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Resumo de caprinocultura e ovinocultura

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Caprinocultura e 
Ovinocultura 
 
MATERIAL PRODUZIDO COM BASE NAS AULAS MINISTRADA PELO PROFESSOR 
RESUMO PRODUZIDO POR KAROLINE BARBOZA ALVES 
1º SEMESTRE DE 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BETIM 
1º SEMESTRE/2022 
Sumário 
 
1. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CAPRINOS E OVINOS ........................ 3 
2. SUSTENTABILIDADE ....................................................................................... 4 
3. RAÇAS OVINAS .................................................................................................. 6 
4. RENDIMENTO DE CARCAÇA ....................................................................... 11 
5. PROLIFICIDADE .............................................................................................. 12 
6. INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA .......................................................... 13 
7. NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE OVINOS ............................................... 15 
8. CÁLCULOS ........................................................................................................ 21 
9. RAÇAS CAPRINAS ........................................................................................... 25 
10. A LÃ E SUA PRODUÇÃO................................................................................. 30 
11. NUTRIÇÃO E MANEJO ALIMENTAR DE CAPRINOS ................................ 34 
12. MANEJO REPRODUTIVO DE OVINOS ........................................................ 39 
13. ANOTAÇÕES ..................................................................................................... 40 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
3 
Principais diferenças: 
CARACTERÍSTICA/ 
ESPÉCIE 
OVINOS (ovis aires) CAPRINOS (capra hircus) 
Barba Não Sim 
Cauda Arriada e comprida (3 a 32 
vértebras) 
Erguida e curta (12 a 16 
vértebras) 
Chifre Seção transversal triangular e 
espiralado 
Ovalado e achatado 
Divertículos infraorbitários Sim (aprofundamento próximo aos 
olhos) 
Não 
Glândula inguinal Sim Não 
Glândula interdigital Presente no divertículo interdigital e 
abertura 
Não 
Nº de cromossomos 54 60 
Odor hircino Não Sim 
Perfil nasal Convexo Planos e curtos/ Retilíneo 
Produção Carne, lã e leite Leite e pele 
 
Caprinos: são representados pelo bode (reprodutor) e pela cabra (matriz), podendo ser exóticos ou nacionais. 
Os machos dessa espécie possuem as glândulas de Schietzel (shieti) que se localizam nos cornos desses 
animais e os caracterizam com um odor forte. Por isso, os machos devem ficar a um quilômetro de distância 
do local de ordenha e do laticínio para evitar que os derivados lácteos se “contaminem” com o cheiro, tornando 
o produto de sabor desagradável. 
 Origem do carneiro- planalto central asiático e Egito. 
 Origem do caprino- Ásia central com 5 grupos diferentes. 
Ovinos: são representados pelo carneiro (reprodutor), ovelha (matriz) e cordeiro (filhote). Podendo ser animais 
lanados (com presença de lã) ou deslanados. 
Caprino e ovino produzem leite, porém naturalmente é se ouvido falar mais no leite de cabra. O leite de ovelha 
é usado, entretanto ela produz pouco leite, sendo esse leite extremamente nutritivo, sendo reservado para fazer 
leite, iogurte, queijo, e assim agregando valor. 
Os animais atingem a maturidade sexual com 2 anos de idade. Os animais de maior qualidade são abatidos 
com até 6 meses de vida. 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
4 
A sustentabilidade significa produzir atendendo as necessidades do presente, mitigando os impactos 
ambientais (desmatamento, queimadas, descarte incorreto de dejetos) nos recursos naturais (água, solo, 
vegetação e ar), considerando as gerações futuras. Exigir menos dos recursos naturais para produzir. 
Sustentabilidade é um triangulo que tem que ter um pilar ambiental, social e econômico. Viabilidade ambiental 
é não prejudicar o meio ambiente, mas não tem como fazer isso, então tem que mitigar os impactos ambientais 
no ambiente. Sustentabilidade e produção sustentável estão ligadas e são necessárias para que tenha mercado 
e produto regulamentado no mercado. 
Raças que produzem em ambientes estressante (em termos de temperatura, alimentação, etc) têm menor 
produção; enquanto isso, em locais com maior tecnologia, como o uso de genética, adubação e fertilidade de 
solo, a produtividade tende a se maximizar. 
As áreas degradadas promovem a diminuição da produtividade da forragem, provocando a queda na 
produtividade animal. O que pode acarretar a degradação das pastagens? 
 Queimadas; 
 Manejo incorreto das pastagens; 
 Presença de plantas invasoras; 
 Presença de pragas como cupins e formigas. 
Sistema Extensivo: baixa tecnologia, menor produtividade, raças menos exigentes; Sistema Intensivo: alta 
tecnologia, melhor solo e forragem, maior produtividade, raças exóticas (mais exigentes). 
A alimentação está relacionada ao peso vivo do animal. Sendo que um ovino possui o consumo de matéria 
seca (CMS) pelo PV de 4-5%. Assim, fazendo a comparação entre a alimentação de uma vaca e de um ovino, 
temos: 
 Vaca pesando 60 Kg com CMS PV de 2,5% vai alimentar-se de 15 Kg de MS. Enquanto isso, um 
ovino pesando 50 Kg com o CMS PV de 5% vai se alimentar-se de 2,5 Kg de MS. A ovelha come 
menos pois pesa menos e a vaca come mais pois pesa mais. 
Menor peso > menor quantidade de comida > menor quantidade de água > menor território necessário > menor 
espaço de tempo para produzir por hectare. 
Qual a relação da sustentabilidade com a produção de ovinos e caprinos? Por serem pequenos ruminantes, eles 
precisam de menor espaço para a produção de alimentos para eles, menor demanda de terra e menor demanda 
de agua, proporcionando a produção animal que é carne, leite e lã. Integração lavoura pecuária (ILP) é um 
exemplo de sustentabilidade da produção de ovinos e caprinos. A ILP proporciona uma maior sustentabilidade 
na criação dos ovinos e caprinos. 
O peso está relacionado com consumo. Animal mais pesado tem consumo maior e seu consumo de matéria 
seca é em relação ao peso. O peso está relacionado com consumo voluntario, o animal mais pesado tem que 
consumir mais para manter a carcaça e o animal com peso mais leve tem que consumir menos para manter a 
carcaça. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
5 
Quais são os principais gases estufas emitidos pela agropecuária que está diretamente ligado com a medicina 
veterinária? Metano, CO2 e oxido nitroso. O animal que está a pasto emite mais metano por que uma dieta 
mais rica em fibra vai estimular mais a produção de acetato que estimula a produção de metano. Do que o 
confinado, pois ele utiliza mais a rota do propionato que vai ser mais eficiente e produzir menos metano, 
energeticamente sendo mais eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
6 
 
Os ovinos são classificados como matriz, reprodutor, cordeiro e borrego, sendo: 
 Carneiro: macho adulto reprodutor (acima de 2 anos); 
 Ovelha: fêmea adulta reprodutora (acima de 2 anos); 
 Cordeiro: filhote de até 11 meses; 
 Cordeiro mamão: filhote de 4 a 6 meses – desmama precoce de 2 meses, desmama comum de 3 meses; 
 Borrego: de 12 meses a 1 ano e 1/2; 
 Borregão: de 1 ano e 1/2 a 2 anos. 
 
RAÇAS PARA lã 
Merino Australiano: São ovinos especialistas na produção de lã. Introduzidos na Austrália em 1794 a partir 
da África do sul. 
Características: 
 Velo denso e uniforme por todo o corpo com lã muito branca e de extrema suavidade ao tato, resistente. 
 Peso do velo de 7-10kg nos borregos, 9-19kg nos carneiros e 3,5-4,5kg nas ovelhas. 
 Comprimento de 7-13 cm e 12 a 23 micras de diâmetro. 
 Suarda abundante 
 Peso do macho é de 90kg e o peso da fêmea é de 55kg. 
 Prolificidade de 125-150%. 
 Muito boa em produção de lã de boa qualidade, mas é exigente. É a melhor. 
 Provávelformação racial (25% Merino Espanhol + 40% Vermont + 30% Negretti e Electoral + 
5% Rambouillet). 
Ideal (Polwarth): Surgiu no Condado de Polwarth no sul da Austrália 
 Produz borregos com razoável cobertura de carne. 
 Suporta pastagens mais pobres, portanto é mais rustico e mais ideal para um sistema extensivo (baixa 
tecnologia). 
 Precoce das raças lanígeras. 
 Produção de lã: qualidade superior, fibras com diâmetro reduzido (23 a 26 micras) e ondulações 
pronunciadas. Cor branca ou marfim, suave ao tato e de aspecto sedoso. 
 Fêmea Merino x machos Lincoln > fêmea ½ ML x Macho merino > ¾ Ml X ¼ Lincoln (5º geração). 
Raças mistas (produção de lã e carne) 
Uma raça mista não consegue ter excelência em nenhuma especialidade, se adequando ao sistema extensivo 
de produção. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
7 
Corriedale: surgiu na Nova Zelândia. É o cruzamento de fêmea merino com macho Lincoln. Após, ocorre o 
cruzamento consanguíneo. 
 Corpo harmonioso para lã e carne, tronco cilíndrico, ligeiramente compacto. 
 Cabeça larga e forte, sem chifres e sem lã na cara, só um topete. 
 Focinho escuro. 
 Velo geralmente pesado, volumoso. 
 Peso do velo: 8-9kg; rebanho geral: 4kg. 
 Lã com grande uniformidade: bom valor comercial (dificuldade no tingimento). 
Romney MarsH: surgiu no sul da Inglaterra. 
 Boa rusticidade, grande adaptação a regiões úmidas. 
 Produção de lã: comprida e semi-lustrosa (escuro). 
 Peso do velo: rebanho geral- 3 a 5kg; 6-10kg para confinados. 
 Lã com qualidade média/baixa. 
 Produção de carne: cordeiros precoces, adultos produzem até 40kg (bom rendimento). 
 Usadas para cruzamentos com raças crioulas. 
 Começa a puxar um pouco mais para carne, dando animais mais precoces e mais pesados. 
 Boa Prolificidade, mas com pouca habilidade materna. 
Lincoln: surgiu na Inglaterra. 
 Cabeça larga e chata, com grande topete, garupa arredondada ampla e bem harmoniosa com o lombo. 
 Seu melhoramento iniciou com cruzamento com Leicester e posterior pressão de seleção. 
 Produz bastante lã, mas de baixa qualidade, não aguenta processamento. 
 Produção de lã: velo por todo o corpo, lã grossa e de maior comprimento dentre as raças mistas. 
 Peso do velo: carneiros: 15 a 20kg, rebanho geral 5-6 Kg. 
 Mechas em cachos pontudos de cor creme claro e amarelo ceroso. 
 Produção de carne: machos até 120kg e fêmeas: 100-120 kg. Cordeiros com 4 meses tem 35 kg. 
 Melhor para produção de carne do que para lã. 
 Ovelhas muito proliferas e de boa habilidade materna. 
 
