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AULA 6 – DIREITO CIVIL TEMA: COISAS PROFESSORA MONITORA: Geovanna Martarelli (@geovannamartarelli) 1. POSSE (arts. 1.196 a 1.224 do CC) A posse não é e não se confunde com os direitos reais previstos nos arts. 1.225 do CC. Conforme o art. 1.196 do CC, possuidor é quem tem o exercício de fato, pleno ou não de ALGUM (S) dos poderes inerentes à propriedade (usar, gozar, dispor e reaver de quem injustamente a detém). Ex.: O locatário usa a coisa, mas o proprietário dela é o locador. O possuidor de boa-fé é aquele que desconhecia o vício ou o obstáculo que impedia a compra da coisa (art. 1.201 do CC). Por conseguinte, a boa-fé no direito das coisas será analisada em conformidade ao conceito de boa-fé subjetiva (eu não sabia). Note que o art. 1.202 do CC estabelece que a posse de boa-fé “vira” de má-fé “desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente”. Detalhe: a boa-fé do portador de justo título será presumida. QUEM É O DETENTOR DA COISA? O detentor não é possuidor, pois ele tem o dever de conservar a posse em nome de outra pessoa, cumprindo ordens ou instruções desta → o detentor tem o fâmulo da posse. O exemplo clássico de detentores seriam os caseiros que, devido à sua relação de subserviência aos donos da propriedade, tem que cuidar de determinada área (art. 1.198 do CC). Em outras palavras, ainda que o detentor tenha o corpus (coisa em seu poder), este apenas usa o bem em poder alheio. No mais, conforme o p. único do art. 1.198 do CC, quem se comporta como detentor, em relação ao bem e a outrem, presumir-se-á detentor, até eu prove o contrário. ATENÇÃO: como o detentor não tem posse, ele não pode invocar em nome próprio as ações possessórias, contudo ele pode defender a posse alheia pela autotutela (Enunciado 493, da V Jornada de Direito Civil). ATENÇÃO2: os atos de mera tolerância também não induzem a posse (art. 1.208 do CC). Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br 1.2 Classificação a) Extensão da garantia: posse direta (posse exercida por quem está com o bem. Ex.: locatário) e indireta (posse do titular do direito real sobre o bem. Ex.: locador); A posse direta não anula a indireta (art. 1.179 do CC), bem como, ambos possuidores tem o direito de invocar, contra o outro ou contra terceiro, a proteção possessória (Enunciado 76 da I Jornada de Direito Civil). Exemplo doutrinário: Locatário faz uma viagem e locador invade o imóvel durante esse período. b) Compartilhamento da posse: a posse pode ser singular ou plúrima → configura-se a composse quando dois ou mais sujeitos exercem a posse de determinado bem com os mesmos poderes. O bem pode ser divisível ou indivisível. c) Existência de boa-fé subjetiva: o agente pode estar de boa-fé (desconhece os vícios ou obstáculos que impedem a aquisição da coisa) ou de má-fé (sabe dos vícios, mas exerce o domínio fático do bem → ainda que de má-fé, o possuidor pode ajuizar ação possessória em face de terceiro). d) Existência de vícios objetivos: a posse poderá ser justa (não apresenta os vícios de violência, clandestinidade ou precariedade) e injusta (apresenta os vícios de violência, clandestinidade ou precariedade). Violência: decorre de violência física ou moral (ex.: roubo → movimento popular invade violentamente uma propriedade rural que está sendo devidamente utilizada por seu proprietário); Clandestinidade: a posse é obtida de forma oculta, sorrateiramente (ex.: furto → movimento popular invade uma propriedade rural que está sendo devidamente utilizada, durante a noite e sem ninguém perceber); Precária: decorre de abuso de confiança ou de direito. (ex.: estelionato/ apropriação indébita → locatário de um veículo que não devolve o bem ao final do contrato). ATENÇÃO: basta a presença de um dos critérios citados para que a posse seja INJUSTA. ATENÇÃO2: ainda que a posse seja injusta, aquele que a detém pode ajuizar ação possessória em face de terceiros, mas não contra a Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br pessoa que “perdeu” a coisa. ATENÇÃO3: conforme o art. 1.203 do CC, a posse mantém o caráter de que foi adquirida, ou seja, se eu vendo um bem de origem injusta, continuará injusto com a venda → essa pessoa que comprou o bem pode saber que o objeto vinha de posse injusta (má-fé) ou