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Resumo Técnicas de Entrevista para Concursos Públicos

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1 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ............................................................................. 2 
TÉCNICAS DE ENTREVISTA .................................................................................... 4 
ENTREVISTA INICIAL ........................................................................... 4 
TIPOS DE ENTREVISTA ......................................................................... 6 
TÉCNICAS DE ENTREVISTA E SEUS OBJETIVOS ........................................... 8 
A TEORIA DA ENTREVISTA ................................................................... 12 
ENTREVISTA X ANAMNESE ................................................................... 14 
SIMULAÇÃO X DISSIMULAÇÃO .............................................................. 14 
MAIS QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 16 
LISTA DE QUESTÕES ..................................................................... 21 
GABARITO: .................................................................................... 25 
 
 
 
2 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, Psi!  
 
Este é um pequeno resumo gratuito que preparei com muito carinho sobre Técnicas de 
Entrevista para Concursos de Psicologia. O conteúdo deste material é composto pelos 
tópicos mais cobrados da matéria, além de questões comentadas das principais bancas 
de  concursos públicos  (considero  a  resolução de questões  a melhor  estratégia para 
fixação do conteúdo aprendido).   Mas antes de iniciarmos, vou me apresentar e contar 
um pouco da minha história: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vou te confessar que, quando iniciei os estudos para concursos, eu não usei uma boa 
metodologia. Eu estava “desesperada”, querendo passar em qualquer coisa e acabava 
“atirando pra todos os lados”. Fazia todos os concursos que saíam! É claro que isso não 
deu certo, né? Gente... para conquistar a aprovação, é preciso  ter FOCO. É essencial 
escolher uma carreira comum (ex: Tribunais, carreiras de segurança pública, Agências 
etc).  
 
Então, de repente, eu me “toquei” que havia me formado em Psicologia e que amava a 
minha profissão. A partir daí, eu decidi: somente farei concursos para a minha área de 
atuação, só certames para o cargo de Psicóloga! Assim, as coisas começaram a fluir.  
 
Sabemos  que,  infelizmente,  a  oferta  de  vagas  para  o  nosso  cargo  não  costuma  ser 
grande. Mas vejo isso como uma vantagem: quanto mais reduzido o número de vagas,  
Chamo‐me  Thayse  Duarte,  sou  psicóloga  e  Especialista  em 
Avaliação  Psicológica  e  Psicologia  Jurídica  ‐  CFP. Atualmente, 
sou servidora (Analista de Psicologia) do Ministério Público da 
União – MPU,  lotada no MPDFT. Também  já  fui psicóloga do 
Conselho Federal de Psicologia – CFP. Minha jornada no mundo 
dos concursos começou há alguns (bons) anos e, durante esse 
período,  também  fui  aprovada  em  outros  concursos  para  o 
cargo de Psicologia: Petrobras,  SERPRO, Anvisa,  Secretaria de 
Saúde do DF, CBM/DF e Câmara Legislativa/DF.  
 
3 
 
 
menor será a concorrência. Se compararmos a demanda de candidatos por vaga de um 
concurso para um cargo de Psicologia com um concurso para um cargo de área comum 
(como  técnico  administrativo,  por  exemplo),  logo  perceberemos  a  diferença  de 
proporção  no  quesito  concorrência:  para  carreiras  de  cargos  técnicos/específicos,  a 
concorrência costuma ser “beeem” menor.  
 
Uma coisa é certa: concurso é uma fila. Pode levar um tempinho, mas uma hora sua vez 
vai chegar e vai valer a pena todo o esforço! Não desista! Conte comigo para ajudar na 
conquista de sua tão sonhada vaga! Ouvi uma frase uma vez que fez todo o sentido: “a 
sorte  favorece a mente bem preparada”. É  isso! Existe o  fator  sorte em  concursos? 
Existe! Mas, quanto mais preparados estivermos, mais a sorte estará a nosso favor.  
 
Neste material você terá: 
 
 
Caso você queira tirar alguma dúvida sobre este material, me envie um e‐mail ou uma 
direct pelo Instagram: 
 
 
                                                                             
psi.thayseduarte@gmail.com 
 
 
@psi.thayseduarte 
 
 
 
 
Bons estudos!
Conteúdo direcionado
MAIS questões resolvidas
Acesso direto à professora
para você sanar suas dúvidas DIRETAMENTE comigo sempre que precisar
 
4 
 
TÉCNICAS DE ENTREVISTA 
 
A entrevista é um  instrumento que  faz parte do processo de Avaliação Psicológica e 
deve  considerar  os  fatores  psicológicos  com  o  objetivo  de  atender  demandas  da 
profissão, como auxiliar em atividades de seleção e orientação profissional, pesquisas 
psicológicas, estudos de opinião pública, exame de personalidade, etc. (Almeida, 2004).  
Dessa maneira, a entrevista consiste em uma das técnicas  frequentemente utilizadas 
por  Psicólogos,  sendo  uma  ferramenta  indispensável  para  se  obter  determinadas 
informações a respeito de um indivíduo, conforme elaborada e orientada por meio de 
um propósito específico. Para  isso,  torna‐se  imprescindível que o profissional esteja 
preparado, dispondo de conhecimentos que abarquem a finalidade de uma entrevista, 
domínio  sobre  a  técnica, delimitação de  seu  foco, boa  capacidade de  comunicação, 
empatia e escuta atenta (Santos, 2014). 
 
