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ETICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL - UNIGRAN CONTABEIS EAD

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Teoria e Ética Geral Contábil
4º Aula
Ética e responsabilidade 
social
Que maravilha!!! Novo assunto!!! 
Agora iremos abordar sobre Ética e Responsabilidade 
Social.
Iremos inicialmente analisar os objetivos propostos 
e verificar as seções que serão estudadas no decorrer 
desta aula. Bom estudo!!!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, o aluno será capaz de:
• compreender a importância da responsabilidade social; 
• ampliar seus conhecimentos sobre ética nos negócios; 
• refletir sobre a importância dos negócios baseados na ética empresarial;
• aprimorar raciocínio crítico sobre casos práticos.
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1 - Introdução
2 - Responsabilidade Social
3 - A ética e Responsabilidade nos Negócios
4 - Estudo de Caso
Seções de estudo
1 - Introdução
A corrupção escancara-se pelo mundo todo, causando o 
desperdício de muitos recursos. Todo esse dinheiro se fosse 
bem aplicado, ajudaria a construir um mundo melhor para 
as pessoas, através de escolas, hospitais, estradas e poderiam 
salvar vidas, saciar a fome de muitos.
É preciso refletir sobre a importância social que o homem 
tem na sociedade. Cabe a ele o papel de elevar seu próximo 
com dignidade humana. Ter boas intenções não é o suficiente. 
É preciso agir na busca de eliminar as mazelas.
Para o aprimoramento, vamos à leitura. 
Ética, e Responsabilidade Social nas Empresas 
Autor: Pedro Franco Noleto Neto
 Hoje em dia, muitos executivos 
tem (sic) discutido com muita 
freqüência, sobre a responsabilidade 
social das empresas, perante todos 
os stankeholds, ou seja, sociedade, 
funcionários, acionistas e clientes. 
A preocupação com os princípios 
éticos, valores morais e um concerto abrangente de cultura é necessária 
para que estabeleçam critérios e parâmetros adequados para atividades 
empresariais socialmente responsáveis.
 Tem-se discutido com muita freqüência sobre ética, valores 
morais e culturas. Mas falta explicitá-los de forma mais sistemática que 
por um lado muitas organizações tentam estabelecer padrões de éticas 
e responsabilidade sociais em suas atividades e formas de gestão e por 
outro lado tem-se demonstrado o interesse por meio de acadêmicos, 
buscando explicitar de que forma a ética e a responsabilidade social 
deveriam se implantadas dentro das organizações.
 Hoje em dia as organizações precisam ser atenciosas não só 
as suas responsabilidades econômicas e legais. Mas também em suas 
responsabilidades éticas, morais e sociais.
 Valores morais dizem respeito a crenças pessoais sobre 
o comportamento eticamente correta ou incorreto, quanto em parte 
do próprio individuo quanto em relações aos outros. A moral pode ser 
vista como um conjunto de valores e regras de comportamento que 
as coletividades sejam elas nações ou grupos sociais ou até mesmo 
organizações que julgarem corretos e desejáveis.
 A ética é mais sistematizada e corresponde a uma teoria 
ação rigidamente estabelecida. A moral em contrapartida é concebida 
rigidamente podendo variar de individuo para individuo e corresponde a 
uma teoria de ação rigidamente estabelecida. A moral em contrapartida 
menos rigida, podendo variar de acordo com cada país.
 Podemos afirmar que um dos efeitos da economia global é a 
adoção por todo o mundo de padrões éticos e morais mais rigorosos,seja 
pelas necessidades das próprias organizações de manter uma boa 
imagem perante o publico, seja pela demanda direta do publico para 
que todas as organizações atuem de acordo com tais padrões. Valores 
éticos e morais sempre influenciarem as atitudes das empresas, mas 
estão cada vez mais homogêneos e rigorosos.
 O que está acontecendo é mais do que mera resposta 
dos negócios, às novas pressões sociais e econômicas criadas pela 
globalização. A pressão que um mercado globalizado exerce nas 
empresas faz com que elas precisem ser analisadas continuamente.
 Essa preocupação em estabelecer sólidos princípios de 
responsabilidade social corporativa dentro das organizações não se 
restringe as empresas multinacionais atuantes no país, como é o caso 
da Shell e da Xerox reconhecidamente avançados no desenvolvimento 
de práticas de responsabilidade social corporativa do mundo inteiro. 