desconhecer (boa-fé). Nesta toada, o art. 1.208 do CC estabelece que após um ano e um dia da pausa da violência ou clandestinidade, a posse injusta se convalida em justa. e) Quanto à idade: a posse pode ser nova (tem menos de um ano e um dia, ou seja, com até um ano → ação possessória de força nova segue procedimento especial) ou velha (exercida por tempo superior a ano e dia → a ação de força velha segue o procedimento comum) f) Quanto aos efeitos: ad interdicta (decorre de obrigação ou direito real e, por conseguinte, não gera contagem para usucapião, mas permitem a defesa pelas ações possessórias diretas ou interditos possessórios. Ex.: locatário não pode alegar usucapião.) ou ad usucapionem (prolongada por determinado período, admite que a propriedade seja adquirida pela usucapião – deve ser mansa, pacífica, duradoura, ininterrupta e com intenção de ser dono). 1.3 Efeitos da posse DIREITO AOS FRUTOS: Os frutos são bens acessórios (naturais, industriais ou civis) que, se retirados do objeto principal, não diminuem sua quantidade. Ex.: colheita de laranjas. Não os confunda com produtos, visto que estes diminuem o principal com a sua retirada. Ex.: retirada de minérios. Quanto ao estado que se encontram, os frutos podem ser: Pendentes: ligados ao principal, não foram colhidos. Percebidos: já foram colhidos e separados. Estantes: já foram colhidos e armazenados. Percipiendos: deveriam ter sido colhidos, mas não foram. Consumidos: já foram colhidos e não existem mais (pode ser tanto porque alguém comeu ou o fruto foi vendido, por exemplo). Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Art. 1.214 do CC: Enquanto o possuidor estiver de boa-fé, terá direito aos frutos percebidos, mas não aos pendentes. Para ilustrar, colaciono o exemplo de Flávio Tartuce (2021, p. 881): Um locatário está em um imóvel urbano e, no fundo deste, há uma mangueira. Enquanto vigente o contrato, o locatário, possuidor de boa-fé amparado pelo justo título, terá direito às mangas colhidas, ou seja percebidas. Se o contrato for extinto quando as mangas ainda estiverem verdes (frutos pendentes), não poderão ser colhidas, pois são do locador proprietário. Se colhidas ainda verdes, devem ser devolvidas ao último [...] De outro lado, a partir do momento em que o possuidor estiver de má-fé (art. 1.216 do CC), ele responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como, aqueles que, por sua culpa, deixou de perceber, desde quando estava de má-fé. Todavia, o possuidor de má- fé terá direito aos gastos para a colheita. Ex.: colho frutas do pé de laranja do meu vizinho → preciso indenizá-lo por elas, mas recebo pelos gastos com a colheita. DIREITO ÀS BENFEITORIAS As benfeitorias são acessórios introduzidos nos bens móveis ou imóveis, podendo ser: Necessárias: como o próprio nome induz, são feitas para preservar o bem principal. Ex.: Estourou o encanamento da casa. Úteis: aumentam ou facilitam o uso do bem principal. Ex.: instalação de grades nas janelas. Voluptuárias: só trazem luxo ao bem principal. Ex.: construir uma piscina. Conforme o art. 1.219 do CC, o possuidor de boa-fé será indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis, podendo retê-las caso o proprietário se negue a pagar. Quanto às benfeitorias voluptuárias, o possuidor de boa-fé pode levantá-las, se não forem pagas e não gerar danos ao bem principal. Atenção: A regra muda tratando-se de locação de imóvelurbano (lei nº 8.245/91). O possuidor de boa-fé terá direito à indenização e retenção das benfeitorias necessárias (independentemente de autorização) e as úteis (desde que autorizadas previamente). Já as benfeitorias voluptuárias não são indenizáveis, mas podem ser levantadas, desde que isso não afete a Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br estrutura do imóvel. Por outro lado, o possuidor de má-fé não tem direito de retenção ou levantamento, podendo, apenas, exigir indenização pelas benfeitorias necessárias (art. 1.220 do CC). Detalhe: estando o possuidor de má-fé, o proprietário pode escolher se indenizará a benfeitoria no seu valor atual ou seu custo. Todavia, se o possuidor estava de boa-fé, o proprietário deverá indenizá-lo pelo valor atual da coisa (art. 1.222 do CC). RESPONSABILIDADE SOBRE A COISA O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa (art. 1.217 do CC). Em outras palavras, o possuidor de boa-fé só responderá se restar comprovado que a coisa se perdeu por sua culpa (sentido amplo). Já o possuidor de má-fé responde, independente de culpa, pela perda ou deterioração da coisa, salvo se comprovar que o bem se perderia com o reivindicante (art. 1.218 do CC). MANUTENÇÃO DA POSSE O possuidor pode proteger sua posse propondo as seguintes ações (art. 1.210 do CC): Ação de interdito proibitório → ameaça (iminente) de que a posse será turbada ou esbulhada; Ação de manutenção de posse → ocorre a turbação, ou seja, o possuidor não consegue exercer plenamente a posse; Ação de reintegração de posse → ocorre quando há esbulho, ou seja, o possuidor perde o bem para terceiro. Esta ação também poderá ser ajuizada contra o terceiro que recebeu a coisa esbulhada sabendo do vício (art. 1.212 do CC). 2 DIREITOS REAIS Os direitos reais consistem na ligação formal entre pessoa natural e coisa, estando previstos no rol do art. 1.225 do CC. 2.1 Propriedade O proprietário tem a faculdade de usar os poderes expressos no Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br art. 1.228 do CC: gozar (servir-se da coisa indiretamente, como alugar o imóvel), reaver, usar (uso a coisa de acordo com sua função original) e dispor (possibilidade de vender, alugar, abandonar, não usar) → GRUD. O legislador estabelece que o direito à propriedade deve ser exercido conforme sua função social Neste sentido, o parágrafo segundo do mesmo artigo proíbe que o proprietário exerça o seu direito de forma a prejudicar outrem (ato ilícito). Note que o exercício dos elementos constitutivos da propriedade pode ser pleno (quando todos estão reunidos em um único sujeito) ou limitado (quando há sua divisão, como na locação, por exemplo). Pegadinha: A propriedade do solo abrange o espaço aéreo e o subsolo correspondente, na altura e profundidade que for útil (Ex.: garagem no subsolo). Todavia, essa propriedade não abrange jazidas, minas, demais recursos minerais, potenciais de energia hidráulica e monumentos arqueológicos (arts. 1.229 e 1.230 do CC). 2.1.1 Aquisição da propriedade imóvel As formas de aquisição da propriedade imóvel são divididas entre originárias (acessões e usucapião) e derivadas (registro imobiliário e sucessão hereditária). A diferenciação é importante porque nas formas originárias o contato é direto entre sujeito e coisa, fazendo com que as características anteriores do imóvel “sumam”. Ao passo em que, nas formas derivadas a aquisição é feita através da relação negocial entre sujeitos. REGISTRO DO TÍTULO Como vimos nas aulas anteriores, a propriedade do bem se transfere pela a tradição (bens móveis – art. 1.267 do CC) ou pelo registro do título (bens imóveis). Sendo o registro do título um meio de aquisição derivada, o novo proprietário será responsável pelas dívidas da coisa, como os tributos. USUCAPIÃO DE IMÓVEIS A usucapião ou “prescrição aquisitiva” é uma forma de aquisição da propriedade de bens móveis ou imóveis pelo transcurso do tempo e requisitos legais. A sentença de usucapião apenas declara a propriedade, visto que a constituição desta se dá com o decurso do tempo. Para que haja a usucapião, a posse exercida pelo usucapiente (pessoa natural ou jurídica) deve ser mansa e pacífica (sem oposição Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br física ou jurídica do proprietário), com animus domini (vontade de usucapir, de ser proprietário) e ininterruptamente pelo prazo legal. Atenção: o imóvel a ser usucapido deve ser particular, vez que os bens públicos não podem ser usucapidos (art. 102 do CC). USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA DE BENS IMÓVEIS (art. 1.238 do CC): Consoante à dicção legal, a usucapião extraordinária exige a vontade do possuidor em ser dono, e a posse mansa, pacífica e ininterrupta por 15 anos. Devido ao longo prazo, o legislador presume a boa-fé e o justo título, sendo desnecessária a prova de ambos. O prazo legal será reduzido para 10 anos se configurada a posse-trabalho, ou seja, o sujeito terá o direito do prazo reduzido se estabeleceu o imóvel como moradia habitual, ou realizado obras ou serviços de caráter produtivo nele. USUCAPIÃO ORDINÁRIA DE BENS IMÓVEIS (art. 1.242 do CC): é necessária a posse mansa, pacífica e ininterrupta