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POLITICA DE GERENCIAMENTO DOS MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL rev 02

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POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DOS 
MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE 
ESPECIAL 
 
 16/08/2017 
Elaboração: Mônica Silva Coelho / Tânia Barisson 
Validação: DIHOSP 
Aprovação: Tânia Barisson 
Revisão:02 
 
 
POLÍTICA DEGERENCIAMENTO DOS 
MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1- INTRODUÇÃO 
2- OBJETIVO 
3- APLICAÇÃO 
4- RESPONSABILIDADES 
5- DOCUMENTO DE REFERÊNCIA 
6- DEFINIÇÕES 
6.1- DA AUTORIZAÇÃO. 
6.2- DA PRESCRIÇÃO. 
6.3- UTILIZAÇÃO DE EXPRESSÕES VAGAS - SE NECESSÁRIO E ACM. 
6.4- DA TRANSCRIÇÃO. 
6.5- DA ALTERAÇÃO DE PRESCRIÇÃO. 
6.6- ABREVIAÇÕES E SIGLAS. 
6.7- PRESCRIÇÃO POR ORDEM ELETRÔNICA OU VERBAL. 
6.8- DA COMPRA DE MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL NÃO 
PADRONIZADOS. 
6.9- DA MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS SUJEITOS E CONTROLE ESPECIAL. 
6.10- DO RECEBIMENTO. 
6.11- DO ARMAZENAMENTO 
6.12- DA DISPENSAÇÃO. 
6.13- DO CONTROLE (BALANCETES). 
6.14- DA ADMINISTRAÇÃO. 
6.15- DO RECEBIMENTO DE AMOSTRA GRÁTIS. 
6.16- MALETAS DE EMERGÊNCIA. 
6.17- DO DESCARTE. 
6.18- NOTIFICAÇÃO DE RECEITAS (B1 , B2 E A1). 
7- ANEXO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Uma importante atribuição do farmacêutico é gerenciar os medicamentos que contêm 
substâncias sujeitas a controle especial. Sabemos, contudo, que as normas que regem este 
controle estão dispostas por várias legislações e que há várias exceções para as regras gerais. 
 
2. OBJETIVO 
Definir e tornar conhecida as diretrizes que norteiam o gerenciamento dos medicamentos 
constantes da Portaria 344/98. 
 
3. APLICAÇÃO 
Unidades Hospitalares da DIHOSP. 
 
4. RESPONSABILIDADES 
Todos farmacêuticos, Almoxarifes. 
 
5. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 
Portaria 344/1998. 
 
6. DEFINIÇÕES 
 
6.1 Da Autorização 
O hospital deve ter autorização da ANVISA/COVISA, para compra, dispensação, incluindo as 
Licenças do medicamento Misoprostol e emissão do Livro Eletrônico de Medicamento de 
Controle Especial ou escrituração manual. 
 
6.2 Da Prescrição 
É realizada por profissionais habilitados através de sistema eletrônico ou manual de forma que 
a prescrição seja legível, contemplando: 
• Identificação do paciente (nome completo e data de nascimento); 
• Data da Prescrição; 
• Identificação do medicamento (descrição do nome comercial ou genérico, dose, forma 
farmacêutica, via de administração e posologia). 
• Aprazamento dos itens prescritos; 
• Identificação do prescritor (nome completo e número do CRM ou carimbo e assinatura); 
 
Observações: 
� É fundamental respeitar as linhas da prescrição manual, não prescrevendo no 
rodapé; 
� Não é permitido rasuras e uso de corretivos. Em caso de necessidade de algum tipo 
de alteração uma nova prescrição deverá ser redigida. 
 
6.3 Utilização de expressões vagas: Se Necessário e ACM 
Os casos ACM (a critério médico) e SN (se necessário) só serão atendidos após aprazamento 
da enfermagem com carimbo e assinatura e apresentação do pedido pelo sistema Hospitalar 
que deverá ser carimbado e assinado na retirada pela enfermagem. 
 
 
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MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 
 
 
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Expressões vagas como “usar como de costume”, “usar como habitual”, “a critério 
médico”, “se necessário” (sem indicação de dose máxima, posologia e condição de uso), 
“uso contínuo” e “não parar” devem ser abolidas das prescrições. 
Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário”, deve-se obrigatoriamente definir: 
 
• Dose; 
• Posologia; 
• Dose máxima diária deve estar claramente descrita; 
• E condição que determina o uso ou interrupção do uso do medicamento. 
 
