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Direito do Consumidor: Relação, Consumidor Padrão e Equiparado, Fornecedor e Objeto

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AULA 01 – DIREITO DO CONSUMIDOR 
PROFESSORA MONITORA: ANA CAROLINA DESTEFANI NATALI 
INSTA: @anacarolinadestefani 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
01. RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
 A relação de consumo é formada pelo consumidor e fornecedor. 
 
 CONSUMIDOR: se subdivide em consumidor padrão e equiparado. 
 
CONSUMIDOR PADRÃO 
 
Dessa forma, segundo o artigo 2º, caput, do CDC, consumidor é: 
 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou 
utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
 
Logo, este artigo traz o conceito de consumidor padrão e suas principais 
características são: 
 
o Ser pessoa física ou jurídica; 
 
o Adquire/utiliza PRODUTOS ou SERVIÇOS como destinatário final. 
Destinatário final é aquele que retira o bem do mercado e coloca um fim 
na cadeia de produção e não utiliza esse bem para continuar a produzir. 
 
CONSUMIDOR EQUIPARADO 
 
O CDC também se aplica a terceiros que não seriam consumidores padrão, mas 
que foram equiparados a consumidores. 
 
Exemplo: vou na loja e compro um alimento. Ocorre que meu amigo come este 
alimento e vem a passar mal. Este meu amigo será considerado consumidor 
equiparado, conforme o art. 17 do CDC. 
 
Os consumidores equiparados estão presentes nos artigos 2º, parágrafo único, 
art. 17 e art. 19, todos CDC. Observe: 
 
Art. 2°, Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de 
pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações 
de consumo. 
 
Com isso, o parágrafo único do art. 2º, demonstra o caráter coletivo da proteção 
ao consumidor. 
 
 
 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
Exemplo: Uma montadora vende um carro com um defeito de fábrica, todas as 
pessoas que compraram aquele modelo de veículo daquele lote são 
consideradas consumidoras por equiparação. 
 
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores 
todas as vítimas do evento. 
 
Exemplo: se compro uma televisão e essa televisão explode atingindo minha 
amiga, ela será considerada consumidora por equiparação, pois foi vítima de um 
acidente que resultou de uma relação de consumo. 
 
Por fim, o art. 29 do CDC traz a última hipótese de consumidor equiparado. 
 
Observe: 
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos 
consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às 
práticas nele previstas (refere-se ao capítulo que trata de práticas 
comerciais e contratos). 
 
Exemplo: uma pessoa que teve seu nome colocado em cadastros de restrição 
sem nunca ter comprado em determinada loja. Logo, será enquadrada como 
sendo consumidora por equiparação, conforme artigo 29 do CDC. 
 
 
 FORNECEDOR 
 
O conceito de fornecedor está previsto no art. 3º do CDC: 
 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 
Assim, o fornecedor se caracteriza como sendo: 
 
o Pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional, estrangeira, ente 
despersonalizado. 
 
o Desenvolve atividade com habitualidade, como sendo o ofício, a profissão 
ou uma de suas profissões. 
 
02. OBJETO DA RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
O objeto da relação de consumo se subdivide em PRODUTO e SERVIÇO. 
 
 PRODUTO: pode ser todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
Classificam, como sendo: 
 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
o Produtos Duráveis: bens que não se extinguem após uso regular, ainda que 
sofram desgastes. Exemplo: carro, mesa, caneta, lápis etc. 
o Produtos não duráveis: bens que se extinguem após uso regular. Exemplo: 
alimentos, remédios, cosméticos, canetas, sabonetes. 
 
 SERVIÇO: Segundo o art. 3º, parágrafo segundo serviço é: “qualquer 
atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, 
inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo 
as decorrentes das relações de caráter trabalhista.” 
Logo, as atividades de serviço podem ser de natureza material, financeira ou 
intelectual, prestadas por entidades públicas ou privadas, mediante 
REMUNERAÇÃO. 
 
RESPONSABILIDADE PELO FATO E PELO VÍCIO DO PRODUTO E 
SERVIÇO 
 
Antes de adentrarmos nas inúmeras hipóteses de responsabilidade pelo fato e 
pelo vício do produto é preciso saber a diferença entre ambos. Observe: 
 
FATO: está ligado ao DANO. Exemplo: televisão que explode e atinge as 
pessoas. Logo, estamos diante de uma responsabilidade pelo FATO do produto, 
pois este causou DANOS as pessoas. Vale mencionar que as pessoas atingidas 
são consideradas consumidoras equiparadas. 
 