 
 Cada vez mais se tem visto com muita frequência organizações 
brasileiras como: Natura, Boticario, E Bancos; Itaú, Abn Amro Bank/
Banco Real,Unibanco E Bradesco . Conduzindo suas atividades 
segundo padrões de responsabilidade social corporativa, seja por meio 
de ações sociais que agem diretamente sobre comunidades carentes, 
seja pela preocupação com o meio ambiente ou pelo cuidado de não 
negociar fornecedores que utilizam mão de obra infantil seja por meio 
de criação de fundos de investimento socialmente responsáveis.
 Uma visão limitada do que geram princípios éticos e 
valores culturais a considerar a responsabilidade social corporativa 
em conceito de difícil aceitação nos meios empresariais brasileiros, 
que ainda tenderiam a funcionar de acordo com traços culturais 
de oportunismo. No entanto pesquisas e noticiários apontam outra 
realidade.
 Há uma preocupação crescente das empresas com 
responsabilidades sociais fazendo nascer uma nova mentalidade 
empresarial: uma boa mentalidade que valoriza a cultura de uma 
boa conduta empresarial para a qual eficiência e lucro podem ser 
combinados com valores, cidadania, preservação ambiental e ética nos 
negócios.
Todos sabem que o objetivo principal das empresas com 
fins lucrativos é o lucro do seu negócio. Vocês acreditam que 
muitas vezes a prática não ética nas empresas esteja relacionada 
com este objetivo? 
Sem dúvida, a corrupção, é um dos delitos mais 
praticados do mundo globalizado. Muitas empresas e órgãos 
internacionais têm criado diversos instrumentos com objetivos 
de estabelecer estratégias comuns para conter o avanço deste 
câncer presente na sociedade há muito tempo. 
Coloquem em prática as suas reflexões sobre os 
questionamentos em torno da ética, existentes ao redor de 
vocês, no convívio profissional, familiar ou em outros locais, 
onde vocês estejam em contato com as pessoas.
NOLETO NETO, P. F. Ética, e 
Responsabilidade Social nas 
Empresas. Disponível em: 
<http://www.administradores.
com.br/informe-se/artigos/
etica-e-responsabilidade-
social-nas-empresas/31235/>. 
Acesso em: 20 jan. 2012.
2- Responsabilidade social
A partir do momento em que se tem consciência da 
participação no crescimento de uma sociedade, as empresas 
jamais serão as mesmas, pois a responsabilidade social está 
intimamente ligada à ética e transparências nas transações 
comerciais.
Em 1999, Bill Ford, então presidente do 
conselho da Ford Motor, ao observar a 
nova tendência mundial de relacionamento 
empresarial em sociedade, afirmou: “acredito 
Teoria e Ética Geral e Contábil 26
que a distinção entre uma empresa boa e uma 
empresa excelente é: a boa fornece excelentes 
produtos e serviços; a excelente fornece 
produtos e serviços excelentes e luta para criar 
um mundo melhor” (FIGUEIREDO, 2008, 
p. 8).
Quando uma empresa cria valores éticos em sua cultura, 
ela deixa transparente que respeita aqueles com quem interage. 
Seus critérios de negociação são pautados dentro de uma 
empresa cidadã, com definições claras das suas prioridades e 
compromisso com a sociedade.
Outrora, o que caracterizava uma empresa competitiva 
era basicamente o preço de sua mercadoria. Atualmente, as 
organizações devem investir no crescimento de suas relações 
com todos os públicos com os quais interage: clientes, 
fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores 
(FIGUEIREDO, 2008).
Fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem 
o meio ambiente, participar e promover a inclusão social e 
estar presente no desenvolvimento da sociedade como um 
todo, além, é claro, de outras iniciativas, são diferenciais 
competitivos e importantes para as empresas na busca por 
novos consumidores e clientes (FIGUEIREDO, 2008).