Entrevista Inicial 
 
Num  primeiro momento,  o  psicólogo  depende  dos motivos  alegados  ou  reais  do 
encaminhamento, ou seja, os objetivos da avaliação psicológica a fim de elaborar seu 
plano  de  avaliação.  Concomitantemente,  o  psicólogo  deve  observar  os  níveis  de 
influência  que  deve  ser  alcançado  com  o  sujeito,  incluindo  idade,  gênero,  nível 
sociocultural etc. Segundo Ocampo, constituem objetivos da primeira entrevista em 
psicodiagnóstico:  
  
o Perceber a primeira impressão que nos desperta o paciente e ver se ela 
se mantém ao longo de toda a entrevista ou muda, e em que sentido. São 
aspectos importantes: linguagem corporal, vestimentas, gestos, maneira 
peculiar de ficar quieto ou mover‐se etc;  
 
 
 
5 
 
o Considerar a verbalização do paciente: o que, como e quando verbaliza e 
seu  ritmo,  comparando  isto  à  imagem  que  transmite  através  de  sua 
maneira de falar quando solicita a consulta;  
 
o Estabelecer  o  grau  de  coerência  ou  discrepância  entre  o  que  foi 
verbalizado e o que captamos através da sua linguagem não verbal;  
 
 
o Planejar  a  bateria  de  testes  mais  adequada  quanto  aos  elementos, 
sequência e ritmo;  
 
o Estabelecer bom rapport (aliança terapêutica) com o paciente;  
 
o Ao  longo  da  entrevista  é  importante  observar  o  que  o  paciente  nos 
transfere e o que isto nos provoca;  
 
o Na  entrevista  inicial  com  os  pais  do  paciente  (no  caso  de  crianças  e 
adolescentes), é  importante detectar qual o vínculo que une o casal, o 
vínculo entre casa e filho, o de cada um deles com o filho, o do filho com 
cada um e com o casal, e o do casal com o psicólogo;  
 
o Avaliar a capacidade dos pais de elaboração da situação diagnóstica atual 
e potencial.  
  
  
Há também uma entrevista que ocorre ao final do processo, a entrevista de devolução 
ou devolutiva. Pode ser uma ou várias e é o momento em que o psicólogo se posiciona 
e faz a devolutiva sobre os aspectos que surgiram durante a avaliação realizada, bem 
como as considerações finais e eventuais encaminhamentos. É feita com o paciente ou 
com os pais, quando se trata de uma criança.   
 
 
6 
 
Tipos de Entrevista 
 
A  entrevista  é  uma  técnica  que  toma  diversas  formas  conforme  o  objetivo  e  a 
orientação do entrevistado. De modo geral, a entrevista pode ser classificada em:  
  
DIRIGIDA OU ESTRUTURADA  quando o entrevistador segue um roteiro com 
perguntas previamente estabelecido. 
 
SEMIDIRIGIDA, SEMIESTRUTURADA OU MISTA  entrevistaque comporta a 
combinação de perguntas estruturadas e liberdade de expressão do entrevistado. 
 
LIVRE, NÃO‐DIRIGIDA OU NÃO‐ESTRUTURADA  se houver perguntas ou 
intervenções do entrevistador, essas são poucas e formuladas durante a 
entrevista. 
 
Dois aspectos que devem ser observados durante as entrevistas são a transferência e 
a contratransferência:  
   
Transferência: sentimentos, condutas e atitudes inconscientes, por parte do 
entrevistado, ligados a sua história e a sua dinâmica familiar que são projetados no 
entrevistador. 
 
Contratransferência: sentimentos e atitudes inconscientes pertencentes a relações 
do passado que o profissional projeta inconscientemente no paciente. O psicólogo 
deve estar atento a eles para não interferir no processo. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
  
1. FGV – 2014 – SUSAM 
 
A entrevista psicológica é um momento importante para o levantamento de dados 
em um processo de avaliação. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Na entrevista livre, não há roteiro prévio para a condução do processo de 
avaliação. 
 
II. A entrevista estruturada não é utilizada em uma avaliação clínica. 
 
III. Na entrevista semiestruturada, o entrevistador formula um roteiro básico e vai 
fazendo as perguntas de forma mais livre, procurando seguir o que entrevistado fala. 
 
Assinale: 
 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
Resolução: Vamos à análise das assertivas. 
 
I  –  Certa.  Não  há  roteiro  prévio  na  entrevista  livre  ou  não‐estruturada.  Se  houver 
perguntas, estas serão formuladas durante a entrevista. 
 
II – Errada. A entrevista estruturada pode ser utilizada em qualquer contexto. 
 
III  –  Certa.  A  entrevista  semiestruturada  possui  um  roteiro  básico  que  comporta  a 
combinação de perguntas estruturadas e liberdade de expressão do entrevistado. 
 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Técnicas de Entrevista e seus objetivos 
 
Anamnese   investigar sobre a história de vida do paciente/cliente (desenvolvimento 
de forma geral, histórico de doenças, rotina, dinâmica da família, trabalho, etc). O intuito 
é compreender o motivo que levou o sujeito à consulta. 
 