por 10 anos, exercida com animus domini, com presença de justo título e boa-fé. O prazo será reduzido para 05 anos se o imóvel for adquirido onerosamente, com registro e futuro cancelamento deste + moradia habitual ou realização de investimentos de interesse social ou econômico. Atenção: o art. 1.243 do CC estabelece que o possuidor pode “somar a sua posse” aos de seus antecessores, desde que sejam contínuas e pacíficas (lembre-se, na usucapião ordinária é exigido justo título e boa-fé). USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL (PRO LABORE) DE BENS IMÓVEIS (art. 1.239 do CC): exige que a área situada na zona rural não seja superior a 50 hectares de terra, posse mansa, pacífica e ininterrupta por 05 anos com animus domini. Também se faz necessário que o local seja utilizado para subsistência ou trabalho (moradia e ocupação produtiva) e não ser proprietário de outro imóvel (rural ou urbano). USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA DE BENS IMÓVEIS (art. 1.240 do CC): a área urbana a ser usucapida deve ser de até 250 m2, bem como a posse deve ser mansa, pacífica, ininterrupta por 05 anos, com animus domini. O legislador também exigiu que o imóvel seja utilizado para moradia pessoal ou familiar, desde que o adquirente não seja proprietário de outro bem imóvel. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br USUCAPIÃO FAMILIAR DE BENS IMÓVEIS (art. 1.240-A do CC): as exigências mais importantes dessa modalidade são: que o usucapiente seja coproprietário do imóvel; o “outro proprietário” tenha saído do imóvel voluntária e injustificadamente. Essa espécie é resumida pela situação em que um dos cônjuges ou companheiro abandona o lar. Se a pessoa que “ficou” exercer a posse ininterrupta e sem oposição por 02 anos no local, utilizando para sua moradia, conseguirá o bem por completo, desde que não seja proprietário de outro imóvel. 2.1.2 Aquisição da propriedade móvel A aquisição da propriedade móvel também pode ser dividida em originária (ocupação, achado e usucapião) e derivada (especificação, confusão, comistão, adjunção, tradição e sucessão). Vamos analisar apenas as duas formas mais importante para sua prova: USUCAPIÃO DE MÓVEIS A usucapião de bens móveis pode ser ordinária com os seguintes requisitos: posse mansa, pacífica e ininterrupta por 03 anos, com animus domini, presente justo título e boa-fé (art. 1.260 do CC). Atenção: aplica-se aqui a regra do art. 1.243 do CC em que o possuidor pode “somar a sua posse” aos de seus antecessores, desde que sejam contínuas e pacíficas. A outra forma de usucapiãoé a extraordinária, pela qual a propriedade é adquirida pela posse contínua durante cinco anos, independentemente de justos título e boa-fé. TRADIÇÃO É a entrega do bem móvel com o animo de transferir. Ela pode ser real (entrego o próprio bem), simbólica (não entrego o bem em si, mas um objeto que “demonstre” a entrega. Ex.: chaves do carro) ou ficta (tradição se dá apenas no mundo jurídico. Ex.: sou comodatário de uma moto e a compro → já estava com ela). A tradição deve ser feita pelo dono ou pelo representante do dono e, ainda, estando livre para doar (art. 1.268 do CC). Por conseguinte, a propriedade não é transferida se alguém que não é proprietário entrega o bem para terceiro de boa fé (entrega a non domino), mas se o sujeito que entregou vier a adquirir a propriedade do verdadeiro dono futuramente, os efeitos da tradição retroagem desde a entrega do bem. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br De outro lado, se o objeto estava sendo oferecido em hasta pública por pessoa que não poderia dispor do bem e, alguém de boa-fé o compra → a tradição alienará a propriedade. Finalmente, negócios jurídicos nulos não transferem a propriedade. 