Buscar

Transição demográfica e epidemiológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Transição demográfica e epidemiológica 
Transição demográfica 
É uma premissa social, ou seja, uma teoria 
s o c i a l , e l a b o r a d a p e l o d e m ó g r a f o 
estadunidense Frank Notestein, na primeira 
metade do século XX. Ele criou para poder 
refutar por meio de dados da teoria 
populacional que era a teoria malthusianas a 
qual afirmava que o crescimento da população 
ocorria de forma exponencial). Na concepção 
da transição demográfica existe a tendência 
das populações de diferentes lugares, com 
diferentes realidades, percepções, culturas e 
desenvolvimento, possuírem diferentes formas 
e ciclos do crescimento de suas populações, 
sendo que em a lguns momen tos o 
crescimento se intensifica e posteriormente 
uma redução do crescimento devido a 
diversas razões. Ela afirma que não existe um 
momento único de transição demográfica, mas 
que existe um processo alternado, dinâmico e 
diferenciado por ciclos do crescimento 
populacional. Tudo isso relacionado à 
natalidade e mortalidade da população. Um 
dos principais efeitos dessa situação seria um 
processo em bloco do envelhecimento da 
população. 
Refere-se aos efeitos que as mudanças dos 
n í ve i s de na ta l i dade / f ecund idade e 
mortalidade provocam sobre o ritmo de 
crescimento populacional e sobre a estrutura 
por idade e sexo, traduzindo-se por um 
envelhecimento da população (maior 
proporção de idosos). São 4 etapas para que 
ocorra a transição demográfica 
Etapas da transição demográfica 
A linha amarela no gráfico representa taxa 
bruta de natalidade, ou seja, nível médio de 
nascimentos que ocorrem dentro de uma 
população ou também pode levar em 
consideração a taxa de fecundidade. 
A linha azul é a taxa de mortalidade geral 
Já a linha verde verde é a taxa de 
crescimento vegetativo da população que é a 
relação entre a natalidade e a mortalidade. 
De maneira geral, para que ocorra a transição 
demográfica tem-se um primeiro momento em 
que se vê um crescimento com altas taxas de 
natalidade e mortalidade (condições precárias 
de vida e questões sociosanitárias dessa 
população), denominada de pré-transição, 
esse cenário foi perceptível no Brasil antes de 
1900, na Europa na fase de industrialização, 
hoje em dia em alguns países da África com 
caótico desenvolvimento social com muitas 
pandemias e proliferação de doenças. Essa 
população fica estável e praticamente não 
cresce, mas com muitos óbitos e muitos 
nascimentos, sendo uma população mais 
jovem. 
A segunda fase, denominada explosão 
demográfica, é onde inicialmente tem uma 
diminuição do número de óbitos seja por 
melhora de condições sanitárias ou maior 
c o n t r o l e d e p a n d e m i a s , m e l h o r a s 
socioeconômicas, levando às pessoas a 
viverem mais, no entanto os nascimentos 
continuam altos, observando-se um boom do 
crescimento da população que não ocorre em 
decorrência do aumento exponencial do 
número de nascimento, mas a diminuição da 
mortalidade. Isso foi observado tanto na 
Europa e nos EUA no século XIX, países mais 
novos em desenvolvimento também é 
observado isso. 
C o m a m e l h o r a d a s q u e s t õ e s 
socioeconômicas, inserção da mulher no 
mercado de trabalho, mudanças culturais do 
aumento do protagonismo da mulher na 
sociedade, com os aditivos das questões de 
orientação quanto ao planejamento familiar, 
saída da população do campo para a cidade, 
causando efeitos marcantes nas taxas de 
fecundidade e natalidade, levando à queda da 
taxa de natalidade, além de uma queda ainda 
mais acentuada da taxa de mortalidade devido 
à melhora dos instrumentos médicos 
assistenciais, ou seja, desenvolvimento da 
atenção médica especializada levando ao 
aumento da promoção da saúde. Sendo 
assim, essa terceira etapa é denominada de 
desaceleração demográfica. 