Diagnóstica    proporcionar  o  levantamento  de  informações  que  subsidiem  a 
elaboração  de  hipóteses  diagnósticas,  indicando  também  o  tratamento  adequado. 
Quase sempre, faz parte de um processo de avaliação que inclui a aplicação de testes. 
 
Psicoterápica  ajudar no processo de solução dos problemas por meio da aplicação 
de técnicas psicoterápicas fundamentadas em determinada referência teórica.   
  
De Encaminhamento   indicar o  tratamento  adequado  ao  entrevistado. Deve  ser 
informado ao paciente que o tratamento não será realizado pelo entrevistador, para 
que não se crie um vínculo muito significativo.   
 
Lúdica  buscar compreender a dinâmica de funcionamento psíquico da criança por 
meio  da  avaliação  clínica  do  brincar  infantil.  A  ideia  central  no  uso  de entrevistas 
lúdicas é  a  de  que  as  crianças  irão  projetar  suas  questões‐chaves  no  conteúdo  do 
brinquedo e na maneira com que utilizam o material. 
 
De  seleção    busca  levantar  mais  informações  a  respeito  do  profissional.  O 
entrevistador deve conhecer o currículo do entrevistado, deve ter em mente o perfil do 
cargo e deve avaliar se o candidato se encaixaria bem ou não no emprego pretendido.   
 
De  desligamento   pode  ocorrer  devido  à  alta  do  paciente,  momento  em  que 
entrevistador  e  entrevistado  fazem  planos  futuros  ou  avaliam  a  necessidade  de  se 
trabalhar ainda algum aspecto. É utilizada também com o funcionário que está saindo 
de empresa, com o objetivo obter um feedback sobre o trabalho e a organização.   
 
 
9 
 
De pesquisa   investigar  temas para determinado estudo. O participante deve  ter 
ciência do caráter voluntário e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.  
  
Não  existe  um  tipo  específico  de  entrevista  superior  a  outro,  contudo,  há  o mais 
adequado para cada finalidade e condições. Ressalta‐se que algumas cautelas devem 
ser adotadas a fim de garantir um processo adequado e satisfatório, atingindo, de forma 
científica, os resultados oriundos desse processo de investigação. Tais cuidados devem 
consistir na criação de um clima favorável, como um ambiente adequado, iluminado e 
climatizado, estabelecer o rapport, garantir que o indivíduo esteja à vontade antes de 
iniciar a entrevista, preparo prévio,  foco, dando ciência dos processos e objetivos da 
entrevista a realizar. Além disso, o profissional deve seguir todas as recomendações do 
Código de  Ética Profissional do Psicólogo,  garantindo o  sigilo e  cuidado para  com o 
material, da mesma forma que é necessário esclarecer as etapas do processo a quem é 
submetido (Santos, 2014). 
 
Observa‐se que a entrevista é um dos mais  importantes  instrumentos para coleta de 
informações  que  o  Psicólogo  tem  à  disposição,  visto  que  tal  instrumento  pode  ser 
utilizado nos mais diversos contextos, podendo ser adequado às necessidades de cada 
caso, sem perder a validade científica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
2. FGV – 2021 – TJ/RO 
 
Os pais de Thiago, 5 anos, procuraram o psicólogo Eduardo para conversar sobre o 
quadro de fobia social que o menino vem apresentando. No primeiro atendimento a 
Thiago, Eduardo utilizou jogos e brincadeiras. A essa técnica se dá o nome de: 
 
a) anamnese psicológica; 
b) entrevista devolutiva; 
c) psicodiagnóstico infantil;  
d) entrevista lúdica;  
e) testagem psicométrica. 
 
Resolução: Reparem que a questão fala de entrevista com uma criança e que utilizou 
jogos e brincadeiras. A partir daí, já podemos supor que se trata de entrevista lúdica. 
 
Letra A: Errada. A anamnese busca investigar sobre a história de vida do paciente/cliente 
(desenvolvimento de  forma  geral, histórico de doenças,  rotina, dinâmica da  família, 
trabalho, etc). O intuito é compreender o motivo que levou o sujeito à consulta. No caso 
em tela, a anamnese será feita com os pais da criança. 
 
Letra B: Errada. A entrevista devolutiva ocorre no final do processo, na qual o psicólogo 
apresenta as considerações finais e eventuais encaminhamentos.  
 
Letra C: Errada. O psicodiagnóstico infantil é um processo de avaliação psicológica que 
ocorre  no  contexto  clínico  e  tem  como  objetivo  identificar  forças  e  fraquezas  do 
funcionamento psicológico do sujeito, com enfoque nos aspectos psicopatológicos. A 
entrevista  lúdica  é  uma  das  técnicas  que  podem  ser  utilizadas  no  psicodiagnóstico 
infantil. 
 
Letra D: Certa. Percebe‐se que Eduardo se utilizou de jogos e brincadeiras para buscar 
compreender a dinâmica de funcionamento psíquico da criança, tal técnica diz respeito 
à entrevista lúdica. 
 