De acordo com Moreira (1999 apud Ashley et al, 2003) 
a responsabilidade social suscita uma série de interpretações.Alguns a definem como a ideia de responsabilidade ou 
obrigação legal; outros como um dever fiduciário, impondo 
às empresas padrões de conduta. Existem aqueles que a 
trazem para os avanços das discussões, como prática social, 
papel social e função social. Outros fazem associação ao 
comportamento ético responsável ou ato de caridade. Ainda 
há os que buscam significado, transmitindo ser responsável ou 
socialmente consciente e aqueles que associam a um simples 
sinônimo de legitimidade ou a um antônimo de socialmente 
irresponsável ou não responsável. 
O mundo atual vê na responsabilidade social uma forma 
estratégica de aumento de lucros e a potencialização de seu 
desenvolvimento no mundo dos negócios. É uma tendência 
que decorre da maior conscientização do consumidor, que 
procura por produtos que agreguem melhoria para o meio 
ambiente, a sociedade como um todo, valorizados aspectos 
éticos ligados à cidadania.
Segundo Ashley et al (2003) através de informações da 
organização norte-americana sem fins lucrativos dedicada à 
divulgação da responsabilidade social nos negócios, mais de 
um terço dos consumidores preferem produtos desenvolvidos 
por empresas socialmente responsáveis. Quando a empresa é 
socialmente responsável, atrai os consumidores, aumentando 
as vendas e gerando maiores lucros, além de criar um sinal 
de reputação corporativa e a consolidação de sua marca no 
mercado.
Responsabilidade social para quem? De acordo com 
alguns autores, o público beneficiado pode ser tanto 
funcionários, clientes, fornecedores, competidores e outros 
com os quais a empresa mantém negócios.
Para alguns autores, a responsabilidade social assume 
características que envolvem tanto o público interno como 
externo, além da preservação ambiental, não dando prioridade 
a nenhuma categoria em especial. 
Vejamos no quadro a seguir, alguns vetores sobre a 
responsabilidade social.
Satisfação dos clientes 
e consumidores - V7
Sinergia com os 
parceiros - V6
Retorno aos 
acionistas - V5
V4 - Comunicações
V3 - Investimento no bem-estar 
dos funcionários e dependentes 
e em um ambiente de trabalho 
agradável.
V2 - Preservação do 
meio ambiente.
V1 - Apoio ao 
desenvolvimento da 
comunidade na qual 
atua.
Segundo Melo Neto e Froes (1999 apud Ashley et al., 2003), 
estes vetores direcionam o processo de gestão empresarial para 
o fortalecimento da dimensão social da empresa e facilitam 
o investimento das empresas na responsabilidade social, pois 
permitem o acompanhamento de alguns critérios como os já 
definidos.
Muitas empresas se empenham em realizar algum tipo de 
atividade social, embora, essas atividades aparentem um caráter 
assistencialista. O setor empresarial não atua com consciência 
e com estratégia no campo social. A crescente expansão do 
conceito de responsabilidade social e a competitividade 
apontam para um aprofundamento social das empresas.
Em uma empresa, a responsabilidade social 
deve compreender aspectos que vão desde 
sua capacidade de transferir valores éticos, 
morais e intelectuais até sua contribuição para 
a melhoria imediata das condições de vida das 
camadas mais carentes da sociedade na qual 
ela opera, estendendo-se a seus funcionários, 
fornecedores e clientes (ASHLEY et al 2003, 
p. 137).
Vamos fazer uma leitura do artigo abaixo:
Ética – para que te quero? (Sérgio Almeida) 
Nunca, na história dos 
negócios, valores positivos rimaram 
tanto com os lucros. Dentro deste novo 
contexto, entre as práticas emergentes, 
está o exercício da ética. Pelo menos com 
o Cliente. Por que temos e precisamos ser 
éticos com nossos Clientes? Por que quem não for ético está correndo 
sérios riscos de perder todos os seus Clientes? 
 A resposta é simples, rápida e fulminante: mudanças. 
Mudança no mercado. Em um mundo globalizado, com grandes 
e profundas transformações políticas, econômicas e sociais em 
andamento, encontramos uma mudança avassaladora: o nível de 
concorrência. 
