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Assistência a pacientes em tratamento cirúrgico ASSISTENCIA CIRURGICA O Centro Cirúrgico é considerado uma das áreas mais complexas do hospital, não somente pela sua especificidade, mas por ser um setor fechado que expõe os profissionais de saúde e o cliente a situações estressantes. Atualmente a cirurgia faz uso de computadores e tecnologias avançadas, requisitando do profissional alto grau de capacitação e habilidade. A atuação da equipe de enfermagem no bloco cirúrgico é de extrema importância, pois os profissionais precisam estar aptos para prestarem cuidados específicos e muitas vezes de alta complexidade e individualizados à pacientes submetidos aos diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos. A equipe de enfermagem deverá ser composta por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Segundo a sociedade brasileira de enfermeiros de centro cirúrgico, recuperação-anestésica e central de material e esterilização, cabe ao técnico de enfermagem no centro cirúrgico, dentre muitas outras atividades, priorizar os procedimentos de maior complexidade. De acordo com tal sociedade, os profissionais que atuam em recuperação anestésica devem estar habilitados para prestarem cuidados de alta complexidade ao paciente. Durante a nossa prática profissional, temos observado algumas dificuldades na atuação destes profissionais o que gerou a necessidade de capacita-los cada dia mais para dar suporte na assistência cirúrgica. O objetivo é o de conhecer a prática do técnico de enfermagem que atua em centro cirúrgico e sala de recuperação anestésica, identificando suas atividades cotidianas, seu conhecimento técnico-científico, facilidades e dificuldades encontradas, além das possíveis necessidades de alterações curriculares no curso técnico ou mesmo da criação de um curso de especialização nessa área. que possa oferecer ferramentas para melhoria da qualificação profissional frente às novas tecnologias e a complexidade do setor, atingindo a maximização da qualidade da assistência de enfermagem prestada. ATUAÇÃO DO PROFISSINAL NO CENTRO CIRÚRGICO Sendo a enfermagem uma profissão em que os enfermeiros prestam cuidados a outras pessoas, o cuidar se torna uma ação inerente à profissão. Para Waldow (1998) cuidar é a nossa prática, que se caracteriza por ações e comportamentos de cuidar, podendo ser considerada uma forma de ser e de se relacionar. Nestes sentido, para a autora o processo de cuidar pode ser entendido como um conjunto de ações e comportamentos realizados no sentido de favorecer, manter ou melhorar o processo de viver ou morrer, proporcionando ao paciente a necessidade que apresenta de conforto físico, emocional e espiritual. As funções exercidas pela enfermagem durante a trajetória de sua história, multiplicaram-se com o passar do tempo, deixando de ser apenas curativa e ganhando dimensões preventivas e de reabilitação. Para Passos (1996, p.33) “Do simples cuidado direto com o ser humano, ele tornou-se também planejamento, produção e propagação do saber, administração e fiscalização da assistência”. Assim com a multiplicação das funções, e após estudos realizados, evidenciou-se que os cuidados que eram realizados sem um planejamento e sem uma sistematização necessitavam a implementação de um modelo para sistematizar a assistência de enfermagem estada ao paciente. Neste contexto, surge o processo de enfermagem como metodologia assistencial que o enfermeiro utiliza para o planejamento e implementação dos cuidados, sendo aplicada também para o paciente no período Peri operatório (FLORIO; GALVÃO, 2003). O procedimento cirúrgico é uma situação estressante para o paciente, ao deparar-se com a mesma é acometido de muitos medos, diante destas características entendemos que a sistematização da assistência de enfermagem Peri operatória possibilita a melhoria da qualidade da assistência prestada, “...pois torna-se um processo individualizado, planejado, validado e, principalmente, contínuo...” (GALVÃO; SAWADA; ROSSI, 2002, p. 692 ). O processo de enfermagem é considerado a metodologia de trabalho mais conhecida no mundo (BORK, 2005). De acordo com a Lei do Exercício Profissional nº 7.498, art 11, “O enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe: planejamento, organização, coordenação e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem”. Bloco Cirúrgico Conjunto de alta complexidade técnica e gerencial (procedimentos anestésicos e cirúrgicos) Centro de material e esterilização Centro cirúrgico Recuperação Pós anestésica Competência teórica e prática por