Raça para corte 
Southdown: surgiu na Inglaterra. 
 Animais compactos, retilíneos e atarracados. Animais atarracados dão mais rendimento de carcaça. 
 Peso: carneiro 100-110kg; ovelhas: 60-65kg; cordeiros: 20-30kg com 3 meses, aos 6 meses atingem 
40-45kg. 
 Ovelhas proliferas com boa habilidade materna. 
 Animal muito precoce, vende mais rápido, fatura mais, baixo custo se tiver alta eficiência de produção. 
Se tem custo menor de produção de carne, fatura mais. 
 Até os 6 meses o animal tem carne nobre. 
 Produz carne fina e saborosa de 1ª qualidade. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
8 
 Exigente em termo nutritivo, necessitando de boas pastagens e com aguadas bem distribuídas (não 
suportam caminhadas longas). 
 Machos muito usados em outros rebanhos. 
 Entrou na formação da maioria das raças de corte. 
 Algumas categorias vão para a pastagem e algumas vão para o confinamento. 
Ile De France: cruzamento de Leicester x merino. 
 Animais pesados e precoces. 
 Sua lã é a melhor entre as raças de corte. 
 Desenvolve-se bem em condições intensivas. 
Texel- características: 
 Ossatura forte. Corpo harmonioso. Focinho escuro. Membros, cabeça e nuca cobertos de pelos finos. 
Suffolk- surgiu no sudeste da Inglaterra. Cruzamento de ovelha Norffolk e Carneiro Southown. 
 Animais pesados; tem precocidade e rusticidade (vão bem no sistema extensivo); 
 Superam facilmente os 100 Kg (adultos) e aos 7 meses 40 Kg. 
 Possuem facilidade para ganhar peso; 
 Carne sem gordura excessiva; 
 Ovelhas proliferas e com boa habilidade materna; 
 Possui lã branca e de baixa qualidade. 
 Lã com qualidade ruim. 
Hampshire Down- surgiu na Inglaterra, a partir de cruzamentos entre Wiltshire x Berkshire Knots e seus 
produtos com Southdown. 
 Peso: 50kg com 6 meses em boas condições. 
 Ovelhas com boa produção leiteira proporcionando bons cordeiros; 
 Indicado para cruzamento industrial com nativas; 
 Cordeiros com bom ganho de peso; 
 Partos duplos são raros; 
 Bom rendimento de carcaça (60%); 
 Lã fina e curta e atinge 5kg com pior qualidade. 
Dorper: Tem origem no departamento do sul da África onde pegou animais resistentes a zona árida, animais 
que reproduzem e criem filhotes de modo aceitável, borregos com bom desenvolvimento, boa produção 
leiteira com alto teor de gordura, leve cobertura de lã para proteger da radiação solar, e alta fertilidade e 
habilidade materna. 
 Raça de corte mais utilizada no Brasil, pelas características e pelo potencial de entrega. 
 Essencialmente produtor de carne; 
 Animal robusto; 
 Machos apresentam peso quando adultos de 90 a 130kg de PV e as fêmeas chegam 90-100kg de PV; 
cordeiros atingem 35 a 40kg aos 3 ou 4 meses (demonstrando precocidade), apresentando carcaça com 
16 a 20kg, com 54% do PV em carne. 
 Boa Prolificidade. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
9 
 Animal compacto com bom rendimento de carcaça. 
 Possui o pescoço e a cabeça escura (preto ou vermelho) e restante branca; pode apresentar pequena 
quantidade de lã, mas de má qualidade; 
 Animais mochos (ausência de chifre). 
 
Raças para pele 
Morada Nova- características: 
 Pelagem vermelha ou branca com manchas vermelhas; deslanados; cauda com extremidade branca; 
pele escura e casco preto; tórax profundo e costelas pouco arqueada; linha dorsal cortante; ventre pouco 
desenvolvido. Pernalta. Muito rustica. 
Santa Inês- características: 
 Pelos brancos, vermelho, chitado. 
 Peso: animais com 6 meses: 40kg; machos adultos: 80kg; fêmeas adultas: 60kg; 
 Partos duplos frequentes; 
 Ovelhas com boa habilidade materna e produção leiteira. 
Rabo Largo- características: 
 Pelagem branca, vermelha ou chitada; sem lã; cauda volumosa em S. 
 Peso: machos: 45kg e fêmeas: 30kg; 
 Bastante rustico. 
Somalis Brasileira- características: 
 Porte médio e pouca lã; cauda gorda (rica em lipídeo); reserva para escassez. 
 Carne saborosa; 
 Peso: macho 40-60kg; 
 Produz ótima pelica (pele); 
 Apresenta menor mortalidade dentre os deslanados. 
Karakul- características: 
 Porte médio; membros finos, pretos e compridos; cara preta e bem estreita; macho armado (chifre) e 
fêmea mocha. 
 Baixa produção leiteira. 
 
Raças de leite 
Bergamácia- características: 
 Cabeça pesada; pernas compridas e articulações fortes. 
 Produção leiteira média de 250kg em 6 meses de lactação; 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
10 
 Ganho de peso é alto nos cordeiros; 
 Lã de baixa qualidade; 
 Pouco exigente na alimentação: facilidade de adaptação no nordeste brasileiro (rusticidade); 
 Queijos sofisticados. 
Lacaune- características: 
 Responsável pela produção do queijo roquefort. 
 Aptidão leiteira acentuada; produção leiteira média de 1,5kg/dia (produz em média 150-200kg por 
lactação), com 8% de gordura; 
 Produz pouca lã (até 2kg); 
 Peso: macho- 90kg e fêmeas- 60kg. 
 
Cruzamento industrial 
É pegar uma raça extremamente especializada com todas as características de precocidade, de rendimento de 
carcaça, animal retilíneo; animal atarracado; animal com rusticidade e cruzar com um animal adaptado as 
condições brasileiras para ter um F1. Esse F1 resultado de cruzamento industrial vai ter rusticidade e 
qualidade. Cruzamento mais comum no brasil é de Dorper com santa Inês.Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
11 
Rendimento de carcaça (RC): 
Se trata do quanto de carne rende o animal depois de abatido, ou seja, tira-se o peso de vísceras e estruturas 
não comestíveis e pesa-se a carcaça. Entende-se por carcaça, o animal abatido, sangrado, esfolado, eviscerado, 
desprovido da cabeça, patas, rabada, glândula mamaria (fêmea), verga, exceto suas raízes, e testículos 
(macho). O rendimento da carcaça é a relação entre o peso do animal a ser abatido (vivo) e o peso da carcaça 
expresso em porcentagem. 
 RC altíssimo – 60%; 
 RC muito bom – 55%; 
 RC bom – 50%; 
 RC baixo – 40%. 
Fatores para ter um bom RC: genética (raças mais compactas rendem mais do que as raças mais pernaltas); 
nutrição e manejo. 
Exemplo: animal com 40 kg. Kg da carne a R$19. 
 RC 60% > 24 kg > R$456 
 RC 55% > 22 kg > R$418 
 RC 50% > 20 kg > R$380 
 RC 40% > 16 kg > R$304 
A melhor carne é a do cordeiro mamão, pois é a mais macia; quando o animal vai envelhecendo, sua carne se 
torna mais firme e forte, tendo maiores chances de ter ranço. Para levar o animal ao abate ele deve pesar no 
mínimo 30/35 Kg. No sistema de produção deve-se fazer reposição de 20% das matrizes, e quando a ovelha 
não emprenha ela é descartada; as matrizes geralmente ficam no sistema de 4 a 5 anos. 
 
Acabamento de Carcaça (ac) 
Se trata de quanta gordura deposita na carcaça. A gordura tem como função manter a carne úmida, 
proporcionando maior suculência, maciez e sabor naquela carne. A gordura é depositada no animal a partir da 
maior ingestão de carboidratos solúveis, amido principalmente; pode ser feito na fase final do animal, com a 
suplementação de farelo de milho. 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves 
 
12 
Habilidade materna está relacionado com proteção e produção de leite, isso é bom pois reduz o índice de 
mortalidade e potencializa a desmama do cordeiro mais pesado. Está diretamente relacionado com a 
sobrevivência do filhote e seu alto desempenho em termo de ganho de peso e peso a desmama. 
A Prolificidade é um fator genético, sendo que quanto maior a prolificidade, maior é a chance de o animal dar 
parto duplo ou triplo. Sendo assim, a prolificidade é a frequência de partos gemelares (gêmeos). Quanto mais 
filhotes a matriz tem por parto, maior é sua prolificidade, e mais chance ela tem de permanecer no sistema de 
produção. 
Dentro de uma estação de reprodução é quase impossível ter 100% de índice de gestação nas fêmeas 
protocoladas; 80 a 90% de fêmeas prenhas é um excelente número. Animais com má nutrição e doenças têm 
baixa taxa de ovulação, o fator idade também interfere. 
Exemplo: Qual o número de 
cordeiros que são desmamados? 
 1000 ovelhas 
 Fertilidade de 90% 
 Prolificidade de 150% 
 
Exemplo 2: Qual a quantidade de cordeiros que são 
desmamados? 
 1000 ovelhas 
 90% de fertilidade 
 140% de prolificidade 
 25% de mortalidade 
Isso está relacionado com o sistema de nutrição. Se não der 
nutrição para fêmea, ela nem consegue entrar no cio direito. 
 