Sendo assim, esses blocos populacionais 
estão envelhecendo com melhor qualidade, 
melhor potencialidade de cuidado à saúde, 
então estão envelhecendo mais e com o 
avanço da idade da populacional boa parte da 
população começa a avançar os 50 anos de 
idade. Assim, leva à estabilização do 
crescimento demográfico com a manutenção 
de uma população mais envelhecida, 
chegando a um ponto em que se equilibra os 
óbitos e os nascimentos em uma posição 
m u i t o b a i x a d o q u e s e e n c o n t r a v a 
inicialmente, para alguns países até ocorreu 
uma menor taxa de natalidade do que de 
m o r t a l i d a d e , o n d e o b s e r v o u - s e u m 
crescimento negativo dessa população. Essa 
quarta etapa é denominada de estabilização 
demográfica. 
A taxa de fecundidade adequada para a 
manutenção da população é de 2,1, ou seja, 
cada casal tem que ter no mínimo 2 filhos para 
que haja essa manutenção. Alguns países 
principalmente europeus, em que casais tem 
abaixo desse número em decorrência das 
mudanças sociodemográficas e culturais 
dessa população. No Brasil tem-se uma 
mudança bem heterogênea principalmente em 
re lação às c lasses econômicas. Em 
determinados núcleos sociais tem-se esse tipo 
de mudança. 
Pode haver transição comprimida e curta em 
média de 100 anos sendo um processo que o 
Brasil vivencia sendo diferente de uma 
transição gradual onde ocorre por mais de 300 
anos dependendo da situação que foi o que a 
Europa e EUA vivenciaram. Isso leva a 
possibilidades e dificuldade, sendo dentro das 
possibilidades quando um determinado país 
tem a transição gradual ele consegue se 
desenvolver gradualmente levando em 
consideração a educação, emprego, saúde, 
então todos os aparatos da sociedade tem 
condições de evoluir para atender à demanda 
da população que está evoluindo. Ao passo 
que os países com transição comprimida 
tiveram e possuem maior dificuldade de 
adaptação, pois a transição foi muito 
acelerada não conseguindo dar atenção 
efetiva à população, sendo difícil mudar todo o 
sistema educacional para formar novos 
profissionais, gerar empregos, especializações 
de profissionais para atender os idosos, 
questões de previdência, saúde, entre outros. 
Mudanças no perfil demográfico da 
população brasileira 
Mortalidade 
Antes de 1940 é a primeira fase. Começa a 
declinar a partir de 1940, com um declínio 
muito rápido, pela prevenção e tratamento das 
doenças infecciosas e parasitárias, programas 
de vacinação em massa e melhoria nas 
condições sanitárias. 
O declínio muito rápido dos níveis de 
mortalidade, aliado à manutenção dos altos 
níveis de fecundidade, causou um aumento do 
volume populacional. Até 1960 o boom do 
crescimento populacional pelo declínio da 
mortalidade. 
Taxa de crescimento do Brasil durante a 
década de 60 próxima dos 3% ao ano, sendo 
um crescimento altamente volumoso. 
Fecundidade 
Permanece constante em níveis elevados até 
os anos 60. 
Queda da fecundidade: começa no final da 
década de 60 e início dos anos 70, 
acentuando-se durante a década de 80. 
Alguns autores dizem que o Brasil vai fazer 
uma transição completa para a quarta etapa 
até 2025, onde terá em sua maioria uma 
população mais envelhecida. Dependendo da 
região em que se faz uma avaliação já é 
observado em alguns núcleos populacionais 
essa mudança, principalmente para as 
pessoas que possuem melhores condições 
s o c i o e c o n ô m i c a s e a t é m e s m o u m 
envelhecimento de qualidade. 
