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GABRIEL GALEAZZI 1 PLANEJAMENTO FAMILIAR CONCEITOS INICIAIS OMS: O planejamento familiar é uma atividade de saúde que proporciona informações e meios, a fim de que os casais possam decidir livre, conscientemente e responsavelmente pelo número de filhos, o momento que desejam tê-los e o espaçamento entre as gravidezes A contracepção é o conjunto de métodos físicos ou químicos que visam evitar, de modo reversível ou não, a gestação ÍNDICE DE PEARL (IP) É um índice que calcula a eficácia do método contraceptivo Corresponde ao número de gestações que ocorrem no primeiro ano de uso do método em 100 mulheres/ano IP= Nº de Gestações x 12 (meses) x 100 (mulheres)/Nº total de meses de exposição ↓IP = ↑ Eficácia Anticoncepcional Uso perfeito Uso típico MUITO EFETIVOS Implante 0,05 0,05 Vasectomia 0,1 0,15 DIU de levonorgestrel 0,2 0,2 Laqueadura tubária 0,5 0,5 DIU de cobre 0,6 0,8 EFETIVOS Amenorreia lactacional 0,9 2 Injetáveis 0,3 3 Anel vaginal 0,3 3 Pílulas combinadas e progestagênios 0,3 3 Adesivo transdérmico 0,3 3 MODERADAMENTE EFETIVOS Condom masculino 2 16 Condom feminino 5 21 Tabelinha 2-5 24 Diafragma com espermicida 6 16 POUCO EFETIVOS Coito interrompido 4 27 Espermicida isolado 18 29 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DA OMS Categoria Descrição Conduta 1 Não existe restrição ao uso do método contraceptivo Prescrever o método 2 As vantagens do uso do método se sobrepõem aos riscos teóricos ou comprovados Prescrever o método 3 Os riscos teóricos ou comprovados geralmente se sobrepõem às vantagens do método Não prescrever (exceto se não houver outra alternativa) 4 Risco inaceitável à saúde caso o método seja utilizado Não prescrever (contraindicação absoluta) ANTICONCEPÇÃO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Déficit cognitivo As decisões devem ser tomadas pelo responsável legal Adolescentes Confidencialidade do paciente A quebra do sigilo só é permitida, de acordo com o artigo 103 do código de ética médica, quando a adolescente tem pensamentos suicidas ou há história de abuso físico ou sexual Respeito aos critérios de elegibilidade Termo de consentimento MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Os métodos comportamentais não protegem contra as infecções sexualmente transmissíveis OGINO-KNAUS/TABELINHA Abstinência sexual entre o primeiro e o último dia fértil estimado com base da última menstruação O período de ovulação ocorre em 12 a 16 dias antes da menstruação Registrar o número de dias de cada ciclo por, pelo menos, seis meses PERÍODO FÉRTIL = (Nº de dias do ciclo mais curto – 18) até (Nº de dias do ciclo mais longo – 11) Não utilizar o método se ciclos variarem > 6 dias TEMPERATURA BASAL Identifica a fase lútea do ciclo menstrual com base na temperatura basal No período imediatamente pré-ovulatório, ocorre diminuição de 0,5°C, com a ovulação, a progesterona eleva a temperatura em aproximadamente 0,5°C da temperatura basal Monitorar aumento por 3 dias e, logo após, reiniciar atividade sexual MUCO CERVICAL OU MÉTODO BILLINGS Identifica o início e o fim do período fértil com base nas características da mucosa cervical Estrogênio → Muco filante e abundante → Evitar sexo Progesterona → Muco espesso e em menor quantidade → Pode haver sexo GABRIEL GALEAZZI 2 AMENORREIA LACTACIONAL Baseado na supressão da ovulação durante o período de amamentação exclusiva O aleitamento materno aumenta os níveis de prolactina, que provocam supressão do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, levando