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Parasitologia aula 4M2 COCCIDEOS E CILIADOS COCCÍDEOS: ● Grupo de protozoários do filo Apicomplexa. ● Importância como protozoários oportunistas – acomete mais pacientes imunocomprometidos ● Gêneros: Cystoisospora spp., Cyclospora spp., Cryptosporidium spp. e Sarcocystis spp. CYSTOISOSPORA SPP. E CISTOISOSPORÍASE ● Cystoisospora belli antes era chamado de isospora. ● Cistoisosporíase ou cistoisosporose ● Mais frequente em regiões quentes. ● Intracelular – formação de vacúolo parasitóforo ● Cistos em linfonodos mesentéricos, baço e fígado – recidivas ● Diarreia: 5-7 dias após a ingestão das formas infectantes. Ciclo: oocistos liberados nas fezes sofrem esporulação no ambiente e tornam-se maduros. Os maduros contêm esporozoítos que serão liberados no intestino e infectam as células intestinais. Faz reprodução assexuada e sexuada. A reprodução assexuada gera merozoítos. A reprodução sexuada envolve a produção de gametas macro (Feminino) e micro (masculino) e consequente fecundação. O novo indivíduo gerado são os oocistos – que esporulam no ambiente. Patogênese: ● Alterações na mucosa do intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) – síndrome da má absorção (perda de peso, desnutrição). Isso principalmente em crianças, idosos e imunocomprometidos. ● Geralmente infecções benignas. Transmissão: Ciclo oral-fecal (ingestão de oocistos). Profilaxia: medidas de saneamento básico, lavagem adequada de alimentos, medidas de higiene pessoal, tratamento dos doentes. Formas clínicas: ● Assintomática – em imunocompetentes ● Oligossintomática – em imunocompetentes ● Sintomática – em imunocomprometidos, como AIDS, linfomas, leucemia, transplantados e terapia de longa duração com corticosteroides. Sintomatologia: ● Diarreia ● Dor abdominal ● Febre ● Náuseas ● Mal-estar ● Provoca eosinofilia (resposta Th2) mesmo sendo um intracelular (Th1 e TCD8) Imunocomprometidos: ● Quadro diarreico de aparição brusca – diarreia aquosa e de curso prolongado. Leva a desidratação e perda de peso – hospitalização. ● Pacientes com AIDS: diarreia crônica ou aguda e síndrome da má absorção intestinal, com esteatorreia. Podem apresentar Doença disseminada. Diagnóstico laboratorial: ● Pesquisa de oocistos nas fezes – coloração, métodos de concentração (trabalho com as fezes para concentrar os materiais diagnósticos). CRYPTOSPORIDIUM SPP. E CRIPTOSPORIDIOSE: ● C. hominis, C. parvum e C. meleagridis; ● Criptosporidiose ● Potencial para autoinfecção. ● Presentes na superfície da célula – no limite entre citoplasma e exterior Ciclo: oocistos de parede espessa liberados nas fezes e viáveis por várias semanas, podem contaminar vários locais e serem ingeridos. Chega ate o intestino onde libera esporozoítos e realiza ciclos de reprodução assexuada e sexuada. O de parede espessa é eliminado nas fezes. O de parede delgada pode ser eliminado também mas não consegue sobreviver no ambientes, então ele pode se romper ate mesmo no TGI do paciente originando uma autoinfecçao interna. Transmissão: ● Ciclo oral-fecal (ingestão ou inalação de oocistos de parede espessa). ● Autoinfecção – rompimento de oocistos de parede delgada ● Animais também podem se infectar. Profilaxia: ● Medidas de saneamento básico ● Lavagem adequada de alimentos ● Medidas de higiene pessoal ● Destino adequado das fezes dos animais ● Tratamento dos doentes Patogênese: ● Alterações nas células epiteliais do intestino – síndrome da má absorção (perda de peso, desnutrição); - principalmente crianças, idosos e imunocomprometidos ● Representada na: atrofia das vilosidades, hiperplasia e achatamento das criptas; apoptose de enterócitos, com rompimento do citoesqueleto e proteínas das junções epiteliais. ● inflamação – produção de citocinas inflamatórias – dores nas articulações. Formas clínicas: ● assintomática – em imunocompetentes ● autolimitada aguda ou transitória – em imunocompetentes ● crônica – em imunocomprometidos ● fulminante – em imunocomprometidos Sintomatologia: ● diarreia aquosa (intermitente ou contínua), náusea, vômitos, dor abdominal, febre baixa, perda de peso ● crianças – vômitos e desidratação ● Diarreia grave, com várias evacuações – imunocomprometidos Diagnostico laboratorial: ● Pesquisa de oocistos nas fezes, no escarro, na bile ou em material jejunal – coloração ● Sorologia ● Pesquisa de