parte dos profissionais de enfermagem envolvidos SEGURANÇA DO CLIENTE Conhecimento teórico Condutas éticas Segurança do cliente Habilidade técnica 1.Realize exames pré-operatórios 2.Faça a avaliação pré-anestésica 3.Preencha o termo de consentimento 4.Siga as orientações quanto a higiene pessoal 5.Informe se tem alguma alergia 6.Higienização das mãos por toda equipe 7.Checagem de segurança Identificação do paciente Exames pré-anestésicos Demarcação da área cirúrgica Procedimento a ser realizado Materiais, medicamentos e máquinas 8.Apresentação da equipe 9. Anotações completas 10.Contagem de instrumentais, compressas e agulhas Houve intercorrência na cirurgia? Saída do Bloco Cirúrgico Orientações para equipe médica e paciente 11. Transporte seguro 12. Siga as orientações da equipe CIRURGIA SEGURA / CUIDADOS COM O PACIENTE OCORRÊNCIAS TÉCNICAS Queda do paciente da maca ou mesa cirúrgica Queimaduras por placa de bisturi elétrico Realização de exames ou cirurgias desnecessárias ou proibidas por lei ou pela moral Realização de exames ou cirurgias sem o consentimento do cliente, ou com consentimento obtido mediante informação incompleta Infecções pós-operatórias por contaminação de campo, do instrumental ou material por causas acidentais ou por falta de técnica/cuidados ao lidar com material esterilizado Registros de dados incompletos ou inverídicos • Material efetivamente consumidos • Horário de início e fim da cirurgia • Nome do cirurgião e respectivos assistentes no prontuário do cliente e em outros formulários OCORRÊNCIAS ÉTICAS “Não se limitam aos erros técnicos ou falhas na realização de procedimentos” Falhas de conduta Falhas de relacionamento entre os profissionais de enfermagem Falhas no relacionamento entre os profissionais de enfermagem e de outras categorias Dificuldades na relação profissional e cliente Não respeito à autonomia da vontade do cliente Desrespeito à privacidade do cliente por parte dos profissionais de saúde. Não se limite, busque mais, não corra atrás e sim na frente, não sejas incultos, incauto. Evolua, cresça e mude Riscos ou danos ao cliente Lesões corporais/ psicológica do cliente Assistência de Enfermagem Processos éticos Risco ocupacional Processos judiciais O que é ÉTICA? É a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano; Tem por finalidade indicar o que é certo, correto e justo, assim como a responsabilidade dos indivíduos pelos seus atos; Conjunto de normas que regem os atos humanos; Princípios que servem de base para o comportamento humano; Exercício de cidadania; ÉTICA x MORAL Moral Opção individual, escolha, reflexão Imposta Opção individual, escolha, reflexão “O que devemos fazer?” Requer adesão íntima a valores e normas Normas que regulamentam a conduta humana. Ética CÓDIGO DE ÉTICA Instrumentador cirúrgico Art. 1º. – O Instrumentador Cirúrgico defenderá com todas as suas forças e em todas as circunstâncias o direito fundamental da vida humana. Art. 2º. – O Instrumentador Cirúrgico dedicará atenção especial ao doente, prescindindo de raça, nacionalidade e religião. Art. 3º. – O Instrumentador Cirúrgico procurará familiarizar-se com os vários aspectos organizacionais e administrativos do hospital e com dinâmica do bloco operatório, objetivando uma integração adequada no seu ambiente de trabalho. Art. 4º. – O Instrumentador Cirúrgico, ciente de queo desempenho de sua função requer formação aprimorada, procurará ampliar e atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e do desenvolvimento da própria profissão. Art. 5º. – O Instrumentador Cirúrgico executará com rigor e presteza as orientações do cirurgião, com vistas ao pleno sucesso do ato cirúrgico. Art. 6º. – O Instrumentador Cirúrgico, evitará abandonar o paciente em meio ao ato operatório sem causa justa e sem garantia de solução de continuidade de sua atividade. Art. 7º. – O Instrumentador Cirúrgico negará sua participação em pesquisas que violem os direitos inalienáveis da pessoa humana. Art. 8º. – O Instrumentador Cirúrgico procurará manter relações cordiais, espírito de colaboração e integração com todos os membros da equipe cirúrgica. Art. 9º. – O Instrumentador Cirúrgico guardará segredo sobre fatos que tenha conhecimento no exercício de sua profissão. Art. 10. – O Instrumentador Cirúrgico fará valer seu direito, à remuneração compatível com o trabalho realizado e com dignidade da profissão. Art. 11. – O Instrumentador Cirúrgico colocará seus serviços profissionais à disposição da comunidade em casos de urgência, independentemente de qualquer proveito pessoal.
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