um pressuposto básico da obra de Vygotsky é que as origens das formas superiores – pensamento, memória, atenção voluntária etc. -, formas que diferenciam o homem dos outros animais, devem ser achadas nas relações sociais que o homem mantém. Mas Vygotsky não via o homem como um ser passivo, consequência dessas relações, mas como um ser ativo, que age sobre o mundo, sempre em relações sociais, e transforma essas ações para que constituam o funcionamento de um plano interno. ➢ O DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM VYGOSTKY O desenvolvimento infantil é visto a partir de três aspectos: instrumental, cultural e histórico. - ASPECTO INSTRUMENTAL: refere-se à natureza basicamente mediadora das funções psicológicas complexas. Não apenas respondemos aos estímulos apresentados no ambiente, mas o alteramos e usamos suas modificações como um instrumento do nosso comportamento. - ASPECTO CULTURAL: envolve os meios socialmente estruturados pelos quais a sociedade organiza os tipos de tarefa e instrumentos que a criança dispõe. Um dos instrumentos básicos criados pela humanidade é a linguagem. Por isso, Vygotsky deu ênfase à linguagem e sua relação com o pensamento. - ASPECTO HISTÓRICO: funde-se com o cultural, pois os instrumentos que o homem usa para dominar seu ambiente e seu próprio comportamento foram criados e modificados ao longo da história social da civilização. Assim, para Vygotsky, a história da sociedade e do desenvolvimento do homem caminham juntos. O desenvolvimento está, portanto, alicerçado sobre o plano das interações. ATIVIDADE EM SALA 1 1) De acordo com o texto 1 (BOCK, TEIXEIRA e FURTADO, 2008, p.128), as interações são fundamentais para o desenvolvimento humano. Comente trecho a seguir, exemplificando a importância das interações para a criança. R: Para Vygotsky as interações o meio são fundamentais para o desenvolvimento humano. Em outras palavras, o desenvolvimento acontece de fora para dentro, a partir do momento em que a criança internaliza suas interações com o ambiente e com outros indivíduos. No início da infância, explorar o ambiente é uma das maneiras mais poderosas que a criança tem à disposição para aprender. 2) Quais semelhanças e diferenças entre as teorias do desenvolvimento de acordo com Piaget e Vygotsky? Explique-as. R: Piaget e Vygotsky eram ambos psicólogos do desenvolvimento que estudaram como a linguagem se desenvolve em crianças. Eles acreditavam que a natureza curiosa das crianças lhes dá a capacidade de desenvolver competências linguísticas desde tenra idade. Ambos consideram a criança como um ser ativo. A teoria de Piaget afirma que todas as crianças se desenvolvem, independente de influências ambientais; que elas podem aprender de forma autônoma, sem a necessidade de interagir; que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo como o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. Piaget privilegia a maturação biológica, os aspectos biológicos, o corpo e as capacidades inatas. Para ele, os fatores internos preponderam os externos. Em contraste, a teoria de Vygotsky diz que a cultura e a socialização desempenham um papel crucial no desenvolvimento da criança. Vygotsky acredita que para poder aprender, as crianças necessitam da interação com outras pessoas. Ele destaca que as crianças amadurecem e se desenvolvem em função do que vão aprendendo, independente de sua idade, e com a ajuda e o apoio de outros indivíduos com mais capacidades. 3) Comente a seguinte charge: R: A charge coloca em discussão o período da adolescência. Esse período é marcado por uma intensa fase de questionamentos, mudanças e conflitos. Nessa fase, começa-se a contestar o mundo e desenvolver o senso de justiça e liberdade. É um período conturbado que reforça a opinião coletiva de que o adolescente é problemático, bem como é expresso na charge. Para Vygotsky, as funções psicológicas emergem e se consolidam no plano da ação entre pessoas e tornam- se internalizadas, isto é, transformam-se para constituir o funcionamento interno. O plano interno não é a reprodução do plano externo, pois ocorrem transformações ao longo do processo de internalização. Do plano interpsíquico, as ações passam para o plano intrapsíquico. Vygotsky considera, portanto, as relações sociais como constitutivas das funções psicológicas do homem. Essa visão dele deu à sua teoria o caráter interacionistas. O IMPACTO DO DESENVOLVIMENTO NA PRIMEIRA INFÂNCIA SOBRE A APRENDIZAGEM Aprendizagem: processo de construção, aquisição e apropriação de conhecimento; Aprendizagem é transformação. APRENDIZAGEM X APRENDIZADO São fundamentais para o desenvolvimento humano. ✓ Na primeira infância (0 a 6 anos) ocorre o desenvolvimento de estruturas e circuitos cerebrais e aquisição de capacidades fundamentais para aprendizagem complexas posteriores.