2.1.3 Condomínio O condomínio consiste no exercício simultâneo da propriedade por duas ou mais pessoas sobre um único bem. O CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO OU CONVENCIONAL é aquele que decorre da vontade entre as partes. Note que o legislador separou- o do condomínio edilício, o qual veremos posteriormente. Os coproprietários tem o dever de usar a coisa comum conforme sua utilidade e evitando sua deterioração, sem impedir o uso dos demais; contribuir com as despesas para a conservação do bem ou sua divisão, bem como seus ônus. Conforme o art. 1.316 do CC, o condômino pode se eximir do pagamento das despesas e dívidas, renunciando a sua parte ideal → se os demais condôminos realizam o pagamento da pessoa que renunciou, eles adquirem a parte ideal renunciada na proporção de seu pagamento. Todavia, se nenhum deles pagar, a coisa será dividia igualitariamente entre os condôminos restantes. Se os condomínios contraem uma dívida juntos, sem estipular a parte de cada ou solidariedade, presume-se que cada um pagará proporcionalmente ao seu quinhão na coisa comum (art. 1.317 do CC). Contudo, se um dos condôminos contrair dívida em proveito de todos, poderá o contraente ajuizar ação de regresso em face dos demais. A título de exemplo, é a residência que precisa de benfeitoria necessária e, um dos condôminos contrata terceiro para fazê-la (art. 1.318 do CC). EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO: os condôminos podem exigir a divisão da coisa comum (extingue o condomínio ao tornar a coisa divisível), respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão. Caso um dos condôminos se recuse, caberá a ação de divisão (art. 1.320). Os condôminos também podem estipular uma cláusula de não divisão, por prazo não superior a 05 anos, cabendo prorrogação futura → caso haja um motivo grave, o magistrado poderá dividir a coisa antes do prazo. Quando o bem for indivisível e nenhum condômino quiser comprá-la (lembrando que o condômino tem preferência contra terceiros na compra e, entre condôminos, o que tiver benfeitorias mais Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br valiosas e, não as havendo, o com quinhão maior), o bem será vendido para terceiro e o valor repartido entre eles (art. 1.322). Por sua vez, o CONDOMÍNIO EDILÍCIO se estabelece apenas em bens imóvel residencial/ comercial/ misto, nos quais há uma propriedade exclusiva (apenas o dono pode acessá-lo. Ex.: apartamento) e a propriedade comum (todos os condomínios e algumas pessoas externas tem acesso. Ex.: portaria, piscina, elevadores). Ressalta-se que a parte comum é livre para todos os condôminos, tendo cada um uma fração ideal do todo. Esta área pode ser destinada para o uso geral (todos transitam independentemente de custo adicional. Ex.: portaria e piscina) ou de uso exclusivo (o condômino que deseja utilizar precisa pagar um preço adicional, como salão de festa do condomínio) (art. 1.340 do CC). O condômino pode exercer livremente os atributos da propriedade sobre sua unidade autônoma, devendo esta ter acesso a via pública. Sendo assim, os proprietários podem alugar, vender, gravar suas propriedades sem a anuência dos demais condôminos, os quais não tem direito a preferencia na aquisição, exceto no caso das garagens → primeiro deverá ser oferecida aos condôminos e depois a terceiros, se for permitido pelo ato constitutivo do condômino e sem oposição da assembleia geral (art. 1.338 e 1.339 do CC). OBRAS: Voluptuárias: dependem do voto de 2/3 dos condôminos Úteis: dependem do voto da maioria dos condôminos Necessárias: podem ser realizadas independentemente de autorização. Se a obra ou reparo for urgente + despesas excessivas → determinada sua realização, tem que convocar a assembleia para cientificar os demais condôminos. Não sendo urgentes e importando em despesa excessiva → só poderão ser efetuadas após a autorização da assembleia convocada pelo síndico ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos. APENAS A OBRA DE NATUREZA NECESSÁRIA GERA O DEVER DE INDENIZAR O CONDÔMINO QUE A FEZ. Por conseguinte, ainda que eu faça uma obra/ reparo útil ou voluptuário que seja aproveitado por todos, eu não serei indenizada (art. 1.341 do CC). Art. 1.342 do CC: A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns. Art. 1.343 do CC: A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a conter novas unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos. Também há o CONDOMÍNIO NECESSÁRIO OU LEGAL que é aquele imposto pela lei nos casos previstos pelo art. 1.327 do CC. MULTIPROPRIEDADE O condomínio em multipropriedade ou time sharing é: [...] uma espécie de condomínio relativo a locais de lazer no qual se divida o aproveitamento econômico de bem imóvel (casa, chalé, apartamento) entre os cotitulares em unidades fixas de tempo, assegurando-se a cada um o uso