Fertilidade: 90% de 1000 = 900 ovelhas 
100% - 900 
150% - X 
X= 1.350 cordeiros. Se tem 900 ovelhas, nasce 1350 por parto 
duplo. 
 Fertilidade: 90% de 1000 = 900 ovelhas 
100% - 900 
140% - X X= 1.260 cordeiros. 
1.260- 100% 
X- 25% X= 315 cordeiros 
1.260 – 315 = 945 animais. 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
13 
Sustentabilidade é produzir mitigando os impactos ambientais nos recursos naturais (água, solo, vegetação e 
ar) considerando as gerações futuras. 
Qual a relação da sustentabilidade com a produção de ovinos e caprinos? Por serem pequenos ruminantes, eles 
precisam de menor espaço para a produção de alimentos para eles, menor demanda de terra e menor demanda 
de agua, proporcionando a produção animal que é carne, leite e lã. A Integração lavoura pecuária (ILP) é um 
exemplo de sustentabilidade da produção de ovinos e caprinos. 
A relação da ILP com a sustentabilidade é a recuperação do solo. O calcário e adubo entram através da lavoura, 
em que se começa a trabalhar o solo (nutrindo). O NPK (nitrogênio, fosforo e potássio) é utilizado para 
melhorar o solo, nutrindo-o e o recuperando. A agricultura entra melhorando e nutrindo para tornar o solo 
mais produtivo. 
Sistema Intensivo: mais tecnologia no sistema, operação, pastagem, volumoso e raça. Uma raça melhor é 
colocada no sistema intensivo para o potencial genético se expressar. Por exemplo, para dar um cordeiro mais 
precoce, é necessário de genética, nutrição e ambiente adequado. 
ILP requer um sistema intensivo de produção, na qual pega um solo de baixa produtividade e fertilidade e 
transforma o solo em um solo de maior fertilidade. 
Nutrição básica do solo são os fertilizantes NPK (nitrogênio, fosforo e potássio). 
Tem como trabalhar o animal a pasto de forma intensiva? Sim, além de trazer fertilidade para o solo, traz um 
manejo adequado para a forragem, que vai para um sistema de alta tecnologia, rotacionando e suplementando 
esse animal nutricionalmente. 
Forragens de alta produtividade: Tifton, feno, pânico, alfafa, silagem de milho. 
A ILP vai recuperar áreas degradadas com ciclos de agricultura e pecuária. Pega um solo de baixa fertilidade 
e baixa produtividade e coloca uma forragem de baixa produtividade e depois coloca de alta. O sistema com 
solo de baixa produtividade e de baixa fertilidade, desencadeia uma forragem de baixa produtividade e de 
baixa qualidade, consequentemente o sistema de produção animal vai desenvolver um animal de baixa 
produtividade e qualidade, pois a forragem não oferece isso, já que o solo não oferece. Dentro do sistema de 
produção animal, tem que integrar solo, forragem e animal. 
Fotosensibilidade: causada por Braquiária na alimentação de ovinos. Causa uma “dermatite” nos animais. 
Devido a isso, ovinos não podem se alimentar de Braquiárias. As forragens para ovinos e caprinos do sistema 
intensivo (alta tecnologia) são o Tifton, Massai e Aruana. Se entra com Tifton e com nutrição em um sistema, 
vai aumentar a produção, a qualidade e a lotação animal, dessa forma irá aumentar no final a produção animal. 
No pasto degradado se tem 0,5 UA/ha/ano. No sistema extensivo tem 1,0 Ua/ha/ano. No sistema intensivo 
tem 5,0 Ua/ha/ano, podendo chegar 5UA/ha/ano. Quando se coloca tecnologia tem que se saber qual a % da 
produtividade, por exemplo, se saiu de uma área degradada (0,5 Ua/ha/ano) e passou para um sistema intensivo 
(5,0Ua/ha/ano), faz o seguinte cálculo: 
5,0 UA/ ha - 0,5 UA/ha = 4,5 > 4,5 / 0,5 = 9 > 9 x 100 = 90% 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
14 
Para trabalhar com a gramínea, tem que adubar pois só assim para ela absorver os nutrientes. A lavoura pode 
produzir tanto gramínea (milho, arroz, trigo, sorgo) quanto leguminosa (soja, feijão). O ideal é plantar a 
leguminosa pois vai melhorar a fixação biológica do nitrogênio (FBN). A raiz da leguminosa é pivotante, ela 
cresce e aprofunda mais, isso é bom pois descompacta o solo, filtra mais a agua, começando a ficar mais firme 
no solo. A leguminosa tem Rhyzobium (bactéria) na raiz que ajuda na fixação biológica do nitrogênio (FBN). 
Existem três pilares da sustentabilidade, sendo a viabilidade social (S), viabilidade ambiental (A) e viabilidade 
econômica (E). A viabilidade econômica é não tomar prejuízo (é o lucro). 
Extrativismo: degradação (produz e degrada) 
ILP: integra solo, planta e animal > produção sustentável. 
Sustentabilidade ambiental: preparação da base produtiva para a certificação dos seus produtos. 
O manejo da área (solo) com agricultura pode proporcionar a recuperação de áreas degradadas repondo 
nutrientes ao solo (NPK) aumentando a produtividade e intensificando o sistema de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
15Eficiência reprodutiva é um somatório de fertilidade, prolificidade, sobrevivência dos cordeiros, pois tem 
grande dependência genética e também sofre efeito na nutrição. Consanguinidade diminui a eficiência 
reprodutiva prejudicando a produção de carne. 
Fases de produção: 
 Cria (ovelhas e crias até 3 meses, até a desmama) – a pasto. 
 Recria (cordeiros e cordeiras depois de três meses, podendo ser a pasto ou confinamento). 
 Engorda (cordeiro na fase de terminação, indo para o abate) – ocorre ganho de peso e gordura com a 
alimentação mais energética. 
O GMD (ganho médio diário) sempre será melhor no confinamento que na pastagem. 
O maior peso ao nascer está relacionado com maior viabilidade de campo, melhorando o desempenho 
subsequente que é o GPD/GND (ganho de peso diário). E pode estipular a época da desmama. No Brasil um 
bom GPD é de 130 (baixa tecnologia) a 250 (alta tecnologia), na Europa é de 350 g. 
Cria: ovelhas e cria // recria: reposição 
EC: escore corporal // CC; condição corporal. CC e EC estão correlacionados com a nutrição animal. 
RC (rendimento de carcaça) varia de 40 a 60%. 40% é ruim, 50% é um médio/bom, 60% é muito bom. 
Portanto, quanto maior o RC, mais carne para vender e mais lucro o produtor vai ter. O rendimento de carcaça 
é diferente do acabamento de carcaça. 
Como melhorar o RC de 40 para 60%? Genética, a primeira coisa é pegar um animal com genética melhorada 
para acabamento de carcaça, sendo elas as raças South Down, Ille de France, Dorper. Não adianta ter genética 
e errar no manejo, não tem como trabalhar a melhor genética se errar o manejo. 
Conhecer a faixa etária onde ocorre o maior crescimento pode programar um sistema de terminação de 
cordeiros melhor. No Brasil é de 2 a 5 meses, para as raças inglesas é de 70 a 90 dias. O tipo de parto influencia 
no GPD, gêmeos tem velocidade de ganho inferior aos de parto simples. O sexo influencia no GPD (ganho de 
peso diário), pois o desempenho dos machos é melhor que o das fêmeas. Tem que considerar o plano 
nutricional, pois se sabe que se o animal nasceu em parto gemelar é necessário aumentar o suporte do animal 
para compensar o que ele perdeu em comparação ao parto simples. 
Na estrutura de comercialização deve-se trabalhar para evitar a sazonalidade de produção, como também 
diminuir a oferta de carcaça heterogênea, ao qual deve sempre manter um padrão de animal. Isso é feito com 
genética melhoradora e estação de monta, que deixa os animais mais homogêneos. Heterogêneo é quando 
cada hora você entrega animais com diferentes RC (despadronização). 
Peso do abate: para algumas raças o rendimento de carcaça pode aumentar o peso próximo aos 50 kg, por 
outro lado há sempre a tendência de maior acumulo de gordura, principalmente ao avançar da idade, no dorso 
do animal. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
16 
Observa-se que animais com menor GPD e crescimento lento, tem mais gordura na perna e no lombo. Pode 
considerar como satisfatório um peso de abate de 20 kg de PV com animais de 90 dias, e para cordeiros de 40 
kg para animais com mais de um ano. Um bom rendimento de carcaça deve estar próximo ao 50%. 
Classificação de carcaça: 
 Cordeiro mamão é o animal até os 6 meses macho castrado e fêmeas com dente de leite; 
 Borrego é 1,5 a 2 anos macho e fêmea com no máximo 2 pinças; 
 Capão é ovelhas com segunda dentição completa e carneiro macho não castrado considerando a queda 
das pinças na segunda dentição. 
A conformação de carcaça varia de macho, macho castrado e fêmea. A carcaça da fêmea não é muito boa, 
mas precisa ser abatida. São elas: convexa, subconvexa, retilínea, subcôncava, côncava e destinada a 
fabricação ou industrialização. 
Medida de gordura: 
 Magra- ausência de gordura; 
 Gordura escassa de 1 a 3 mm; 
 Gordura média de 3 a 6 mm; 
 Gordura uniforme de 6 a 10 mm (considerada a melhor); 
 Gordura excessiva acima de 10 mm. 
O local de deposição de gordura é em cima do dorso lombar. Classificação superior de carcaça, são animais 
com alto desenvolvimento de massa muscular, perfil de pena convexo, gordura branca, gordura superficial 
com distribuição uniforme, gordura intramuscular abundante e bem distribuída, musculatura de cor rosa pálida 
em cordeiro, e vermelho escura em adultos. 
Gordura intramuscular é o marmoreio, e quanto mais carne tem melhor, pois vai dar sabor, suculência e 
maciez. Esse marmoreio se faz melhor através do cruzamento industrial com alto grau de heterose. Exemplo 
de um cruzamento industrial com alto grau de heterose? DORPER. 
Quando trabalha com animais a pasto, não quer dizer que está trabalhando em um sistema extensivo. Pode ser 
trabalhado a pasto de forma intensiva. O fato de intensificar o pasto quer dizer que se que adubar, manejar e 
irrigar, tendo uma área que vai produzir mais alimento, podendo então colocar mais animais e assim 
intensificando. Mas isso não se compara a animais confinados, pois os confinados têm um ganho muito maior 
do que o intensivo a pasto, pois o gasto de energia do animal é muito menor e a dieta é mais balanceada e 
trabalhada para o ganho de peso dos animais. 
Exigência de água por categoria: ovelhas prenhas e em lactação- no terço inicial 4 a 5 litros, e 20 litros para o 
final da gestação; cordeiros e borregos- 3 a 5 litros por dia. 
Ovinos em pastejo têm exigência maior do que ovinos em confinamento, pois eles andam e tem maior gasto 
para fazer a manutenção. A categoria que é importante estabilizar o escore de forma que essa categoria nem 
perde nem ganha é a matriz. Na ovinocultura, a categoria que é mais comum trabalhar para pasto é a matriz, 
pois ela precisa manter um escore favorável para sua produção e reprodução. 
 