Exemplo: paracetamol comprimido de 500mg uso oral. 
Administrar 500mg de 6 em 6h, se temperatura igual ou acima de 37,5ºC. 
Dose máxima diária 2 gramas (quatro comprimidos de 500mg). 
 
6.4 Da Transcrição 
Não pode ser realizada a transcrição médica 
 
6.5 Da Alteração de Prescrição 
Para realizar a alteração na prescrição médica, o item modificado deverá ser suspenso e 
prescrito novamente. 
Toda inclusão, alteração ou suspensão deverá constar data, horário e identificação legível do 
médico (nome e CRM) e assinatura. 
Nas prescrições manuais, não usar o rodapé e prescrever sem rasuras. 
 
Prescrições incompletas ou duvidosas: 
 
Em casos de dúvidas em relação à completitude, legibilidade e clareza da prescrição, o 
enfermeiro ou farmacêutico devem entrar em contato com o médico para confirmar o item 
prescrito. Na ausência do médico responsável o médico hospitalista deverá ser consultado. 
 
6.6 Abreviações e siglas 
O uso de abreviações e siglas, para a prescrição de medicamentos, deve seguir o Manual de 
Siglas da instituição. 
 
6.7 Prescrições por ordem eletrônica ou verbal 
Qualquer prescrição por ordem telefônica e ou verbal deverão ser feitas apenas pelo 
profissional médico (plantonista, pronto socorro, intensivista, hospitalista). 
 
6.8 Da compra de medicamentos sujeitos a controle especial não padronizados 
Efetuada somente sob prescrição de profissional médico habilitado e com informações que 
garantam que o pedido seja feito de forma segura tais como: identificação de paciente, 
medicamento e identificação do prescritor. 
Comprar ou aviar medicamentos somente de fornecedores devidamente qualificados pelo 
hospital e que preste o serviço de forma adequada, seja em situações de solicitação de suporte 
técnico, informativo ou atendimento de solicitações emergenciais dentro do prazo a fim de 
garantir a que o tratamento terapêutico do paciente seja adequado. 
 
 
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MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 
 
 
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Toda rotina de compra de produtos não padronizados deverá seguir o POP – FARM – DIHOSP 
– Compra de produtos não padronizados e todos os produtos deverão ter sua entrada no 
sistema SAP e dispensação pelo sistema hospitalar da unidade. 
 
6.9 Da manipulação de medicamentos sujeitos a controle especial 
Deve obedecer a procedimentos operacionais, legislações vigentes para garantir a segurança 
na manipulação de controlados. 
 
6.10 Do recebimento 
O recebimento é realizado por funcionário treinado onde são verificados com o auxilio de check 
list as condições em que o medicamento chega ao hospital para validação do recebimento do 
mesmo. 
Em caso de não conformidades os procedimentos operacionais devem ser obedecidos visando 
à agilidade e rapidez da substituição de forma que o tratamento terapêutico do paciente não 
seja prejudicado, logo após o recebimento o medicamento deve ser acondicionado em local 
com acesso restrito e dispositivo de chave. 
No caso de medicamentos termolábeis, estes devem ser colocados em recipiente adequado a 
condicionamento sob refrigeração e chaveado sendo que a chave encontra-se com assistente 
de farmácia sob supervisão do farmacêutico. 
 
6.11 Do armazenamento 
Deve obedecer às leis vigentes em relação a medicamentos sujeitos a controle especial de 
forma a serem mantidos sob acesso restrito. 
• Farmácia Central: Mantidos em local específico com dispositivo de chave e acesso restrito 
aos funcionários da farmácia e contabilizados antes e após a troca de plantão entre os 
auxiliares. 
• Estoque geral: Mantidos segregados com dispositivo de chave sob a responsabilidade do 
assistente de farmácia sendo supervisionado pelo farmacêutico, são contabilizados 
semanalmente. 
• Farmácia Satélites:Mantidos segregados com dispositivos de chave sob a responsabilidade 
do assistente de farmácia ou farmacêutico do setor, são contabilizados antes e após a troca 
de plantão entre os auxiliares. 
No caso de medicamentos termolábeis, devem ser colocados em recipientes adequados 
para acondicionamento sob-refrigeração e chaveado onde a chave se encontra com 
assistente de farmácia sob supervisão do farmacêutico. 
• Unidades de Cuidado ao paciente: 
o Estoque mínimo: mantidos segregados com dispositivo chaveado sob a 
responsabilidade do enfermeiro deplantão com contagens realizadas a cada troca 
de plantão. 
o Medicações enviadas aos pacientes: mantidas em gavetas com chave e esta 
deverá ficar em poder do enfermeiro da unidade. 
 
