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REABILITAÇÃO CARDÍACA · Trabalho os três sistemas juntos. · Todo paciente que tem uma debilidade, independente de doença, tem que fazer reabilitação cardíaca. · A reabilitação se emprega a um grande grupo de pessoas (maioria da população) independente se tem doença cardíaca. · O princípio da reabilitação cardíaca é fazer com que o coração trabalhe menos vezes e com mais força. · Hormônio Catecolamina (liberado no exercício) - libera drogas adrenérgicas (adrenalina - ajuda a aumentar a contração do coração, junto libera noradrenalina - auxilia no aumento da pressão.) · Os benefícios/objetivos da reabilitação cardíaca: diminuir a frequência cardíaca e a PA no paciente em repouso e em atividade física. Regular os níveis de catecolamina (Concentração plasmática de catecolaminas em intensidades submáximas de exercício - exacerbar a excitabilidade do miocárdio). Os objetivos específicos da RC incluem: · A estratificação do risco da doença cardíaca básica; · A limitação de possíveis conseqüências psicológicas e emocionais adversas da doença; · O alívio dos sintomas e melhora da função cardíaca; · A orientação e apoio aos pacientes e seus familiares, a supervisão nutricional e o treinamento físico. · A reabilitação é a somatória das atividades para garantir melhores condições físicas, mentais e sociais possíveis, de modo que os pacientes possam, com seus próprios esforços, recuperar uma vida ativa e produtiva. Tudo na reabilitação deve estratificar os fatores de risco: contra indicações (hipertensão, tabagismo, diabetes, etilista....) · Trabalhar o psicológico do paciente. · EQUIPE MULTIDISCIPLINAR. - Geralmente o cardíaco tem problemas associados com a alimentação. (apoio do nutricionista). - Trabalhar nos sinais e sintomas do problema cardíaco. Contraindicações da Reabilitação Cardíaca: · Paciente que acabou de chegar na UTI (primeiras 24 horas com antibiótico). O paciente precisa ser estabilizado nas primeiras 24h (avaliá-lo sem testes específicos) · Septicemia - infecção generalizada. · Não mexer no paciente se houver variação no segmento ST (maior que 2 mm ao esforço). · Arritmia cardíaca · Pressão arterial acima sistólica acima de 180 e diastólica acima 10 · Lesão de tronco pulmonar ou coronária (sem procedimento cirúrgico). · Antes da angioplastia e cateterismo · Insuficiência cardíaca descompensada, tem que esperar compensar, geralmente demora 24 horas. · Bloqueio de ramo atrioventricular (precisa corrigir com ablação de ramo) · Paciente com febre (acima de 37,5° a 37,9° - estado febril, 38 a 41° - hipertermia) · Diabete não tratada · Aneurisma (bolha formada na artéria ou veia, por falta de componentes) - principalmente de aorta ou abdominal. · Embolia pulmonar ou sistêmica · Hipertensão pulmonar (aumento da pressão nos capilares, dificultando troca gasosa) não tratada ou grave. · Taquicardia ventricular em repouso · Obstrução arterial periférica · Pericardite ou miocardite (inflação, geralmente causada por vírus ou bactéria. · TVP (trombose venosa profunda) · Problemas ortopédicos graves (instável) · Angina estável de grau 4 ou instável · Tromboflebite · Estenose ou insuficiência mitral ou aórtica grave. · Miocardiopatia hipertrófica · Distúrbios metabólicos não compensados (alteração hormonal muito grande, diminuição ou aumento de sódio, potássio...) · Distúrbio psiconeuróticos, terapico dependentes (neuro pscicologico) - Não ultrapassar 20 batimentos cardíacos por minuto durante o atendimento. Fases da Reabilitação - A reabilitação cardíaca pode ser dividida em três fases: · fase aguda, fase de internação hospitalar; · convalescença pós-alta, até dois ou três meses do evento coronariano; · compreende a fase crônica, a partir do 3º mês pós-evento, (o que poderia ser classificado como fase IV). FASE 1 OU FASE HOSPITALAR · Composta de 7 etapas. · Seu início é após 24 horas de internação do paciente, e sem dor anginosa nas últimas 12 horas ou complicações como: insuficiência cardíaca, arritmias, instabilidade pressórica, embolia pulmonar ou sistêmica, processo infeccioso/inflamatório em evolução e aneurisma ventricular. · As etapas são mensuradas através dos MET’s (medida equivalente de trabalho - vão de 2 a 4). · Tempo de sessão no dia, de 20-25 minutos, duas vezes ao