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Medidas de Ocorrência de Doenças para Morbidade

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Aula 57 – Epidemiologia (Ana) 
Medidas de Ocorrência de Doenças para Morbidade
· Descrever as formas de medida da saúde e suas aplicações;
· Discutir sobre ocorrência das doenças; 
· Identificar medidas de distribuição das doenças; 
· Conceito de incidência e prevalência. 
Considerando que “Epidemiologia é o estudo da distribuição e dos fatores determinantes de estados relacionados à saúde ou a eventos em populações específicas e a aplicação desse estudo para controlar problemas de saúde”.
Importante entender: qual a frequência, número de caso, dentre outros indicadores. 
Medidas De Saúde Das Populações
A OMS, formou comitê para definir métodos satisfatórios para avaliar o nível de saúde da população. 
Indicadores: as informações epidemiológicas normalmente são apresentadas sob a forma de indicadores. Podem ser usados números absolutos, razões e proporções. Destacados por uma série de indicadores com parâmetro de uso internacional e tem como foco fazer a avaliação e mensurar do ponto de vista de saúde pública como está a condição de saúde dessa população:
· Positivos: ex. natalidade;
· Negativo: morbidade, mortalidade. 
A partir dos indicadores pode-se fazer controle. 
Medidas de Saúde das Populações - Contagem, frequência absoluta:
· A medida de frequência mais básica é a contagem, pura e simples, do número de casos da doença; 
· O número de casos das doenças é fundamental para o planejamento dos serviços de saúde;
· Dá uma ideia de magnitude do problema ou da sua tendência em curto prazo, como por ex.: epidemia/pandemia;
· A análise da situação de saúde é um dos usos da epidemiologia, na interface entre a população de conhecimento e sua aplicação aos serviços de saúde;
· Significa conhecer: o que afeta a saúde da população, em que medida o fato ocorre, o que compromete o pleno desempenho das potencialidades humanas, o que produz doenças, o que provoca óbitos, sobretudo os que podem ser evitados através da prevenção e assistência adequada;
· Há evidências de que o estado de saúde está associado à qualidade de vida das populações e que as características da vida em sociedade, o modo de viver a vida e as relações sociais guardam relação com o nível de saúde;
· É necessário analisar a situação sanitária das coletividades de acordo com as características: políticas, culturais, sociais e econômicas;
· A interpretação dos dados produzidos em estudos epidemiológicos deve ser cautelosa, levando em consideração o chamado raciocínio epidemiológico;
· A epidemiologia desenvolve conceitos e hipóteses de associação entre a exposição e efeito, estabelecendo causas e fatores de risco de doenças e agravos;
· A doença como evento pode ser medida em sua frequência e analisada em sua distribuição como “passo essencial” para o estudo das características e do impacto sobre a situação de saúde na população;
· A produção de dados referentes às doenças (dados de morbidade) e os óbitos (dados de mortalidade) à partir de registros ambulatoriais, hospitalares ou de inquéritos populacionais é, hoje, uma ferramenta útil e acessível em vários bancos de dados e sistemas de informações;
· É importante fazer distinção das potencialidades e limites dos diversos tipos de medidas de morbidade e mortalidade quando apresentadas em seus valores absolutos e relativos.
Revisando: 
· Surto: Um aumento súbito e repentino no número de casos de uma doença em uma população. Os casos ocorrem devido a uma exposição em comum;
· Epidemia: Definido pela ocorrência de uma doença em uma região ou comunidade acima do esperado ou habitual;
· Endemia: Definido como a presença habitual ou esperado de uma doença dentro de uma área geográfica e em uma determinada população;
· Pandemia: Caracteriza-se como uma epidemia que afeta uma grande região geográfica, afetando vários continentes;
· Eliminação: Descreve a erradicação da doença de uma grande área geográfica;
· Erradicação: Extermínio de qualquer possibilidade de contágio, destruindo de forma irreversível o agente infeccioso de todo o mundo.
Explorando a Ocorrência da Doença: 
· Quem? Características do indivíduo – ex.: sexo, idade e raça; 
· Quando? Relacionado a periodicidade da doença – ex.: doenças respiratórias mais comuns durante os meses de inverno; 
· Onde? Como se distribui no tempo e no espaço. 
“O objetivo de explorar a ocorrência dos eventos em saúde é monitorar mudanças e planejar intervenções para o controle das doenças.”
· Definir a população em risco; 
· Medir a ocorrência do evento nesta população.
A distribuição das doenças pode ser medida usando taxas ou proporções: 
· Taxa: mostram com que rapidez a doença está ocorrendo na população;
· Proporção: mostram qual fração da população é afetada.
“A habilidade de quantificar o número de pessoas afetadas por alguma problema de saúde num determinado período de tempo é o fundamento para comparação (quem, quando, onde) de um evento em saúde entre as populações.”
Medidas De Morbidade Das Doenças
Medida de Incidência: 
· Casos novos (de uma doença); 
· Indivíduos que adoeceram em um determinado espaço de tempo; 
· Usado como medida de risco.
Medida de Prevalência: 
· Todos os casos; 
· Indivíduos que adoeceram, independente do período do diagnóstico.
INCIDÊNCIA 
· Nesta taxa o resultado é multiplicado por um número arbitrário, dependendo apenas do referencial teórico utilizado em cada doença; 
· Esse valor tem a função de expressar a incidência por número de pessoas; 
· Ele pode ser: 1.000, 10.000,1 milhão ou qualquer outro número.
Como determinar o numerador e denominador do cálculo de incidência?
 	R.: A escolha do tempo é aleatória, podendo ser 1 semana, 1 mês, 1 ano, 5 anos e assim por diante. 
Obs.: Um exemplo da importância da incidência como um forma de monitoramento das doenças, quando podemos perceber o aumento de casos de sífilis congênita.
Problemas com o denominador – se incluirmos as mulheres que realizaram histerectomia no denominador do cálculo da incidência de câncer uterino isto está incorreto, pois estas não possuem risco para desenvolver a doença. 
PREVALÊNCIA
No cálculo da prevalência, não estamos determinando quando a doença se desenvolveu, ou seja, não levamos em consideração a duração da doença. Devido a isto não temos a medida de risco.
Refletindo: 
· Se a prevalência não é uma medida de risco, por que se preocupar em estimá-la?
· Resposta: A prevalência é importante e útil para avaliar o peso da doença na comunidade.
Prevalência pontual: prevalência de uma doença, em algum ponto do tempo. 
PREVALÊNCIA 
· Importante entender que o conceito prevalência implica a magnitude com que as doenças subsistem na população;
· A taxa de prevalência possibilita realizar comparações e análises do quadro sanitário de diferentes populações;
· Medidas de prevalência geram informações valiosas para o planejamento e a administração dos serviços de saúde.
INCIDÊNCIA
· Importante entender a incidência como conceito epidemiológico, que traduz a noção da intensidade com que a morbidade ocorre em uma população.
Por que estudar as Medidas de Ocorrência de Doenças para Morbidade? 
1. Para analisar a situação de saúde do município; 
 2. Para definição de diretrizes, objetivos, indicadores e metas; 
 3. Para monitorar e avaliar ações realizadas. 
 Obs.: O Plano Municipal de Saúde (PMS) deve orientar a elaboração do Plano Pluri Anual da Prefeitura em relação às questões da saúde. 
 A elaboração do PMS deve ser de forma ascendente por meio de mecanismos de escuta da população e manter coerência com as deliberações da Conferência Municipal de Saúde.

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