VÍCIO: está ligado a funcionalidade. Exemplo: comprei um notebook e este veio 
com problema na entrada do USB. Neste caso, estamos diante da 
responsabilidade pelo VÍCIO do produto, pois há um problema na funcionalidade 
do meu computador. 
 
A pergunta é: nestes dois exemplos quem será (serão) responsabilizado (s)? O 
consumidor, fornecedor ou produtor? E qual o prazo que temos para reclamar 
ou até mesmo ajuizar uma ação? 
 
A partir de agora iremos estudar a responsabilidade pelo fato e depois 
passaremos para responsabilidade pelo vício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE PELO FATO 
 
 DO PRODUTO: Artigos 12 e 13, ambos do CDC. 
 DO SERVIÇO: Artigo 14 do CDC. 
 
FATO DO PRODUTO FATO DO SERVIÇO 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o 
construtor, nacional ou estrangeiro, e o 
importador respondem, 
independentemente da existência de 
culpa (RESPONSALIBILIDADE 
OBJETIVA), pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos 
decorrentes de projeto, fabricação, 
construção, montagem, fórmulas, 
manipulação, apresentação ou 
acondicionamento de seus produtos, bem 
como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua utilização e 
riscos. 
 
IMPORTANTE: 
 
 Responsabilidade objetiva = 
RISCO DA ATIVIDADE (nexo 
causal e dano); 
 Comerciante não responde; 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, 
independentemente da existência de culpa 
(RESPONSABILIDADE OBJETIVA), pela 
reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à 
prestação dos serviços, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua fruição e riscos. 
 
IMPORTANTE: 
 
 Responsabilidade objetiva; 
 Comerciante responderá; 
 
 
Antes de continuarmos o nosso tema, preciso chamar atenção de vocês para o 
tipo de responsabilidade civil aplicada no CDC. 
 
 Regra: é que a responsabilidade seja objetiva, ou seja, não se discute 
culpa (arts. 12 e 14, caput). Dessa forma, não há necessidade de 
comprovar imprudência, negligência ou imperícia do fornecedor como 
pressuposto para o dever de reparar o dano. 
 
Essa responsabilidade objetiva está atrelada a Teoria do Risco da 
Atividade que traz como pressuposto: quem corre esse risco é o próprio 
fornecedor. Ele é quem possui o ônus da atividade empresarial, portanto, 
cabe a ele as decisões da colocação de um produto ou serviço no 
mercado de consumo. 
 
 Exceção: Responsabilidade subjetiva: quando for profissional liberal (ex.: 
médico, dentista, nutricionista, arquiteto, personal trainer), a sua 
responsabilidade será apurada mediante a verificação de culpa (art. 14, 
§4º). Neste caso, estaremos diante de um serviço de caráter 
personalíssimo, também chamado de intuito personae. 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
 
LEMBRE-SE: 
 
 RESPONSABILIDADE OBJETIVA: CONDUTA, NEXO CAUSAL E DANO. 
 RESPOSABILIDADE SUBJETIVA: CONDUTA, NEXO CAUSAL, DANO E 
CULPA. 
 
EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE PELO FATO 
 
 
 
 
OBS: direito de regresso é diferente de Denunciação da Lide. 
 
Art. 88. Na hipótese doart. 13, parágrafo único deste código, a ação 
de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a 
possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a 
denunciação da lide. 
 
 
FATO DO PRODUTO FATO DO SERVIÇO 
Art. 12, § 3°: O fornecedor de serviços só 
não será responsabilizado quando 
provar: 
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito 
inexiste; 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de 
terceiro. 
Art. 13. O comerciante é igualmente 
responsável, nos termos do artigo 
anterior, quando: 
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou 
o importador não puderem ser 
identificados; 
 
II - o produto for fornecido sem 
identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; 
 
III - não conservar adequadamente os 
produtos perecíveis. 
Parágrafo único. Aquele que efetivar o 
pagamento ao prejudicado poderá 
exercer o direito de regresso contra os 
demais responsáveis, segundo sua 
participação na causação do evento 
danoso. 
Art. 14, §3º: O fornecedor de serviços só 
não será responsabilizado quando 
provar: 
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito 
inexiste; 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de 
terceiro. 
 
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DENUNCIAÇÃO DA LIDE DIREITO DE REGRESSO 
Ainda não se tem uma sentença. 
Ocorre quando um terceiro assume 
um dos polos, seja o polo ativo ou 
passivo (arts. 125 a 129, do CPC). 
 
No CDC a denunciação da lide é 
PROIBIDA, pois segundo o STJ em 
processo de consumo implica maior 
dilação probatória, o que atrasaria na 
resolução da lide. 
Neste caso já se tem uma sentença. 
 