corpoAg ● PCR CYCLOSPORA CAYETANENSIS E CICLOSPORÍASE ● Ciclosporíase ● Indivíduos assintomáticos, com diarreia ou outros sintomas, como fadiga – crianças, idosos e imunocomprometidos. Ciclo: oocisto não esporulado liberado no ambiente onde se esporula – viável por várias semanas Transmissão: ciclo oral-fecal (ingestão de oocistos Profilaxia: medidas de saneamento básico, lavagem adequada de alimentos, medidas de higiene pessoal, tratamento dos doentes. Patogênese: ● Mecanismos ainda desconhecidos ● Estudos detectaram atrofia de vilosidades e moderada inflamação aguda – redução da área de absorção – diarreia. Formas clínicas: ● Assintomática- em imunocompetentes ● Diarreia + sintomas – em imunocompetentes ● Quadro diarreico prolongado – em imunocomprometidos Sintomatologia: ● Diarreia aquosa (que pode ser intermitente) – pode persistir por 52 dias sem tratamento ● Fadiga profunda ● Indigestão ● Sensação de queimação no estômago ● Náuseas ● Dores abdominais ● Perda de peso ● Vômitos Diagnostico laboratorial: ● Pesquisa de oocistos nas fezes – coloração ● PCR SARCOCYSTIS SPP. E SARCOCISTOSE ● S. hominis (vaca) e S. suihominis (porco) ● Parasita intracelular obrigatório ● Sarcocistose: baixa incidência ● Ciclo heteróxeno Ciclo: O ser humano libera esporocistos nas fezes que são ingeridos por animais. Os esporocistos se rompem e liberam esporozoítos que fazem reprodução assexuada e liberam merozoítos. Os merozoítos penetram das células musculares originando cistos que contem bradizoítos. Os cistos são ingeridos pelos seres humanos e ai o cisto se rompe liberando bradizoítos que fazem sua diferenciação em macro e microgametas que fecundam e geram o oocisto. Os animais são hospedeiros intermediários e o ser humano é um hospedeiro definitivo (onde ocorre repro sexuada) Transmissão: ingestão de carne crua ou mal passada de animais infectados (sarcocistos) Profilaxia: não consumir carne de bovinos ou suínos crua ou mal passada, medidas de saneamento básico, medidas de higiene pessoal, tratamento dos doentes. Evitar a contaminação de bovinos e suínos. Quadro clínico: ● Sarcocistose intestinal: infecções subclínica autolimitante – diarreia, náuseas, vômitos, mal estar, dor abdominal – 12 a 48 hrs. ● Sarcocistose muscular: quando o homem ingere os esporocistos se passando por hospedeiro intermediário - episódios raros. Dor muscular, fraqueza, vasculite, febre, mal-estar Diagnostico laboratorial: ● Intestinal: pesquisa de esporocistos nas fezes ● Muscular: biopsias. BALANTIDIUM COLI E BALANTIDIOSE – NÃO É COCIDEO É CILIADO! ● Presente no intestino grosso de suínos – zoonose ● Balantidiose ● Distribuição mundial – muitos assintomáticos ● Pacientes assintomáticos, com infecção crônica, diarreias, invasão e destruição de mucosas. Trofozoíto: manifestações clínicas da infecção Cisto: forma infectante – se dissemina Ciclo: não provoca lesões na mucosa, mas agrava as pré-existentes. Libera cistos ou trofozoítos no ambiente, o cisto é a forma de resistência – pode contaminar agua, alimento, superfície e é ingerido por um hospedeiro sucetivel. O cisto passa pelo TGI e se desencista e acomete o intestino grosso liberando o trofozoíto e depois libera o cisto nas fezes. O porco é hospedeiro da mesma forma que o ser humano – não tem hospedeiro intermediário – é ciclo monoxenico. Transmissão: fecal-oral Profilaxia: medidas de saneamento básico, lavagem adequada de alimentos, medidas de higiene pessoal, cuidado com dejetos de criações de suínos, tratamento dos doentes. Patogênese: ● O protozoário é incapaz de lesionar a parede do intestino mas, se houver lesão prévia, pode agravá-las, provocando necrose e perfuração. Formas clínicas: ● Assintomáticos ● Pacientes com infecção crônica– invasão do intestino grosso com desinteria, cólicas, náuseas e vômitos ● Pacientes com infecção fulminante – invasão acentuada da submucosa e úlceras (já tinha ulceras pré-existentes) ● Extra-intestinal – pulmão e trato urinário. Sintomatologia: ● Indivíduos assintomáticos – maioria ● Cólicas, diarreia (pode conter muco ou sangue) – comprometimento da mucosa intestinal. Casos de hemorragia e perfuração intestinal – casos fatais. ● Náuseas e vômitos Diagnostico clínico: sintomas inespecíficos. Diagnostico laboratorial: detecção de trofozoítos (diarreicas) e cistos (formadas) nas fezes.
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