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Fármacos das Doenças Neurodegenerativas

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Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
Doenças neurodegenerativas: 
Os fármacos que afetam o SNC podem atuar pré-
sinapticamente influenciando a produção, o 
armazenamento, a liberação ou o término da ação dos 
neurotransmissores. 
Outros fármacos podem ativar ou bloquear os 
receptores pós-sinápticos. 
Esses conceitos são importantes no entendimento da 
etiologia e das estratégias de tratamento das doenças 
neurodegenerativas que respondem ao tratamento 
medicamentoso: doenças de Alzheimer e de Parkinson, 
esclerose múltipla (EM) e esclerose lateral amiotrófica 
(ELA). 
Neurotransmissor: DOPAMINA 
Mais relacionado ao receptor de dopamina (DA), D2. 
Atenção: 
1. Dopamina Via Oral – Não atravessa a BHE; 
2. Dopadescaboxilase (enzima que degrada a 
dopamina) Carbidopa + Levodopa 
a. Por quê? 
b. Carbidopa inibe a enzima, 
consequentemente não há 
degradação de dopamina. 
Doença de Parkinson: 
É um distúrbio de movimento progressivo, 
degenerativo. 
Os sintomas da doença de Parkinson idiopática são 
causados pela degeneração de neurônios produtores 
de dopamina na substância negra. 
A perda de dopamina (DA) provoca um desequilíbrio 
entre a neurotransmissão: 
• dopaminérgica 
• colinérgica. 
Tratamento: 
A levodopa segue sendo a principal forma de 
tratamento da DP. É considerada uma “pró-droga”, 
pois seu efeito é decorrente da conversão para 
dopamina. 
Atua diretamente sobre a deficiência dopaminérgica 
que é a base fisiopatológica dos sinais e sintomas 
motores associados à doença. É a droga mais eficaz 
para o controle dos sintomas motores, mas seu uso 
pode estar associado a problemas (especialmente no 
longo prazo), podendo ocorrer redução do tempo de 
efeito (wearing-off) e movimentos involuntários 
(discinesias). 
Um dos principais problemas da levodopa é sua meia-
vida curta, que é de 90 minutos. Os preparados 
comerciais de levodopa vêm com drogas que 
bloqueiam a conversão da levodopa no sangue 
periférico, permitindo uma maior entrada do fármaco 
no SNC e minimizando os efeitos adversos da ação 
direta da dopamina sobre os receptores periféricos 
(hipotensão postural, náuseas e vômitos). Há dois 
inibidores periféricos da dopadescaboxilase (DDC) 
disponíveis comercialmente: a carbidopa e a 
benserazida. Os efeitos no SNC são potencializados 
com esta coadministração. 
Em pacientes com doença inicial, o número de 
neurônios dopaminérgicos residuais (geralmente cerca 
de 20% do normal) é adequado para a conversão do 
levodopa à dopamina. 
Infelizmente, com o tempo, o número de neurônios 
diminui, e menos células são capazes de captar o 
levodopa exógeno e convertê-lo em dopamina. Esta é 
uma das razões para a ocorrência de uma das 
complicações mais frequentes do tratamento da DP: o 
encurtamento do tempo de efeito (wearing-off). 
Todas as outras opções terapêuticas para o tratamento 
da DP são menos eficazes que a levodopa, mas têm 
meia-vida plasmática maior e, portanto, um perfil de 
efeitos adversos diferente não estando associados a 
wearing-off e a discinesias. 
Além da levodopa, os agonistas dopaminérgicos 
(rotigotina e pramipexol), os inibidores da MAO 
(selegilina e rasagilina) e os inibidores da COMT 
(entacapona e tolcapona). 
As drogas com ação fora do sistema dopaminérgico são 
os anticolinérgicos (biperideno e triexifenidila – cada 
vez menos usados) e os antiglutamatérgicos 
(amantadina). Os anticolinérgicos, a selegilina e a 
amantadina são as drogas com menor capacidade para 
reverter a sintomatologia parkinsoniana, mas que 
podem ter um papel útil no tratamento. 
 DA GABA Ach 
DA inibe a liberação de GABA; 
Ach estimula a liberação de GABA. 
Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
Percursores da dopamina (DA) 
Fármacos Levodopa – precursor 
imediato da DA.* 
Carbidopa – inibidor 
enzimático da 
dopadescarboxilase. 
Mecanismo de ação Precursores da dopamina nos 
neurônios dopaminérgicos. 
Utilização clínica Parkinson. 
Efeitos 
colaterais/adversos 
Efeito liga-desliga, tolerância, 
náuseas, vômito. 
LEVODOPA - Discinesia 
*Pacientes com psicose não pode usar agonista de DA 
→ muitos receptores ativados, então seriam muitos 
sintomas negativos ou positivos aumentados; 
*Distribuição do levodopa administrado – 
metabolismo nos tecidos periféricos + metabolismo no 
TGI = efeitos indesejados e pouco é chegado nos 
receptores; 
*Destino do levodopa administrado com a carbidopa 
(bloqueia a enzima) – maior quantidade de levodopa 
chega ao SNC, o que resulta numa menor dose 
necessária de levodopa e consequentemente em 
menos efeitos colaterais. 
Inibidores da MAOB 
Fármacos Amatadina 
Selegilina 
Mecanismo de 
ação 
Afeta a liberação e a 
recaptação de DA, através 
da inibição da enzima 
MAOB. 
Utilização clínica Estágio inicial do 
Parkinson. – Paciente que 
ainda apresenta DA 
endógeno. 
Efeitos 
colaterais/adversos 
Tonturas, insônia, confusão 
mental. 
 