Todo e qualquer empresário e/ou executivo, de qualquer porte, 
sente o mundo crescentemente competitivo. É nesse cenário que 
renasce o Cliente, com uma força jamais vista. Para cada necessidade 
de um Cliente, seja de produto, seja de serviço, existem dezenas de 
alternativas de fornecedores. O Cliente encontra-se em uma situação 
privilegiadíssima. No livro “O Melhor sobre Cliente” (Ed. Casa da 
Qualidade), reproduzo uma parte de um texto da Revista Fortune onde 
Quadro 1 – Vetores da responsabilidade social
ALMEIDA, S. Ética – para 
que te quero? Disponível 
em: <http://www.
solucaolinks.com.br/news.
asp?h=1&id=121>. Acesso 
em: 20 out. 2011.
27
está escrito: 
 “Quer você venda aviões de R$100 milhões ou canetas de 79 
cents, seus compradores têm mudado muito nos últimos anos. Suas 
exigências estão crescendo; sua paciência, diminuindo. Mudanças 
notáveis na economia global lhes deram o poder de sultão para exigir 
exatamente o que querem, a um preço que fará você chorar. E você 
fornece ou desaparece”. (Fortune Magazine)
 Esta parte do texto reproduz com muita felicidade a nova 
realidade de mercado que já 
vivemos.
 Isto tudo, leva-
nos a concluir que: enganar 
o Cliente hoje, não ser ético, 
ou, até mesmo, tentar aplicar 
a “Lei de Gerson” em cima 
do Cliente, se antes era 
uma prática de empresas 
ou vendedores “espertos”, 
atualmente de esperteza não 
há nada. Essas práticas, na 
verdade, são um atestado de burrice, de falta de visão de mercado. Em 
função da concorrência, mais importante, ou tão importante quanto 
conquistar mercado, é ter a capacidade de manter o Cliente.
 “65% dos negócios de uma empresa vêm de Clientes já 
existentes e não de novos”. (American Management Association)
 “Você pode tosquiar um carneiro por muitos anos, mas só 
poderá esfolá-lo uma vez”. Jonh Sewell
 Se isto é verdade, temos que cuidar muito bem deles, do 
relacionamento com nosso Cliente, fazer com que ele se sinta bem e 
seguro realizando negócios conosco. Tais palavras como “mentira”, 
“esperteza,” enganar”, “levar vantagem” têm de ser não apenas banidas 
do dicionário, da cultura da empresa, mas da prática de cada um de seu 
vendedores,
 Em síntese, o que mudou? Se você sempre teve uma prática 
ética em cada relação com seu cliente, seja por princípio, por respeito, 
por consideração, por razão humanista, muito bem, continue a sê-lo. 
Entretanto, hoje acrescente mais um motivo: o econômico! 
Não só pratique, mas certifique-se de que a empresa, sua equipe 
têm uma prática ética no relacionamento com o Cliente. Faça isto ou 
assista de camarote ao Cliente migrar para os braços da concorrência, 
um a um. Comece agora. Não pague para ver, o preço pode ser muito 
alto!
Ética – para que te quero? Para ser competitivo, ter alta 
empregabilidade, manter cliente, ganhar, lucrar!
Sobre o autor: Sérgio Almeida é consultor, palestrante e autor de 
diversos livros sobre relacionamento com clientes.Visite seu site para 
conhecer mais sobre seu trabalho: <www.sergioalmeida.com.br>.
Disponível em: <http://www.
turistamalemolente.com.br/guia-de-
carreiras-ciencias-contabeis>. Acesso em: 
30 mar. 2012.
Sem responsabilidade social não há como trabalhar em 
equipe, construir uma empresa sólida, um ambiente tranquilo 
de se conviver. Quando as pessoas têm caráter e dignidade são 
fortemente impulsionadas para a realização da responsabilidade 
social.
3 – A ética e responsabilidade nos negócios
A ética profissional traz muitos benefícios à empresa 
Ética empresarial: esperança em meio à crise 
(Bruno Gomes)
É verdade que ainda existem pessoas para as quais o ambiente 
empresarial é um mundo selvagem onde não há espaço para a 
ética. Tal pensamento, porém, é limitado e não se sustenta no longo 
prazo. A crise econômica mundial surgida no final de 2008 coloca em 
evidência as conseqüências nefastas da falta da ética nos negócios. 
Essa turbulência financeira não foi provocada por guerras, nem por 
problemas nas safras agrícolas, mas sim por problemas no campo 
ético.