dia. · A frequência cardíaca não pode ultrapassar 20% do basal · Borg = ou inferior não pode ultrapassar: 13 (EUA) · Saturação maior que 94 · Cuidado com exercícios de isometria, compensações posturais e manobra de valsava · Observar e ficar atento a tolerância do esforço físico · Sempre avaliar FC, PA, FR e SPO2 em repouso, pelo menos uma vez durante o exercício e no final. · Estão incluídos pacientes hospitalizados · Esta fase se inicia na unidade de terapia intensiva e com continuidade na enfermaria até a alta hospitalar. · Inicia-se com mobilização precoce, seguido de sedestação e ortostatismo. · Os programas são de aplicação individualizada na UTI e se ajustam diariamente ao estado evolutivo da doença, respeitando idade, debilidade física ou outros fatores limitantes. Os critérios para passar de uma etapa para outra e/ou de um exercício para outro são: · Frequência cardíaca (FC) que não ultrapasse 20 bpm; · l20 % da Fc de base; · Escala de Borg igual ou inferior a treze (BORG americano de 6 a 13) · É necessário seguir as seguintes recomendações para aplicar o protocolo com segurança: · SpO2, maior ou igual a 94 % com ou sem suporte de O2. · Atentar para que o paciente não realize compensações posturais, isometria e manobra de Valsalva. · Atentar para hipotensão postural. · Sempre que necessário, realizar exercícios de pressão positiva intermitente. · Atentar aos sinais e sintomas mínimos de intolerância ao esforço. · Deve registrar a evolução e as intercorrências observadas a cada sessão na ficha de evolução diária. · Avaliam-se a pressão arterial (PA), a frequência cardíaca e respiratória (FR) no repouso e após o exercício FÓRMULA DE KARVONEN · Em pacientes Descondicionados= 30-60% · Em Condicionados = 60-80% · A formula é calculada em FCTmin (frequência cardíaca total mínima) e FCTmax (Frequência cardíaca total mínima) FCT (frequência cardíaca de trabalho/treino) = FCRep + % . (FCRep - (220 - idade)) FCTmin= 88+0,3(88-(220-37)) FCTmin= 88+0,3(88-187) FCTmin= 88+0,3(99) FCTmin= 88+ 30 FCTmin= 118 bpm FCTmax= Fcrep+%(FCrep-(220-IDADE)) FCTmax= 88+ 0,4 (88-(220-37)) FCTmax= 88+0,4(99) FCTmax= 88+40 FCTmáx= 128bpm PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE I ETAPA 1 – METs 2 - Paciente Deitado (em follower ou semi follower) A. Exercícios diafragmáticos (inspiração e expiração profunda) em um tempo associados com o movimento diagonal de membro superior (unilateral - envolve a mão também, mão para fora no começo e dentro no final), ativo-assistido ou ativo livre (10 vezes para cada membro). B. Repetir o exercício citado anteriormente, com inspiração e expiração em dois tempos, (10 vezes para cada membro). C. Repetir o exercício citado anteriormente, com respiração em um tempo, com os dois membros simultaneamente (10 vezes). D. Ativos-assistidos ou ativos-livres em membros inferiores tríplice-flexão (de quadril, joelho e tornozelo - 10 vezes) + abdução /adução quadril (10 vezes para cada membro). Pode fazer os dois exercícios combinados ou um de cada vez. E. Flexo- extensão de tornozelo (10 vezes - para cada pé) – bomba de tornozelo F. Circundução de tornozelo (10 vezes) para cada pé. Progredir para a etapa 2 de acordo com os critérios citados anteriormente (variação dos sinais vitais, BORG inferior a 5, saturação maior que 94 (com ou sem 0²), FC não pode passar de 20%... ETAPA II – METs 2 Paciente Sentado: - Realizar os exercícios de A a F de forma ativa. ETAPA III – METs 3 Paciente em ortostatismo: · Realizar exercícios de A a F de forma ativa. · Se necessário utilizar apoio para os exercícios de membros inferiores. · Adicionar os seguintes exercícios: G. Ficar na ponta do pé (10 vezes) com os dois membros simultaneamente. H. Semi-agachamento (10 vezes) – segurar na beira do leito. I. Marcha estacionária(durante 30 segundos). J. Deambulação no quarto (1 volta) e andar em volta da cama. ETAPA IV - METs 3 - 4 Realizar os mesmos exercícios da etapa III. Mais as seguintes progressões: (J) Deambulação no corredor (50 metros – contando a ida e a volta sempre, então 25m de ida e 25 m de volta). ETAPA V Realizar os mesmos exercícios da etapa III. Mais a seguinte progressão: (J) Deambulação no corredor (100 metros). ETAPA VI Realizar os mesmos exercícios da etapa III. Mais a seguinte progressão: (J) Deambulação no corredor (150 metros). (K) Subir e descer escadas (10 degraus – sobre 5 e desce 5). ETAPA VII Realizar os mesmos exercícios da etapa III. Mais a seguinte progressão: (J) Deambulação no corredor (200 metros). (K) Subir e descer escadas (10 degraus). - Evoluir de fase como já citado anteriormente FASE II – CONVALESCENÇA PÓS-ALTA HOSPITALAR · Geralmente o paciente sai da primeira fase quando recebe alta e vai para casa · Período de convalescença pós-alta hospitalar até 2 ou 3 meses do evento coronariano e/ou pós-operatório. · É composta de um programa de exercícios supervisionado baseado em prescrição individualizada, especificando: intensidade; duração; frequência e estilo de atividade. · O manuseio e as modificações do estilo de vida devem acompanhar a atividade física, sendo assim, um Processo Contínuo. A gravidade do quadro determina a frequência de atendimento. É necessário avaliar o paciente para decidir a frenquência das sessões: · Ex.: insuficiência cardíaca – depende de como o paciente esta para manter o prognostico, as vezes precisa de mais sessões, as vezes menos. · Ex.2: valvulopatia – fazer exercícios de resistência, endurance... (descer o cacete). Os principais objetivos da fase são: · Melhorar a capacidade funcional; · Diminuir os fatores de riscos cardiovasculares; · Restituir a autoconfiança e atividade profissional; · Avaliação Inicial compreende: avaliação médica; fisioterápica e teste de esforço. Teste de Esforço (TE): · É uma avaliação eletrocardiográficamente monitorizada do consumo máximo de oxigênio de uma pessoa durante exercício, utilizando grandes grupos musculares. · A prova começa com Esforço Submáximo → dá tempo para adaptações fisiológicas → aumenta progressivamente a carga de trabalho até que sejam determinados pontos finais de fadiga individualmente determinados ou ocorram sinais ou sintomas limitantes. - Antes de integrar o paciente ao programa, ocorre uma discussão clínica com o médico e fisioterapeuta, na qual serão avaliados: exame físico, estratificação de risco para atividade física de moderada intensidade, antecedentes pessoais e familiares. Principais Exames: - ECG; cineangiocoronariografia; ecocardiograma; cintilografia associada com teste de esforço e teste de esforço), fatores de risco e outras comorbidades e complicações no pós-infarto agudo. Fase 2 ou Fase Ambulatorial - Acompanhar o paciente de forma supervisionada. (3 a 5 sessões na semana) - Tempo de sessão: geralmente 1 hora. Dividida em: Debilitados: 10 min de aquecimento (aeróbico), 40 min de exercício e 10 min de desaquecimento. Condicionados: Exercício de endurance: resistência (aeróbico - alto gasto enérgico o tempo todo, por exemplo a corrida – gasta muita energia, com maior tempo sem carga). Exercício de explosão: grandes cargas em breves períodos de tempo (maior carga com força e explosão) - pode juntar os dois modelos – por exemplo o crossfit. · Durante é exercício é liberado nora-adrenalina, dopamina e cerotonina. A dopamina faz vasodilatação (ajuda a regular o ritmo da pressão arterial com o tempo) · Aquecimento: forma mais branda até conseguir o ponto que "eu" quero (frequência cardíaca). · Entre o mínimo e máximo da frequência cardíaca - ZONA ALVO (determina a frequência cardíaca ideal p/ fazer com o paciente) · Intensidade de exercício: quanto em % meu coração tem que trabalhar sob a frequência cardíaca de reserva (diferença entre a FCM (Frequência cardíaca máxima) - {220 - idade} e Frequência cardíaca de repouso {batimentos em 1 min). · Frequência cardíaca de reserva = FCM – FCRep (frequência cardíaca de repouso) Incremento de carga: porcentagem em cima da frequência de reserva (para ver qual a porcentagem será usada para calcular a zona alvo): · 30-50% início da reabilitação · 50-65% queima de gordura · 65-80% trabalho anaeróbio · 80-90% trabalho anaeróbio puro (alto rendimento) - Usar a fórmula de Karvonem para calcular a frequência cardíaca de treino máxima e mínima Como montar o programa: · Registrar sinais Vitais: PA, FC, FR, SPO2, BORG, medicamentos que ingeriu no dia (dependendo do medicamento pode dar alguma interferência) · Aquecimento - alongamento dos principais grupos musculares; caminhada leve na esteira, cicloergômetro de forma branda até a FCT min. (10 min) · 20 min de sessão (do total de 40 min) - pegar