Letra E: Errada. A testagem psicométrica diz respeito à aplicação de testes psicométricos 
e faz parte do processo de avaliação psicológica. 
 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
3. FGV – 2021 – FUNSAUDE/CE 
 
A entrevista psicológica busca fornecer ao avaliador, por meio de subsídios técnicos, 
informações sobre a conduta, os valores e as opiniões do entrevistado. Com relação 
aos objetivos, a entrevista psicológica pode ser:  
 
I. Diagnóstica.  
II. Psicoterápica.  
III. de Encaminhamento.  
 
Está correto o que se afirma em 
 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas.  
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
Resolução: Conforme vimos, os três itens podem ser objetivos da entrevista psicológica: 
 
Diagnóstica    proporcionar  o  levantamento  de  informações  que  subsidiem  a 
elaboração  de  hipóteses  diagnósticas,  indicando  também  o  tratamento  adequado. 
Quase sempre, faz partede um processo de avaliação que inclui a aplicação de testes. 
 
Psicoterápica  ajudar no processo de solução dos problemas por meio da aplicação 
de técnicas psicoterápicas fundamentadas em determinada referência teórica.   
 
De  Encaminhamento   indicar  o  tratamento  adequado  ao  entrevistado.  Deve  ser 
informado ao paciente que o tratamento não será realizado pelo entrevistador, para 
que não se crie um vínculo muito significativo.  
 
Gabarito: E  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
A Teoria da Entrevista 
 
Segundo Bleger, na avaliação psicológica destacam‐se os seguintes conhecimentos:  
 
 DIMENSÃO INCONSCIENTE DO 
COMPORTAMENTO  
 
 TRANSFERÊNCIA 
 
 CONTRATRANSFERÊNCIA 
 
A teoria da entrevista foi   fortemente   influenciada   por   conhecimentos  provenientes   
da   psicanálise,   da   Gestalt,   da   topologia   e   do   behaviorismo.   Ainda   que   não 
seja possível     selecionar     especificamente     a   contribuição     de     cada     uma dessas 
teorias,  convém      assinalar  sumariamente   que    a   psicanálise    influenciou    com    o  
conhecimento   da  dimensão  inconsciente  do   comportamento,   da   transferência   e   
contratransferência,   da   resistência   e   repressão,   da projeção e introjeção, etc. A 
Gestalt reforçou a compreensão da entrevista como um todo no qual   o   entrevistador   
é   um   de   seus   integrantes,  considerando   o   comportamento   deste   como   um   
dos   elementos   da   totalidade.   A   topologia   levou   a   delinear   e   reconhecer   o   
campo psicológico  e  suas  leis,  assim  como o    enfoque  situacional.   O behaviorismo 
influenciou com  a   importância   da   observação   do   comportamento.    
 
 
 
 
 
13 
 
Segundo  Bleger  (1998),  a  entrevista  pode  ser  de  dois  tipos  fundamentais:  aberta  e 
fechada: 
Aberta    entrevistador  tem  ampla  liberdade  para  as  perguntas  ou  para  suas 
intervenções, permitindo‐se toda a flexibilidade necessária em cada caso particular. A 
entrevista psicológica aberta é um campo que deve se configurar, ao máximo possível, 
pelas variáveis que dependem da personalidade do entrevistado, possibilitando uma 
investigação mais ampla e profunda dessa personalidade. 
 
Fechada     as  perguntas  já  estão  previstas,  assim  como  a  ordem  e  a maneira  de 
formulá‐las,  e  o  entrevistador  não  pode  alterar  nenhuma  destas  disposições.    A 
entrevista fechada é, na realidade, um questionário que passa a ter uma relação estreita 
com a entrevista, na medida em que uma manipulação de certos princípios e  regras 
facilita e possibilita a aplicação do questionário. 
 
Ainda, pode‐se diferenciar também as entrevistas segundo o beneficiário do resultado; 
assim, podemos distinguir:  
a) a entrevista que se realiza em benefício do entrevistado – que é o caso da consulta 
psicológica ou psiquiátrica;  
b) a entrevista cujo objetivo é a pesquisa, na qual importam os resultados científicos;  
c) a entrevista que se realiza para um terceiro (uma instituição).  
 
Cada uma delas implica variáveis distintas a serem levadas em conta, já que modificam 
ou  atuam  sobre  a  atitude do  entrevistador,  assim  como do  entrevistado,  e  sobre o 
campo total da entrevista. Uma diferença fundamental é que, excetuando o primeiro 
tipo de entrevista, os dois outros requerem que o entrevistador desperte  interesse e 
participação, que “motive” o entrevistado. 
 
 
 
 
14 
 
Segundo Bleger, a regra básica da entrevista consiste em OBTER DADOS COMPLETOS 
DO  COMPORTAMENTO  TOTAL NO  DECORRER  DA  ENTREVISTA. Portanto,  afirma  a 
importância  dos  cuidados  com  a  interpretação.  E  diz  que,  quanto  maior  for  a 
compulsão para interpretar, tanto mais será necessário calar‐se. Poético, não?  
 
O campo da entrevista deve ser configurado fundamentalmente pelas variáveis da 
personalidade do entrevistado. Dessa maneira, para permitir maior engajamento 
da personalidade do entrevistado, aquilo que o entrevistador oferece deve 
ser suficientemente ambíguo. 
 