Verificaram-se flagrantes dafalta de ética empresarial nesse 
episódio, como gestores de investimento agindo de modo temerário 
com o dinheiro dos investidores, aplicando-o em produtos financeiros 
inadequados, com a anuência das agências de rating, as quais eram 
pagas pelas empresas a serem avaliadas. A esperança neste início de 
ano é que tais fatos intensifiquem a demanda por uma liderança mais 
ética, com foco na sustentabilidade e na responsabilidade social.
Afinal, a reflexão ética permite a legitimação das decisões e 
a credibilidade de uma instituição reflete a prática de valores como 
honestidade, integridade, qualidade do produto, transparência, respeito 
ao consumidor, eficácia, entre outros. E o apoio dos administradores é 
fundamental para a formação da cultura organizacional que influencie 
o comportamento ético na empresa (GOMES, 2009).
Para as organizações, a ética é uma questão de sobrevivência. 
Construir uma cultura ética a partir de pessoas com formações 
distintas constitui um grande desafio. As regras precisam ser 
claras e os limites, estabelecidos (AIELLO, 2002).
O exemplo ético é o melhor caminho nas organizações. 
A ética é uma virtude que precisa ser praticada todos os dias. 
Cada atitude exercitada aumenta a predisposição para agir 
dentro de uma conduta ética.
A questão ética no mundo empresarial define-se pelo 
objetivo desse tipo de organização. Uma empresa utiliza certa 
tecnologia, produz bem ou serviço, em função de atender 
às demandas da sociedade. Cabe à empresa desempenhar 
com qualidade sua missão. Exemplo: espera-se que uma 
universidade prepare o profissional do futuro; de um hospital, 
que cuide bem da doença; de uma indústria automobilística, 
que faça bons carros; de um restaurante, que ofereça boa 
alimentação (SENAC-DN, 2004).
Mas o seu desempenho não pode estar 
dissociado de seu objetivo principal, que é 
a obtenção de lucro. Lucro é o percentual 
que excede as despesas com matéria-prima, 
tecnologia, salários e que se faz embutir no 
preço final do produto (SENAC-DN, 2004, 
p. 58).
De acordo com Vieira (2006) atuar com responsabilidade 
empresarial tem sido o centro das discussões pelos gestores 
responsáveis pelo desenvolvimento estratégico da empresa. 
Afinal de contas, a sociedade, pressiona as empresa a valorizar 
como um todo. Os ganhos, os aumentos em faturamento 
representam maior credibilidade perante o mercado, clientes, 
fornecedores e instituições de crédito.
Vamos fazer uma pequena leitura do artigo reproduzido 
parcialmente abaixo:
Teoria e Ética Geral e Contábil 28
4 – A ética e responsabilidade nos negócios
Ética e choque cultural na empresa 
______________________________________
Autor: Flavio Farah *
Características da empresa e do colaborador
Um consultor nos relata o caso de um profissional com 
excelente qualificação técnica, grande experiência e profundo senso 
de responsabilidade, que estava há muito tempo em uma organização. 
Ele tinha qualificação para ser promovido a diretor mas estava 
estacionado no posto de gerente. Qual o motivo? Choque cultural, de 
acordo com o consultor. 
Tratava-se de uma empresa alemã cujo ambiente de trabalho 
era circunspecto, silencioso e formal. O temperamento do gerente 
era oposto. Alegre e expansivo, gostava de contar casos engraçados e 
de rir, chegando a fazer algumas ironias com a seriedade dos outros. 
Os diretores viam seu comportamento como imaturo e não confiável. 
“Não dá para confiar, ele é meio moleque”, disse um dos diretores. “É 
inteligente, muito bem preparado, mas é um pouco fora do padrão.” 
Diagnóstico do consultor
O consultor apresentou à direção da empresa o diagnóstico de 
falta de afinidade cultural. Os diretores, segundo ele, concordaram com 
sua avaliação “com extrema correção e sentido ético” e deixaram-no à 
vontade para encontrar outra oportunidade para aquele profissional. 
O consultor assim fez. Encontrou e ofereceu ao gerente um 
cargo de direção em outra companhia, proposta que ele prontamente 
aceitou.
