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FATORES QUE INTERFEREM NA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES RECURSOS (alimentares, de espaço ou ambientes para reprodução) - Ambiente com grande quantidade de recursos alimentares disponíveis sustenta uma maior riqueza de espécies (nicho amplo) - Se tem alimentação por recursos vai ter uma diminuição na quantidade de espécies HABITAT - Relacionado com os recursos: se tem um ambiente maior – maior quantidade de recursos disponíveis - vai sustentar uma maior diversidade de espécies. - Ambiente maior e heterogêneo propicia ambientes adequados para a reprodução das espécies. - Complexidade e heterogeneidade espacial= habitats mais complexos e heterogêneos propiciam um maior nível de nicho a serem colonizados pelas espécies (relacionados com uma maior diversidade dentro de uma comunidade) Habitat heterógenos= ambiente com características distintas Habitat homogêneos= ambiente com características semelhantes Habitats cada vez mais complexos e heterógenos levam ao aumento na disponibilidade de nichos (abrigo, sítios de proteção da predação) ocorre também uma maior disponibilidade de recurso alimentares. ESPECIES CHAVE Conceito utilizado para estratégias de conservação: quando uma espécie está presente no ambiente e se perder essa espécie levara a perda de muitas outras fica muito mais fácil direcionar a conservação para essa espécie chave do que tentar conservar todas as outras. Se conseguir conservar essa, indiretamente conservará todas as outras. - Espécie com papel importante e fundamental dentro de um determinado ecossistema. * espécie essencial para um ecossistema equilibrado. *importante para a preservação. - Se perde essa determinada espécie chave, tem-se desestruturação completa do ecossistema. A preservação dela consegue preservar outras espécies indiretamente. - Presença de uma espécie chave permite com que inúmeras outras espécies estejam presentes naquele ambiente também. - A presença ou ausência de uma espécie chave vai fazer com que se tenha um aumento ou declínio da diversidade de espécies em um determinado local. EXEMPLO: experimento com estrelas-do-mar predadoras – Robert Paine - Pegou uma área de uma região onde esses organismos vivem - Numa parte dessa área colocou grades para impedir que a estrela do mar chegasse no local - Em outra parte deixou sem a grade onde a estrela do mar conseguiria chegar e exercer a sua função. Resultados depois de dez anos: - Nos ambientes sem a grade (presença da estrela do mar) = manteve a diversidade das espécies alta; o número de espécies naquela quantidade não mudou, continuou alta. - Nos ambientes com a grade (sem a estrela do mar) = impediu com que a estrela do mar chegasse no local e se alimentasse dos organismos ali presente. Diminuição drástica na diversidade de espécies. POR QUÊ? - Quando a estrela do mar deixou de se alimentar daqueles organismos, teve o domínio de uma outra espécie que impediu o crescimento das outras e isso levou a baixa diversidade na ausência da estrela do mar. - Uma espécie de mexilhão passou a dominar a superfície rochosa. Com esse domínio, houve um decréscimo na diversidade de outras espécies que viviam ali. - Na presença da estrela do mar = ela se alimentava desses mexilhões e de outros organismos. Não deixava crescer exorbitantemente. O fato dela estar ali se alimentando dos organismos, propiciava com que espécies diferentes crescessem naquele ambiente. - PERTUBAÇÃO AMBIENTAL Furacões, incêndios, enchentes... - Ambientes com perturbação rara (como incêndios) = por mais que tenha um evento extremo desse, não vai matar todos os indivíduos; alguns vão sobreviver e a população continuará crescendo e vão passar a competir por recursos. - Ambiente com perturbação drástica frequentemente (ex: ambiente altamente propenso a incêndios frequentes) = presença de espécies que sejam habitadas a esses eventos. - Não vai ter uma árvore de grande porte que demora anos para crescer (vai acabar morrendo antes de chegar na fase adulta), mas sim, ter uma população dominada por gramíneas que se reproduzem muito rápido. - Distúrbios de perturbação intermediário= Presença de ambos os tipos de espécies que pode persistir naquele ambiente: espécies adaptadas a condições extremas e comunidades presentes continuando a crescer. Hipótese da perturbação intermediária= os distúrbios que acontecem na natureza numa escala rara vão ter um aumento na diversidade de espécies. - Algumas espécies vão morrer e algumas vão colonizar aquele local. - As espécies que estão adaptadas (baixo ou alto distúrbio) conseguem permanecer. DISTURBISO RAROS = espécies com baixa capacidade competitiva vão se extinguir nesse ambiente. - Espécies que se reproduzem mais rapidamente e deixam uma diversidade de descendentes que morrem (R. estrategistas) por possuírem a capacidade reprodutiva de estarem gerando uma grande quantidade de descendentes, elas não têm uma alta competitividade – não são boas competidoras com outras espécies. - Essas espécies se estinguem. DISTURBIOS FREQUENTES = espécies com baixa taxa de crescimento extinguem-se (k. estrategistas) - Espécies que demoram muito tempo para completar seu ciclo de vida, nunca vão conseguir chegar na fase adulta. Praticamente não vão existir. PADRÃO EXTREMO = DE UM LADO, EXTINGUEM-SE AS R ESTRATEGISTAS E DO OUTRO EXTINGUEM SE AS K ESTRATEGISTAS. Distúrbio intermediário = Permanência dos dois tipos de estratégia no mesmo local, ou seja, maior diversidade de espécies. Espécie exótica - Quando ela chega em um determinado local que não é seu local de origem: vai procurar alimento, espaço, tentar não ser predada, tentar permanecer, se reproduzir e se desenvolver naquele local. * Na maioria das vezes, as espécies exóticas quando chegam num ambientem novo não conseguem sobreviver. - Quando a espécie consegue colonizar e persistir no local, são chamadas de espécies invasoras (não tem predadores aturais) Começam os problemas... - Introdução de uma espécie invasora num ambiente = extinção de outras espécies. (exclusão competitiva). As espécies nativas, além de competir pelo recurso, também tem seu predador natural, logo, sua chance de conseguir sobreviver é menor. 1. Qual a importância de se saber a composição de espécies de uma comunidade? É importante saber pois a função de cada espécie dentro de uma comunidade pode ser distinta levando ao diferente funcionamento na interação entre organismos e isso pode mudar toda a teia trófica e função de uma comunidade no ecossistema. 3. Explique por que normalmente encontramos maior diversidade de espécies em condições de distúrbio intermediário em comparação a distúrbios raros ou frequentes. Há maior diversidade devido a permanência dos dois tipos de estratégia no mesmo local com espécies adaptadas a condições extremas e espécies presentes continuando a crescer. 5. Por que habitats mais complexos e heterogêneos abrigam uma maior diversidade de espécies? Porque habitats complexos e heterogêneos levam ao aumento na disponibilidade de nichos, como abrigos e sítios que ofereçam proteção contra a predação, além de possuir uma maior disponibilidade de recursos alimentares o que propicia ambientes adequados para a reprodução das espécies. 8. De que modo a introdução de espécies exóticas pode contribuir para a perda de diversidade de espécies nativas? As espécies exóticas não têm predadores naturais quando introduzidas em um novo local, já as espécies nativas, além de competir pelos recursos com a espécie invasora, tem seu predador natural, logo, sua chance de sobrevivência é menor.
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