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INSTITUTO FEDERAL GOIANO – CAMPUS MORRIMHOS TÉCNOLOGIA EM ALIMENTOS OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA N° 01 – SECAGEM/ PSICROMETRIA GRUPO: DÉBORA RODRIGUES VIEIRA TOLEDO IORRANA KAROLINA SIQUEIRA ÍTALO REZENDE ELEUTÉRIO DA SILVA KLEYBIANA RICELLE RIBEIRO CASTILHO MARIA ANTONIA CAETANO TEIXEIRA RODRYEL ALEXANDRE CARDOSO MORRINHOS MAIO/2022 DÉBORA RODRIGUES VIEIRA TOLEDO IORRANA KAROLINA SIQUEIRA ÍTALO REZENDE ELEUTÉRIO DA SILVA KLEYBIANA RICELLE RIBEIRO CASTILHO MARIA ANTONIA CAETANO TEIXEIRA RODRYEL ALEXANDRE CARDOSO AULA N° 01 – SECAGEM/ PSICROMETRIA Relatório apresentado ao tecnólogo em Alimentos do Instituto Federal Goiano – Campus Morrinhos, como parte da nota da disciplina de Operações Unitárias II, ministrada pela professora Ellen Godinho Pinto. MORRINHOS MAIO/2022 1. INTRODUÇÃO A maçã é a fruta de clima temperado mais importante comercializada como fruta fresca. Assim, foi estudado o desenvolvimento de uma nova tecnologia para obtenção de maçã secada ou desidratada de boa qualidade se reveste de grande relevância oferecendo outra opção de consumo da fruta ou colocando um produto novo no mercado, e ao mesmo tempo possibilitando aproveitar o excedente de produção inadequado para o consumidor da fruta in natura (RODRIGUES, 2003). A grande maioria dos alimentos sofre deterioração com muita facilidade e, diante desse problema, surgiram algumas técnicas de conservação dos alimentos, dentre os quais a secagem é uma das mais utilizadas. As vantagens da secagem são várias, entre as quais podemos citar a melhor conservação do produto e a redução do seu peso, com a consequente redução do custo de transporte e de armazenamento em relação aos produtos enlatados e congelados (CORNEJO et al., 2003). A desidratação de alimentos sólidos, como frutas e hortaliças, normalmente significa remoção da umidade de sólido por evaporação, e tem por objetivo assegurar a conservação das frutas por meio da redução do seu teor de água. Essa redução deve ser efetuada até um ponto, onde a concentração de açúcares, ácidos, sais e outros componentes seja suficientemente elevada para reduzir a atividade de água e inibir, portanto, o desenvolvimento de microrganismos (SANTOS et al., 2013). A psicrometria é definida como “o ramo da física relacionado com a medida ou determinação das condições do ar atmosférico, particularmente com respeito à mistura ar seco – vapor d’água”, ou ainda, “aquela parte da ciência que está de certa forma intimamente preocupada com as propriedades termodinâmicas do ar úmido, dando atenção especial às necessidades ambientais, humanas e tecnológicas Além do conforto térmico, que depende mais da quantidade de vapor presente no ar do que propriamente da temperatura, também em muitos outros ramos da atividade humana. A conservação de produtos como frutas, hortaliças, ovos e carnes, em câmaras frigoríficas depende da manutenção da umidade relativa adequadra no ambiente (Martinelli, 2022). Objetivo geral da aula prática, foi observar como o método de secagem da maçã, influencia nas relações existente entre ar e vapor de água, transferindo os valores das temperaturas na carta psicrométrica. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. Amostra • Maçã 2.2. Equipamentos e utensílios • Bandeja • Faca • Balança Analítica • Placa de Petri • Estufa de Secagem 2.3. Procedimentos • Primeiramente foram higienizadas as maças e utensílios; • Realizou-se os corte em rodelas, retirando os miolos que contem a semente da maça; • Pegou-se duas placas petri, e na balança analítica foram pesadas ambas as placas, anotando os valores obtidos; • Uma parte da amostra foi adicionada em cada placa de pertri e realisou- se novamente as pesagens das duas placas já com a amostra de maça in natura e foram anotados os pesos; • Levou-se para a estufa de secagem as duas placas com as amostras, juntamente com o restante das rodelas cortadas, onde foram mantidas até a última pesagem da secagem da placa, totalizando duas horas e meia dentro da estufa sem retirada; • As amostras das placas foram retiradas de cinco em cinco minutos por cinco vezes e pesadas, depois retirou-se de 10 em 10 minutos por quatro vezes e pesadas, e por fim de 15 em 15 mim por seis vezes e pesada. O restante da amostra, mais as amostras das duas placas permaneceram na estufa até o dia seguinte para a secagem total, realizando a pesagem das placas com as amostras secas. 