Brasil: dinâmica demográfica 
Até em torno de 1930 o período inicial da 
transição demográfica com a manutenção 
constante de altas taxas de natalidade e 
mortalidade. A partir de 1930 redução da taxa 
de mortalidade, com o crescimento vegetativo 
acentuado e a partir de 1960/1970 tem-se a 
entrada na segunda etapa com a diminuição 
do crescimento vegetativo. 
Crescimento populacional 
Crescimento em curva, 1960 o boom do 
crescimento e em seguida estabilidade do 
crescimento e em 1970 queda, caracterizando 
Brasil na 3ª etapa. Em 2020 mantendo 
números em tordo 0,9 para em 2025 fazer 
essa inversão. 
Esperança de vida ao nascer, Brasil e 
regiões, 1930 a 2005 
Observa-se a evolução da expectativa de vida 
no Brasil como passar dos anos. Em todas as 
regiões ocorreu a evolução da expectativa do 
Brasi l , caracterizando o processo de 
envelhecimento populacional. 
Taxa de fecundidade total, regiões do 
Brasil - 1940 a 2006 
Observa por outro lado o aspecto da 
fecundidade a qual permanece alta até 
meados de 1960 e em decorrência das 
mudanças de questões socioeconômicas, 
culturais e organizacionais tem-se uma queda 
acentuada da fecundidade a partir de 1970, 
saindo no Brasil de 6 para 2,1. Em regiões 
manifestam-se números ainda menores. 
Estrutura populacional por sexo e idade, 
Brasil, 1940-2050 
Demonstra a proporcionalidade da população. 
Partindo de uma população em sua maioria de 
jovens com projeção de 2050 com uma 
proporção menor de jovens comparando com 
a população adulta e uma enorme quantidade 
de população idosa. 
Estrutura populacional por sexo e idade, 
Brasil, 1950 e 2000 
Mudança da estrutura para o Brasil como um 
todo. A princípio uma população mais jovem, 
com baixas condições socioeconômicas, que 
precisa de escolas, saúde voltada para as 
crianças, importância social destinada 
principalmente à atenção a saúde de jovens, e 
fornecer educação. Isso mudou um pouco n 
ano de 2000, já que a maioria da população 
está em população ativa, que pode contribuir 
com a sociedade, que dependem de 
empregos, paga impostos, não depende tanto 
das políticas públicas de saúde. 
Envelhecimento populacional - indicadores 
demográficos 
Esse gráfico mostra a evolução justamente da 
relação entre crianças, adolescentes, idosos e 
população adulta. A partir de 2000, tem-se 
maior proporção de população ativa, sendo 
um período para o Brasil crescer. 
Envelhecimento da população a partir de 2040 
bem acentuado 
Taxa de crescimento da população em 
períodos diferentes e o processo de 
crescimento da população vem mudando e 
evidenciando a 3ª fase que o Brasil está 
passando e evidenciando o potencial de 
mudança. 
Estágios da transição demográfica no 
Brasil 
Mudanças diferentes do padrão de transição 
da população em cada região, em decorrência 
das condições socioeconômicas. 
Transição epidemiológica 
O processo de transição demográfica traz 
consigo a mudança das necessidades de 
saúde em relação à população, sendo ela a 
transição epidemiológica. Refere-se às 
modificações, a longo prazo, dos padrões de 
morbidade, invalidez e morte que caracterizam 
uma população específica e que, me geral, 
o c o r r e m e m c o n j u n t o c o m o u t r a s 
transformações demográficas, sociais e 
econômicas. Sendo assim, as pessoas estão 
condicionadas a tipos diferentes de óbitos, 
deslocando o padrão de adoecimento da 
população. Agora o óbito por doenças infecto-
contagiosas para um padrão de óbito em que 
o óbito não é o mais importante, mas sim o 
processo de adoecimento, a morbidade e 
durante o processo de óbito esses óbitos vêm 
e m d e c o r r ê n c i a d e d o e n ç a s d o 
envelhecimento ou pela relação do homem 
com o outro, ou seja, do relacionamento em 
sociedade. 