 
Entrevista x Anamnese 
 
 
ENTREVISTA  ANAMNESE 
O paciente tem organizada uma 
história de sua vida e um esquema de 
seu presente, e desta história e deste 
esquema deve‐se deduzir o que ele 
não sabe. 
Supõe que o paciente conhece sua vida 
e está capacitado para fornecer dados 
sobre a mesma. 
 
 
 
Simulação x Dissimulação 
 
 
SIMULAÇÃO  DISSIMULAÇÃO 
Compreendida pela forma que o 
indivíduo tenta fingir sintomas que não 
existem, estando sempre relacionada a 
uma recompensa externa. 
Ocorre quando se procura esconder ou 
amenizar os sintomas que realmente 
existem. 
 
 
 
 
 
15 
 
4. VUNESP – 2017 – TJ/SP 
 
A entrevista psicológica por vezes é criticada por ser pouco científica. Na visão de José 
Bleger (2011), 
 
a)  a  crítica  é  justificada, porque o  instrumento  é o  entrevistador, que, na  relação 
interpessoal, será afetado por aspectos não resolvidos de sua personalidade. 
 
b) a crítica é parcialmente justificada, porque o entrevistador não tem como controlar 
as estratégias do entrevistado para ocultar a verdade. 
 
c) a crítica procede, porque o entrevistador é parte do campo da entrevista e, como 
tal, condiciona os fenômenos que vai registrar. 
 
d)  a  crítica  não  se  justifica,  porque  o  entrevistador  terá  em mãos  um  roteiro  de 
perguntas que, uma vez seguido, poderá assegurar o rigor de sua conduta. 
 
e) a crítica não procede, porque se quer estudar o fenômeno psicológico, e a relação 
humana  entre  entrevistador  e  entrevistado  configura  uma  condição  natural  desse 
fenômeno. 
 
Resolução:  Segundo  Bleger  (2011),  "toda  conduta  se dá  sempre  num  contexto  de 
vínculos  e  relações  humanas,  e  a  entrevista  não  é  uma  distorção  das   pretendidas 
condições naturais e sim o contrário: a entrevista é a situação "natural" em que se dá o 
fenômeno que, precisamente, nos  interessa estudar: o  fenômeno psicológico. Desta 
maneira o enfoque ontológico e gnosiológico (relação entre o sujeito que conhece e o 
objeto de conhecimento) coincidem e são a mesma coisa." Dessa forma, as críticas se 
tornam improcedentes.  
 
Letra A: Errada. Isso não torna a entrevista pouco científica. Lembrem os conceitos de 
dimensão  inconsciente do  comportamento,  transferência  e  contratransferência, que 
são aspectos da entrevista psicológica que o terapeuta deve considerar. 
 
Letra  B:  Errada.  Existem  técnicas  em  que  possíveis  estratégias,  simulação  ou 
dissimulação podem ser reduzidas. Exemplo: técnicas projetivas.  
 
Letra C: Errada. Não é o terapeuta sozinho que condiciona os fenômenos registrados, 
pois eles dependem das variáveis da personalidade do entrevistado.  
 
Letra D: Errada. Existem outros tipos de entrevistas que não são  fechadas  (abertas e 
semi‐abertas). 
 
Letra E: Correta. Vide comentário inicial.  
 
Gabarito: E 
 
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MAIS QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
5. FCC – 2017 ‐TRE‐SP 
 
No processo psicodiagnóstico, segundo Ocampo e Arzeno (1990), 
a) definir  o  enquadre  (ou  enquadramento)  permite  dar  garantias  de  que  no 
processo de psicodiagnóstico o paciente não tenha contato com aspectos da 
sua infância já que são muito regressivos, dificultando a entrevista. 
b) a entrevista inicial é caracterizada como uma entrevista dirigida, que permite 
ao entrevistador ter a  liberdade de  investigar as principais questões foco da 
avaliação psicológica. 
c) a entrevista clínica é uma técnica insubstituível, pois cumpre os objetivos do 
processo psicodiagnóstico,  sendo a utilização de  testes  facultativa, uma vez 
que são apenas complementares. 
d) ao planejar a bateria de testes a ser utilizada no psicodiagnóstico, é importante 
discriminar a sequência em que os testes escolhidos serão aplicados, sendo que 
os  primeiros  devem  ser  os  que mobilizam  a  conduta  que  corresponde  ao 
sintoma do avaliado. 
e) na  entrevista  clínica  deve‐seobservar  o  motivo  latente,  subjacente  ao 
manifesto, sem ater‐se à queixa que preocupa o paciente e pode manter‐se, 
anular‐se e ampliar‐se. 
COMENTÁRIOS: Vamos analisar as assertivas. 
 
Letra A: Errada. Não se pode definir o enquadramento com maior precisão porque seu 
conteúdo  e  seu  modo  de  formulação  dependem,  em  muitos  aspectos,  das 
características do paciente e dos pais. 
 
Letra B: Errada.   Entrevista  semidirigida é a entrevista  inicial quando o paciente  tem 
liberdade para expor seus problemas começando por onde preferir e  incluindo o que 
desejar. 
 