3. RESULTADO E DISCUSSÃO Após todo o procedimento, segue abaixo os valores obtidos através de todas as pesagens feitas durante a metodologia. Relembrado que as pesagens de 5 em 5 mim foram feitas por 5 vezes, de 10 em 10 mim por 4 vezes é de 15 em 15 mim por 6 vezes. Tabela 1– Valores iniciais da placa e da maça em rodelas in natura Para obtenção dos valores de quanto as amostras estavam perdendo umidade durante a secagem, foram subtraídos o valor do peso da placa de petri como pode ser observado na tabela 1, pelo peso obtido a cada retirada da amostra da estufa. Tabela 2 – Valores obtidos das subtrações das amostras pela placa Segundo Siqueira et al. (2012), o tamanho (área superficial, área projetada e volume) e a forma (circularidade, esfericidade) dos frutos, nozes e sementes, são Placas Peso das placas Peso amostras in natura Nº1 37,953g 9,871g Nº2 45,953g 10,885g Tempo (min) Peso placa nº1 (g) Peso placa nº2 (g) 0 9,871 10,885 5 8,849 10,693 10 8,562 10,328 15 8,361 10,067 20 8,163 9,885 25 8,044 9,705 30 7,804 9,453 40 7,675 9,215 50 7,440 8,902 60 7,227 8,565 75 6,936 8,154 90 6,585 7,719 105 6,237 7,451 120 5,936 7,037 135 5,632 6,645 150 5,274 6,318 imprescindíveis para seu processo de descasque. A porosidade, área superficial específica e superfície, afetam a resistência à passagem do fluxo de ar através da camada de material, proporcionando diferentes secagens em cada tamanho e forma. Tabela 3 – Média dos valores das amostras da placa Nº1 pela placa de Nº2 Segundo Amaral (2014), a secagem é normalmente considerada um processo de remoção de umidade de um sólido por evaporação. Explica ainda que a secagem ocorre por transferência de calor e massa. Quando o calor é fornecido pelo ar, este provoca uma diferença entre a pressão parcial de vapor de água do ar e do produto, isto ocasiona a transferência de água para a parte externa do alimento por condução. Secagem por convecção o ar pré-aquecido passa sob o alimento, vaporiza a água deste e a transporta para fora do secador, para que haja economia de energia o ar pode ser recirculado. As principais condições a serem controladas são temperatura e umidade do ar aquecido. Na secagem por condução o calor é fornecido por uma superfície aquecida Tempo (min) Média do peso (g) 0 10,378 5 9,771 10 9,445 15 9,214 20 9,024 25 8,874 30 8,628 40 8,445 50 8,171 60 7,896 75 7,545 90 7,152 105 6,844 120 6,486 135 6,138 150 5,796 que suportam (bandeja) ou confinam o alimento (placas, cilindros, paredes de secadores), por isto é indicada para alimentos muito finos ou muito úmidos (AMARAL, 2014) Desta forma foram extraídos alguns fatores ao decorrer da execução do trabalho, como temperatura, peso das placas de petri, peso da amostra in natura, umidade relativa inicial e final. Tabela 4– Temperatura e umidades observados. O processo de secagem é representado pela curva de secagem, a qual mostra a umidade do material em função do tempo de secagem, e pela cinética de secagem, que apresenta a taxa de secagem em função da umidade do material (SCHULTZ, 1999). Gráfico 1- Curva de secagem de fatias de maça Com base no gráfico apresentado acimapode-se analisar que nos pontos 0 a 10 minutos, considerado o período de indução as fatias de maça se adaptam a temperatura da estufa de secagem. Em seguida de 10 a 150 minutos há um decréscimo da umidade da maça conforme o tempo vai passando. Isso se dá pela perda água da amostra, ocasionadas pela transferência de calor dentro da estufa que circula ar quente. Martins (2019), confirma que na medida que a umidade é removida do interior do produto, este perde massa de água e seu teor de umidade se reduz. Portanto, para Temperatura (ºC) / Umidade (%) Umidade Relativa inicial 88% Umidade inicial Não encontrado Umidade final 37% Temperatura inicial 42ºC Temperatura Final 60ºC descrever a curva de secagem, utiliza-se a evolução do teor de umidade do produto ao longo do processo. Conforme a umidade se reduz no produto, sua temperatura se eleva, o que resulta numa queda nas taxas de secagem. A secagem é realizada até chegar em uma constância onde não há mais perda de