exclusivo e perpétuo durante certo período do ano (STJ, Resp 1.546.165/SP, 3ª Turma, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 26.04.2016, DJe 06.09.2016). Em idêntico sentido, o instituto está conceituado no art. 1.358-C do CC como: Multipropriedade é o regime de condomínio em que cada um dos proprietários de um mesmo imóvel é titular de uma fração de tempo, à qual corresponde à faculdade de uso e gozo, com exclusividade, da totalidade do imóvel, a ser exercida pelos proprietários de forma alternada. A partir disso, podemos dizer que nesta “nova” espécie de condomínio, cada condômino usa o bem inteiro (apenas IMÓVEIS) por uma fração do tempo. É como se o legislador criasse um “condomínio no tempo”. As duas características gerais estão previstas no art. 1.358-D, sendo elas: a indivisibilidade (não se sujeita a ação de divisão ou extinção de condomínio) e a inclusão dos acessórios móveis destinados ao uso e gozo do imóvel (princípio da gravitação jurídica). A indivisibilidade também pode ser vista na impossibilidade de “desdobro” da fração de tempo de cada condômino (art. 1.358-E do CC). “Ex.: quem tem uma unidade periódica no mês de janeiro não pode extinguir a própria unidade periódica para, em seu lugar, criar outras duas, a primeira vinculada aos dias 1º ao 14 de janeiro e a segunda atrelada aos dias 15 a 31 de janeiro” (TARTUCE, 2021, p. 1052). No mais, dentre os direitos do condômino deuma fração temporal, tem-se que este pode usar o bem livremente e, até mesmo, ceder sua fração de tempo para outras pessoas: Art. 1.358-I. São direitos do multiproprietário, além daqueles previstos no instrumento de instituição e na convenção de condomínio em multipropriedade: I - usar e gozar, durante o período correspondente à sua fração de tempo, do imóvel e de suas instalações, equipamentos e mobiliário; Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br II - ceder a fração de tempo em locação ou comodato; III - alienar a fração de tempo, por ato entre vivos ou por causa de morte, a título oneroso ou gratuito, ou onerá-la, devendo a alienação e a qualificação do sucessor, ou a oneração, ser informadas ao administrador; IV - participar e votar, pessoalmente ou por intermédio de representante ou procurador, desde que esteja quite com as obrigações condominiais, em: [...] A multipropriedade é um instituto com regulamentação relativamente grande dentro do Código Civil, porém, devido a sua baixíssima incidência, vamos no limitar a falar sobre estes artigos em aula (art. 1358-I foi cobrado no exame XXXII). Caso você queira saber mais sobre o assunto, sinta-se à vontade para me mandar mensagem no instagram :) 2.2 SERVIDÃO A servidão consiste na utilidade de um prédio dominante em relação ao prédio serviente → o direito real em questão ficará gravado no registro do imóvel serviente (art. 1.378 do CC). É um direito perpétuo, que dura enquanto a coisa existir. Este instituto pode ser aparente (deixa um rastro, como na servidão de passagem) ou não aparente (só descubro a servidão ao olhar no registro do imóvel). No primeiro caso, o legislador permitiu a usucapião com os seguintes prazos: 20 anos para o possuidor sem título que usa continuamente a servidão e de 10 anos para o possuidor que tem título (art. 1.379 do CC). 2.3 USUFRUTO O direito real de usufruto é exteriorizado quando o nu- proprietário desmembra seus atributos da propriedade, permitindo que outrem use e goze o bem móvel ou imóvel (usufrutuário). Tal direito pode recair em “um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades” (art. 1.390 do CC). Nos termos do art. 1.392 do CC, o usufruto abrangerá os acessórios da coisa e seus acrescidos. O usufruto é temporário ou vitalício, não se transmite a herdeiros (a morte do usufrutuário é um meio de extinção) e tampouco pode ser vendido a terceiros, porém (salvo disposição em contrário) o usufrutuário pode ceder o uso a outrem (art. 1.393 do CC). O usufruto pode ser constituído por determinação legal (ex.: os pais são usufrutuários dos bens dos filhos menores), convencional (ex.: antecipação de sucessão → doação de bem para os filhos com reserva Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br de usufruto) ou usucapião. Art. 1.391 do CC: sendo o bem imóvel, o usufruto se constituirá mediante o registro no cartório