6.12 Da dispensação 
 A dispensação é realizada pela farmácia obedecendo aos procedimentos operacionais. 
São conferidas, pela equipe de farmácia, as prescrições quanto a rasuras, especificação do 
medicamento, assinatura e carimbo do médico. 
 
 
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MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 
 
 
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Os medicamentos controlados serão separados de acordo com a prescrição médica e enviados 
em embalagem própria com descrição “Medicamento Controlado – Portaria 344/98” (conforme 
Anexo I), identificados com etiqueta do paciente. 
 A equipe de enfermagem deve realizar a conferência do medicamento no momento do 
recebimento e também no momento da administração confrontando com a prescrição médica. 
 
6.13 Do controle (balancetes) 
 A farmácia envia mensalmente o mapa de controle de Misoprostol à autoridade sanitária 
competente obedecendo a procedimentos contemplando os dados de entrada e saída dos 
medicamentos tais como: dados das notas fiscais de entrada, identificação dos pacientes que 
utilizaram assim como eventuais perdas. 
E para casos de onde há o livro eletrônico, os farmacêuticos RT s devem seguir a orientação 
cedida pela autoridade sanitária local com relação à periodicidade de envio dos dados. 
E para os demais itens padronizados e controlados por essa Portaria a farmácia hospitalar 
deve apresentar balanço de acordo com a Diretriz fornecida pela Autoridade Sanitária local 
(que pode ser baseada em periodicidade e ou número de páginas). 
Os livros, balanços e demais documentos comprovantes de movimentação de estoque, 
deverão ser arquivados no estabelecimento pelo prazo de 2 (dois) anos, findo o qual poderão 
ser destruídos. 
 
6.14 Da administração 
É realizado por profissional habilitado seguindo os procedimentos operacionais específicos que 
visam a segurança do paciente. 
6.15 Do recebimento de amostra grátis 
Não é permitido o recebimento, armazenamento, dispensação e administração de amostras 
grátis. 
 
6.16 Maletas de emergência 
Se o serviço possuir maleta de emergência nesta poderá ficar armazenado até: 
• 3 (três) ampolas de medicamentos entorpecentes; 
• Até 5 (cinco) ampolas de medicamentos psicotrópicos, para aplicação em 
caso de emergência. 
A reposição das ampolas/comprimidos/frascos se fará de acordo com o processo de 
prescrição, contemplado no item 6.2 deste documento. 
 
6.17 Do descarte 
Os medicamentos controlados vencidos devem ser identificados e separados dos estoques 
comercializáveis. 
Em caso de medicamentos constantes nessa Portaria 344/98 que estejam sob condição de 
quebrados e ou avariados, deverão ser baixados em sistema e as embalagens deverão ser 
encaminhadas ao farmacêutico da unidade para que sejam segregados. 
O Farmacêutico deve dirigir-se à Autoridade Sanitária Local, que orientará sobre a destinação 
correta dos medicamentos e insumos farmacêuticos a serem descartados. 
 
 
 
 
 
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6.18 Notificações de receitas (B1, B2 e A1) 
Deverão ficar guardados sob-responsabilidade do farmacêutico RT ou alguém que o mesmo 
delegar em local com chave e acesso restrito dentro da farmácia. 
Para a dispensação o médico deverá vir até a farmácia, preencher e assinar o canhoto e levar 
a notificação. 
Na impossibilidade do médico vir até a farmácia, a enfermeira do setor poderá retirar a folha de 
notificação mediante a apresentação de uma recita manual que deverá ser anexada no 
canhoto. 
O profissional farmacêutico responsável técnico da unidade é o responsável pela liberação 
sequencial dos talonários. A liberação não pode ser feita para casos onde o paciente não 
estiver internado. 
 
7. ANEXO 
 
ANEXO I - “Medicamento Controlado – Portaria 344/98”

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