à anovulação e amenorreia Pré-requisitos para garantir eficácia do método Período de até 6 meses após o parto Amamentação sem suplementação e sem grande intervalo entre as mamadas Ausência de menstruação SINTOTÉRMICO É um método que combina os métodos Ogino-Knaus, Muco cervical e Temperatura Basal COITO INTERROMPIDO Ejaculação fora da vagina Retirada do pênis da vagina na iminência da ejaculação O coito interfemoral há chance de gestação MÉTODOS DE BARREIRA MÉTODOS MECÂNICOS PRESERVATIVOS (MASCULINO E FEMININO) Protegem contra ISTs Masculino → Método de barreira mais utilizado, maioria de látex (categoria 3 para alérgicos ao látex) Feminino → Plástico ou látex natural, maior proteção contra ISTs DIAFRAGMA Dispositivo reutilizável em formato de capuz feito de silicone Deve ser colocado 15min antes da atividade sexual e retirado após 6h Utilizar com espermicidas Contraindicações Contraindicações absolutas (Categoria 4) Risco elevado de HIV Contraindicações relativas (Categoria 3) HIV; AIDS; Alergia aos componentes; História de Síndrome do Choque Tóxico Apesar de não constar nos critérios de elegibilidade: Não deve ser indicado em pacientes com grandes roturas perineais ou prolapso genital e deve haver a reavaliação medida do anel: pós-parto ou cirurgia vaginal, variações de peso > 10kg MÉTODOS QUÍMICOS ESPERMICIDAS São substâncias introduzidas na vagina antes da penetração vaginal Funcionam como barreira química à ascensão dos espermatozóides Devem ser colocados 15min a 1h no máximo antes da ejaculação vaginal Atualmente, são associados aos métodos mecânicos para aumento de efetividade ESPONJAS São discos de espuma que contêm espermicida e devem ser umedecidos e colocados no fundo da vagina recobrindo o colo do útero Podem ser inseridos até 24h antes da relação sexual Não são reutilizáveis Não estão disponíveis no mercado brasileiro MÉTODOS HORMONAIS COMBINADOS Atuam pela associação entre o componente estrogênico e um componente progestagênico MECANISMO DE AÇÃO Progesterona Inibe o LH → Bloqueia a ovulação Espessamento de muco cervical Atrofia endometrial Comprometimento da motilidade tubária Estrogênio Inibe o PSH → Bloqueia o desenvolvimento folicular Estabilização endometrial VIAS DE ADMINISTRAÇÃO INJETÁVEL MENSAL Vantagens Posologia mais cômoda, evita primeira passagem hepática Desvantagens Não protegem contra as ISTs, podem provocar irregularidades menstruais, não podem ser suspensos antes da próxima injeção, dependem de profissionais de saúde para o usao ANEL VAGINAL Vantagens Posologia mais cômoda, evita a primeira passagem hepática Desvantagens Não protegem contra as ISTs, preço, algumas mulheres podem apresentar aumento de corrimento vaginal GABRIEL GALEAZZI 3 ADESIVO TRANSDÉRMICO Vantagens Posologia mais cômoda, evita a primeira passagem hepática (menor intolerância gástrica) Desvantagens Não protegem contra as ISTs, preço, os adesivos podem se soltar, a localização dos adesivos pode ser visível à outras pessoas, o que pode ser desconfortável para as pacientes Pessoas com peso acima de 90kg e/ou IMC>30 tem eficácia reduzida ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO Regime de administração Cíclico Paciente toma 21 ou 24 pílulas e depois realiza pausa (ou toma pílulas com placebo) de 7 ou 4 dias Ocorre o sangramento de deprivação (que os pacientes chamam de menstruação) durante a pausa Contínuo Não há interrupção Estendido A paciente usa as pílulas por tempo estendido e realiza pausas apenas algumas vezes ao ano, a depender da medicação Número