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Sistema de informação Faz a determinação e construção de diversos indicadores de saúde para em seguida tomar decisões dentro do SUS para determinar políticas de saúde, direcionar recursos ou tomar decisões, sendo essenciais. Conduzem as ações mediante às avaliações, pois sem os registros é praticamente impossível tomar decisão em saúde. A informação é necessária para qualquer decisão que tomemos em nossa vida cotidiana. Muitas das condutas dos indivíduos são tomadas mediante às informações que recebem. A informação sempre subentende um movimento seguinte, ou seja, uma ação. Por exemplo, se há previsão de chuva a pessoa sai de casa com um guarda-chuva. C a r a c t e r í s t i c a s d o s s i s t e m a s d e informação no setor Saúde A palavra informação em si traz a idéia de ordenação, de processo que organiza a ação. Traz ainda a idéia de dar a conhecer, tornar público, ou seja, saber algo sobre determinado local, essa informação não está mais restrita a apenas um grupo. A informação pode contribuir para o avanço da cidadania e da representação dos sujeitos sociais e para os projetos políticos. A informação é importante moldando a forma de agir e a forma como as instituições são conduzidas. A informação é muito poderosa e quem detém a informação apresenta um grande poder A informação tem ainda um potencial para trazer alterações da própria consciência do homem em sociedade. É considerada como etapa primordial para a ação, a informação não produz conhecimento e nem é seu sinônimo. No entanto, é i m p r e s c i n d í v e l p a r a a g e r a ç ã o d o conhecimento, assumindo o papel de “agente mediador na produção do conhecimento”. (Barreto, 1994:3 apud Moraes, 1998). Enquanto pro f iss iona is médicos são importantes para mudar como as pessoas pensam em determinada conduta em saúde, sendo orientadores e detentores de saber médico dentro de uma ESF, pode-se moldar a forma das pessoas conduzirem os hábitos de vida delas. Exemplo Em uma região rural de Governador Valadares relacionado à hipertensão observou-se que boa parte do grupo de idosos que fazia t ratamento para hipertensão arter ia l , conduziam o tratamento mediante boa parte à sua cultura, ou seja, o que aprenderam com pais, avós e sobretudo amigos e vizinhos com as mesmas condições, então para muitos deles era muito mais importante o uso de ervas, medicamentos naturais, do que medicamentos prescritos pelos profissionais da unidade. Então, a informação que circulava nesse território era de remédios naturais para o tratamento da hipertensão e não tinha circulação de informações sobre o que é ou não necessário vindo da equipe de saúde, moldando a forma das pessoas realizarem o tratamento. Dentro desse foco, como médicos para mudar a perspectiva quanto ao tratamento de doenças e importância do uso de medidas efetivas, de uso adequado quanto a saúde, sendo a forma de falar e agir essenciais para conseguir mudar a forma dessas pessoas conduzirem o tratamento delas e mudar a consciência dessas pessoas. Os médicos apresentam poder de mudar ações das pessoas, consciência e interação das pessoas em sociedade, sendo uma grande responsabilidade, devendo ser extremamente cuidadosos. A informação é importante, essencial, mas é precursora do conhecimento, ela sozinha não é capaz de nada, sendo um agente mediador da produção de conhecimento. Comumente os termos “informação” e “dado” são utilizados de forma indiscriminada e confundidos nos seus significados. Da mesma forma, sistema de informação c o s t u m a s e r a s s o c i a d o a i d e i a d e informatização (informática) ou ainda, como equivalente a base de dados. Fontes de dados Dados de morbidade Notificação: Processo passivo que possui menor custo, pouco eficaz (baixa cobertura), em que a pessoa chega até a ESF buscar o atendimento, ou seja, só conseguiu gerar os dados pela busca do paciente para conseguir gerar o dado em saúde. Busca Ativa de Casos: Processo ativo, sendo que a obtenção de informações diretamente de onde os casos são gerados, por meio consulta a registros hospitalares/ a m b u l a t o r i a i s , p e s q u i s a n a p r ó p r i a comunidade “campo”. Tenta encontrar dentro do território possíveis casos para determinada doença, agindo de maneira ativa e elaborar medidas de diagnóstico para fazer a identificação dos casos. São inúmeras fontes de dados A informação em saúde não se refere somente à produzida pelo setor Saúde, dados relacionados à qualidade de vida, são importantes para a avaliação do nível de saúde, tais como: Condições demográficas; Alimentação; Educação; Condições de trabalho e emprego; Transporte, condições de moradia; Saneamento básico; Lazer segurança; Acesso aos serviços de saúde; Dados geram informação para conseguir fazer discussões em relação às políticas de desenvolvimento social, econômico e às políticas de saúde. As informações geradas a partir dos dados coletado no território atuante do profissional médico fazendo o diagnóstico do território, quais as doenças mais frequentes, qual o perfil das pessoas que terão atendimento naquele território, com uma formatação da agenda, direcionando um momento para atendimento diferenciado. Necessário fazer registros dos dados de maneira adequada para poder ter condições de fazer avaliação e formular a informação e modular as ações. Registros de dados inadequados podem viciar as análises dos gestores os quais tomam m e d i d a s i n a d e q u a d a s , b e m c o m o redirecionamento de recursos para locais que não têm necessidade naquele momento, interferindo no processo de atendimento. Muita das vezes a capacidade de diagnóstico e identificação principalmente do doenças infecciosas e parasitárias dentro do território está correlacionada à capacidade da equipe ou à estrutura ofertada à equipe em realizar o diagnóstico. Por exemplo, um profissional que tem dificuldade de coletar os dados sobre casos de sífilis em um território, o número de casos começou a cair, mas isso não quer dizer que parou de acontecer a doença e parou a transmissão, isso quer dizer que ocorreu um mal registro, que gerou uma informação errada. Estudos epidemiológicos: Podem ser inquéri tos epidemiológico específicos para registros e documentação de algumas doenças Mas também pode ser feito um estudo seccional, geralmente do tipo amostral (para determinar a prevalência e os fatores sociodemográficos associados à depressão); E até mesmo um levantamento epidemiológico destina-se a coletar dados para complementar informações já existentes. Todos esses leques de campos para fazer essas buscas e trabalhar com saúde. Dados primários (ou de fonte primária): São os dados que são levantados diretamente na população pesquisada. A pessoa enquanto pesquisadora tomou a iniciativa de buscar o dado Ex.: Um pesquisador vai coletar sangue na população para verificar a prevalência de anemia ferropriva. D a d o s s e c u n d á r i o s ( o u d e f o n t e secundária): Quando os dados já são ex is ten tes (a rqu ivados , reg is t rados , processados ou publicados). É um dado já existente, foi selecionado um dado já pronto. Ex.: Ao estudar a incidência do sarampo com base nos casos registrados pelo serviço de saúde de um município. Levantamento de dados Contínuos: Quando os dados vão sendo registrados à medida em que ocorrem, dados registrados a todo momento. Exemplos: Óbitos, nascimentos, casamentos, doenças de notificação obrigatória. Periódicos: São aqueles que acontecem periodicamente para fazer avaliações específicas de dados da população. Exemplos: Recenseamento da população pelo IBGE, que é realizado, em geral, a cada 10 anos. Ocas iona is : São rea l i zados sem a preocupação de continuidade ou periodicidade certa. Situações pesquisadas e avaliadas de necessidade. E x e m p l o s : P e s q u i s a s qu e g e r a m dissertações de mestrado, inquéri tos domiciliares, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). A transformação do dado em informação Processos de armazenamento, naturalmente o armazenamento de dados é feito de maneira informatizada para melhorar a disponibilidade de acesso dos dados para a população, mas ainda tem-se processos que são necessários armazenamos físicos seja por relatórios de captação de informação ou por transferência de notificação para fazer a guarda. Inicia-se o processamento dos dados, de acordo com