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Categorias: 
 Cria: matriz com o cordeiro mamando até os 3 meses 
 Recria: 3 a 4 anos 
 Engorda: 4 a 6 anos 
O fluxograma está relacionado com a categoria de cria. 
A alta prolificidade está relacionada diretamente com um bom nível nutricional que vai refletir no escore dos 
animais e vai dar maior prolificidade que é a quantidade maior de partos gemelares. Isso é bom parar saber 
identificar uma maior quantidade de cordeiro no sistema, pois a prolificidade aumenta a quantidade em número 
de crias. 
Um bom nível nutricional intrauterino resulta em maior peso ao nascer, diminuindo a taxa de mortalidade, e 
aumentando o maior peso na desmama. O cordeiro irá ser desmamado mais pesado se a fêmea tiver habilidade 
materna para poder dar leite e ter uma taxa de sobrevivência maior e ir mais pesado para o confinamento. 
Quando está em um confinamento e quer uma engorda tem que ter mais alimento concentrado do que alimento 
volumoso, a qual a dieta vai ficar mais barata (70% C e 30% V ou 80% C e 20%V). 
Matriz geralmente não se é colocada em confinamento, devido à idade e as questões imunológicas, já que as 
condições sanitárias triplicam por misturar animais jovens com animais velhos. 
Quando está trabalhando com a cria utiliza-se pastagens. A cria não precisa de ir para o confinamento, pois é 
caro para o que ela irá oferecer, que é a gestação e amamentação. 
Não se consegue ter acabamento de carcaça com 4-10 mm em pastagem. O problema de trabalhar engorda em 
pastagem é o AC que irá ser alto e perder RC. 
Desafio sanitário na pastagem: parasitas que se desenvolvem pelas condições propicias para sua proliferação. 
Pastejo horário: não deixar a cria e a recria de manhã até de tarde, para diminuir o contato da mãe e do filhote 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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com o parasita. No horário de 11-13h que o sol está alto, vai deixar o animal pastejar pois vai diminuir a 
capacidade do parasita, já que eles preferem umidade, sombra. 
Aspectos gerais na nutrição ovina: 
 Seletividade e habito de pastejo: ervas, arbustos, gramíneas e leguminosas 
 Silagens, feno, cana de açúcar,capim para corte (capim elefante). 
 Água: via de regra 2 litros/kg MS ingerida, tendo que ser de boa qualidade, pois quando se coloca uma 
agua de baixa qualidade o animal não vai beber para fazer o aproveitamento do alimento, só vai beber 
a água para matar a sede. Assim, começará a diminuir o consumo de matéria seca, fazendo com que o 
animal perca peso mesmo que se tenha uma alimentação de boa qualidade. 
 Consumo de água X alimentos 
 Água (maior exigência): ovelhas prenhas ou lactantes: terço inicial de 4-5 litros (consumo) e 20 litros 
disponíveis para final da gestação. 
 Cordeiros e borregos chegam a consumir de 3-5 litros diários. 
 Para ter agua de qualidade tem que limpar os bebedouros 2x na semana no mínimo. 
Animais que nasceram de parto duplo ou triplo devem ficar separados dos animais que nasceram de parto 
simples, devido ao manejo que cada um desses animais teve e a exigência que fizeram da mãe. 
Silagem: forragem compactada, fermentada, processada e entregue aos animais. 
Aleitamento artificial (sucedâneos) 
 Melhora o manejo reprodutivo (deixando a ovelha longe do cordeiro, ela fica estressada e libera 
hormônio que antecipa o cio) 
 Aleitamento artificial é a mesma coisa de fornecimento de sucedâneos. 
Ferreira (2005) forneceu 750 mL de três sucedâneos, três 
vezes ao dia a cordeiros Santa Inês: 
 Leite integral de vaca (LV) – 100% PB LV. 
 Sucedâneos soro (SS) – onde 73% da proteína era 
do soro de leite e 27% de leite integral de vaca. 
 Sucedâneos ovo (SO) - ONDE 58% era de ovo 
em pó integral e 42% do leite integral de vaca. 
 
Alimentação de cordeiros: 
 Elite e comercial: podem adotar manejo de mamada (2 ou mais por dia). 
 Emprego de “amas de leite” (Elite ou comercial em emergências) 
 Creep feed para comercializar a partir de 20 dias de idade > bons resultados práticos: observar aspectos 
técnicos da implantação. O Creep feed é apenas para ovelhas de corte 
 Confinamento: avaliar custos > emprego de subprodutos. 
Na alimentação de cordeiros de 2 a 4 semanas é muito importante o leite materno, na 3ª semana há algumas 
enzimas pouco efetivas e tem que trabalhar com sucedâneo com qualidade nutritiva e microbiológica. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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O aleitamento artificial é utilizado os sucedâneos, é recomendado quando as ovelhas têm produção de leite 
pequena ou quando o cordeiro é órfão ou foi rejeitado. Tem que melhorar o manejo reprodutivo ou trabalhar 
o sucedâneo nos rebanhos elites. 
O problema de manter um cordeiro com uma ovelha que tem pouca produção de leite é que ele não vai ganhar 
o peso esperado da desmama e consequentemente vai ficar um animal mais baixo, mais caro, baixo 
acabamento de carcaça e baixo desempenho de produção, pois faltou leite na fase inicial. 
Creep feed> alimentação só de cordeiros que estão em aleitamento (0-3 meses). O cordeiro está junto com a 
mãe, mas apenas ele come. Isso é bom, pois vai aumentar o peso da desmama do animal, a mãe recupera o 
score corporal mais rápido e entra no ciclo reprodutivo mais rápido. 
Ração proteica > filhote mamando > diminui exigência de leite diante a matriz > matriz menos exigida > 
transforma em gordura > recupera o score mais rápido > entra no cio mais rápido. 
A ração do cordeiro (Creep feed) tem que ser mais proteica do que energética, pois o animal está ganhando 
massa muscular, já que ainda está novinho, assim tem que ser mais proteica, na qual essa ração é mais cara. 
Para investir tem que fazer análise financeira, para saber se vai ter retorno financeiro (se vai diminuir intervalo 
entre partos e se o cordeiro está ganhando peso). 
Problema sério que tem se evidenciado em várias regiões do Brasil com cordeiros é o emprego de misturas 
minerais ou concentrados para vacas leiteiras: consequência é UROLITIASE (pedra nos rins que pode levar 
o animal a morte). A solução é evitar excessos de concentrados e usar sal adequado (Ca: P). Deve ocorrer o 
balanceamento da concentração de cálcio e fosforo para diminuir a incidência de Urolitiase. Outro ponto é 
que não se deve dar ração de vaca para ovinos pois pode dar Urolitiase, já que nessas raçoes tem alto índice 
de fosforo e cálcio. 
Outro ponto a se preocupar na nutrição de ovinos é que tem que tomar cuidado com a quantidade de cobre, 
para não chegar no nível máximo. 
Na fase de transição deve se tomar cuidado, pois vai ter altos teores de alimentos concentrados em relação a 
alimentos volumosos. 
 
Alimentação de borregas; 
 Alimentação e puberdade (mistura múltipla, concentrados ou manejo de pastagens); 
 Fêmeas obsessas ou muito magras: perdas de fertilidade, número e tamanhos das crias. 
 Outros cuidados: GPD de 200g em Suffolk e cruzas diminuiu a produção de leite. 
Alimentação na puberdade consiste em uma mistura múltipla e concentrada, sendo que o manejo de pastagem 
vai influenciar bastante no ganho de peso do animal para que ele entre no ciclo reprodutivo. 
Fêmeas obesas ou muito magras vão ocorrer de ter perda de fertilidade, em que os números do tamanho de 
crias vão ser afetados. Ocorre principalmente em função da questão da falta de suplementação ou pastagem 
inadequada para as fêmeas. 
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O ganho de peso diário de 200g de Sullfolk e cruzas diminui a produção de leite. Quando a borrega de Sullfolk 
(+ rusticidade) começou a ganhar 200 g, a produção de leite caiu, pois foi dada muita ração. Depois que deu 
problema na produção de leite, desencadeia problema na desmama do cordeiro, portanto, causa uma desmama 
mais leve em função da nutrição inadequada da borrega. 
 
Alimentação das fêmeas na epoca de reprodução: 
 Flushing: 2 a 3 semanas antes e 1 a 2 início EM. 
 EC ou CC: cada unidade nessa escala equivale ao aumento de 6 a 12 kg no PV e uma elevação de 6 a 
10% na gordura corporal. 
Flushing: suplementação energética dada para as fêmeas antes da estação de monta e depois da estação. Para 
ter produção de gordura e assim aumentar a fertilidade e a prolificidade. Tem que ser animais que tenha boa 
prolificidade e genética para isso, se não ocorre o gasto de dinheiro à toa. É uma suplementação com farelo 
de milho, pois é altamente energético. Só vai suplementar as fêmeas mais magras. 
Animais com score 0 são animais caquéticos, quase mortos. Animais com score 1, é possível palpar os ossos. 
Score 2 é possível sentir os ossos com camada de musculo por cima. Esses três scores não dão reprodução, 
não tem prolificidade. O que dá prolificidade é de score de 2,5-3 
Prolificidade é diferente de fertilidade, em que a fertilidade é se a fêmea pode gerar partos e a prolificidade é 
se o animal é capaz de dar partos gemelares. Isso é bom quando se está em um sistema com tecnologia, para 
poder fornecer nutrição para o animal, pois caso ao contrario pode ocorrer desses animais morrerem. Estação 
de monta: score de 2,5 a 3 (matriz antes da reprodução). 
Se o cordeiro está nascendo leve teve problema durante a gestação. 
Parto gemelar: tem que ter score 4. Não pode se preocupar apenas no final e sim durante todo o processo. Essa 
nutrição é importante para o filhote e para a mãe, sendo que para o filhote é importante para não nascer magro 
e para a mãe para que não tenha problema com toxemia. 
Para parto que seja único (sem ser gemelar) tem que ter um score de 2 a 3,5. Tem que ter nutrição também, 
pois pode ocorrer de ter toxemia também. 
A matriz que fica vazia não compensa ficar no sistema, o que compensa é matriz que fica gestante. Para as 
vazias o recomendado é o descarte, então vai para o abate. O preço da carcaça dessas ovelhas é diferente. 
 
 
 
 
 
 
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Cálculo para quantidade de cordeiros desmamados: 
1. Quantidade de animais x fertilidade= número de gestantes 
2. Quantidades de animais – número de gestantes = quantidade de nãogestantes 
3. Número de gestantes x prolificidade = número de cordeiros nascidos 
4. Cordeiros nascidos – taxa de mortalidade = quantidade de cordeiros 
5. GMD x número de dias em confinamento = peso no confinamento 
6. Peso no confinamento + peso a desmama = peso final do cordeiro 
Cálculo para o faturamento total: 
Cordeiro desmamados: 
1. Peso fina do cordeiro x rendimento de carcaça = carcaça 
2. Carcaça X preço de venda 
3. Quantidade de animais x preço total 
Ovelha vazias: 
1. Peso da ovelha X rendimento de carcaça da ovelha 
2. Carcaça x preço 
3. Número de ovelhas x preço total da carcaça 
4. Faturamento total: ovelhas vazias + cordeiros desmamados 
 
SISTEMA 1 (sem médico veterinário) 
DADOS: 
CC; 2,0 (ruim) 
800 ovelhas 
Fertilização: 60% 
Prolificidade: 110% 
Mortalidade: 27% 
Cordeiro – R$ 21,00 – RC 44% (para considerar bom 
tem que ser 50-55%). 
PN (peso ao nascimento): 2,8 Kg (está baixo) 
PD (peso a desmama): 11 Kg 
GMD: 200g 
Período de confinamento: 98 dias 
Ovelha 40 Kg – RC 40% - R$ 16,00 Kg carcaça. 
 