de fases Monofásicas Mesma dosagem hormonal em todos os comprimidos Multifásicas Variam a dose de um ou de ambos os hormônios durante a fase ativa da pílula Tipo e dosagem de estrogênio Média dose 30-50mcg de Etinilestradiol Baixa dose 20-30mcg de Etinilestradiol Muito baixa dose <20mcg de Etinilestradiol A diminuição da dosagem do componente estrogênico possibilitou a redução do risco tromboembólico e dos efeitos colaterais, mas também aumenta as chances de sangramento irregular Tipos de progesterona Os anticoncepcionaisde SEGUNDA GERAÇÃO SÃO OS MENOS TROMBOGÊNICOS e os anticoncepcionais de TERCEIRA E QUARTA GERAÇÃO SÃO OS MAIS TROMBOGÊNICOS O LEVONORGESTREL É O MENOS TROMBOGÊNICO e a CIPROTERONA É A MAIS TROMBOGÊNICA Forma de uso É importante que o paciente preenche os critérios de elegibilidade Não há necessidade de exame pélvico nem de exames complementares, mas é importante ficar atento para os exames de rastreio para cada faixa etária O primeiro comprimido deve ser tomado no primeiro dia do ciclo e os demais devem ser tomados sempre no mesmo horário Nos regimes multifásicos a sequência correta da cartela deve ser seguida Caso ocorra diarreia ou vômitos até duas horas após a ingesta, é aconselhável tomar outra pílula novamente Esquecimento da pílula Esquecimento de 1 comprimido → Tomar pílula esquecida assim que se lembrar e continuar tomando as demais normalmente Esquecimento de 2 comprimidos → Tomar o último comprimido esquecido assim que possível e utilizar contracepção de barreira por sete dias. Tomar o restante das pílulas de maneira habitual Após a interrupção da pílula, a menstruação retorna geralmente dentro de até 30 dias Benefícios não contraceptivos Melhoras dos sintomas pré-menstruais “Repouso ovariano” Redução do sangramento menstrual excessivo Melhora da sexualidade Redução dos sintomas de hiperandrogenismo Melhora da Densidade Mineral Óssea (DMO) Reduz risco de CA de ovário, endométrio e colorretal Reduz risco de Doença Inflamatória Pélvica (DIP) Efeitos adversos dos métodos combinados Efeitos colaterais gerais dos anticoncepcionais hormonais Estrogênicos Progestagênicos Náuseas Tontura Vômitos Fadiga Mastalgia Aumento de apetite Cefaleia Acne e aumento de oleosidade da pele Irritabilidade Alteração do padrão de sangramento Edema Aumento de peso (acetato de medroxiprogesterona) Cloasma Alteração da resposta sexual Risco tromboembólico Aumentam o risco de TVP em 2-6x O componente estrogênico aumenta a síntese de fatores de coagulação, reduz alguns anticoagulantes naturais e promove resistência à proteína C O efeito pró-coagulante do estrogênio é maior quanto maior a dosagem Não se justifica o custo de exames de triagem para trombofilia antes da prescrição de métodos combinados Progestágenos e seus efeitos Androgênic os Antiandrogên icos Glicocorticoide Antimineralocorti coide Levonorges trel (2ªG) Ciproterona Acetato de medroxiprogest erona Drospirenona Gestodeno (3ªG) Drospirenona Gestodeno (3ªG) Desogestre l (3ªG) Clormadinona Dienogeste GABRIEL GALEAZZI 4 Pressão arterial O etinilestradiol aumenta a síntese hepática de angiotensinogênio, elevando a PA Risco de Câncer Risco de câncer em usuárias de métodos hormonais Câncer Risco Colorretal Reduz risco Ovário Reduz risco Endométrio Reduz risco Mama Aumenta risco Colo do útero Aumenta risco para mulheres HPV+ Não modifica o risco para mulheres HPV- Interações Medicamentosas O metabolismo dos anticoncepcionais é acelerado por drogas que aumentam a atividade das enzimas microssomais do fígado (citocromo