matéria. Em estudos feitos por Fernandes et al. (2018) encontrou em outros trabalhos o período de massa constante na secagem de maçã Fuji que foi alcançado em 180 minutos, na temperatura de 50 °C, enquanto na temperatura de 70 °C, em 120 minutos. Vale ressaltar que esse tempo de equilíbrio difere do método que está sendo utilizado, espessura da fatia da amostra, entre outros fatores. Para chegar neste ponto era necessária uma análise de tempo maior do que o proporcionado para este estudo. Martins (2019) aborda que durante um processo de secagem, o produto dificilmente atingirá o teor de umidade de equilíbrio, pois envolveria um tempo de secagem muito longo. A escolha do teor de umidade final é, então, determinada pelos parâmetros de armazenamento e estabilidade. No Brasil, por exemplo, a resolução da Anvisa nº 272 de 22 setembro de 2005, estipula que a umidade (%bu) deve ser, no máximo, 25% para frutas secas. Tabela 5– Valores obtidos na carta pisicométrica Propriedades Valor Unidade Umidade absoluta 0,002 g de vapor/m3 de ar Umidade relativa 51 % Volume específico 0,05 m3 de ar / kg ar seco Temperatura do bulbo úmido 2,76 ºC Temperatura de ponto de orvalho 0 °C Temperatura do ar 18 °C Pressão de vapor 1,56 mmHg Pressão de vapor estádio de saturação 117,2 hPa Pressão atmosférica 0 Pa (pascal) Razão de mistura 0,44 Kg de vapor/ kg ar seco Entalpia do ar 20,65 K joule/kg ar seco A temperatura de bulbo úmido, e as pressões podem ser obtidos de uma carta psicrométrica, que é um gráfico que expressa as propriedades do ar para uma determinada temperatura, umidade e pressão, ou a partir de uma calculadora psicrométrica (Martins, 2019) Seguindo essa linha de raciocínio, os valores da tabela 5 foram encontrados através do cálculo das propriedades psicrométricas do ar, utilizando valores presentes na tabela 4, subtraindo o ponto 1 e ponto 2, onde os valores do ponto 1 foram encontrados com os cálculos obtidos através dos dados da temperatura inicial com a umidade inicial e o ponto 2 com a temperatura final com a umidade final. 4. CONCLUSÃO Em vista dos resultados obtidos, pode-se observar que as fatias da maçã se adaptaram a temperatura da estufa, e com a transferência do calor fez com que houvesse a perca de umidade devido a quantidade de água obtida na maçã, de um dia para outro ocorreu a perda total da umidade presente nas amostras. Podendo afirma que chegou na taxa constante. 5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Ana Paula Cardoso do. Estudo da secagem de maçãs: utilização de pré- tratamentos. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenheira de Alimentos) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. CORNEJO, F. E. P; NOGUEIRA, Regina Isabel; WILBERG., Viktor Christian. Secagem como método de conservação de frutas. Rio de Janeiro: Embrapa Agroindústria de Alimentos, 2003.22 p. FERNANDES, ANTONIA ISADORA et al. Análise Da Cinética De Secagem De Mallus Domestica Em Estufa. CONTECC’2018, Maceió-AL, p. 1-5, 24 ago. 2018. MARTINELLI, L. C. Universidade Federal do Vale do São Francisco. Disponível em: http://www.univasf.edu.br/~castro.silva/disciplinas/FT/Psicrometria2.pdf. Acesso em: 8 mai. 2022. MARTINS, DOUGLAS BECKER. Análise da secagem convectiva em condições externas constantes de fatias de maçã do tipo golden delicious. 2019. Monografia (Bacharelado em Engenheiro Mecânico.) - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS MACAÉ, Maceió-AL, 2019. RODRIGUES, A. E. Desidratação osmótica e secagem de maçãs. 141 p. Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de São José do Rio Preto, 2003. SANTOS, M. L. et al. Estudo físico-químico de maçã desidratada em secador Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (Mossoró – RN - BRASIL), V. 8 , n. 1 , p.30 - 37 ,jan a março de 2013. SIQUEIRA, Valdiney C et al. Forma e tamanho dos frutos de pinhão-manso durante a secagem em cinco condições de ar. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, PB, v. 16, n. 8, p. p.864–870, 21 maio 2012. SCHULTZ, Emerson Léo. Influência Das Condições De Secagem Sobre O Encolhimento E Propriedades De Transporte Em Fatias De Maçã. 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Federal De Santa Catarina, Florianópolis, 1999.
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