Assim, aquele que pagou a indenização 
para o consumidor em nome de outra 
pessoa pode cobrar o reembolso do 
verdadeiro culpado. 
 
DIZ A JURISPRUDÊNCIA: 
 
A vedação à denunciação da lide prevista no art. 88 do CDC não se restringe à 
responsabilidade de comerciante por fato do produto (art. 13 do CDC), sendo 
aplicável também nas demais hipóteses de responsabilidade civil por acidentes 
de consumo. (arts. 12 e 14 do CDC). (Jurisprudência em Teses 39 – Direito do 
Consumidor I) AgRg no AREsp 619161/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA 
TURMA, julgado em 07/04/2015, DJe 13/04/2015. 
 
 
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO 
 
 DO PRODUTO: ARTS. 18 E 19. 
 DO SERVIÇO: ARTS. 20 E 21. 
 
Os vícios do CDC podem ser: ocultos ou aparentes. Não importa se o vício é 
anterior, posterior ou oculto. 
 
VÍCIO DO PRODUTO: se subdivide em qualidade e quantidade 
 
A) Vício de qualidade do produto: 
 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não 
duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou 
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a 
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do 
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, 
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o 
consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
 
Quais seriam as soluções para vício na qualidade do produto? 
 
 O fornecedor terá prazo de 30 dias para sanar o vício. Este prazo é para 
sanar, quando for possível sanar. Por exemplo, uma troca de peça. 
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Exemplo: Consumidor reclamou no dia 08.10. Tem o fornecedor até 08.11 
para arrumar. Apareceu problema de novo no dia 20.10. Novamente, tem até 
o dia 08.11. 
 
Observa que: este prazo de 30 (trinta) dias é decadencial. E prazo 
decadencial não se suspende. 
 
Caso não seja sanado, poderá o consumidor exigir, a sua escolha (art. 18, 
§1º, CDC): 
 
Art. 18. § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, 
pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
 
PERGUNTA: Podem as partes convencionar a redução deste prazo de 30 (trinta) 
dias para sanar vícios do produto? 
 
RESPOSTA: Sim, conforme o artigo 18, parágrafo 2º, do CDC. 
 
Art. 18. § 2°, do CDC: Poderão as partes convencionar a redução ou 
ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser 
inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de 
adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, 
por meio de manifestação expressa do consumidor. 
 
OBSERVAÇÃO: o parágrafo 3º do artigo 18 é muito cobrado em prova. 
 
ATENÇÃO: 
 
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° 
deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição 
das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características 
do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 
 
B) Vício de quantidade do produto: São aqueles decorrentes da disparidade 
com as indicações da embalagem, da mensagem publicitária. Tais vícios 
estão previsto no artigo 19. Veja: 
 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de 
quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às 
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de 
mensagem publicitária.” 
 
Exemplo: Paguei por 5kg de açúcar e veio menos. 
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Em caso de vicio de quantidade o consumidor poderá exigir (art. 19 do CDC): 
Art. 19. I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou 
modelo, sem os aludidos vícios; 
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
 
VÍCIO DO SERVIÇO (Arts. 20 e 21, ambos do CDC) 
 
O artigo 20 fala sobre vício de serviço, que também pode ser de qualidade e de 
quantidade. 
 
A) Vício de serviço de qualidade: “Tornam o serviço impróprio ao consumo 
ou lhe diminuem o valor”. 
 
B) Vício de serviço de quantidade: Está na segunda parte do artigo 20: 
“aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta 
ou mensagem publicitária.” 
Quais seriam as soluções em ambos os casos? A resposta se encontra no artigo 
20, em seus incisos. Observe: 
 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade 
que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor 
(QUALIDADE), assim como por aqueles decorrentes da disparidade 
com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária 
(QUANTIDADE), podendo o consumidor exigir, alternativamente e à 
sua escolha: 
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros 
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor 
(IMPORTANTE). 
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os 
fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não 
atendam as normas regulamentares de prestabilidade. 
 
 
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DA DECADÊNCIA 
 
Os prazos para reclamar VÍCIOS de produto (quantidade ou qualidade) ou 
serviço (quantidade ou qualidade) estão presentes no artigo 26 do CDC: 
 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil 
constatação caduca em: 
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não 
duráveis; 
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos 
duráveis. 
Lembre-se: os prazos são decadenciais. 
 
A partir de quando começa a contar os prazos? 
 
 Vícioaparente: começa a contar da tradição, ou seja, da entrega do bem ao 
consumidor (tanto de bem durável quanto não durável. 
 