os sinais novamente. · 40 min depois da sessão - desaquecimento (desacelerar de forma branda - caminhada até a FCRep) - pegar os sinais novamente. CLASSIFICAÇÃO PARA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO · Classificação Funcional Da New York Heart Association · Proporciona um meio simples de classificar a extensão da Insuficiência Cardíaca. · Categoriza os doentes em uma de quatro categorias baseada na limitação da atividade física (dispnéia e angina). BAIXO RISCO · Capacidade Funcional maior 6 METs – pacientes funcionais 1 e 2 · Ausência de Insuficiência Cardíaca; · Função do ventrículo esquerdo em repouso preservada; · Elevação pressórica apropriada ao exercício; RISCO MODERADO · Capacidade Funcional maior 6 METs; · Função do ventrículo esquerdo em repouso preservada; RISCO ELEVADO · Capacidade funcional menor que 6 METs; · Dois ou mais IAM (infarto agudo do miocárdio); · Depressão do segmento ST em 3mm ou angina durante o exercício; · Disfunção ventricular esquerda em repouso; ALTO RISCO · Episódio prévio de parada cardiorrespiratória; · Queda da pressão arterial sistólica (pressórica substancial – queda abrupta) durante o exercício; · Taquicardia ventricular durante o exercício em intensidade menor 6 METs; - Associado: teste de esforço + ecodopler, sintilografias e alguns casos cineangiocoronariografias. - Demora desde a alta hospitalar até uns 6 meses, geralmente. - REAVALIAR O PACIENTE A CADA 3 MESES. PROGRAMA DE TREINAMENTO FÍSICO INTENSIDADE · A intensidade do exercício prescrito tem base nos resultados do Teste de Esforço. · Uma intensidade de treinamento adequada cai dentro de 60% a 80% da absorção máxima de oxigênio pelo paciente, ou da capacidade de trabalho físico. DURAÇÃO - As sessões de tratamento deverão ter duração total de aproximadamente uma hora e deverão ser realizadas três vezes por semana, em dias alternados. FREQUÊNCIA · A freqüência, em parte, é dependente da intensidade e da duração; · São recomendadas três a cinco sessões de exercícios por semana; · A prescrição do exercício é baseada em atividades físicas com gastos energéticos conhecidos que ficam dentro da capacidade do paciente, determinado pelo teste de esforço máximo. · Verifica-se a PA no repouso, no pós-condicionamento com carga e após o relaxamento; · A FC é verificada no repouso, de cinco em cinco minutos no condicionamento e após o relaxamento; · Colhe-se, ao final do condicionamento, a sensação subjetiva de cansaço pela escala de Borg e informações adicionais. · O programa de treinamento físico é constituído principalmente de atividade aeróbica, realizada três vezes por semana, durante três meses. Cada sessão tem duração aproximada de 45 minutos, sendo quinze minutos de aquecimento, 25 minutos de condicionamento e dez minutos de desaquecimento. AQUECIMENTO · Deverá ter duração de 15 minutos, sendo efetuados exercícios de alongamento, dinâmicos aeróbios (caminhada lenta) e de coordenação, associados a exercícios respiratórios; · Essa fase tem por objetivo preparar os sistemas musculoesquelético e cardiorrespiratório para a fase de condicionamento propriamente dito. CONDICIONAMENTO Exercícios aeróbicos são realizados de forma: - contínua, - intensidademoderada (submáxima) - aumentada gradualmente até o nível de treino programado, de média a longa duração e envolvimento de grandes grupos musculares sendo enfatizados os exercícios rítmicos e dinâmicos. · Essa etapa poderá ser composta por trotes, caminhadas ou outra modalidade de exercício físico em bicicleta e esteira ergométrica. A duração total varia até cerca de 40 min · A desaceleração abrupta favorece o aparecimento de arritmias. DESAQUECIMENTO E RELAXAMENTO Objetivo: · Retorno gradativo às condições de repouso · Exercícios de alongamento, relaxamento · Caminhadas lentas. · A atividade física deve ser mantida com baixa intensidade de esforço; · Manter em atividade os músculos mais trabalhados durante a sessão; · Beneficiar a circulação sistêmica através de um massageamento. Teste para mudança de fase (fase 2 para 3) · Ergoespirometria – padrão ouro · Teste de esforço (bruce) (citado anteriormente) · Testes de caminhada, teste de degrau... (teste de campo · Teste de campo + manocaculmetria + espirometria (para progredir o paciente) FASE III OU FASE DE CONDICIONAMENTO