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AULA 01 – DIREITO DO CONSUMIDOR PROFESSORA MONITORA: ANA CAROLINA DESTEFANI NATALI INSTA: @anacarolinadestefani DIREITO DO CONSUMIDOR 01. RELAÇÃO DE CONSUMO A relação de consumo é formada pelo consumidor e fornecedor. CONSUMIDOR: se subdivide em consumidor padrão e equiparado. CONSUMIDOR PADRÃO Dessa forma, segundo o artigo 2º, caput, do CDC, consumidor é: Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Logo, este artigo traz o conceito de consumidor padrão e suas principais características são: o Ser pessoa física ou jurídica; o Adquire/utiliza PRODUTOS ou SERVIÇOS como destinatário final. Destinatário final é aquele que retira o bem do mercado e coloca um fim na cadeia de produção e não utiliza esse bem para continuar a produzir. CONSUMIDOR EQUIPARADO O CDC também se aplica a terceiros que não seriam consumidores padrão, mas que foram equiparados a consumidores. Exemplo: vou na loja e compro um alimento. Ocorre que meu amigo come este alimento e vem a passar mal. Este meu amigo será considerado consumidor equiparado, conforme o art. 17 do CDC. Os consumidores equiparados estão presentes nos artigos 2º, parágrafo único, art. 17 e art. 19, todos CDC. Observe: Art. 2°, Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Com isso, o parágrafo único do art. 2º, demonstra o caráter coletivo da proteção ao consumidor. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Exemplo: Uma montadora vende um carro com um defeito de fábrica, todas as pessoas que compraram aquele modelo de veículo daquele lote são consideradas consumidoras por equiparação. Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. Exemplo: se compro uma televisão e essa televisão explode atingindo minha amiga, ela será considerada consumidora por equiparação, pois foi vítima de um acidente que resultou de uma relação de consumo. Por fim, o art. 29 do CDC traz a última hipótese de consumidor equiparado. Observe: Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas (refere-se ao capítulo que trata de práticas comerciais e contratos). Exemplo: uma pessoa que teve seu nome colocado em cadastros de restrição sem nunca ter comprado em determinada loja. Logo, será enquadrada como sendo consumidora por equiparação, conforme artigo 29 do CDC. FORNECEDOR O conceito de fornecedor está previsto no art. 3º do CDC: Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Assim, o fornecedor se caracteriza como sendo: o Pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional, estrangeira, ente despersonalizado. o Desenvolve atividade com habitualidade, como sendo o ofício, a profissão ou uma de suas profissões. 02. OBJETO DA RELAÇÃO DE CONSUMO O objeto da relação de consumo se subdivide em PRODUTO e SERVIÇO. PRODUTO: pode ser todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. Classificam, como sendo: Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br o Produtos Duráveis: bens que não se extinguem após uso regular, ainda que sofram desgastes. Exemplo: carro, mesa, caneta, lápis etc. o Produtos não duráveis: bens que se extinguem após uso regular. Exemplo: alimentos, remédios, cosméticos, canetas, sabonetes. SERVIÇO: Segundo o art. 3º, parágrafo segundo serviço é: “qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.” Logo, as atividades de serviço podem ser de natureza material, financeira ou intelectual, prestadas por entidades públicas ou privadas, mediante REMUNERAÇÃO. RESPONSABILIDADE PELO FATO E PELO VÍCIO DO PRODUTO E SERVIÇO Antes de adentrarmos nas inúmeras hipóteses de responsabilidade pelo fato e pelo vício do produto é preciso saber a diferença entre ambos. Observe: FATO: está ligado ao DANO. Exemplo: televisão que explode e atinge as pessoas. Logo, estamos diante de uma responsabilidade pelo FATO do produto, pois este causou DANOS as pessoas. Vale mencionar que as pessoas atingidas são consideradas consumidoras equiparadas. VÍCIO: está ligado a funcionalidade. Exemplo: comprei um notebook e este veio com problema na entrada do USB. Neste caso, estamos diante da responsabilidade pelo VÍCIO do produto, pois há um problema na funcionalidade do meu computador. A pergunta é: nestes dois exemplos quem será (serão) responsabilizado (s)? O consumidor, fornecedor ou produtor? E qual o prazo que temos para reclamar ou até mesmo ajuizar uma ação? A partir de agora iremos estudar a responsabilidade pelo fato e depois passaremos para responsabilidade pelo vício. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO: Artigos 12 e 13, ambos do CDC. DO SERVIÇO: Artigo 14 do CDC. FATO DO PRODUTO FATO DO SERVIÇO Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa (RESPONSALIBILIDADE OBJETIVA), pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. IMPORTANTE: Responsabilidade objetiva = RISCO DA ATIVIDADE (nexo causal e dano); Comerciante não responde; Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa (RESPONSABILIDADE OBJETIVA), pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. IMPORTANTE: Responsabilidade objetiva; Comerciante responderá; Antes de continuarmos o nosso tema, preciso chamar atenção de vocês para o tipo de responsabilidade civil aplicada no CDC. Regra: é que a responsabilidade seja objetiva, ou seja, não se discute culpa (arts. 12 e 14, caput). Dessa forma, não há necessidade de comprovar imprudência, negligência ou imperícia do fornecedor como pressuposto para o dever de reparar o dano. Essa responsabilidade objetiva está atrelada a Teoria do Risco da Atividade que traz como pressuposto: quem corre esse risco é o próprio fornecedor. Ele é quem possui o ônus da atividade empresarial, portanto, cabe a ele as decisões da colocação de um produto ou serviço no mercado de consumo. Exceção: Responsabilidade subjetiva: quando for profissional liberal (ex.: médico, dentista, nutricionista, arquiteto, personal trainer), a sua responsabilidade será apurada mediante a verificação de culpa (art. 14, §4º). Neste caso, estaremos diante de um serviço de caráter personalíssimo, também chamado de intuito personae. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br LEMBRE-SE: RESPONSABILIDADE OBJETIVA: CONDUTA, NEXO CAUSAL E DANO. RESPOSABILIDADE SUBJETIVA: CONDUTA, NEXO CAUSAL, DANO E CULPA. EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE PELO FATO OBS: direito de regresso é diferente de Denunciação da Lide. Art. 88. Na hipótese doart. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide. FATO DO PRODUTO FATO DO SERVIÇO Art. 12, § 3°: O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso. Art. 14, §3º: O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br DENUNCIAÇÃO DA LIDE DIREITO DE REGRESSO Ainda não se tem uma sentença. Ocorre quando um terceiro assume um dos polos, seja o polo ativo ou passivo (arts. 125 a 129, do CPC). No CDC a denunciação da lide é PROIBIDA, pois segundo o STJ em processo de consumo implica maior dilação probatória, o que atrasaria na resolução da lide. Neste caso já se tem uma sentença. Assim, aquele que pagou a indenização para o consumidor em nome de outra pessoa pode cobrar o reembolso do verdadeiro culpado. DIZ A JURISPRUDÊNCIA: A vedação à denunciação da lide prevista no art. 88 do CDC não se restringe à responsabilidade de comerciante por fato do produto (art. 13 do CDC), sendo aplicável também nas demais hipóteses de responsabilidade civil por acidentes de consumo. (arts. 12 e 14 do CDC). (Jurisprudência em Teses 39 – Direito do Consumidor I) AgRg no AREsp 619161/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 07/04/2015, DJe 13/04/2015. RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO: ARTS. 18 E 19. DO SERVIÇO: ARTS. 20 E 21. Os vícios do CDC podem ser: ocultos ou aparentes. Não importa se o vício é anterior, posterior ou oculto. VÍCIO DO PRODUTO: se subdivide em qualidade e quantidade A) Vício de qualidade do produto: Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. Quais seriam as soluções para vício na qualidade do produto? O fornecedor terá prazo de 30 dias para sanar o vício. Este prazo é para sanar, quando for possível sanar. Por exemplo, uma troca de peça. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Exemplo: Consumidor reclamou no dia 08.10. Tem o fornecedor até 08.11 para arrumar. Apareceu problema de novo no dia 20.10. Novamente, tem até o dia 08.11. Observa que: este prazo de 30 (trinta) dias é decadencial. E prazo decadencial não se suspende. Caso não seja sanado, poderá o consumidor exigir, a sua escolha (art. 18, §1º, CDC): Art. 18. § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. PERGUNTA: Podem as partes convencionar a redução deste prazo de 30 (trinta) dias para sanar vícios do produto? RESPOSTA: Sim, conforme o artigo 18, parágrafo 2º, do CDC. Art. 18. § 2°, do CDC: Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor. OBSERVAÇÃO: o parágrafo 3º do artigo 18 é muito cobrado em prova. ATENÇÃO: § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. B) Vício de quantidade do produto: São aqueles decorrentes da disparidade com as indicações da embalagem, da mensagem publicitária. Tais vícios estão previsto no artigo 19. Veja: Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária.” Exemplo: Paguei por 5kg de açúcar e veio menos. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Em caso de vicio de quantidade o consumidor poderá exigir (art. 19 do CDC): Art. 19. I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação do peso ou medida; III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. VÍCIO DO SERVIÇO (Arts. 20 e 21, ambos do CDC) O artigo 20 fala sobre vício de serviço, que também pode ser de qualidade e de quantidade. A) Vício de serviço de qualidade: “Tornam o serviço impróprio ao consumo ou lhe diminuem o valor”. B) Vício de serviço de quantidade: Está na segunda parte do artigo 20: “aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária.” Quais seriam as soluções em ambos os casos? A resposta se encontra no artigo 20, em seus incisos. Observe: Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor (QUALIDADE), assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária (QUANTIDADE), podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor (IMPORTANTE). § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br DA DECADÊNCIA Os prazos para reclamar VÍCIOS de produto (quantidade ou qualidade) ou serviço (quantidade ou qualidade) estão presentes no artigo 26 do CDC: Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. Lembre-se: os prazos são decadenciais. A partir de quando começa a contar os prazos? Vícioaparente: começa a contar da tradição, ou seja, da entrega do bem ao consumidor (tanto de bem durável quanto não durável. Vício oculto: a partir do momento em que ficar evidenciado o problema. O art. 26, §2º, menciona as hipóteses em que se impede a decadência. Art. 26. § 2° Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; II - (Vetado). III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. INCISO I: Exemplo: comprei um notebook e a entrada de USB não funciona. Logo, se tratando de vício aparente e de um bem durável o prazo é de 90 (noventa) dias. Se recebi no dia 08/10, tenho até dia 08/01 para alegar o vício. Portanto, o fornecedor terá o prazo de 30 (trinta dias) para solucionar. Agora, se a resposta é negativa do fornecedor (alegação de mau uso pelo consumidor, por exemplo), terá o consumidor prazo de 90 dias para ajuizar a ação. Agora, se o fornecedor nunca respondeu o prazo continua parado, podendo o consumidor ajuizar a ação. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br INCISO III: “A instauração do inquérito civil”. Mas qual o tempo? o STJ entende que o fornecedor não irá ficar para sempre responsável. Deve ser levado em conta o critério de vida útil do bem, mesmo que ultrapassado prazo de garantia contratual. PRAZO PARA PROPOR AÇÃO EM CASO DE FATO DE PRODUTO OU SERVIÇO O artigo 27 do CDC traz o prazo prescricional de cinco anos. Veja: Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Portanto, o prazo começa a contar a partir da ciência do dano e sua autoria. Lembre-se: se estiver tratando de FATO do produto ou serviço, o prazo é de cinco anos e será um prazo prescricional. Já em relação ao VÍCIO do produto ou serviço, o prazo será de 30 (trinta) dias ou 90 (noventa) dias, sendo considerado um prazo decadencial. DECORE: DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO Está relacionado ao vício do produto ou serviço: art. 26 do CDC Está relacionado ao fato do produto ou serviço: art. 27 do CDC Prazos decadenciais: 30 dias: serviços e produtos não duráveis. 90 dias: serviços e produtos duráveis. Prazo prescricional: 05 anos. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA O CDC adota a teoria menor, portanto, não é necessário preencher os requisitos do artigo 50 do Código Civil, bastando a constatação de insolvência do fornecedor, conforme demonstra o artigo 28 do CDC: Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. § 1° (Vetado). § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. DIREITO DE ARREPENDIMENTO O art. 49 do CDC traz sobre as hipóteses do direito de arrependimento. Observe: Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. Portanto, os requisitos para que se o consumidor possa desistir de uma compra são: Contratação realizada fora do estabelecimento comercial. Exemplo: telefone, domicílio, eletrônico, telemarketing, ou seja, qualquer meio eletrônico. Prazo de 7 dias a contar da assinatura ou do recebimento do produto/serviço. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br DE OLHO NAS SÚMULAS Súmula 563 STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas. Súmula 608 STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. Súmula 297 STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras. Súmula 597 STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de assistência médica nas emergências ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. Súmula 302 STJ: É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado. Súmula 609 STJ: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do segurado. Súmula 130 STJ: A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento. Súmula 479 STJ: As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias Muito obrigada pela sua atenção!!! Desejo uma excelente prova! Tenha calma e muita tranquilidade! Você é CAPAZ! Acredite no seu potencial, faça o seu melhor! Confie na sua VITÓRIA! Da minha parte, desejo total SUCESSO! EU ACREDITO EM VOCÊ! BOA PROVA! Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
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