de registro de imóveis, salvo se foi resultado de usucapião. O usufrutuário deve pagar as despesas ordinárias de conservação do bem + as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa, mas não é obrigado a pagar pela deterioração resultante do uso adequado do bem (arts. 1.402 e 1.403 do CC). Outro dever do usufrutuário é avisar o proprietário de qualquer lesão produzida contra posse ou direitos deste (art. 1.406 do CC). O usufruto só se extingue com o cancelamento do registro do imóvel, nos seguintes casos (art. 1.410 do CC): I - pela renúncia ou morte do usufrutuário; II - pelo termo de sua duração; III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer; IV - pela cessação do motivo de que se origina; V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409; VI - pela consolidação; VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395; VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399). DIREITO DE ACRESCER: havendo pluralidade de usufrutuários e previsão expressa, será extinto o usufruto de cada usufrutuário que vier a falecer, passando o quinhão para o sobrevivente (art. 1.411 do CC). 2.4 DIREITOS REAIS DE GARANTIA A garantia é um instituto que visa assegurar o cumprimento de uma obrigação. Na aula de direito das obrigações, analisamos uma das garantias pessoais, a fiança, mas agora vamos tratar especificamente das garantias reais. Como o próprio nome induz, determinado bem garantirá o cumprimento da dívida através de um vínculo real (art. 1.419 do CC). Suas modalidades são: hipoteca, penhor, anticrese (garantia sobre bem alheio) e alienação fiduciária (garantia sobre bem próprio). Apenas o proprietário ou pessoa com poderes expressos podem entregar um bem em garantia (art. 1.420 do CC). Note que ao condômino só é permitido dar em garantia sua fração ideal do bem. Conforme o art. 1.421 do CC, ainda que a dívida seja Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br parcialmente paga, a garantia permanece inteira (ainda que estejam vários bens em garantia), salvo disposição em contrário. Em decorrência deste dispositivo, o art. 1.429 do CC estabelece que os herdeiros do devedor são proibidos de remir parcialmente o penhor ou a hipoteca, ainda que dentro de seus quinhões. Assim, o herdeiro só conseguirá reaver o bem (s) se pagar a totalidade da dívida → o herdeiro que pagou tudo, se sub-roga nos direitos do credor. EXCUSSÃO: quando o devedor não paga a dívida, o credor toma o bem e o aliena em hasta pública. Todavia, o credor NÃO PODE FICAR COM O BEM! Ele deve vendê-lo. Nesta toada, o pacto comissório (cláusula que permite ao credor ficar com o bem) é nulo! (art. 1.428 do CC). Por fim, mas não menos importante, o art. 1.425 do CC estabelece as hipóteses em que a dívida garantida torna-se vencida: Art. 1.425. A dívida considera-se vencida: I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir; II - se o devedor cair em insolvência ou falir; III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata; IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído; V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor. § 1 o Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub- rogará na indenização do seguro, ou no ressarcimento do dano, em benefício do credor, a quem assistirá sobre ela preferência até seu completo reembolso. § 2 o Nos casos dos incisos IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado, se o perecimento, ou a desapropriação recair sobre o bem dado em garantia, e esta não abranger outras; subsistindo, no caso contrário, a dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não desapropriados ou destruídos. 2.4.1 Penhor O penhor é um direito real de garantia, no qual o devedor pignoratício entrega um bem móvel ao credor pignoratício, devendo este guardar o bem como se fosse seu (art. 1.431 do CC). Essa é a regra estabelecida pelo código, visto que o bem permanece com o devedor no penhor rural, industrial, mercantil e de veículos. ATENÇÃO: não confunda penhor com penhora! A penhora é um ato processual de constriçãode bens, previsto nos arts. 831 a 836 do CPC. Sempre que você for falar de um bem entregue a título de penhor, seu nome será BEM EMPENHADO, enquanto na penhora é BEM PENHORADO. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br A instituição do penhor deve ser efetivada por instrumento público ou particular, submetido ao registro no Cartório de Títulos e Documentos (art. 1.432 do CC). Os direitos do credor pignoratício estão previstos no art. 1.433 do CC: Art. 1.433. O credor pignoratício tem direito: I - à posse da coisa empenhada; II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua; III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada; IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante procuração; V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder; VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea. É dever de o credor pignoratício ressarcir o dono pela perda ou deterioração do bem que der causa, podendo compensar tal valor na dívida, até a concorrente quantia; defender a coisa e cientificar o dono dos atos atentatórios à posse; descontar o valor dos frutos provenientes do bem nas despesas, juros e capital; restituir o bem com frutos e acessões quando a dívida for extinta; e se o bem for vendido por valor superior a divida, deverá ressarcir do devedor da diferença (art. 1.435 do CC). 2.4.2 Hipoteca É um direito real de garantia que recai, em regra, sobre bens imóveis (também pode recair sobre navios e aeronaves – regulados por lei especial) do devedor ou terceiro, os quais ficam sujeitos à solução do débito (art. 1.473 do CC). A hipoteca de bens imóveis também abrange as acessões, melhoramentos e construções do imóvel (art. 1.474 do CC). Art. 1.487 do CC: é permitido constituir hipoteca antes mesmo de contrair a dívida, podendo ser condicional a fato futuro, desde que determinado o valor máximo do crédito a ser garantido. FRACIONAMENTO DA HIPOTECA: Se, durante a hipoteca, o imóvel vier a ser transformado em condomínio edilício ou loteado, todas as unidades condominiais ficam hipotecadas (art. 1.488 do CC). São três os tipos de hipoteca: voluntária (oriunda da convenção contratual), legal (a lei determina quais são as hipóteses no Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br art. 1.489 do CC) ou judicial. Atente-se que o credor hipotecário terá, apenas, a posse indireta do bem, visto que este permanece com devedor → mesmo assim, o credor tem direito preferencial sobre o recebimento do crédito. Nesta toada, o devedor fica com a coisa, podendo exercer os poderes da propriedade e, inclusive perceber os frutos da coisa. CLÁUSULA DE INALIENABILIDADE: é nula a cláusula que proíba a venda do bem hipotecado, todavia as partes podem convencionar a antecipação do crédito hipotecário caso haja a venda. Lembre-se: quando o bem principal for vendido ou doado, a hipoteca o acompanhará (art. 1.475 do CC). O adquirente do imóvel hipotecado pode se exonerar da hipoteca, abandonando o bem imóvel, desde que não tenha se obrigado pessoalmente a pagar as dívidas aos credores hipotecários (art. 1.479 do CC). Nesta toada, o art. 1.481 do CC, prevê que o adquirente do imóvel pode remir a hipoteca (forma de extinção hipotecária) no prazo de 30 dias a contar do registro do título aquisitivo, citando os credores e propondo valor não inferior ao de compra. PLURALIDADE DE HIPOTECAS: Conforme os arts. 1.476 e 1.477 do CC, é possível realizar uma segunda hipoteca sobre o mesmo bem, mediante novo título e independentemente de ser novo credor → a “nova” hipoteca será chamada de subipoteca e seu credor será apenas quirografário. Diante disso, a satisfação do segundo credor só ocorrerá após a do primeiro credor. Assim, a primeira hipoteca tem direito de preferência, ou seja, ainda que haja o vencimento da dívida da segunda hipoteca, o credor desta tem que esperar o vencimento da primeira dívida para executar o imóvel, salvo em caso de insolvência do devedor (não se considera insolvência o inadimplemento de obrigações garantidas por hipotecas feitas após a primeira). Caso o devedor não efetue o pagamento da primeira dívida, o segundo credor hipotecário pode pagá-la e, assim, sub-rogar-se-á nos direitos do primeiro credor hipotecário (art. 1.478 do CC). Por fim, o art. 1.199 do CC estabelece que a hipoteca se extingue por: extinção da obrigação principal, perecimento da coisa, resolução da propriedade, renúncia do credor, remição e arrematação ou adjudicação. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
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