CARDIOVASCULAR · Desmame do paciente (supervisão orientada) - 5 dias por semana (com o terapeuta e em casa sozinho) · De 6 meses a 1 ano (depende do paciente) · Exercicios de 8 a 12 METs · Karvonem de 50 a 60% · A fase III é recomendada para pacientes crônicos com estabilidade clínica. · Nessa fase, procura-se alto nível de atividade para melhor desenvolver a capacidade aeróbica e atingir o máximo de capacidade física, compatível com a capacidade funcional do coração. · Tem a duração de 6 a 12 meses, sendo aconselhável estender por tempo indeterminado, evitando assim a aterosclerose. · A automonitoração deve ser estimulada (UMEDA,2006). · A fase III pode ser realizada em casa, clínicas especializadas, programas comunitários ou em outro local com supervisão. A prescrição dos exercícios deve ser revista periodicamente, incorporando os ganhos obtidos Os objetivos dos exercícios a longo prazo são: · Melhorar o condicionamento físico seguido de manutenção; · Reduzir fatores de risco de doença coronariana; · Aumentar a auto-estima e a confiança quando novas atividades são introduzidas e quando o paciente for adaptado progressivamente fora do ambiente se supervisão monitorada; · Introduzir atividades seguras e diversificadas que possam ser realizadas pelos métodos usuais de aptidão e recreação; · Melhorar o conhecimento da habilidade de auto monitorar; · Desenvolver o hábito de ter um tempo para a prática de exercícios. · O programa de exercícios inclui atividades aeróbicas dinâmicas durante pelo menos 30 minutos por sessão, de 3 a 4 vezes por semana. Uma sessão típica deve ter: · Um período de 10 a 20 minutos de exercício em solo; · Um período de 20 a 30 minutos mantidos em atividade de endurance, com ênfase em atividades que possam ser incorporados a vida diária; · Um período de 15 a 20 minutos de atividades recreativas; · Um período de 15 a 10 minutos de relaxamento. · A fase IV é geralmente considerada um programa de manutenção, quando a maioria dos parâmetros físicos e fisiológicos estão estagnados. · É um programa de longo prazo, de duração indefinida e muito variável. · Para os indivíduos destaca-se primeiro os ganhos funcionais, o condicionamento e a sua manutenção posteriormente. FASE IV - REABILITAÇÃO NÃO SUPERVISIONADA · Condicionamento pesado (trabalho combinado com educador físico). · O fisioterapeuta atua na avaliação mensal do paciente. · + dieta regulada. - O protocolo é realizado sob contato constante e supervisão à distância de equipe multiprofissional, - Reavaliações periódicas. · A fase IV encaixa-se na última fase da reabilitação cardíaca, sendo instituída quando aspectos como localização geográfica dos hospitais, rotinas incompatíveis de pacientes, altos gastos financeiros, tornam-se difíceis de serem mantidos. · Ela é possível em vários tipos de locais e tem viabilização prática de atividades para pacientes, facilita a aderência e diminui a desistência nos programas. · Os programas têm-se mostrado eficientes na melhoria do limiar anaeróbio, do pico de VO2, da potência aeróbia, na queda de riscos coronarianos, na efetividade da relação desistência – aderência e em comparação com programas supervisionados têm se obtido resultados expressivos. Os critérios de inclusão para a reabilitação não supervisionada são: - VO2 pico > 6 MET (21 ml/kg/min); · Limiar isquêmico > 6 MET; · Freqüência cardíaca do limiar de isquemia > 120 bpm; · Resposta normal de pressão arterial no teste ergométrico; · Função ventricular esquerda preservada (fração de ejeção maior que 35%); · Ausência de 3ª bulha, galope ou cardiomegalia; · Ausência de arritmia ventricular complexa; · Ausência de parada cardíaca primária. As contra-indicações são: · VO2 pico < 18 ml/kg/min (5 MET); · Aparecimento de angina ou outra manifestação clínica de isquemia do miocárdio; · Infarto do miocárdio extenso com fração de ejeção < 35% de repouso, redução da fração de ejeção de 10% ao esforço; · Queda da pressão arterial sistólica em exercício; · Arritmia ventricular complexa; · Intervalo QT corrigido > 440 ms; · Antecedentes de parada cardíaca primária; · Inabilidade de automonitorização e aderência ao exercício; · Obesidade importante; · Hipertensão arterial refratária; · Diabete mellitus descompensado.
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