Letra C: Errada. A entrevista clínica é "uma" técnica e não "a" técnica. É  insubstituível 
enquanto  cumpre  certos  objetivos  do  processo  psicodiagnóstico,  mas  os testes 
(projetivos)  apresentam  certas  vantagens  que  os  tornam  insubstituíveis  e 
imprescindíveis. 
 
Letra D: Errada. O teste que mobiliza uma conduta que corresponde ao sintoma nunca 
deve ser aplicado 1º, pois isso supõe colocar o paciente na situação mais ansiogênica ou 
deficitária sem o prévio estabelecimento de uma relação adequada. 
 
 
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Letra E: Correta. Na Avaliação Psicológica, é importante levar em conta o motivo latente, 
o que não foi dito que habita o subterrâneo do paciente e interagem com a queixa. Não 
podemos  ficar apenas naquilo que é motivo explícito da procura, uma vez que uma 
dinâmica será ativada durante o processo investigatório. Por essas razões é que a queixa 
principal poderá desaparecer, ser ampliada, ficar conectada com outros aspectos não 
ditos ou mesmo se resolver pelo simples fato da catarse.  
 
Gabarito: E 
 
 
  
6.  FCC – 2013 – TRT 5ª Região (ADAPTADA) 
 
Ocampo e Arzeno (11ª ed. 2009), estudiosas do psicodiagnóstico, acreditam que ao 
longo de toda a entrevista inicial é importante captar que tipo de vínculo o paciente 
procura  estabelecer  com  o  psicólogo  (se  procura  seduzi‐lo,  confundi‐lo,  evitá‐lo, 
manter‐se à distância, depender excessivamente dele, por exemplo) e também certos 
sentimentos e fantasias de importância vital para a compreensão do caso que surgem 
no psicólogo e que permitem determinar o tipo de vínculo objetal que opera como 
modelo  interno  inconsciente  no  paciente.  Este  processo  refere‐se  aos  aspectos 
transferenciais e contratransferenciais. 
 
COMENTÁRIOS: Transferência e contratransferência  são uma  forma de projeção que 
ocorre também na relação entre paciente e psicólogo que realiza o psicodiagnóstico. A 
transferência diz respeito às reações emocionais do paciente dirigidas ao psicólogo. A 
contratransferência  consiste  nos  sentimentos,  sensações  e  percepções  que  o 
profissional tem de seu paciente durante o processo psicodiagnóstico. E isto orienta o 
psicólogo, uma vez que o que ele sente, pensa e percebe no paciente são dados para a 
conclusão do psicodiagnóstico. 
 
Gabarito: Certo. 
 
  
7. FCC – 2013‐ TRT 5ª Região (ADAPTADA) 
 
No processo psicodiagnóstico, a entrevista na qual se transmite ao paciente ou aos 
pais,  a  compreensão  obtida  durante  este  processo,  é  denominada  de  entrevista 
diagnóstica. 
 
COMENTÁRIOS: No  processo  psicodiagnóstico,  a  entrevista  na  qual  se  transmite  ao 
paciente ou aos pais, a compreensão obtida durante este processo, é denominada de 
entrevista  devolutiva.  A  entrevista  diagnóstica  é  a  entrevista  inicial  do  processo 
diagnóstico.  
 
Gabarito: Errado. 
 
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8. CESPE – 2017 – TRE‐BA 
 
Caso clínico 9A1AAA 
      Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação psicológica 
por  apresentar  enurese  noturna,  ansiedade,  compulsão  alimentar,  insônia,  baixo 
rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato materno. O pai da 
criança  não  quis  acompanhá‐las  na  consulta  porque  se  posicionou  contra  a 
intervenção psicológica. 
Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente do caso 
clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista 
 
a) de  livre estruturação, pois crianças  tendem a omitir  informações quando os 
pais estão presentes. 
b) estruturada, devido a  sua baixa aplicabilidade  clínica,  já que não  considera 
suficientemente as demandas do paciente. 
c) semiestruturada,  porque  ela  dificulta  a  aplicação  de  testes  psicológicos, 
procedimento ideal para o caso em questão. 
d) de triagem, devido à tenra idade da paciente. 
e) de  triagem,  por  ser  irrelevante  para  a  decisão  acerca  da  intervenção  a  ser 
adotada no caso. 
 
COMENTÁRIOS:  De  acordo  com  Tavares  (2007),  as  entrevistas  estruturadas  são  de 
pouca  utilidade  clínica.  A  aplicação  desse  tipo  de  entrevista  é mais  frequente  em 
pesquisas, principalmente nas situações em que a habilidade clínica não é necessária ou 
possível. Sua utilização raramente considera as necessidades ou demandas do sujeito 
avaliado – usualmente, ela se destina ao levantamento de informações definidas pelas 
necessidades de um projeto.  
 