 Vício oculto: a partir do momento em que ficar evidenciado o problema. 
O art. 26, §2º, menciona as hipóteses em que se impede a decadência. 
Art. 26. § 2° Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo 
consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços 
até a resposta negativa correspondente, que deve ser 
transmitida de forma inequívoca; 
 II - (Vetado). 
 III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
INCISO I: Exemplo: comprei um notebook e a entrada de USB não funciona. 
Logo, se tratando de vício aparente e de um bem durável o prazo é de 90 
(noventa) dias. 
Se recebi no dia 08/10, tenho até dia 08/01 para alegar o vício. Portanto, o 
fornecedor terá o prazo de 30 (trinta dias) para solucionar. Agora, se a resposta 
é negativa do fornecedor (alegação de mau uso pelo consumidor, por exemplo), 
terá o consumidor prazo de 90 dias para ajuizar a ação. Agora, se o fornecedor 
nunca respondeu o prazo continua parado, podendo o consumidor ajuizar a 
ação. 
 
 
 
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INCISO III: “A instauração do inquérito civil”. 
 
Mas qual o tempo? o STJ entende que o fornecedor não irá ficar para sempre 
responsável. Deve ser levado em conta o critério de vida útil do bem, mesmo 
que ultrapassado prazo de garantia contratual. 
 
PRAZO PARA PROPOR AÇÃO EM CASO DE FATO DE PRODUTO OU 
SERVIÇO 
 
O artigo 27 do CDC traz o prazo prescricional de cinco anos. Veja: 
 
 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste 
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento 
do dano e de sua autoria. 
 
Portanto, o prazo começa a contar a partir da ciência do dano e sua autoria. 
 
Lembre-se: se estiver tratando de FATO do produto ou serviço, o prazo é de 
cinco anos e será um prazo prescricional. Já em relação ao VÍCIO do produto ou 
serviço, o prazo será de 30 (trinta) dias ou 90 (noventa) dias, sendo considerado 
um prazo decadencial. 
 
 
DECORE: 
 
DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO 
Está relacionado ao vício do produto 
ou serviço: art. 26 do CDC 
Está relacionado ao fato do produto 
ou serviço: art. 27 do CDC 
 
Prazos decadenciais: 
 
 30 dias: serviços e produtos 
não duráveis. 
 90 dias: serviços e produtos 
duráveis. 
 
Prazo prescricional: 05 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
O CDC adota a teoria menor, portanto, não é necessário preencher os requisitos 
do artigo 50 do Código Civil, bastando a constatação de insolvência do 
fornecedor, conforme demonstra o artigo 28 do CDC: 
 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de 
direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação 
dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será 
efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento 
ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. 
§ 1° (Vetado). 
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades 
controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código. 
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis 
pelas obrigações decorrentes deste código. 
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que 
sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento 
de prejuízos causados aos consumidores. 
 
 
DIREITO DE ARREPENDIMENTO 
O art. 49 do CDC traz sobre as hipóteses do direito de arrependimento. Observe: 
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a 
contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou 
serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e 
serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por 
telefone ou a domicílio. 
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento 
previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer 
título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, 
monetariamente atualizados. 
Portanto, os requisitos para que se o consumidor possa desistir de uma compra 
são: 
 
 Contratação realizada fora do estabelecimento comercial. Exemplo: telefone, 
domicílio, eletrônico, telemarketing, ou seja, qualquer meio eletrônico. 
 
 Prazo de 7 dias a contar da assinatura ou do recebimento do produto/serviço. 
 
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DE OLHO NAS SÚMULAS 
 
Súmula 563 STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades 
abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos 
previdenciários celebrados com entidades fechadas. 
 
Súmula 608 STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de 
plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. 
 
Súmula 297 STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições 
financeiras. 
 
Súmula 597 STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência 
para utilização dos serviços de assistência médica nas emergências ou de 
urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas 
contado da data da contratação. 
 
Súmula 302 STJ: É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita 
no tempo a internação hospitalar do segurado. 
 
Súmula 609 STJ: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença 
preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à 
contratação ou a demonstração de má-fé do segurado. 
 
Súmula 130 STJ: A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de 
dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento. 
 
Súmula 479 STJ: As instituições financeiras respondem objetivamente pelos 
danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por 
terceiros no âmbito de operações bancárias 
 
 
Muito obrigada pela sua atenção!!! Desejo uma 
excelente prova! Tenha calma e muita tranquilidade! 
Você é CAPAZ! Acredite no seu potencial, faça o seu 
melhor! Confie na sua VITÓRIA! Da minha parte, desejo 
total SUCESSO! 
 
EU ACREDITO EM VOCÊ! 
 
BOA PROVA! 
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