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(Curte, comenta e salva) - Grata | Legislação social e trabalhista |1 EXERCÍCIOS - UNIDADE 1

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1ª Correção dos exercícios da unidade
Questão 1Correta
Admita a situação em que um promotor de vendas seja contratado como trabalhador autônomo que celebra com seu contratante um contrato de prestação de serviços. No entanto, observa-se que referido trabalhador é submetido a todas as formas de controle e seu trabalho é dirigido pela empresa. Para execução dos trabalhos, o profissional, contratado como autônomo, segue rigorosamente métodos de vendas, recebe instruções diretamente do contratante, tem acesso autorizado a sistemas mediante senhas e aufere prêmios e bonificações por atingimento de metas de vendas estipuladas pela empresa.
Com base nos dados fornecidos pelo texto, pode-se afirmar que cabe a aplicação do princípio do direito do trabalho denominado:
Sua resposta
princípio da primazia da realidade.
A fim de identificar se o trabalho é ou não autônomo, faz-se necessário verificar a intensidade de ordens no tocante à realização do trabalho, e quem detém a direção da prestação de serviços. O contrato autônomo se caracteriza quando o trabalhador dirige e organiza a sua produção de serviço, sem interferência do contratante, assumindo os riscos da prestação laboral. Por outro lado, isso não significa que o tomador de serviços (contratante) não possa impor algumas regras, de cunho geral, ao autônomo. No caso em tela, enseja-se um vínculo empregatício e não uma relação jurídica de trabalhador autônomo. Assim, aplica-se o princípio da primazia da realidade.
Questão 2Errada
O requisito legal mais importante da relação de emprego é o que se chama de subordinação, que atribui certos "poderes" ao empregador. No entanto,o uso desse “poder” pelo empregador deve observar limites para o seu exercício. Inclusive a própria lei dispõe expressamente sobre diversas restrições, ao vedar algumas condutas. Serve de exemplo, a proibição para realização de revista íntima, dentre outras vedações.
 
Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
 
I. A subordinação que o empregado possui e o vincula ao empregador é a subordinação econômica e técnica para a execução de seu trabalho no ambiente laboral.
PORQUE
II. O empregador pode, inclusive, aplicar penas, tais como a advertência, a suspensão disciplinar e a dispensa por justa causa, em caso de falta ou descumprimento das ordens emitidas.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Sua resposta
As asserções I e II são proposições falsas.
Subordinação deriva de sub (baixo) e ordinare (ordenar), traduzindo a noção etimológica de estado de dependência ou obediência em relação a uma hierarquia de posição. Ela traz a ideia de submetimento, sujeição ao poder de outros. Por isso, Delgado (2016) informa que quando o art. 3º da CLT estatui que o serviço é prestado ao empregador “sob a dependência deste”, quis dizer que o serviço é prestado “mediante subordinação”. Essa subordinação, no entanto, não é econômica (o trabalhador economicamente inferior ao empregador), ou social (trabalhador socialmente inferior ao empregador), ou técnica (empregador tem mais conhecimento que o empregado). A subordinação a que se refere à lei é a jurídica. Isso quer dizer que o empregado está subordinado juridicamente ao empregador, devendo acatar as suas ordens e determinações. Desse modo, o empregador pode, inclusive, aplicar penas, tais como a advertência, a suspensão disciplinar e a dispensa por justa causa, em caso de falta ou descumprimento das ordens emitidas.
 Então, I falsa e II verdadeira 
Questão 3Correta
Um tema de grande relevância no âmbito dos conceitos e fundamentos do Direito do Trabalho, diz a possibilidade de renúncia de direitos por uma categoria de trabalhadores por meio de convenção coletiva. Nessa situação é o sindicato e a empresa (ou sindicato dos empregadores) que farão a negociação. O maior problema, na visão dos doutrinadores, a esse respeito, é a renúncia tácita ou presumida, que é imposta unilateralmente pelo empregador, e aceita pelo trabalhador apenas para manter o seu emprego.
Tal situação viola frontalmente o princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, pois alcança indevidamente os direitos protegidos por dispositivos de
Sua resposta
ordem pública.
A renúncia é uma manifestação unilateral de vontade do titular do direito (o empregado), que simplesmente abre mão de seu direito. Mesmo sendo possível a renúncia por parte do empregado, desde que feita por livre e espontânea vontade, e desde que não viole direito fundamental, boa parte dos estudiosos e da jurisprudência brasileira não veem com bons olhos a renúncia de direitos. Tal situação viola frontalmente o princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, principalmente em relação aos direitos protegidos por dispositivos de ordem pública, isto é, direitos que não podem ser afastados pelas partes, tais como o direito ao registro em Carteira, normas relacionadas à saúde do trabalhador etc.
Questão 4Correta
A discussão sobre flexibilização de direitos trabalhistas, considera que se estabelece uma liberdade maior na negociação e na estipulação de cláusulas contratuais sem que haja divergência da realidade, pois sempre se deve retratar fielmente as condições de trabalho.
A flexibilização de direitos trabalhistas não pode ser confundida com a desregulamentação de direitos na medida que esta
Sua resposta
é totalmente vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro,  por derrogar leis, ou seja, eliminar direitos.
A desregulamentação é tida como a prática de derrogar vantagens de cunho trabalhista, substituindo-as por benefícios inferiores e não gera necessariamente aumento da empregabilidade. O instituto que proporciona maior liberdade de negociação privada, em tese, é a flexibilização. A necessidade de se modernizar regras e atender novas demandas é considerada uma característica do Direito do Trabalho, que está vinculado à economia e tem um papel importante nesse cenário. O Direito do Trabalho, por estar vinculado à economia, tem um papel importante, que é a elevação do nível social dos trabalhadores, por meio da redução da disparidade socioeconômica. O instituto jurídico da desregulamentação busca derrogar leis, ou seja, eliminar direitos e é vedado no sistema jurídico pátrio.
Questão 5Correta
A parassubordinação é um conceito jurídico, cuja tendência é forte na Itália, mas não é adotada no Brasil.  Sua essência é considerada um terceiro tipo de trabalho subordinado, além da subordinação econômica e jurídica.
A ideia de parassubordinação, embora tida como uma outra espécie de trabalho subordinado, é um conceito híbrido para uma relação de trabalho, pois:
Sua resposta
não contempla a subordinação intensa da relação de emprego, nem a independência do trabalho autônomo.
Atualmente, há uma forte tendência em admitir uma espécie de trabalho parassubordinado, ligado à ideia de parassubordinação. Essa tendência é forte na Itália, mas não é adotada no Brasil. Seria um terceiro tipo de trabalho subordinado, sem a subordinação intensa da relação de emprego, mas também sem a independência do trabalho autônomo. Poderíamos citar como exemplo o trabalho artístico, no qual há certa dependência dos atores em relação aos produtores/diretores, porém sem violar a individualidade do ator.

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