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COCCIDIOSES Parasitas oportunistas intestinais em HIV+ → Cryptosporidium parvum → Cyclospora cayetanensis → Isospora belli → Microsporidia ISOSPORÍASE - Isospora belli. - Infecção: ingestão de carnes e animais parasitados (aves, peixes e mamíferos). - Transmissão: oral – fecal. - Ação parasitária: parasitas fazem reprodução intraepitelial, causando citólises. - Lesões teciduais: enterite + necroses. - Clínica: Quadros leves (10 dias). Inflamação da mucosa do intestino delgado (Criptas de Lieberkühn), diarréia, cólicas abdominais, síndrome disenteriforme, perda de apetite, náuseas, evacuações frequentes, febre. Anorexia e perda de peso. Complicações podem causar desidratação grave. *Pacientes HIV/SIDA – infecção crônica e intermitente. CRIPTOSPORIDIOSE - Cryptosporidium parvum (mais comum em humanos). - Vivem nas microvilosidades ou sob a membrana das células epiteliais gastrointestinais ou respiratórias. - Infecção oportunística em humanos, especialmente em crianças e adultos imunodeficientes. É responsável por um grande número de mortes em pacientes com AIDS. - Transmissão: oral – fecal, homem – homem, contaminação de mananciais, piscinas são fonte periódica de infecção. - Clínica: indivíduos imunocompetentes (pode ser assintomática, causar enterocolite aguda e autolimitada, cólicas abdominais); imunodeficientes (HIV+ e imunossuprimidos) – diarreia aquosa severa acompanhada de fortes cólicas abdominais, flatulência, náuseas, vômitos, anorexia, desidratação e caquexia. - Diagnóstico: análise de pelo menos 3 amostras de fezes; biópsia intestinal; ELISA e PCR direto das fezes. - Tratamento: Macrolídeos, Somatostatina, AZT apenas diminuem a carga parasitária. Uso de Paromomicina é recomendado. - Tratamento sintomático: antidiarreicos, antiespasmódicos, hidratação nutrição enteral, colostro hiperimune bovino. - Quimioprofilaxia: água sanitária, formol 10% e aquecimento a 65°C (30 min) destroem os ooscistos. CICLOSPORÍASE - Cyclospora cayetanensis. - Diarreia crônica e intermitente em HIV/SIDA +. - Oocistos semelhantes aos de Cryptoposridium porém maiores. - Resposta rápida a sulfonamidas. Pneumocystis jiroveci - Fungo cosmopolita que parasita o homem (geralmente imunodeprimido/imunocompetente) causando pneumonia. - Habitat: luz alveolar (aderidos aos pneumócitos). - Transmissão: via aérea superior. - Quadro clínico: febre, tosse seca, taquipneia/dispneia, fadiga, perda de peso, cianose. - Profilaxia: evitar contato com infectados e quimioprofilaxia. - Tratamento: Trimetoprima (TMP) + Sulfametoxazol (SMZ). BLASTOCITOSE - Blastocystis hominis. - Transmissão: via oral (água, alimentos e parasitos). Os agentes patogênicos podem estar na forma vacuolar, cística e ameboide. Libera material tóxico e provoca inflamação (enterite/colite). - Quadro clínico: Dor abdominal, meteorismo, diarreia, náuseas, vômitos, prurido anal. - Profilaxia: lavagem de legumes e frutas, filtrar e ferver água, proteção alimentar, combate as moscas. - Tratamento: Metronidazol, SMX + TMP, Nitazoxanida. PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS E INTESTINAIS AMEBÍASE - E. histolystica. - Formas de vida: trofozoíto (forma ativa que se alimenta e se reproduz muito rapidamente, instalando a infecção em pouco tempo) e cisto (forma resistente eliminada com as fezes). - Mecanismo de infecção: ingestão de cistos e água ou alimento contaminado (cistos contém parede resistente a passagem pelo estômago). Instalação da infecção no cólon. - Patologia: → Forma assintomática. → Forma intestinal não invasiva: dores abdominais (cólicas) e diarreias. → Forma intestinal invasiva: colite amebiana aguda, desinteria grave, úlceras intestinais e abscessos, perfurações (apendicites). → Forma extra-intestinal: fígado, pulmão, cérebro e pele. - Mecanismo de invasão: → Adesão: se liga através de receptores específicos a células do epitélio intestinal. → Destruição tecidual: ação proteolítica arrancando a camada mucosa do epitélio (úlcera típica – diagnóstico endoscópico). → Dispersão: o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via sistema porta (formação de abcessos, necroses devido a isquemias e obstrução do sistema porta). Os níveis enzimáticos hepáticos se encontram alterados e é esse quadro que pode levar o paciente a óbito. - Diagnóstico: clínico (diarreia/síndrome do cólon irritável), laboratorial (parasitológico de fezes), imunológico (sorologia – amebíase invasiva). - Epidemiologia: portadores assintomáticos são os transmissores da doença, uma vez que eliminam cistos nas fezes. - Profilaxia: educação sanitária, tratamento de água, controle de alimentos, lavar frutas e verduras e lavar as mãos. - Tratamento: Metronidazol. - Acanthamoeba sp: infecção ocular, infecção cutânea disseminada e GAE. GIARDÍASE - Giardia lamblia. - Parasita extracelular: adere a MP das células do hospedeiro. Citotoxidade dependente de contato. - Flagelado na forma de trofozoíto (replicativa); cisto sem flagelo (infectante). - Transmissão: ingestão de cistos a partir de água ou alimento contaminados. - Cistos são resistentes a passagem pelo estômago. A exposição ao pH baixo e enzimas digestivas causa o desencistamento. A infecção se instada no duodeno. - Sintomas: diarreia, desconforto ou dor abdominal, flatulência, má-absorção intestinal, intolerância a lactose e perda de peso. - Tratamento: Metronidazol. TRICOMONIASSE - Trichomonas vaginalis. - Se reproduz por fissão binária dentro do hospedeiro (forma assexuada). - Transmitido por relação sexual e causa vaginite. - Tratamento: Metronidazol.
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