O processo engloba 3 mudanças básicas: 
1- Deslocamento de causas de morte em que 
sai das mortes por doenças transmissíveis 
para doenças não trasmissíveis e por causas 
externas. 
2- Deslocamento da maior carga de morbi-
mortalidade dos grupos mais jovens para os 
grupos mais idosos 
3- Transformação de uma situação em que 
predomina a mortalidade para outra em que a 
morbidade é dominante 
Estágios da transição epidemiológica 
As três mudanças precisam de 4 etapas para 
ocorrerem, que parecem muito com os 
estágios das transições demográficas. 
Estágio 1 - Período de pragas e da fome: 
níveis de mortalidade e fecundidade elevados 
predomínio de doenças infecciosas e 
parasitárias, desnutrição, problemas de saúde 
reprodutiva. 
Estágio 2 - Período do desaparecimento das 
pandemias havendo maior controle para evitar 
o óbito da população. 
E s t á g i o 3 - P e r í o d o d a s d o e n ç a s 
degenerativas e provocadas pelo homem, 
início de deslocamento dos óbitos. 
Estágio 4 - Período do declínio da 
mortalidade por doenças cardiovasculares 
pelo maior cuidado da saúde, envelhecimento 
populacional, modificações no estilo de vida, 
doenças emergentes e ressurgimento de 
doenças. 
O Brasil não teve essa transição perfeita, 
como nos países industrializados, em 
decorrência possível da transição encurtada 
que ele possuiu, com uma superposição de 
doenças infecto-parasitárias, como doenças 
decorrentes do envelhecimento, doenças 
cardiovasculares, câncer, doenças causadas 
pelo próprio homem. Havendo diversos 
cenários no território nacional. 
No Brasil TE não tem ocorrido de acordo com 
o modelo experimentado pela maioria dos 
países industrializados e mesmo por vizinhos 
latino-americanos como Chile, Cuba e Costa-
Rica. Alguns aspectos caracterizam este 
“novo” modelo: 
Não há transição, mas superposição entre 
etapas onde predominam as doenças 
transmissíveis e crônico-degenerativas 
A reintrodução de docas como dengue e 
cólera, ou o recrudescimento de outras como 
a malária, hanseníase e leishmanioses 
indicam uma natureza não unidirecional 
denominada “contra-transição” 
O processo não se resolve de maneira clara, 
criando uma situação em que a morbi-
mortalidade persiste elevada por ambos os 
padrões, caracterizando uma “transição 
prolongada” 
As situações epidemiológicas de diferentes 
regiões em um mesmo país tornam-se 
constantes (polarização epidemiológica) 
Transição epidemiológica no Brasil 
Vermelho doenças infecto-parasitárias que 
diminuem drasticamente até 2019. Em 2019 e 
2020 com a pandemia essa curva subiu pelo 
deslocamento de óbitos. 
Quando leva em consideração a partir de 
1990 a 2010 observa-se a diminuição da 
morte por doenças cardiovasculares, havendo 
uma queda proporcional do número de óbitos. 
Transição epidemiológica no Brasil 
 
Perfil de saúde dos idosos com o 
passar dos anos 
Com o passar dos anos evolução da 
expectativa de vida com qualidade, em 
d e c o r r ê n c i a d o m e l h o r a p a r a t o 
econômico-social. 
Perfil de saúde dos idosos no Brasil 
A partir dos 70 anos os homens não buscam 
cuidado com a saúde diferentemente das 
mulheres, ocorrendo uma mudança no gráfico 
em relação à declaração de saúde ruim 
Necessário cuidar da saúde dos idosos para 
que possam envelhecer com saúde e evitar 
esse custo médio da hospitalização.

Outros materiais