A) Quantidade de cordeiros desmamados e peso bruto final? 
Quantidade de animais x fertilidade = número de gestantes 
800 x 60% = 480 gestantes 
Quantidades de animais – número de gestantes = quantidade de não gestantes 
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800 – 480 = 320 não gestantes 
Número de gestantes x prolificidade = número de cordeiros nascidos 
480 x 110% - 528 cordeiros nascidos 
Cordeiros nascidos – taxa de mortalidade = quantidade de cordeiros 
528 – 27% (142,5) = 385,4 (386) 
GMD x número de dias em confinamento = peso no confinamento 
0,2 (200 gramas) x 98 dias = 19,6 Kg de confinamento (tem que adicionar com o peso da desmama) 
Peso no confinamento + peso a desmama = peso final do cordeiro 
19,6 + PD (11 Kg) = 30, 6 Kg 
Serão 386 cordeiros com peso final de 30,6 Kg. 
 
B) Qual o faturamento com a venda de cordeiro? Quantos animais serão abatidos e qual 
faturamento total? 
Peso fina do cordeiro x rendimento de carcaça = carcaça 
30,6 Kg x 44% = 13,46 Kg 
Carcaça X preço de venda 
13,46 Kg x 21,00 = 282,66 
Quantidade de animais x preço total 
386 x 282,66 = 109.106,76 (cento e nove mil, cento e seis reais e setenta e seis centavos) 
Peso da ovelha X rendimento de carcaça da ovelha 
40 Kg X 40% = 16 Kg 
Carcaça x preço 
16 Kg x 16,00 = 256,00 
Número de ovelhas x preço total da carcaça 
320 ovelhas x 256,00 = 81.920,00 
Faturamento total: ovelhas vazias + cordeiros desmamados 
Faturamento total: 109.106,76 + 81.920,00 = 191.026,76 
 
C) Quais os piores índices zootécnicos e como resolver para que possam melhorar? 
Estratégia para melhoria: fazer flushing, a qual irá colocar suplantação energética para a ovelha conseguir 
peso e chegar a um score de 2,5 a 3. Além disso, é bom se ter um reprodutor Dorper para melhorar o RC e a 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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% de fertilidade, e esse animal precisa de um exame andrológico para se ter uma boa motilidade e 
turbilhamento (precisa chegar ao destino e com rapidez). 
Para resolver o problema da PD (peso da desmama) e mortalidade > após o termino do período de monta (após 
45 dias) > vai separar o lote animais com parto simples e com parto gemelar através do ultrassom > melhor 
manejo para partos gemelares (score de 4- 4,5) e para partos simples (5,0). 
Peso a desmama aumentando irá diminuir a taxa de mortalidade, pois melhora seu índice corporal e sua 
nutrição. Além disso tem que se ter bom manejo sanitário e bom manejo de dejetos (urina e fezes). 
Tem que convergir ambiente, nutrição e manejo sanitário para que ocorra a diminuição da taxa de mortalidade. 
Uma boa nutrição aumenta o GMD. Colocando o Dorper aumenta o rendimento de carcaça. Para melhorar o 
GMD tem que ter uma nutrição balanceada entre energético e concentrado, não podendo ter dieta bovina. 
 
SISTEMA 2 (com médico veterinário) 
DADOS: 
CC; 3,0 
800 ovelhas 
Fertilização: 95% 
Prolificidade: 130% 
Mortalidade: 10% 
PN (peso ao nascimento): 3,7 Kg (está baixo) 
PD (peso a desmama): 14 Kg 
GMD: 300g 
Período de confinamento: 98 dias 
Cordeiro – R$ 21,00 – RC 52% 
Ovelha 50 Kg – RC 40% - R$ 16,00 Kg carcaça
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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A) Quantidade de cordeiros desmamados e o peso bruto final? 
800 x 95% = 760 gestantes 
800 – 760 = 40 não gestantes 
760 x 130% = 988 cordeiros nascidos 
988 – 10% (98,8) = 889.2 cordeiros 
0,3 (300 gramas) x 98 dias = 29,4 Kg de confinamento 
29,4 + PD (14 Kg) = 43,4 Kg de peso final 
Serão 889 cordeiros com peso final de 43,4 Kg. 
 
B) Qual o faturamento com a venda de cordeiro? Quantos animais serão abatidos e qual 
faturamento total? 
Cordeiro: 
43,4 Kg x 52% = 22,56 Kg 
22,56 Kg x 21,00 = 473,76 por animal 
889 x 473,76 = 421.172,64 (cordeiro) 
Ovelha: 
50 Kg X 40% = 20 Kg 
20 Kg x 16,00 = 320 
40 ovelhas x 320,00 = 12.800 (ovelhas secas) 
Faturamento total: 12.800 + 421.172,64 = 433.972,64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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A produção, o processamento e comercialização são muito próximas na caprinocultura. 
90% dos capris não acerta o ponto coleta de forragem. A amaioria erra pois não sabe produzir e não sabe as 
informaçoes corretas para a coleta. 
 
Raças produtoras de leite 
 Bom vigor 
 Feminilidade 
 Ligação harmoniosa de úbere (dá suporte ao úbere para o processo de leite e não ficar caindo, e assim 
evitar ter problemas com mastite) - As cabras possuem apenas dois úberes. 
 Angulosos e descarnados 
 Ventre profundo 
 Garupa ampla 
 Formato cunha 
 Membros bem aprumados. 
É melhor ter um animal menos produtivo com boa ligação harmoniosa do úbere, pois é melhor ter menor 
quantidade de leite com boa qualidade do que caprinos com muito leite, mas que podem ter alta recorrência 
de mastite, CCS, CBT, escoriações, etc (devido ao maior contato com ambientes contaminados). 
Ordenha mecânica: é importante trabalhar uma boa ligação harmoniosa para se implantar a ordenha mecânica. 
Produção: 10-12 vezes PV durante uma lactação. 
Lactação plena > 300 dias 
Fevereiro a junho/julho > estação reprodutivas normais 
Sistemas intensivos: 7-8 lactações. Tem que controlar os índices zootécnicos para ter maior viabilidade da 
fêmea para produzir leite. 
Para evitar consanguinidade é melhor tirar o macho do sistema do que a fêmea, pois ela ainda vai estar muito 
nova, não sendo vantajoso. 
É muito comum trabalhar com o piso ripado para raças de leite caprinas, para que a urina e as fezes não fiquem 
paradas, diminuído problemas sanitários. O casqueamento tem que sempre ser olhado (casco pode nascer de 
forma irregular). O cimento é mais barato que o piso ripado, por isso é o mais utilizado nos capris. O piso 
ripado é importante também para o manejo sanitário, em questão de separar os animais (jovens com jovens, 
velhos com velhos). 
Bodil: lugar onde fica os bodes. Os bodes têm que ficar longe da sala de ordenha, para não ocorrer 
contaminação do leite e por conta do odor hircino. Os bodes só servem para reprodução. O gosto forte do leite 
é devido ao odor hircino, em que alguns produtores deixam o bode perto da fêmea para estimular o cio da 
fêmea através do odor hircino. 
Hidroscópico: propriedade que certos materiais possuem de absorver água 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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Como vai resolver a questão do cio se o macho fica longe: investir nos fatores para o cio (luminosidade, score 
corporal, nutrição, fotoperiodo), além de levar a fêmea para o Bodil quando estiver próximo ao cio. 
Raça Saanen 
Pelagem; animais com pelos curtos brancos e creme, predominamente lisas e bem implantadas, mucosa rósea 
(pequenas pintas). A altura dos machos é de 80-90 cm e da fêmea 70-83 cm. A cabeça é leve, com perfil 
retilíneo e côncavo, orelhas pequenasá médias e eretas, com presença de brincos. 
Características zootécnicas: produção de leite variando entre 520 a 920 Kg/lactação (250 a 302 dias). O peso 
dos machos é de 70-90 Kg e da fêmea é de 45-60 Kg. 
É uma das raças mais produtivas da caprinocultura. É um animal muito exigente em manejo sanitário, 
reprodução, nutrição, exigindo bons cuidados. 
Tem que ficar pelo menos uns 45 dias seca para poder parir. Não pode deixar parir em lactação, pois se não 
vai ter nascimento de filhote “fraco”, a fêmea ficará “acabada”. 
 
Raça TOGGENBURG 
Possuem a pelagem castanho claro ou baio claro, com duas bandas que vão deste as orelhas, passando pelos 
olhos até os ângulos dos lábios. Os pelos sãos curtos a compridos com mucosas acinzentadas. A altura do 
macho é de 75-780 cm e da fêmea é de 70-80 cm. Possuem o dorso e o lombo fortes, pescoço destacado, 
delgado, membros delicados e fortes, extremamente brancos. A cabeças é alongada e forte, com orelhas 
médias um pouco levantadas e dirigidas para frente. 
Características zootécnicas: tem uma produção de leite de 700 Kg/lactação (276 dias). O peso do macho é de 
60-70 Kg e da fêmea é de 45-50 Kg. É comum dos filhotes/parto apresentarem crescimento precoce. 
Raça ALPINA 
É a linhagem alemã mais robusta, sendo mais importante cabra leiteira na Europa. 
A pelagem vai do pardo claro até vermelho escura (queimado) com faixa preta no dorso, membros e cabeça 
mais escuros (queimados). Pelos curtos e brilhantes. Preto é desclassificante. Pele e mucosa escuras. 
Características zootécnicas: tem uma produção leiteira de 550-5600 Kg/lactação – atingindo a média de 2,5 
Kg/dia (máximo de 8 Kg). O peso dos machos é de 70-90 Kg e das fêmeas é de 50-65 Kg. 
Pode criar no sistema extensivo por ser mais rústica? não é recomendado, pois é um animal de exigência 
alimentar alta para produção de alta escala. Se colocar em sistema de baixa tecnologia, vai diminuir a 
produção. 
Tem ligação bem harmoniosa. Normalmente a Saanen supera a Alpina, mas sempre tem que levar em conta 
que o melhoramento não é 100%. 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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Raça MURCIANA 
Pelagem: pelos curtos, de cor castanho avermelhado a preto, a pele é fina e na primeira casa será rósea, 
enquanto no segundo será preta. A altura do macho é de 77 cm e da fêmea de 70 cm. A cabeça é pequena, 
descarnada e fina, com formato triangular, perfil retilineo a sub-côncavo, chanfro retilineo e fronte 
ligeiralmente côncavo. Machos têm pescoço potente. 
Caracteristicas zootecnicas: a produção de leite varia entre 500 e 600 Kg/lactação (300 dias). O peso dos 
macho é de 70 Kg e das fêmeas é de 50 Kg. 
É uma raça da região nordeste, a qual possui alta rusticidade devido ao ambiente em que se adapta. 
 