Agonistas dos Receptores da Dopamina (DA) 
Fármacos Bromocriptina 
Pergolida 
Mecanismo de 
ação 
Ativação dos neurônios pos-
sinápticos dopaminergicos. 
Utilização clínica Parkinson. 
Efeitos 
colaterais/adversos 
Efeito liga-desliga, tolerância, 
náuseas, vômito. 
*Bromocriptina derivado do ergot (medicamento 
análogo à catecolaminas – dopamina, adrenalina); 
*Fármacos não ergot – ropinirol, pramipexol e 
rotigotina, apomorfina; 
*Grifados de amarelo – eficazes no paciente com DP 
avançada; 
*Apomorfina quando não tem mais alternativa – 
estágios graves e avançados (injetável) para 
suplementar o medicamento oral já prescrito. 
*Ação mais longa do que o levodopa – eficaz em 
pacientes com flutuações nas suas respostas ao 
levodopa; 
*Ineficaz em pacientes que não mostraram resposta 
terapêutica ao levodopa. 
*Transtorno de personalidade NÃO se deve usar, pois 
já tem alta DA. 
Agentes Anticolinérgicos – Muscarínico 
Fármacos Benztropina 
Biperideno 
Mecanismo de 
ação 
Antagonista dos receptores 
m-colinérgicos. 
Utilização clínica Apenas sintomatológico 
Manifestações clínicas do 
Parkinson (↑ DA ↓Atividade 
colinérgica). 
Parkinson farmacológico 
causado por antipsicóticos. 
Efeitos 
colaterais/adversos 
Constipação, midríase, 
taquicardia, boca seca. 
*Diminuição das manifestações clínicas; 
*Aumento reflexo da resposta de dopamina – fase 
tardia do pac com Parkinson não serve; 
* Cada um desses fármacos pode induzir alterações de 
comportamento e produzir xerostomia e problemas 
visuais, como todos os antimuscarínicos. Eles 
interferem com o peristaltismo no TGI e são 
contraindicados em pacientes com glaucoma, 
hiperplasia de próstata ou estenose pilórica. 
 
Inibidores da COMT 
Fármacos 
APENAS quem ainda 
tem DA endógena 
Tolcapona 
Entocapona 
Mecanismo de 
ação 
 
Parece com os 
inibidores da MAO 
Inibidor da catecol-o-
metiltransferase, 
aumentando a 
disponibilidade de DA na 
fenda sináptica. 
Utilização clínica Pacientes que apresentam 
flutuações motoras no final 
da dose da levodopa. 
Efeitos 
colaterais/adversos 
Hepatotoxicidade, discinesia, 
náuseas, diarréia, dor 
abdominal. 
 
 
 
