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Doenças (Protozoários) Agente etiológico Hábitat Transmissão Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento Tricomoníase Trichomonas vaginalis F- Mucosa vaginal; M- prepúcio, uretra, vesícula seminal e próstata Contato sexual Homem é o vetor e reservatório da doença F- leucorréia abundante e bolhosa; dispareunia; plurido, ardor e sensação de queimação; disúria; cervicite; mucosa com aspecto de morango. M- assintomático; corrimento escasso, disúria, plurido Parasitológico: Busca de trofozoítos na secreção vaginal ou secreção uretral/ sedimento urinário Preservativo ; Higiene; Tratamento dos doentes Compostos nitroimidazólicos: Metronizadol, Secnidazol, Tinidazol Giardíase Giardia lamblia G. intestinalis G. duodenalis Intestino delgado (duodeno) Ingestão de cistos maduros (via oral) por alimentos, água ou mãos contaminadas Assintomáticos OU Diarreia aguda e autolimitante ou diarreia persistente (aquosa, explosiva, odor fétido); má-absorção Busca de parasitas nas fezes sólidas (cistos) ou diarreicas (trofozoítos). Eliminação não constante. Imunofluorescência indireta ou ELISA Higiene; Procedência / Preparacão de alimentos; Tratamento da água; Destino das fezes; Tratamento dos doentes Compostos nitroimidazólicos: Metronizadol, Secnidazol, Tinidazol Amebíase Entamoeba histolytica E. díspar (não patogênica) Intestino grosso Ingestão de cistos maduros por alimentos, água ou mãos contaminadas Assintomático; Colite não- desentérica (2 a 5 evacuações; fezes moles ou pastosas; cólicas); Colite Desentérica (cólica e diarreia; fezes liquefeitas e mucossanguino-lentas; mais de 8 evacuações); Extra-intestinal (principalmente hepática- lesões difusas; abcesso; dor; febre; hepatomegalia) Busca de parasitas fezes sólidas (cistos) ou diarreicas (trofozoítos); Imagem p/ extra- intestinais; Imunofluorescência indireta ou ELISA Saneamento básico; Higiene; Tratamento dos doentes Compostos nitroimidazólicos: Metronizadol, Secnidazol, Tinidazol Dietas ricas em proteínas e com hidratação; evitar carboidratos Leishmaniose Visceral Leishmania chagasi * Ordem Kinetoplastida (cinetoplasto- mitocôndria única) Visceras (como fígado e baço) Picada de Lutzomyia longipalpisI (mosquito- palha), com inoculação de promastigotas Reservatório: cão doméstico e raposa 1) Sinais gerais: febre, anemia, enfraquecimento 2) Sinais viscerais: hepato e esplenomegalia; lesão no fígado = ascite 3) Óbito Amastigotas em esfregaços; Promastigotas em meios de cultura que simulam intestino do vetor IDR negativo em casos avançados; ELISA; DAT; Imunofluorescência ; Imunohistoquimica ; Testes rápidos PCR Controle do inseto vetor; Controle dos reservatório s; Medidas de proteção individual; Imunização + vacinação e tratamento de cães infectados (Miltefosina -Virbac) Antimoriais pentavalentes: Glucantime e Pentostan Anfotericina B IFN- γ ou Leishracin Leishmaniose Tegumentar Americana L. braziliensis L. amazonensis L. guyanensis * Ordem Kinetoplastida (cinetoplasto- mitocôndria única) Cutâneo; cutâneo- mucosa; cutâneo- difusa Reservatório para Cutânea- animais silvestres L. braziliensis: úlcera de Bauru; lesões únicas, grandes, em forma de cratera. Pode evoluir para Leishmaniose cutâneo-mucosa L. amazonensis: lesões nodulares ou fechadas. Pode evoluir para Leishmaniose cutânea-difusa (lesões em toda a pele) L. guyanensis: lesões pian bois. Pode ser uma lesão única do tipo “cratera de lua” Raspagem, aspirado ou biópsia das lesões; amastigotas em esfregaços ou histopatológico; promastigotas em meio de cultura; IDR negativo para LCD e positivo para LMC; Imunohisto- química; Imuno- fluorescência; Fixação do complemento PCR idem idem Doença de Chagas Trypanosoma cruzi * Ordem Kinetoplastida (cinetoplasto- mitocôndria única) FA: fagócitos FC: celulares musculares Vetorial (picada de triatomíneos infectados – barbeiro); Transfusional; Congênita; Oral (amamentaçã o e alimentos contaminados ); Transplante de órgãos; Acidentes laboratoriais FA: Sinal de Romaña (edema bipalpetral unilateral- patognomônica); Chagoma de inoculação (edema no local onde parasita penetra); Febre, edema, hepatoesplenomegalia, miocardite reversível FC: cardíaca (ICC com arritmia e distúrbios de condução, cardiomegalia); digestiva (megacólon e megaesôfago) FA: alta paresitemia; exame de sangue a fresco; esfregaço; gota espessa; creme leucocitário FC: baixa paresitemia; uso de métodos que permitam a multiplicação do parasita: Xenodiagnóstico, hemocultura, inoculação em camundongos; sorológicos (RFC, RIFI, RHA, ELISA); PCR Melhorias de habitação; Combate ao inseto vetor; triagem sorológica dos doadores de sangue; biosseguran ça em laboratórios Verdadeiramente eficaz para FA; uso de antiparasitários: Nepurtimox e Benzonidazol Para FC, apesar de pouca eficácia, indica-se o uso para tentar paralisar a evolução da doença Malária Plasmodium vivax Plasmodium Falciparum P. malariae P. ovale * Filo Apicomplexa (presença de complexo apical- auxilia entrada na célula hospedeira) Hemácias Inoculação de esporozoítas durante a picada da fêmea de mosquitos anofelinos (genêro Anopheles) P. falciparum: febre terça maligna (a cada 36 ou 48h); promove citoadesão com formação de Knobs, que pode gerar malária cerebral- cefaleia, hipertermia, vômito, sonolência P. vivax: febre terça benigna (a cada 48h) Anemia; febre alta; mal-estar; hipoglicemia; hepato e esplenomegalia; calafrios; calor e suderese Gota espessa (padrão ouro) e esfregaço sanguíneo; em P. falciparum não vemos esquizontes, há + que 1 trofozoíto por célula, 1 ou 2 cromatinas. Em P. vivax, vemos todas as formas, com 1 trofozoíto por hemácia e granulação de Shuffner. Teste rápido: para inquéritos epidemiológicos; é apenas qualitativo QBC (teste do capilar): utilizado em bancos de sangue Prevenção de contato com o inseto vetor; Combate ao inseto; Combate as formas aquáticas dos vetores; Diagnóstico e tratamento precoces Quinina, Cloroquinina (principal) e mefloquina P. falciparum é resistente à cloroquinina, sendo indicado o uso de quinina + doxiciclina Artemisina: isolado da planta Artemisia annua Toxoplasmose Toxoplasma gondii * Filo Apicomplexa FA: células do sistema fagocítico mononucle ar FC: células teciduais em geral Ingestão de oocistos contendo esporozoítos através de alimentos e água contaminados Ingestão de cistos contendo bradizoítas através da carne crua ou mal-cozida Via transplacentár ia (mais grave) Imunocompetente: assintomático; pode ocorrer febre, adenopatia e mialgia, além de anorexia e hepatoesplenomegalia. Sintomatologia mais comum em crianças menores que 5 anos Congênita: Síndrome ou Tétrade de Sabin= retinocoroidite uni ou bilateral, calcificações cerebrais, perturbações neurológicas e hidrocefalia Imunodeprimido: lesões intracerebrais difusas- cefaleia, febre, alteração sensorial, convulsão, etc. Doença pode ser em órgãos específicos ou disseminada. Imunológico (diagnóstico rotineiro): RSF, Hemaglutinação indireta, RIF, ELISA Parasitológico: usado em gestantes em fase aguda- cultura de fibroblastos humanos, exame de lavado broncoalveolar (imunossuprimido) Molecular: PCR Não há tratamento para fase crônica FA: Sulfadiazina; Pirimetamina + ácido folínico ; Espiramicina ; Sulfametoxazo l + Trimetropima Gestantes: espiramicina até 16 semana; sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico até 34 semana. Caso PCR seja negativo (gestante +, feto -), continuar com espiramicina até 34 semanaProcedência e manipulação de alimentos; Cozimento adequado de carnes; Evitar contato com gatos; Acompanhar gestantes e imunossuprimidos Doenças (Platelmintos) Agente etiológico Hábitat Transmissão Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento Teníase Taenia solium Taenia saginata Intestino delgado (jejuno) -> se aderem através do escólex Ingestão de carne de carne de boi ou porco crua ou mal- cozida, com cisticercos viáveis Assintomático Inflamação local Alterações de motricidade; redução da secreção gástrica; dor epigástrica Alguns casos: constipação ou diarreia e plurido anal (para T. saginata) Raro: obstrução intestinal e apendicite Direto: Observação de proglotes nas fezes (T. solium) ou saindo ativamente do ânus (T. saginata) Copro- parasitológico: ovos nas fezes; tamização: retirada de proglotes para diferenciação das espécies Educação em saúde; Tratamento de doentes; Fiscalização da carne; Cozimento ou congelamento da carne Praziquentel; Albendazol; Mebendazol Cisticercose Cysticercus cellulosae * T. solium Vários órgãos Ingestão de ovos viáveis: auto- infecção interna ou externa; heteroinfecção Neurocisticercose: cisticercos fixam-se no tecido cerebral ou ventrículos- convulsão, cefaleia... Oftalmocisticercose Disseminada: tecido subcutâneo e muscular esquelético Imunológicos Complementar: análise do liquor Imagem: TC e RM Lavagem de alimentos como frutas e verduras; Utilização de água filtrada Praziquantel + dexametasona (corticoide para diminuir inflamação local); Albendazol Cirúrgico: número de cisticertos pequeno; Esquistossomose Schistosoma mansoni Adulto: vênulas do plexo hemorroidário superior e ramificações finas das veias mesentéricas inferiores Penetração ativa na pele de cercarias presentes em águas onde o caramujo habita. Geralmente associada ao baixo nível socioeconômico FA: Dermatite cercariana; febre de Katayama; Adenomegalia; eventualmente espleno e hepatomegalia; 1- Granulomas intestinais; diarreia; dor abdominal; 2- Diarreias a epigastralgia; hepatomegalia; Fibrose de Symmers (devido a granulomatose); 3- Hepatoespleno- megalia; hipertensão portal; varizes esofágicas; 4- Hepatoespleno- megalia avantajada Hematêmese; Ascite Busca de ovos nas fezes: Hoffman; Kato- Katz; Imunológicos: ELISA (IgM- aguda / IgG- crônica); Fixação de complemento; imunofluorescência; Complementares: Biópsia retal, imagem (TC,USG, RM, cintilografia); avaliação bioquímica da função hepática Controle do caramujo; Saneamento básico; Educação sanitária; Tratamento dos infectados Oxaminiquine (Mansil)- muitos efeitos colaterais; Praziquantel (Cestox): pode ser associado à corticoide; Albendazol Doenças (Nematelmintos) Agente etiológico Habitat Transmiss!o Sintomas Diagnóstico Profilaxia Tratamento Enterobíase Enterobius vermicularis Intestino grosso (fixadas pelas asas cefálicas) Ingestão de ovos larvados Embrionamento: 4 a 6h; possibilidade de Auto-infecção Prurido anal; Vulvovaginite; Insônia; Colite crônica Anal swab Fervura roupa de cama; higiene pela manhã; macacão para dormir; Mebendazol ou albendazol Pomoato de Pirvírio Tricuríase Trichuris trichiura Intestino grosso (introduzem porção cefálica) Ingestão de ovos larvados Embrionamento:15 dias (geohelminto) Assintomático; Moderado: Eosinofilifa, diarreia e cólicas intestinais; Grave: Diarreia c/ muco e sangue; dor abdominal; tenesmo; anemia; desnutrição; prolapso retal Hoffman; Faust ou Ritchie Saneamento básico; educação sanitária; tratamento de doentes Mebendazol ou albendazol Ascaridíase (Lombriga) Ascaris lumbricoides Intestino delgado - Passagem pelo pulmão Ingestão de ovos larvados Embrionamento: 3 semanas (geohelminto) Invasão: Sd. de Loeffler; Fase intestinal: má digestão; dor abdominal; obstrução intestinal; desnutrição; Hoffman; Faust ou Ritchie Saneamento básico; educação sanitária; tratamento de doentes Mebendazol ou albendazol Levamizol Piperazina (para eliminar bolo de parasita) Ancilostomíase (Amarelão) Ancylostoma duodenale Necator americanus Intestino delgado (cápsula bucal) - Passagem pelo pulmão Penetração ativa de larvas filarióides - VO (só para Ancylostoma) Dermatite; Sd. de Loeffler; Intestino: cólicas, dor, náuseas e vômito, diarreia, anemia ferropriva Busca de ovos ou larvas (+ de 24h) à Hoffman e Ritchie Saneamento básico e educação sanitária; uso de calçados; tratamento Mebendazol ou albendazol Sulfato ferroso Estrongiloidíase Strongyloides stercoralis à Ausência de macho no ciclo evolutivo Intestino delgado - Passagem pelo pulmão Penetração ativa de larvas filarióides Auto-infecção interna ou externa Dermatite; Sd. de Loeffler; Intestino: enterite catarral c/ fezes liquefeitas e muco. No imunossuprimido ou em pacientes com alta carga: Mucosa edemaciada e com ulcerações (enterite edematosa ou ulcerosa) Busca de larvas à Rugai ou Baermann Saneamento básico e educação sanitária; uso de calçados; tratamento Mebendazol ou albendazol Ivermectina para hiperinfecção Filariose Linfática (Elefantíase) Wuchereria bancrofti Penetração da larba filarióide durante picada do inseto vetor (Culex sp) Inicial: inflamação e eosinofilia; linfadenite; mialgia; astenia; febre; lifangite; Crônica: obstrução da circulação linfática à elefantíase; linfedema e quilúria Gota espessa; Knott; Filtração em membrana de policarbontato; ELISA; imuno- cromatográfico Controle do inseto vetor; Saneamento básico DEC; Albendazol; Ivermectina
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