Raças produtoras de carne: 
Caracteristicas das raças produtoras de carne: 
 Corpo longo produndo, largo. 
 Formato cilindrico 
 Costelas bem arqueadas 
 Boa cobertura muscular 
 Grande abertura de peito 
 Linha dorso lombar reta 
 Ossatura forte 
 
Raça BOER 
Em relaçao aos caprinos ele é o melhor, mas em relaçao aos ovinos o melhor é o Dorper, pois produz melhor 
quantidade de carne. Sendo assim, é melhor produzir carne ovina que caprina, com a raça Dorper. 
Pelagem: pelos vermelhos da carcaça, orelhas e pescoço, com o restante do corpo coberto por pelos brancos. 
Sua pele é pigmentada em todo corpo. A altura acima de 60 cm nas fêmeas e 75 cm nos machos. A cabeça é 
forte, com olhos castanhos, chanfro levemente convexo . Chifres fortes e de comrprimento moderado, 
curvando-se gradualmente para tras e para os lados. Orelhas largas, comprimento médio e pendulares. 
Caracteristicas zootecnicas: possuem rendimento de carcaça entre 48 a 60% (jovens e adultos). Adultos 
ultrapassam 100 Kg de peso vivo. 
 
Raça Bhuj 
A altura do macho é de 70-100 cm e da fêmea é de 60 a 75 cm. O corpo: dorso comprido, largo e reto; lombo 
comprido e largo em harmonia com a garupa; garupa larga e comprida; ancas largas. Membros longos e 
aprumados. A cabeça é considerada pequena e de perfil ultra convexo; orelhas largas, pendentes e chitadas; 
chifres curtos e voltados para tras (leve espiral) 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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Raça ANGLO-NUBIANA 
A cabeça é pequena e bem delineada. As orelhas médias a grandes, espalmadas e pendentes, com perfil 
concvexo. 
Caracteristicas zootecnicas: a produçaõ leiteira é de 2-4 Kg/dia. O peso dos machos é de 70-95 Kg e das 
fêmeas é de 40-60 Kg. É uma raça produtora de pele de boa qualidade. 
Raça mambriana 
É uma raça originaria da Síria e da Palestina, sendo resistente então a seca. No Brasil existem poucos 
exemplares puros. A sua pelagem é negra brilhante com manchas avermelhadas na cabeça, apresentadndo 
algumas variações acizentadas, pardacentes, brancas ou mesmo malhadas. Pelos curtos na parte anterior do 
corpo e longos no posterior. A altura dos machos é de 70-90 cm e das fêmeas é de 60-75 cm. A cabeça é de 
perfil covexo, com orelhas longas, peendentes e espalmadas, os chifres são longos (quando presentes) de 
forma espiralada. 
Caracteristicas zootecnicas: a produção leiteira é em media de 2-4 Kg/dia. O peso do macho é de 70-90 Kg e 
fêmeas de 60-85 Kg. É uma raça produtora de carne e de pele de boa qualidade. 
 
Raças produtoras de pele e carne 
Caracteristicas gerais: 
 Raças nativas 
 Baixo rendimento de carcaça 
 Ossatura forte 
 Pequeno tamanho 
 Baixa prolificidade 
 
Raça moxotô 
Pelagem: cor baia e suas tonalidades, até a lavado; linha dorso-lombar com faixa preta (terço médio pescoço 
à cauda). Pelos pretos na região do ventre, nas faces internas dos membros, região perineal, úbere e canela. 
Linhas pretas nas faces laterais na maxila e linhas que saem da inserção dos chifres indo a nuca. A altura dos 
machos é de 72 cm e das fêmeas de 62 cm. A cabeça possui perfil reto, chanfro seco e com bordas retilíneas 
quando visto frontalmente; presença ou não de brincos. Mocho desclassifica. 
Características zootécnicas: a produção de leite é muito baixa (0,3 – 0,4 Kg/dia). O peso dos machos é acima 
de 36 Kg e da fêmea de 30-34 Kg. Partos duplos em 40% dos casos, pele preta e fina. 
Raça Canindé 
Esss raças produtoras de pele são excelentes. A pele da caninde é melhor que a da moxoto. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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A pelagem é castanho escura a preta por todo o corpo, exceto no ventre: o perineo tem pelos curtos e finos. A 
altura dos machos é de 60 cm e das fêmeas é de 50 cm. 
Caracteristicas zootecnicas: a pele é de excelente qualidade (fina e resistente ). O peso dos aniamis machos é 
acima de 40 e das fêmeas é de 25 a 30 Kg. 
 
Raça marota 
Pelagem: pelos curtos e brancos, pele clara (pigmentada) e maior pigmentação na cauda e face interna das 
orelhas. A altura é acima de 50 cm. A cabeça é ligeralmente grande e vigorosa. Os chiferes desenvolvidos e 
divergentes deste a base, para cima, para tras e para fora. Orelhas pequenas e com pontas arredondadas. 
Caracteristicas zootecnicas: o peso é acima de 35 Kg e a pele é macia e flexivel. 
 
Raça repartida 
A cabeça é ligeiramente grande e vigorosa. Os chifres desenvolvidos e divergentes deste a base, para cima, 
para trás e para fora. Orelhas pequenas e com pontas arredondadas. Animal leve, pequeno, adaptável ao bioma 
da caatinga. Não vai variar em questão a peso e nem sobre qualidade da pele. 
Características zootécnicas: o peso é acima de 35 Kg e a pele é macia e flexível. 
 
Raça angorá 
A pelagem é geralmente branca com nuanças amarelo-prateado; pelos longos, finos e sedosos por todo o 
corpo. O animal é pequeno, cabeça fina, perfil reto e com topete na frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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Com a lã tem que trabalhar a questão de qualidade e quantidade. Os aspectos de raça e idade vão influenciar 
diretamente.É o macho reprodutor que produz mais. É a raça Lincoln que está nas raças mistas. Quem produz 
mais em questão de quantidade é o carneiro. 
A finura, resistência e a fiabilidade é que vai receber melhor para o beneficiamento. Lã grossa não é boa para 
o comercio. 
É utilizado 1 para 50 matriz, pois se não vai ter briga, além disso a ovelha irá ter novas proles mesmo não 
produzindo tanto igual o macho. Tem que ter maior quantidade de matriz para produção de mais proles, se 
não tiver a matriz não vai ter produção. 
Para produzir lã a quantidade de enxofre tem que ser maior que de outras categorias, pois está diretamente 
relacionada com a produção da lã. 
A fibra da lã 
 Interna (cortícula): formada por células fusiformes alongadas que dão resistências à lã. 
 Externa (cutícula): camada de queratina revestida de escamas. 
A lã deve ser amedulada para ter melhor qualidade, no entanto podem aparecer fibras semi-medulada (medula 
interrompida) ou mesmo meduladas no velo (tecido de qualidade inferior, cor desuniforme, é defeito 
hereditário grave). 
A alimentação e a sanidade são fundamentais para que se tenha produtividade da quantidade e qualidade da 
lã. Sendo que é necessário que a lã seja amedulada (resistente) para ter melhor qualidade. 
A lã amendular é aquela que apresenta maior resistência e assim uma melhor qualidade do tecido, já a lã que 
é medular, é aquela que é mais frágil, menos resistente, sendo o tecido de pior qualidade. 
Quando se trabalha com lã precisa fazer uma suplementação especial de enxofre, pois é o enxofre que confere 
a resistência e elasticidade da lã. 
O custo de produção de lã é alto, e para sua produção se leva em conta localidade e o melhor meio de produção 
para a região. 
O brilho da lã é função das escamas presentes na cutícula. Sendo que um grande número de escamas oferece 
um brilho para a lã menor e uma menor quantidade de escamas oferece um maior brilho para a lã. 
 Lã fina tem grande número de escamas dando menor brilho. 
 Lã grossa tem pequenos números de escamas e seu brilho é menor. 
Tosquia: é a retirada periódica de lã (ciclo de 1 ano), somente raças com lãs longas podem ser tosquiadas 2 
vezes 2 vezes aio ano. 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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Tosquia 
É a retirada periódica de lã (ciclo d 1 ano), somente raças com lãs longas podem ser tosquiadas 2 vezes ao 
ano. Normalmente feita por equipe especializada. Geralmente é e feita na época de outubro a dezembro (época 
de chuva). Feita em piso cimentado e/ou com gradil de proteção. 
Maturação de sementes que podem aderir a lã é um fator determinante da época de tosquia. Outro fator 
determinante da época de beneficiamento. 
Deve separar os tipos de lãs em sacos devidamente identificados (125 a 180 Kg). Só tosquiar após secagem 
do carvalho. Animais mais velhos apresentam lã mais fina (quanto mais velho o animal melhor a qualidade 
da lã). Vai separar a lã por categoria e pela parte tosquiada. 
 
Propriedades da lã 
Finura (diâmetro ou espessura): diâmetro médio varia com a idade e região do corpo, sendo mais fina nas 
cruzes > paleta> costela > lombo> anca > quarto. 
Sexo: ovelhas > capões > carneiros 
Uniformidade do diâmetro fino característica de raças puras. 
Quanto mais amerinada (mais sangue de merino) for o animal melhor será a qualidade da lã. Raças puras tem 
melhores lãs. 
Comprimento: fibras finas são mais curtas. 
 Comprimento natural ou relativo: a lã apresenta ao ser distendida normalmente. 
 Comprimento absoluto ou efetivo: aquele quando a lã apresenta ao ter distendida suas ondulações. 
Quanto mais fina > mais curta // quanto mais grossa > mais longa 
Ondulações: permite avaliar a primeira vista a uniformidade e qualidade da lã. 
 Mecha: conjunção de fibras ligas entre si. 
 Velo: lã do corpo que cresceu durante um ano (conjunto de machas). 
 Garreio: lã das patas e barrigas (menor preço). 
Quanto maior o número de ondulações maior o comprimento absoluto. 
Resistência: normalmente é menor que as demais fibras, quanto a tração, no entanto suporta bem a torção 
(flexibilidade). A do merino é a menos resistente nesse caso. 
Elasticidade: capacidade de voltar a posição inicial após tracionada. 
 Quanto menor o tempo para voltar a posição inicial mais elástica. 
 Lãs finas tem maior elasticidade. 
Suavidade: indicada pelo tato. Muito dependente das condições de criação. 
 Campos pobres: lãs mais ásperas 
 O mesmo para zonas de muitas chuvas (Suarda é lavada) 
 Lãs de diâmetros reduzido das raças de corte são mais ásperas. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
32 
 Hipogroscopicidade : normal entre 16-18% 
 Excesso umidade : fungos destroem a lã. Jamais deixar atingir 40% de água. 
 O excesso de água confere aspecto carbonizada. 
 Suarda: produto de glandulas sudoriparas e sebaceas. Lubrifuca e protege as fibras contra feltragem. 
Brilho: é função das escamas em refletir a luz. 
Cor: pode ser branca (após lavada), amarelada ou deoendendo do local onde se cria o animal (negra, marrom, 
cinza, vermelha, rosada). 
 