Questões para discussão
1. O caso é realmente de conflito de valores? Para responder 
essa pergunta, identifique os valores comumente professados 
pelas empresas. Você pode conseguir esses dados pesquisando na 
página de valores dos sites de grandes corporações. Nessas páginas, 
existem valores organizacionais tais como “circunspecção”, “seriedade” 
(restrição ao riso) e “formalidade”, que, de acordo com o consultor, 
são características da cultura da empresa em pauta? Se não existem, 
então o que significam esses termos?
2. Se você fosse diretor da empresa, teria coragem de tornar 
público que você recusou a promoção ao gerente em razão de sua 
“falta de maturidade e de confiabilidade”? Você sustentaria que era 
justo recusar a promoção porque ele era inteligente e bem preparado, 
tinha excelente qualificação técnica, grande experiência e um profundo 
senso de responsabilidade, mas tinha o pecado de ser alegre e 
expansivo, de gostar de contar casos engraçados e de rir? Você teria 
coragem de enfrentar um debate no Sindicato dos Metalúrgicos? De ir 
ao programa “Roda Viva” da TV Cultura? De enfrentar uma CPI? 
3. Pelo enunciado do caso, percebe-se que a empresa não 
tinha intenção de promover o gerente. A companhia, porém, não o 
informou desse fato. 
Pergunta-se: foi ética a conduta da companhia? Para 
responder esta pergunta, responda três outras questões: 
1ª) Independentemente da iniciativa do profissional, a organização 
tinha o dever de lhe comunicar que ele não seria promovido? 
2ª) Os diretores tinham obrigação de lhe dizer o que pensavam 
dele? 
3ª) Ao silenciar e deixá-lo estacionado no mesmo cargo por 
um longo tempo, a empresa causou-lhe algum dano, por exemplo, 
causou-lhe humilhação ou prejudicou sua carreira profissional ou seus 
rendimentos?
4. O que é confiabilidade? Como uma pessoa se torna confiável 
aos olhos de outra? De acordo com os dados disponíveis, a empresa 
tinha razões concretas para não confiar no profissional? Quais razões? 
Se não tinha, qual o verdadeiro problema?
5. Qual a relação entre esse caso e a questão da diversidade no 
ambiente de trabalho? 
* Flavio Farah é mestre em administração de empresas, professor 
universitário, palestrante, articulista e autor do livro “Ética na gestão de 
pessoas”. 
Disponível em: <http://www.eticaempresarial.com.br/>. Acesso em: 10 set. 2011.
Retomando a aula
Recordando o que já abordamos até agora.
1 – Introdução
É preciso refletir sobre a importância social que o homem 
tem na sociedade. Cabe a ele o papel de elevar seu próximo 
com dignidade humana. Ter boas intenções não é o suficiente. 
É preciso agir na busca de eliminar as mazelas.
Tem-se discutido com muita frequência sobre ética, 
valores morais e culturas. Mas falta explicitá-los de forma 
mais sistemática que por um lado muitas organizações tentam 
estabelecer padrões de éticas e responsabilidade sociais em 
suas atividades e formas de gestão e por outro lado tem-se 
demonstrado o interesse por meio de acadêmicos, buscando 
explicitar de que forma a ética e a responsabilidade social 
deveriam ser implantadas dentro das organizações.
Uma visão limitada do que geram princípios éticos e valores 
culturais a considerar a responsabilidade social corporativa em 
conceito de difícil aceitação nos meios empresariais brasileiros, 
que ainda tenderiam a funcionar de acordo com traços culturais 
de oportunismo. No entanto pesquisas e noticiários apontam 
outra realidade. 
2 – Responsabilidade Social
A partir do momento em que se tem consciência da 
participação no crescimento de uma sociedade, as empresas 
jamais serão as mesmas, pois a responsabilidade social está 
intimamente ligada à ética e transparências nas transações 
comerciais.
De acordo com Moreira (1999 apud Ashley et al, 2003) 
a responsabilidade social suscita uma série de interpretações. 
Alguns a definem como a ideia de responsabilidade ou 
obrigação legal; outros um dever fiduciário, impondo às 
empresas padrões de conduta. Existem aqueles que a trazem 
o compromissocom a responsabilidade social. Ignorar esta 
pressão pode incorrer no risco de queda nos negócios.