✓ Atenção, memória, planejamento, raciocínio e juízo crítico começam a se desenvolver na primeira infância; ✓ Os circuitos cerebrais responsáveis por tais funções serão refinados durante adolescência até a maioridade, mas as conexões fundamentais começam a se estabelecer nos primeiros anos de vida; ✓ Tudo o que a criança aprende ao longo da infância será remodelado, reeditado e aprimorado durante a vida; PLASTICIDADE CEREBRAL: capacidade de constante remodelação. ✓ Os períodos sensíveis permitem a instalação de novas habilidades; ✓ A falta de estímulos causa prejuízos: dificuldades na adaptação e na aquisição de novas habilidades. ESTRESSE: até certo grau não é nocivo ao desenvolvimento, tendo em vista que uma situação de medo, insegurança ou frustração gera uma resposta na criança e convida ela a se ajustar. Sendo assim, o estresse assume um efeito regulador entre sujeito e ambiente. Ajuda no ajustamento e na adaptação. Porém, o estresse prolongado, ininterrupto ou repetitivo leva a desregulação. PERÍODOS SENSÍVEIS: momentos de maior capacidade de modificação e maleabilidade dos circuitos cerebrais em resposta a determinada experiência ambiental. ✓ A criança deve ser considerada como sujeito ativo de seu desenvolvimento, capaz de se expressar, interagir e brincar tanto por iniciativa própria como em resposta aos estímulos externos. ✓ O brincar é uma ferramenta para o desenvolvimento. A criança aprende a explorar sensorialmente diferentes objetos. APRENDIZAGEM ✓ Os pais, cuidadores e professores são os principais mediadores do processo de aprendizagem. ✓ A escola é um local de formação. Capacidade de aprender Conteúdo, forma como é transmitido PAIS CUIDADORES PROFESSORES O DESENVOLVIMENTO DO EU O crescimento cognitivo que ocorre durante a terceira infância (6 aos 12 anos – “anos escolares”) permite que as crianças desenvolvam conceitos mais complexos de si mesmas e que desenvolvam sua compreensão e seu controle emocional. ➢ SISTEMAS REPRESENTACIONAIS Sistemas representacionais na terminologia neopiagetiana, é o terceiro estágio do desenvolvimento da autodefinição, caracterizado por amplitude, equilíbrio e integração e avaliação dos diversos aspectos da identidade. ✓ Crianças de apenas 4 anos demonstram por seu comportamento que possuem um senso de valor próprio, mas é na terceira infância que o julgamento sobre si mesmo se torna mais realista, mais equilibrado e mais abrangente e expressando-se de maneira mais consciente. Em torno dos 7 ou 8 anos, as crianças chegam ao terceiro estágio neopiagetiano do desenvolvimento. Nessa idade, elas têm a capacidade cognitiva de formar sistemas representacionais: autoconceitos amplos e abrangentes que incorporam diferentes aspectos de sua identidade. Suas descrições de si mesmas são mais equilibradas; sabem verbalizar melhor seu autoconceito e pesar diferentes aspectos dele. Sabem comparar seu eu real com seu eu ideal. ✓ Todas essas mudanças contribuem para o desenvolvimento da autoestima, da avaliação de seu valor próprio. ➢ ERIKSON Segundo Erikson, a terceira infância é uma época para aprender as habilidades que nossa cultura julga importantes. E ao assumir reponsabilidades que combinem com suas crescentes capacidades, a criança aprende sobre o funcionamento da sociedade e seu papel nela. ➢ AUTOESTIMA Para Erikson, um importante determinante de autoestima é a ideia de que as crianças têm de sua capacidade para o trabalho produtivo. A questão a ser resolvida na crise da terceira infância é de produtividade versus inferioridade. PRODUTIVIDADE X INFERIORIDADE Na teoria de Erikson, é a quarta crítica de desenvolvimento psicossocial que ocorre durante a terceira infância, na qual as crianças precisam adquirir as habilidades produtivas que sua cultura exige ou então enfrentar sentimentos de inferioridade. As crianças precisam adquirir habilidades valorizadas em sua sociedade. ✓ Quando há êxito na resolução dessa questão, desenvolve-se a “virtude” da competência, a ideia de si mesmo como capaz de dominar habilidades e de concluir tarefas. Um grande contribuinte para a autoestima é o apoio social – primeiro dos pais e dos colegas, depois dos amigos e professores. ➢ DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Aos 7 ou 8 anos, as crianças costumam ter internalizado a vergonha e o orgulho. Nessa idade elas se tornam capazes de verbalizar emoções conflitantes. As crianças conscientizam-se de seus próprios sentimentos e dos sentimentos de outras pessoas. Sabem controlar melhor sua expressão emocional em situações sociais e sabem responder à perturbação emocional dos outros. ✓ Um aspecto do crescimento emocional é o controle de emoções negativas. ✓ Comportamento pró-social.
Compartilhar