Defeitos mais comuns 
1. Sarna (desvalorizar o produto) 
2. Acapachada (entrelaçamento de fibras) 
Possuem finura e comprimento desuniformes. Geralmente ocorre em cruzamentos (lãs grossas X lãs finas), 
climas, deficiencia alimentar e verminoses também podem acapachar a lã. 
Acapachada: entrelaçamento de lã, ocorre geralmente no cruzamento de raças de lã grossa e de lã fina (Lincoln 
com merino por exemplo). 
3. Falta de resistência 
Constrição da fibra promove o rompimento ao ser tracionada. Pode ser causada por irregularidade na nutrição 
dos folículos, infecções (febres e metrites), carência alimentar. O que vai detonar a falta de resistência é a 
infecções e nutrição. Medular: causa baixa resistência 
4. Manchada (apresentando cor anormal) 
Lanaurina (pigmento amarelo da Suarda), velos com excesso de Suarda, alta umidade e calor, lã azul ou verdes 
devido a bactérias (raro) ou resíduos de remédios. Uso de tintas inadequadas. 
5. Empastada: aspecto de crosta. Resultante de infecção por fungos. 
Rufião: macho que não vai fazer o cruzamento, pois vai ter sofrido algum problema. O rufião apenas estimula 
e indica a fêmea que está em cio. É colocado um sal refutador para quando identificar uma fêmea no cio, seja 
possível identifica-la. Esse sal pode manchar a lã. 
 
Categorias de lãs 
Velo, borrego, garreio, retosa, pelego, desborde, capacho, campo, preta ou moura, resíduos de lã. As 5 
primeiras são as melhores. O que diferencia a categoria da lã é a sua qualidade. Essa qualidade está relacionada 
com a parte do corpo do animal. 
 
Classificação das lãs 
Quanto à qualidade estas classes ainda são subdivididas em: supra, especial, boa, corrente, mista. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves- 1/2022 
 
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Supra: possui qualidade em grau máximo. Ovinos de lata pureza racial. Provenientes de velos peso médio 
elevado. 
Especial: procedente de rebanhos com grande pureza racial. Mechas de comprimento e coloração normal. 
Finura relativa ao comprimento. 
Boa: menor uniformidade, comprimento não inferior a ½ do normal da raça. Coloração irregular. Boa 
suavidade. 
Corrente: velos de baixo peso, mechas com metade do comprimento normal, grande desuniformidade de fibras 
de resistência. 
Mista: lã de animais velos e doentes, refugos (lãs sem nenhuma qualidade e sem resistência), fibras muito 
desuniformes, verminoses causam esse tipo de lã. 
Pode-se ter uma lã Merino supra, merino especial, merino boa, merina corrente, merino mista, dependendo do 
manejo desse animal. Pode ter uma lã merina mista quanto tem algum problema como está infectado com 
verminose, doente, problema nutricional, problema de manejo, etc. 
Um animal de lã grossa (Lincoln) não pode nunca se tornar lã fina. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2022 
 
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Base alimentarde caprinos: forragem. 
Para trabalhar com boa nutrição e manejo alimentar caprino deve trabalhar com as categorias (cria, recria, 
engorda, etc). 
Para melhorar o GMD tem que entregar mais alimento concentrado que volumoso, sendo que deve ser 70% 
concentrado e 30% volumoso. 
A cabra tem que ter de 7-8 partos na vida dela para ser considerada uma boa reprodutora dentro de um sistema. 
Ovino em engorda: fica 90 dias em confinamento. A cabra fica a vida toda, então se der muito concentrado e 
pouco volumoso, o rúmen vai se tornar um ambiente ácido, podendo causar laminite e outros problemas que 
não são necessários. O Tifton é uma boa forragem para se colocar, pois vai dar uma boa nutrição quando bem 
manejado (aumento de fibra e diminuição de cálcio). 
O problema de colocar Tifton em pastejo rotacionado é que pode causar verminoses, ao qual mesmo que seja 
feito o pastejo horário não é o ideal, pois o tempo que o animal irá ficar é pequeno, sendo produtivo apenas 
para ovinos de corte, que vai produzir leite apenas para o cordeiro. Tifton vai ser bom para pastejo rotacionado 
na primavera-verão por causa do sol, luminosidade e chuva. 
Considerações gerais: 
 Ruminantes têm dieta baseada em forrageiras; 
 Necessidades de mineralização e suplementação; 
 Categorias e tipo de animal; 
 Exigências nutricionais dos animais (categoria, tipos ou raças; método para estimar exigências; 
formulação de dietas). 
Caprinos usam do ramoneio para o pastejo, que é um habito de pastejo arbustivos, sendo craques em se 
alimentar de arvores e pequenos arbustos, que são interessantes pois são leguminosas. Eles conseguem 
capturar muito mais alimento que os bovinos e os ovinos, sendo vantajoso pois eles são mais seletivos. 
No confinamento, o ramoneio não é vantajoso, pois ele vai selecionar, tendo que tomar cuidado com partículas 
pequenas, não podendo colocar a mesma silagem que para bovinos, pois o alimento tem que ser bem 
processado, e no caso dos bovinos, se processar muito pode causar acidose nesses animais, tendo que colocar 
fibra leitosa. Para a cabra leiteira não precisa fazer isso, pois o tamanho dela é menor e a demanda dela é 
menor, sendo o uso do bicarbonato suficiente para tamponar (neutralização do pH para deixar mais alto). 
Dieta rica em concentrado > dieta acida > pode causar acidose no animal > precisa do bicabornato para 
neutralizar. 
Fibra maior e grão mais processado (automotriz) – a cabra leiteira vai selecionar, causando acidose rumenal, 
causando problemas. As cabras selecionam os grãos menores para ingerir. 
Caprino é mais seletivo que ovino que é meais seletivo que bovino. 
Dependendo da dieta pode fazer com 60%V e 40%C, 50%V e 50%C ou mesmo 40%V e 50%C. É proibido 
colocar feno para cabras em lactação. 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2022 
 
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Alguns capris deixa as fêmeas em lactação fazer um lanche nos piquetes de Tifton de 30 minutos, o qual o 
animal vai ingerir fibra, podendo se despreocupar com o uso de bicarbonato. O principal problema é achar 
uma área boa e questão de sanidade animal, por isso alguns produtores preferem usar o bicarbonato. 
Seletividade: depende de aspectos como tipo de pastagem e qualidade das pastagens. 
Fornecimento no cocho: 
 Inteiro versus picado 
 Feno em fenis 
 Concentrado + volumoso: separar na administração 
 Cochos devem ser enchidas três vezes por dia (ideal) colocando-se maiores quantidades para permitir 
seleção. 
Automaticamente o animal vai selecionar o alimento do cocho, se o animal estiver comendo tudo que estiver 
no cocho é por que está com fome e está gostoso. Por isso deve colocar mais vezes durante o dia (3 vezes) e 
não apenas 1, para que o animal possa selecionar. Três vezes é o mais recomendado pois o animal vai 
selecionar de forma igualitária a quantidade de matéria volumosa e concentrada. Se não tiver como fazer 3 
pode fazer duas, que é a média. 
Observa-se que nas secas eleva-se o número de espécies pastoreadas. 
Agua: caprinos nativos dos trópicos úmidos necessitam 0,680 litros de água/dia, sendo que 80% do consumo 
é diurno. Agua x MS: correlação direta, se o animal ingerir pouca agua irá diminuir o consumo de alimento 
na mesma proporção. 
É necessário ter água para matar a sede e para a produção. A cabra necessita de agua para ruminação, se a 
agua estiver suja ela não irá consumir, diminuindo a ruminação. 
Cabras leiteiras: 0,146 L/Kg0,75 para mantença e 1,430 L de água/litro de leite produzido/dia. 
Para cada litro de leite o NCR (2007) preconiza 50 a 150 mL/Kg0,75. 
Respeitadas tais recomendações, cabras com 70 Kg de PV e produzindo 3,5 litros de leite ao dia necessitam 
de 8, 54 L de agua/dia (aproximadamente). 
Ingestão de MS para caprinos: 
 Cabras leiteiras de origem temperada em lactação: 5 a 6% do PV. 
 Cabras leiteiras de origem tropical: 4 a 5% do PV. 
 Mantença de cabras leiteiras: 3% do PV. 
 Gestação de cabras leiteiras: 2,2 a 2,8% do PV. 
Animais em pastejo tem exigências aumentadas pelo maior gasto de mantença. Em pastagens piores exige-se 
mais seleção: podem compensar para ganhar peso mas demoram mais. Ex: taxas lotações e ganhos. 
Por que o preço da silagem subiu o preço drasticamente? Pois a demanda de milho aumentou em rede mundial, 
estamos em um cenário de guerra entre um dos países que mais produz milho (ucrânia) e aumentou a demanda 
de equipamentos e insumos (petróleo, etc). 
O melhor alimento para fazer substituição do leite para o cordeiro é o leite de vaca. 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2022 
 
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Alimentação das crias: 
2º a 4º semana > importância do leite 
3º semana > algumas enzimas pouco efetivas 
Sucedâneos: qualidade nutricional e microbial 
Conversão alimentar nessa fase: 2,5 a 4,1. 
Fase de maior crescimento (3,5 a 4,0 vezes o seu peso ao nascer) 
Colostro: primeiras seis horas até as 26 horas de vida: 
 Fornecido até o 5º dia 
 100 a 150 g/Kg do PV ou ainda 0,5 a 0,8 kg/dia, sempre entre 3 a 5 refeições. 
 Colostro congelado: de cabra ou de vaca 
 Substituto: 200 mL de soro sanguíneo + 300 mL de leite. 
Aleitamento artificial: sucedâneos 
Cabras de corte com produção de leite pequeno: 
 Cabritos de corte órfãos ou rejeitados 
 Melhorar o manejo reprodutivo da cabra de corte 
 Rebanho leiteiro- controle CAE e custo 
 Em todos deve ser avaliado o custo 
Alimentação artificial: 
 Após o colostro: fornecendo em baldes coletivos ou mamadeiras 
 Inicia-se com ½ leite de cabra e ½ leite de vaca (nos 4 a 5 primeiros dias) 
 Somente leite de vaca entre 14 e 28 dias de vida: 1,0 a 1,5 litros/cabra/dia 
 Desaleitamento 2 a 3 meses (há casos em que pode ir até 4 meses) 
 Concentrado pode ser fornecido após a primeira semana (12 a 18% PB) 
 Um feno de boa qualidade na segunda ou terceira semana de vida. 
Rebanho de corte: podem adotar manejo de mamada (2 ou mais por dia). Emprego de “amas de leite” (em 
emergências). Creep feed para comerciais a partir de 20 dias de idade > bons resultados práticos: observar 
aspectos técnicos da implantação. 
Problema sérios que tem sido evidenciado em várias regiões do Brasil com cabritos é o emprego de dietas 
com altos teores de concentrados para rebanhos de elite, e como consequência a ocorrência de Urolitiase. 
Mesmo em rebanhos comerciais pode ocorrer, pois na fase de transição há altos teores de concentrados em 
relação a volumosos > cuidados. 
 