P450) Medicamentos que diminuem a eficácia dos anticoncepcionais combinados Anticonvulsivantes Antibióticos Antiretrovirais Fenitoína Rifampicina Efavirenz Carbamazepina Rifabutina Ritonavir Barbitúricos Saquinavir Primidona Atazanavir Topiramato Fosamprenavir Oxicarbamazepina Nelfinavir Contraindicações Contraindicações absolutas (categoria 4) <6 semanas pós parto em lactentes <21 dias pós parto em não lactentes, mas com fatores de risco para TVP TVP/TEP atual ou pregressa, independente do uso de anticoagulante Trombofilia conhecida Cirurgia maior com imobilização prolongada LES com anticorpos antifosfolipídeos positivos ou desconhecido Doença Valvular complicada com hipertensão pulmonar, FA ou endocardite Tabagismo (>15 cigarros/dia + idade>35 anos) Enxaqueca com aura Doença Cardíaca Isquêmica atual ou pregressa HAS descompensada (sistólica>160mmHg ou diastólica>100mmHg) HAS associada à doença vascular Múltiplos Fatores de Risco para DCV (idade avançada, tabagismo, DM, HAS) CA de mama atual Adenoma hepatocelular e tumores hepáticos malignos Cirrose descompensada Contraindicações relativas (categoria 3) aos anticoncepcionais hormonais combinados, de acordo com os critérios de elegibilidade da OMS > 6 semanas e <6 meses pós parto em lactantes <21 dias pós parto em não lactantes, mas sem fatores de risco para TVP 21 a 42 dias pós parto em não lactantes, mas com fatores de risco para TVP Tabagismo (<15 cigarros/dia + idade>35 anos) Hipertensão controlada HAS descompensada (sistólica entre 140- 159mmHg ou diastólica entre 90-99mmHg) Enxaqueca sem aura (>35 anos) CA de mama prévio sem evidência da doença nos últimos 5 anos Passado de colestase Alguns anticonvulsivantes, rifampicina e rifabutina ANTICONCEPÇÃO APENAS COM PROGESTERONA MECANISMO DE AÇÃO Progesterona Inibe o LH → Bloqueia a ovulação Espessamento de muco cervical Atrofia endometrial Comprometimento da motilidade tubária VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ANTICONCEPCIONAIS ORAIS DE PROGESTÁGENOS (POPS) Chamados de Minipílulas Promovem a anovulação em 14-84% dos casos (Noretisterona; Linestrenol; Levonorgestrel), o Desogestrel promove em 97% dos casos Forma de uso O primeiro comprimido deve ser tomado no primeiro dia do ciclo e os demais devem ser tomados sempre no mesmo horário, de forma contínua Esquecimento da pílula Se estiver amamentando e em amenorreia → tomar uma pílula assim que lembrar e continuar tomando as demais pílulas da cartela Demais casos → tomar uma pílula assim que lembrar e continuar tomando as demais pílulas normalmente. Realizar proteção contraceptiva adicional por dois dias e considerar contracepção de emergência INJETÁVEL TRIMESTRAL Acetato de medroxiprogesterona (AMP) de depósito Forma de aplicação Administração via intramuscular profunda ou subcutânea A primeira dose deve ser realizada no primeiro dia do ciclo menstrual e repetida a cada 90 dias Uma única dose de AMP consegue suprimir a ovulação por um período de 14 semanas. Após a descontinuação do método, os ciclos ovulat´roios retornam em 14 semanas, mas podem levar até 18 meses Efeitos adversos Pequena perda da massa óssea → Por isso, o método não deve ser a primeira escolha em pacientes < 21 anos Ganho de peso GABRIEL GALEAZZI 5 IMPLANTE SUBDÉRMICO DE ETONORGESTREL Dispositivo plástico radiopaco de 4cm, que contém 68mg de etonogestrel Duração de 3 anos Faz parte dos métodos anticoncepcionais reversíveis de longa duração (LARCs) Contraindicações Contraindicações absolutas (categoria 4) CA de mama atual Contraindicações relativas (categoria 3) CA de mama prévio sem evidência de doença nos últimos cinco anos TVP/TEP agudo Cirrose descompensada Adenoma hepatocelular Tumor hepático maligno LES com anticorpos antifosfolipídeos positivos ou desconhecidos AVC (para AMP e continuação de POP e implantes) Doença cardíaca isquêmica atual ou prévia (para AMP e continuação de POP e implantes) Hipertensão descompensada (sistólica >160mmHg e/ou diastólica>100mmHg) (para AMP) <6 semanas pós parto (para AMP) Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular (para AMP) DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS DIU DE COBRE Modelo liberado pelo SUS: T380A (duração de 10 anos) Mecanismo de ação Comum a todos os DIUs Reação inflamatória local, que é tóxica para o esperma e os óvulos Efeito do cobre Aumento da resposta inflamatória no endométrio, provocando efeito tóxico sobre os espermatozoides e dificultando a implantação Benefícios LARC Não hormonal Efeitos adversos Aumento do sangramento menstrual e cólicas Complicações da inserção Contraindicações Contraindicações absolutas (categoria 4) Gravidez Sepse puerperal Imediatamente após aborto séptico Sangramento vaginal inexplicado Doença trofloblástica gestacional com níveis elevados de beta HCG ou com malignidade CA de colo uterino CA de endométrio Anormalidades que distorcem a cavidade uterina Doença inflamatória pélvica (DIP) ativa Cervicite purulenta ou infecção ativa por clamídia ou gonococo Tuberculose pélvica Alergia ao cobre e Doença de Wilson Contraindicações relativas (categoria 3) 48h a 4 semanas pós-parto (pelo aumento do risco de expulsão) Trombocitopenia severa CA de ovário HIV avançado Doença trofloblástica com níveis de beta HCG decrescentes ou indetectáveis DIU LIBERADOR DE LEVONORGESTREL Também é chamado de Sistema Intrauterino (SIU) Possui um reservatório contendo o progestágeno Levonorgestrel (duração de 5 anos) Mecanismo de ação Comum a todos os DIUs Reação inflamatória local, que é tóxica para o esperma e os óvulos Ação do levonorgestrel (efeitos da progesterona) Inibe o LH → Bloqueia a ovulação Espessamento de muco cervical Atrofia endometrial Comprometimento da motilidade tubária Contraindicações Contraindicações absolutas (categoria 4) Gravidez Sepse puerperal Imediatamente após aborto séptico Doença trofloblástica gestacional com níveis elevados de beta HCG ou com malignidade CA de colo uterino CA de mama atual CA de endométrio Anormalidades que distorcem a cavidade Sangramento transvaginal inexplicado Doença Inflamatória Pélvica (DIP) atual Cervicite purulenta ou infecção ativa por clamídia ou gonococo) Tuberculose pélvica Contraindicações relativas (categoria 3) 48h a 4 semanas pós parto (pelo risco de expulsão) TVP/TEP aguda LES com anticorpos antifosfolipídeos positivos ou desconhecidos Doença trofloblástica gestacional com níveis de beta HCG decrescentes ou indetectáveis CA de mama prévio e sem evidência da doença nos últimos 5 anos CA de ovário HIV avançado Cirrose descompensada Adenoma hepatocelular e tumores hepáticos malignos Doenças cardíaca isquêmica atual ou prévia (para continuação do método) GABRIEL GALEAZZI 6 INSERÇÃO DO DIU Pode ser realizada a qualquer momento do ciclo, desde que descartada gestação É necessário exame pélvico/genital, para descartar processos infecciosos Antibioticoprofilaxia não é recomendada Complicações pós inserção Sangramento Dor Infecção Expulsão Perfuração uterina SEGUIMENTO PÓS-INSERÇÃO Deve ser agendada uma nova consulta para entre 3 a 6 semanas após a inserção Não há evidências que