o local inserido ou necessidade, tanto dentro da ESF, quanto a nível municipal, es tadua l ou federa l dependendo da articulação realizada Análise das microáreas para avaliação do território e transformando em informação, para remanejar recursos específicos para cada necessidade. Realizados manual ou eletronicamente. Decidir Todo esse processo tem em seguida a p rodução de uma ação que leva a movimentações e a necess idade de avaliações. Todo o processo que vai desde a formação do dado até a decisão, leva à ação. Sistemas de informação em saúde Ciclicidade no movimento desde a produção do dado até a ação. Ao observar o aumento da mortalidade infantil por exemplo, irá buscar meios para evitar essa mortalidade, como melhora do atendimento pré-natal, fornecimento de leite para essas crianças afim de que não passem fome, acesso à renda mínima, entre outras medidas Busca dos dados, produzindo os indicadores que irá comparar com outros já pré-existentes. É necessário criar instrumentos para avaliar a efetividade das ações. Limitações do uso das informações Cada SIS atende ao propósito criado, realizando uma única função, como por exemplo o SIH-SUS que é sistema geral administrativo para fazer pagamento das internações, não fazendo nada além disso O SIS não são compatíveis entre si; Qualidade dos dados – grande n° de pessoas envolvidas com treinamentos distintos, dif icultando principalmente quanto ao preenchimento dos profissionais que não preenchem de maneira adequada. Grande n° de variáveis em branco ou mal preenchidas; O menor nível de desagregação ofertada é o município. O tempo de resposta varia de secretaria para secretaria Sistemas de Informação em Saúde A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Sistema de Informação em Saúde (SIS): “ ..... é um conjunto de componentes que atuam de forma integrada por meio de mecanismos de coleta, processamento, anál ise e transmissão da informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde. Seu propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para aqueles que planejam, financiam, provêem e avaliam os serviços de saúde” (OMS, 1981:42). Vai desde a coleta até a proposição de políticas públicas, até dar condições para que os gestores tenham capacidade de planejar, agir, prover e financiar os serviços de saúde, sendo de extrema importância. Componentes que atuam de forma integrada e articulada para obter e selecionar dados e transformá-los em informação. Vantagens Ampla cobertura, ou seja, tem-se informação de todos os lugares Abrangência nacional; Dados informatizados; Grande n° de informações dos diversos setores e serviços, não somente na área da saúde, mas processos judiciais, assistência social, educação, entre outros. Informações para cada município, sendo a qualidade dependendo de cada município e vai do profissional se observar que não tem uma boa qualidade dos dados, trabalhar para melhorá-los Sistema de informação e Bancos de Dados Sistema de informação É o processo de produção de informação e sua comunicação a atores, possibilitando sua a n á l i s e c o m v i s t a s à g e r a ç ã o d e conhecimentos. Banco de dados É um dos principais componentes do sistema, sendo um agrupamento organizado de dados que pode ser utilizado por vários sistemas. Sendo um item do sistema de informação. No DataSUS tem-se acesso a diversos bancos de dados do sistema de informação. Principais Sistemas de informação da saúde S I H - S U S : S i s t e m a d e I n f o r m a ç õ e s Hospitalares do SUS, em que gera a IH para o município poder realizar internações na rede hospitalar, recebendo recursos do Governo Federa l , ap resen tando um pr inc íp io administrativo S IM : S i s tema de I n fo rmação sob re Mortalidade, registrando todas as notificações de mortalidade SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação. SIAB: Sistema de Informação da Atenção Básica. Antigamente era muito utilizado ela atenção básica à saúde, que hoje foi substituído pelo e-SUS S I A - S U S : S i s t e m a d e I n f o r m a ç ã o Ambulatorial. Atendimento realizado dentro dos ambulatórios e serviços especializados em saúde.
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