Alimentação na recria 
Um bom volumoso deve ser fornecido: na pratica usa-se feno (alto custo). 
Concentrados: em média entre 300 e 400g/cab/dia (com 14 a 16% PB). 
Mistura mineral sempre disponível (cuidado com os machos: Ca e P) 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2022 
 
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Alimentação das fêmeas na época de reprodução 
Flushing: 2 a 3 semanas antes e na 1 -2 semana do início da estação de monta. 
EC ou CC: 2,5- 3,0 para cabras leiteiras. A estratégia que vai se utilizar vai dependerda avaliação de musculo 
e gordura. 
Quando melhor for a digestibilidade da forragem, melhor quantidade vai se utilizar. 
O pasto é mais barato, mas tem que fazer ajuste de lotação. Muitos produtores não sabem fazer isso, sendo 
assim o animal não vai engordar o suficiente. 
Terço final da gestação; feto cresce 75% do peso ao nascer. 
Consequências para os rebanhos: super / sub-alimentados. 
Toxemia da gestação: as fêmeas acometidas apresentam perda de apetite. 
Lactantes: essa fase é a mais exigente de todas e tem correlação com as demais. 
Sanidade e nutrição: estratégias principais para trabalhar com caprinos. 
 
Alimentação das fêmeas lactantes 
Fase de grande exigência: balanço negativo no início da lactação. Mobiliza reservas corporais. 
Cabras leiteiras 2,75 a 3,0 logo após o parto, manter até 2,0 após 45 dias de lactação, ao final da lactação 2,5 
a 2,75. 
Manejo alimentar pré e pós-parto é importante para manter tal condição corporal. Para cabras de corte pode-
se proceder o manejo de mamada. 
Manejo de mamada: separar as matrizes dos filhotes, vai ativar hormônio nas fêmeas, vai estressar, vai entrar 
no CIO mais rápido. 
 
Alimentação de fêmeas secas e vazias 
Fase de recuperação das cabras: 
 Pequena quantidade de concentrados; 
 Pastagens de melhor qualidade (diferido alternado ou rotacionado) – animais de corte 
 
Sub pastejo: muito alimento e pouco animal > baixa lotação ofertando mais alimento > favorece o animal > 
perde produtividade por área > faz para 100 e disponibiliza para 70 (exemplo) 
Super pastejo: muito animal e pouco alimento > não favorece ninguém > todos saem prejudicados 
Nas áreas rurais o que mais se tem é o super pastejo, pois não sabe manejar e fazer a lotação correta, só 
querendo fazer o número de animais ficar maior. 
Amplitude ótima: equilíbrio > forragem e animais em equilíbrio > vai ter maior produtividade/ha 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2022 
 
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Matriz > sub pastejo > pois quer favorecer o animal para colocar o score de 2,5-3,0, colocando o animal já na 
estação de monta. 
Categorias e pastejo: 
 Sub pastejo: matriz (multípara e primípara), reprodutor (na estação de monta) 
 Amplitude ótima: recria e engorda. Não pode colocar matriz pois ela possui uma exigência maior para 
entrar em reprodução de novo, além de ter o risco de brigar entre si. 
 Super pastejo: nenhum 
 
Alimentação dos reprodutores e futuros reprodutores 
 Áreas de boas pastagens ou confinados e com mineralização adequada, e nas secas receberem 
suplementação concentrada quando necessário. 
 Evitar excesso de concentrados 
Índices de sobras segundo a qualidade da forragem: 
 Verde de média qualidade: 30% de sobras 
 Verde de pior qualidade: 50% de sobras 
 Um bom feno: 10% de sobras 
 Um feno de pior qualidade: 15% de sobras 
 Silagem de ótima qualidade: 15% de sobras 
Rebanho de corte: 
 O volumoso é maior porção da dieta dos animais de sistemas de produção, trabalhando-se a favor da 
qualidade do volumoso produzido na fazenda, além de diminuir em muito o índice de sobras, tem-se 
menor gasto com suplementos para balancear as rações. 
Volumosos para caprinos: Cynodon e silagem de milho são os melhores para os caprinos (volumoso). 
Evitar o excesso de concentrados para evitar a ocorrência de Urolitiase nos reprodutores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2022 
 
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Puberdade: 
 Fêmea: raças mais precoces > 4 a 6 meses. 
 Mais comum > 7 a 10 meses (estacionalidade) 
 Raças corte > 9 a 10 meses. 
 Raças aptidão mista > 18 a 22 meses. 
O animal exigente vai dar precocidade (desenvolvimento rápido). Para entregar precocidade deve ter genética 
(por exemplo no caso do Dorper e Saanen), manejo, sanidade. O manejo e a sanidade envolvem as instalações 
onde os animais vão ficar a maior parte do tempo. 
Os ovinos não vão sentir a questão do fotoperiodo (tempo de luz durante o dia) > exceto as raças inglesas 
(South Dow, Sullfolk). Com essas raças não vai se entrar, pois as outras raças não vão ter esse problema. 
As raças caprinas vão sofrer o efeito do fotoperiodo, sendo assim a raça sanem tem efeito do fotoperiodo, mas 
é a raça mais utilizada na caprinocultura leiteira. Assim, tem que se preocupar com a questão da luz; outro 
ponto é que tem que trabalhar a estação de monta mais de uma vez durante o ano (duas vezes) para ter produção 
de leite, isso ocorre através de tratamento com luz. 
Reprodução: 
Ovinos > não sofre fotoperiodo > tem precocidade dependendo da raça que colocar (Dorper) > pode ter 
inseminação artificial > o sêmen tem que ser fresco/ resfriado > 
Caprinos> sofre fotoperiodo > tem precocidade dependendo da raça que colocar (Saanen) > pode ter 
inseminação artificial > o sêmen pode ser congelado > 
Cordeiro mamão (até 6 meses) > cordeiro/ cordeira (até 1 ano) > 
Não deve colocar cordeiro para a reprodução, só quando for borrega (> 1,5 ano) pois não vai ter as estruturas 
todas formadas, podendo ter problemas de parto, falha no desenvolvimento > aumenta mortalidade. 
Borregas de corte ou lanígeras entram para reprodução geralmente após 18 meses, apresentando peso vivo de 
40-45 Kg (65 a 75% PV adulto). Assim, 40-45 Kg é o peso ideal que se deve colocar o animal para a 
reprodução. 
Trabalhos mostram que após 40 Kg de PV cada ganho 5 Kg no peso representam elevação de 6% na fertilidade. 
Para a fêmea entrar na reprodução tem que ter peso e estrutura (idade), pois se pode colocar bastante 
concentrado para o animal comer e engradar, mesmo estando jovem, o que não é ideal. 
Para melhorar a reprodução do rebanho deve olhar estrutura e manejo. 
As flutuações nutricionais pré púbere antecipam ou retardam o início da vida reprodutiva, juntamente com 
raça e estação do ano: via de regra estas últimas irão influir no peso e idade á puberdade. 
Machos: 18 a 24 meses (1,5- 2 anos) > animais com 2 dentes (implicações). 
Para ter um alto índice de fertilidade, tem que trabalhar com genética, nutrição das fêmeas (score corporal de 
2,5 -3,0, boas pastagens), colocar um bom reprodutor (com bom exame andrológico apresentando bom 
turbilhamento e motilidade, além de ser quente para ter bom libido). 
Resumo produzido por Karoline Barboza Alves – 1/2022 
 
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O ciclo estral da ovelha dura em média 17 dias e a ocorrência do CIO dura 24-42h, sendo que o momento da 
ovulação ocorre 25-30h após o início do CIO. Os 25-30h está dentro dos 24-42h, que vai ser a ovulação da 
fêmea, tendo que colocar o macho junto com a fêmea nesse momento. 
Existem três tipos de monta: 
 Natural (a hora que o macho quiser montar) 
 Monta dirigida (escolhe o macho que vai subir na fêmea) 
 Monta por inseminação 
A monta natural usa mais machos, a monta dirigida demanda mais de mão de obra. 
Na monta natural tem que ter 1 macho reprodutor para cada 50 fêmea (só pode colocar se tiver exame 
andrológico). Na monta dirigida precisa de menos machos pois o animal não vai ter trabalho nenhum, apenas 
vai estar esperando a fêmea pronta (pode colocar umas 5 fêmeas por vez para o macho). 
Rufião: macho indicador – vai indicar qual fêmea está pronta para a monta, mas não vai conseguir montar 
pois sofreu cirurgia para não conseguir (não é castrado). Possui sal marcador, deixando assim a fêmea 
marcada, podendo levar ela para o macho reprodutor escolhido. 
O ciclo estral da fêmea é importante para saber se a fêmea emprenhou ou não. 
Poliestria estacional: é o efeito da luminosidade no cio das fêmeas (efeito da luz na reprodução das fêmeas). 
 Mais acentuada nas maiores latitudes > sul 
 Merinos sofrem menor influência do fotoperiodo que as demais raças. 
 Raças inglesas são os mais dependentes do comprimento dos dias, exceto, a Dorser Hom. 
 Raças nativas do Nordeste apresentam CIO todo ano > nutrição parece impor mais flutuações 
Exemplos: 
 Merinos podem iniciar ciclos já na primavera, prolongando

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