 
Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
Doença de Alzheimer: 
Transtorno neurodegenerativo progressivo que se 
manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, 
comprometimento progressivo das atividades de vida 
diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos 
e de alterações comportamentais. 
DA apresenta redução da concentração de acetilcolina 
em núcleos subcorticais, sendo este déficit 
responsável por parte das alterações cognitivas 
encontradas nos pacientes. 
Tratamento: 
Inibidores da degradação da acetilcolina: como 
tacrina, donepezila, rivastigmina e galantamina. M.A.: 
inibem a acetilcolinesterase (AChE) 
Galantamina 16-24 mg/dia em 2 doses, rivastigmina 6-
12 mg/dia em 2 doses e donepezila 5-10 mg/dia em 1 
dose. São indicadas em casosleves e moderados e não 
são capazes de reestabelecer a função cognitiva já 
degradada, tem como objetivo retardar a evolução da 
doença. 
Em casos mais avançados, pode-se utilizar a 
memantina 10-20 mg/dia, que é um antagonista do 
NMDA, que retarda a progressão da doença e melhora 
os sintomas comportamentais. 
Anticolinesterásticos 
Fármacos Tacrina, 
Donepezila, 
Tivastigmina, 
Galantamina. *competitiva 
Mecanismo de 
ação 
Inibição reversível da 
degradação de 
acetilcolinesterase (AChE) 
Utilização clínica DA leve a moderada 
Efeitos 
colaterais/adversos 
Náusea, êmese, diarreia, 
anorexia, tremores, 
bradicardia e câimbras. Todos 
associados a inibição da 
degradação ACh 
*Pode atuar como um modulador alostérico do 
receptor nicotínico no SNC e, por isso, pode aumentar 
secundariamente a neurotransmissão colinérgica por 
outro mecanismo. 
A estimulação de receptores de glutamato no SNC 
parece ser crítica para a formação de certas memórias; 
contudo a superestimulação dos receptores 
glutamato, particularmente do tipo NMDA, resulta em 
efeitos excitotóxicos nos neurônios e parece ser um 
mecanismo dos processos neurodegenerativos ou 
apoptóticos. 
Antagonistas dos receptores NMDA 
Um receptor ionotrópico ativado pelo ácido glutâmico (glutamato) 
Fármacos - são 
neuroprotetores, 
evitando a perda 
de neurônios após 
lesões isquêmicas e 
outras. 
Mematina – não competitivo 
Mecanismo de 
ação 
Freio na evolução da 
excitotoxicidade 
Utilização clínica DA moderada a grave 
Efeitos 
colaterais/adversos 
Hipertensão, constipação 
intestinal, tontura e cefaleia. 
 
Esclerose Múltipla – doença autoimune (Th1-Th17): 
A esclerose múltipla (EM) é uma doença 
desmielinizante inflamatória autoimune do SNC. 
A evolução da EM é variável. Para alguns, a EM pode 
consistir em um ou dois episódios neurológicos agudos. 
Em outros, é uma doença progressiva, reincidente e 
crônica que se estende por 10 a 20 anos. 
Fisiopatologia: 
Ocorrem áreas localizadas de desmielinização (placas), 
com destruição da oligodendróglia, inflamação 
perivascular e alterações químicas nos constituintes 
lipídicos e proteicos da mielina, dentro e ao redor das 
placas. 
Tratamento: 
Historicamente, medicamentos, como os 
corticosteroides (p. ex., dexametasona e prednisona), 
foram usados para tratar os ataques agudos da doença. 
Outros fármacos quimioterápicos, como 
ciclofosfamida e azatioprina foram incluídos a 
terapêutica. 
Novos fármacos aprovados incluem os interferons, 
como moduladores do sistema imune e da resposta das 
células T auxiliares, que participam na resposta 
inflamatória, que leva à desmielinização das bainhas 
dos axônios. 
Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
As drogas de primeira linha são utilizadas objetivando 
diminuir a atividade da doença, por exemplo, diminuir 
a agressão pelas células T e os processos 
inflamatórios, além de reduzir a apresentação de 
antígenos e prevenir a adesão das células T à barreira 
hematoencefálica, são elas: Interferons, Acetato de 
glatiramer, Fingolimode, Dimetil fumarato e 
teriflunamide. 
Antiesclerose múltipla 
Fármacos Azatioprina - Imunossupressores 
Ciclofosfamida 
Dalfampridina 
Dexametasona 
Fingolimode 1ª linha 
Glatiramer 1ª linha 
lnterferon B1a 1ª linha 
lnterferon B1b 1ª linha 
Mitoxantrona - Imunossupressores 
Natalizumabe - anticorpos 
monoclonais 
Prednisona 
 
Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA: 
Antagonista de receptor de NMDA é indicado no 
manejo da ELA. 
Riluzol bloqueia o glutamato, canais de sódio e de 
cálcio - previne que as células nervosas sejam lesadas. 
Ele pode aumentar o tempo de sobrevida e retardar a 
necessidade de apoio ventilatório em portadores de 
ELA. 
O tempo médio de início de ação até atingir o pico de 
concentração após administração oral de um 
comprimido é de 1 a 1,5 horas.

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