Letra A: Errada. A entrevista não estruturada ou de livre estruturação é uma entrevista 
aberta,  com  nenhuma  estrutura  ou  uma  estrutura mínima  em  que  se  deixa  livre  o 
entrevistado para decidir como  irá expor as  informações, sem com  isso perder a sua 
finalidade.  Ela  é  utilizada  em  vários  contextos,  em  especial  quando  se  pretende 
esclarecer  uma  situação,  desenvolver  um  conceito,  saber  mais  sobre  atitudes  e 
comportamentos.  Pode  ser  utilizada  com  crianças,  sendo  um  forte  instrumento  de 
coleta  de  informações,  em  especial  quando  empregada  em  contextos  lúdicos  que 
facilitam a expressão infantil. 
Letra  B:  Correta.  A  entrevista  estruturada  apresenta  uma  estrutura  previamente 
definida,  um  roteiro  fixo  de  perguntas  ou  um  questionário,  cuja  ordem  e  redação 
permanecem exatamente iguais em cada aplicação, não sendo possível sua alteração  
 
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durante a aplicação. É bastante utilizada em processos seletivos e pesquisas científicas, 
que buscam um  levantamento de dados mais objetivo  e mais  rápido que  as outras 
modalidades.  No  contexto  clínico,  apresenta  pouca  utilidade,  visto  que  suas 
informações mais quantitativas não  são muito  capazes de  considerar a demanda do 
sujeito, que exige um diálogo mais aprofundado. 
Letra C: Errada. A entrevista semiestruturada tem um  foco principal definido, roteiro 
estabelecido, podendo, porém, ser complementado por outras questões que possam 
surgir ao longo da entrevista. Permite que informações emerjam de forma mais livre e 
espontânea, e favorece não só a descrição dos fenômenos investigados, mas também 
sua explicação e a compreensão. Elas não apresentam dificuldades à aplicação de testes 
psicológicos, como são muitas vezes utilizadas como  instrumento de aprimoramento 
das respostas de testes projetivos, por exemplo. 
Letra D:  Errada.  A  triagem  é  caracterizada  com  uma  breve  entrevista  inicial  com  a 
finalidade  apenas  de  avaliar  a  demanda  do  indivíduo  para  que  se  possa  propor  o 
encaminhamento.  É  bastante  utilizada  em  serviços  de  saúde  pública,  servindo 
especialmente para avaliar a gravidade da crise, se é necessário encaminhar para algum 
outro profissional, e assim por diante. Não existe nenhuma contraindicação de que tal 
procedimento  seja  realizado  com  crianças  em  tenra  idade, mas  que  seja  realizada 
também com os pais ou responsáveis pelas crianças que poderão fornecer dados mais 
precisos  a  respeito da demanda, história pregressa, histórico  familiar, dentre outras 
informações da criança. 
Letra E: Errada. Conforme letra D. 
Gabarito: B 
 
9. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região 
Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos. 
Em  uma  entrevista  clínica  conduzida  para  avaliação  de  um  paciente  idoso  que 
apresente perplexidade ou desconfiança diante de situações consideradas comuns e 
típicas do cotidiano, é importante contestá‐lo e desafiar sua desconfiança,mostrando‐
lhe elementos óbvios. 
COMENTÁRIOS: Não  se  recomenda  contestar ou desafiar o paciente que demonstra 
traços esquizofrênicos, como perplexidade, desconfiança, alucinação ou algum outro 
sintoma do tipo.  
 
Gabarito: Errado. 
 
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10. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região 
Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos. 
Ao avaliar o grau de comprometimento do comportamento etilista de um paciente em 
entrevista clínica, é inadequado e antiético perguntar a ele se algum amigo, colega ou 
familiar o considera alcoolista. 
COMENTÁRIOS:  Segundo  Tavares  (2000),  o  entrevistador  deve  estar  atento  aos 
processos no outro, e a sua intervenção deve orientar o sujeito a aprofundar o contato 
com sua própria experiência. O papel do entrevistado é o de prestar  informações. O 
entrevistador  tem  a  necessidade  de  conhecer  e  compreender  algo  de  natureza 
psicológica, para poder fazer alguma recomendação ou sugerir algum tipo de atenção 
ou  tratamento.  Nos  casos  em  que  houver  resistência,  a  técnica  de  explorar  a 
repercussão do comportamento no plano afetivo e relacional pode trazer o problema à 
consciência do paciente. Assim, não há inadequação na técnica ou ética do psicólogo ao 
perguntar a ele se algum amigo, colega ou familiar o considera alcoolista. 
  
Gabarito: Errado.  
 
 
 
Chegamos ao FIM!  
Obrigada   
 
Um abraço,  
Thayse Duarte.
 
21 
 
LISTA DE QUESTÕES 
 
 
 
1. FGV – 2014 – SUSAM 
 
A entrevista psicológica é um momento importante para o levantamento de dados em 
um  processo  de  avaliação.  A  esse  respeito,  analise  as  afirmativas  a  seguir. 
 
I. Na entrevista livre, não há roteiro prévio para a condução do processo de avaliação. 
 
II.  A  entrevista  estruturada  não  é  utilizada  em  uma  avaliação  clínica. 
 
III. Na entrevista  semiestruturada, o entrevistador  formula um  roteiro básico e vai 
fazendo as perguntas de forma mais livre, procurando seguir o que entrevistado fala. 
 