sugiram protocolos de visitas periódicas para verificação do DIU O controle do posicionamento só é indicado em pacientes sintomáticas (com piora da dor abdominal, febre, suspeita de gestação ou sangramento aumentado) ou cujo fio do DIU não esteja visível na vagina GRAVIDEZ EM USUÁRIA DE DIU Excluir gravidez ectópica Se o fio do DIU estiver visível e idade gestacional < 12 semanas → remover o fio do DIU o mais cedo possível e realizar antibioticoprofilaxia, devido ao risco de corioamnionite (azitromicina 500mg dose única) Se o fio do DIU não estivar visível ou gestação mais avançada → Não tentar remover MITOS ENVOLVENDO OS DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS Risco de infecção DIP: o risco é baixo ou semelhante nas usuárias de métodos hormonais HIV: O uso de DIU não aumenta o risco de infecção pelo HIV HPV: O DIU não aumenta o risco de aquisição do HPV e está associado a menor risco de CA de colo uterino Gravidez ectópica: O risco é menor em usuárias de DIU Infertilidade: Não há aumento da infertilidade entre as usuárias de DIU CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Mecanismo de Ação Não é bem elucidado, atuam impedindo ou atrasando a ovulação Alteram os níveis hormonais, interferindo no desenvolvimento folicular e na maturação do corpo lúteo e inibindo a fertilização A eficácia da CE diminui significativamente com o atraso da administração da medicação após a relação sexual desprotegida. Como a eficácia do uso repetido de CE é menor do que a dos métodos contraceptivos, seu uso regular não é recomentado Efeitos adversos podem incluir náuseas, vômitos, cefaleia, tontura e alteração de sangramento Indicações da contracepção de emergência Relação sexual totalmente desprotegida Violência sexual Coito interrompido Rotura do preservativo, vazamento ou perda do preservativo na vagina Remoção, expulsão parcial ou completa do DIU Deslocamento do diafragma durante a relação sexual Uso isolado de espermicida Esquecimento de duas ou mais pílulas do anticoncepcional oral combinado Esquecimento ou atraso de uma ou mais pílulas de progestágenos por mais de 3h *se for de desogestrel, após atraso de 12h) Atraso de duas ou mais semanas na aplicação do injetável trimestral Quando a usuária fica mais de 24h com o adesivo transdérmico descolado ou sem ele durante a primeira semana de uso Anel vaginal expulso ou removido por mais de 3h na primeira semana Após 5 dias de abortamento, gravidez ectópica ou esvaziamento uterino por gravidez molar Após 21 dias de parto, se não estiver amamentando Método usado Dose Período Efeitos adversos Método Yuzpe 2 doses/intervalo de 12h Etinilestradiol 100mcg + Levonorgestrel 0,5mg Até 5 dias Náuseas, vômitos, cefaleia, alteração de sangramento Levonorgestrel Dose única 1,5mg Ideal até 3 dias Pode ser estendido até 5 dias (menor eficácia) Náuseas, vômitos, cefaleia, alteração de sangramento Ulipristal Dose única 30mg Até 5 dias Náuseas, vômitos, cefaleia, alteração de sangramento DIU de cobre - Até 5 dias Dor, sangramento MÉTODOS IRREVERSÍVEIS Laqueadura tubária Vasectomia LEI DO PLANEJAMENTO FAMILIAR 9263 Indicada para Homens e mulheres; Idade igual ou superior a 25 anos ou dois filhos vivos; Risco de vida à mulher ou ao futuro concepto → assinado por 2 médicos Manifestação da vontade por escrito Proibida esterilização cirúrgica no parto ou aborto, exceto se comprovada necessidade Prazo de 60 dias entre manifestação do desejo e procedimento Proibida histerectomia ou ooforectomia
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