29
para os avanços das discussões, como prática social, papel social 
e função social. Outros fazem associação ao comportamento 
ético responsável ou ato de caridade. Ainda há os que buscam 
significado, transmitindo ser responsável ou socialmente 
consciente e aqueles que associam a um simples sinônimo de 
legitimidade ou a um antônimo de socialmente irresponsável 
ou não responsável.
Em uma empresa, a responsabilidade social deve 
compreender aspectos que vão desde sua capacidade 
de transferir valores éticos, morais e intelectuais até sua 
contribuição para a melhoria imediata das condições de vida 
das camadas mais carentes da sociedade na qual ela opera, 
estendendo-se a seus funcionários, fornecedores e clientes 
(ASHLEY et al 2003, p. 137).
Não só pratique, mas certifique-se de que a empresa, sua 
equipe têm uma prática ética no relacionamento com o Cliente. 
Faça isto ou assista de camarote ao Cliente migrar para os 
braços da concorrência, um a um. Comece agora. Não pague 
para ver, o preço pode ser muito alto!
3 – A Ética e Responsabilidade nos Negócios
A ética profissional traz muitos benefícios à empresa 
como um todo. Os ganhos, os aumentos em faturamento 
representam maior credibilidade perante o mercado, clientes, 
fornecedores e instituições de crédito.
Afinal, a reflexão ética permite a legitimação das decisões 
e a credibilidade de uma instituição reflete a prática de valores 
como honestidade, integridade, qualidade do produto, 
transparência, respeito ao consumidor, eficácia, entre outros. E 
o apoio dos administradores é fundamental para a formação da 
cultura organizacional que influencie o comportamento ético 
na empresa (GOMES, 2009).
Para as organizações, a ética é uma questão de 
sobrevivência. Construir uma cultura ética a partir de pessoas 
com formações distintas constitui um grande desafio. As regras 
precisam ser claras e os limites, estabelecidos (AIELLO, 2002).
De acordo com Vieira (2006) atuar com responsabilidade 
empresarial tem sido o centro das discussões pelos gestores 
responsáveis pelo desenvolvimento estratégico da empresa. 
Afinal de contas, a sociedade, pressiona as empresa a valorizar 
o compromisso com a responsabilidade social. Ignorar esta 
pressão pode incorrer no risco de queda nos negócios.
4 – Estudo de Caso
Relata o caso de um profissional com excelente 
qualificação técnica, grande experiência e profundo senso 
de responsabilidade, que estava há muito tempo em uma 
organização. Ele tinha qualificação para ser promovido a 
diretor, mas estava estacionado no posto de gerente. 
Tratava-se de uma empresa alemã cujo ambiente de 
trabalho era circunspecto, silencioso e formal. O temperamento 
do gerente era oposto. Alegre e expansivo, gostava de contar 
casos engraçados e de rir, chegando a fazer algumas ironias com 
a seriedade dos outros. Os diretores viam seu comportamento 
como imaturo e não confiável. “Não dá para confiar, ele é meio 
moleque”, disse um dos diretores. “É inteligente, muito bem 
preparado, mas é um pouco fora do padrão.” 
O consultor apresentou à direção da empresa o diagnóstico 
Artigo: “Ética no trabalho – uma questão de 
responsabilidade”.
Este artigo tem por objetivo versar sobre a ética no 
serviço público e seus entraves relacionados com a eficácia 
e eficiência do serviço prestado à sociedade. Um dos 
aspectos centrais desta análise reside na constatação de que 
a Administração pública encontra-se hoje desprovida de 
conduta ética (CARVALHO, 2010).
Disponível em: <http://www.administradores.com.
br/informe-se/artigos/etica-no-trabalho-uma-questao-de-
responsabilidade/44414/>.
Vale a pena
Vale a pena ler
de falta de afinidade cultural. Os diretores, segundo ele, 
concordaram com sua avaliação “com extrema correção e 
sentido ético” e deixaram-no à vontade para encontrar outra 
oportunidade para aquele profissional.
O consultor assim fez. Encontrou e ofereceu ao gerente 
um cargo de direção em outra companhia, proposta que ele 
prontamente aceitou.
Administradores – Disponível em: <http://www.
administradores.com.br/>.
CFC –Disponível em: <http://www.cfc.org.br/>.
Vale a pena acessar
“Os intocáveis” The Untouchables (1987).
Vale a pena assistir
Minhas anotações

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