Assinale: 
 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
 
 
2. FGV – 2021 – TJ/RO 
 
Os pais de Thiago, 5 anos, procuraram o psicólogo Eduardo para conversar sobre o 
quadro de fobia social que o menino vem apresentando. No primeiro atendimento a 
Thiago, Eduardo utilizou jogos e brincadeiras. A essa técnica se dá o nome de: 
 
a) anamnese psicológica; 
b) entrevista devolutiva; 
c) psicodiagnóstico infantil;  
d) entrevista lúdica;  
e) testagem psicométrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
3. FGV – 2021 – FUNSAUDE/CE 
 
A entrevista psicológica busca fornecer ao avaliador, por meio de subsídios técnicos, 
informações sobre a conduta, os valores e as opiniões do entrevistado. Com relação 
aos objetivos, a entrevista psicológica pode ser:  
 
I. Diagnóstica.  
II. Psicoterápica.  
III. de Encaminhamento.  
 
Está correto o que se afirma em 
 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas.  
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
 
 
4. VUNESP – 2017 – TJ/SP 
 
A entrevista psicológica por vezes é criticada por ser pouco científica. Na visão de José 
Bleger (2011), 
 
a)  a  crítica  é  justificada, porque o  instrumento  é o  entrevistador, que, na  relação 
interpessoal, será afetado por aspectos não resolvidos de sua personalidade. 
 
b) a crítica é parcialmente justificada, porque o entrevistador não tem como controlar 
as estratégias do entrevistado para ocultar a verdade. 
 
c) a crítica procede, porque o entrevistador é parte do campo da entrevista e, como 
tal, condiciona os fenômenos que vai registrar. 
 
d)  a  crítica  não  se  justifica,  porque  o  entrevistador  terá  em mãos  um  roteiro  de 
perguntas que, uma vez seguido, poderá assegurar o rigor de sua conduta. 
 
e) a crítica não procede, porque se quer estudar o fenômeno psicológico, e a relação 
humana  entre  entrevistador  e  entrevistado  configura  uma  condição  natural  desse 
fenômeno. 
 
 
 
 
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5. FCC – 2017 ‐TRE‐SP 
 
No processo psicodiagnóstico, segundo Ocampo e Arzeno (1990), 
a) definir  o  enquadre  (ou  enquadramento)  permite  dar  garantias  de  que  no 
processo de psicodiagnóstico o paciente não tenha contato com aspectos da 
sua infância já que são muito regressivos, dificultando a entrevista. 
b) a entrevista inicial é caracterizada como uma entrevista dirigida, que permite 
ao entrevistador ter a  liberdade de  investigar as principais questões foco da 
avaliação psicológica. 
c) a entrevista clínica é uma técnica insubstituível, pois cumpre os objetivos do 
processo psicodiagnóstico,  sendo a utilização de  testes  facultativa, uma vez 
que são apenas complementares. 
d) ao planejar a bateria de testes a ser utilizada no psicodiagnóstico, é importante 
discriminar a sequência em que os testes escolhidos serão aplicados, sendo que 
os  primeiros  devem  ser  os  que mobilizam  a  conduta  que  corresponde  ao 
sintoma do avaliado. 
e) na  entrevista  clínica  deve‐se  observar  o  motivo  latente,  subjacente  ao 
manifesto, sem ater‐se à queixa que preocupa o paciente e pode manter‐se, 
anular‐se e ampliar‐se. 
 
 
  
6.  FCC – 2013 – TRT 5ª Região (ADAPTADA) 
 
Ocampo e Arzeno (11ª ed. 2009), estudiosas do psicodiagnóstico, acreditam que ao 
longo de toda a entrevista inicial é importante captar que tipo de vínculo o paciente 
procura  estabelecer  com  o  psicólogo  (se  procura  seduzi‐lo,  confundi‐lo,  evitá‐lo, 
manter‐se à distância, depender excessivamente dele, por exemplo) e também certos 
sentimentos e fantasias de importância vital para a compreensão do caso que surgem 
no psicólogo e que permitem determinar o tipo de vínculo objetal que opera como 
modelo  interno  inconsciente  no  paciente.  Este  processo  refere‐se  aos  aspectos 
transferenciais e contratransferenciais. 
 
  
7. FCC – 2013‐ TRT 5ª Região (ADAPTADA) 
 
No processo psicodiagnóstico, a entrevista na qual se transmite ao paciente ou aos 
pais,  a  compreensão  obtida  durante  este  processo,  é  denominada  de  entrevista 
diagnóstica. 
 
 
 
 
 
24 
 
8. CESPE – 2017 – TRE‐BA 
 
Caso clínico 9A1AAA 
      Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação psicológica 
por  apresentar  enurese  noturna,  ansiedade,  compulsão  alimentar,  insônia,  baixo 
rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato materno. O pai da 
criança  não  quis  acompanhá‐las  na  consulta  porque  se  posicionou  contra  a 
intervenção psicológica. 
Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente do caso 
clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista 
 
a) de  livre estruturação, pois crianças  tendem a omitir  informações quando os 
pais estão presentes. 
b) estruturada, devido a  sua baixa aplicabilidade  clínica,  já que não  considera 
suficientemente as demandas do paciente. 
c) semiestruturada,  porque  ela  dificulta  a  aplicação  de  testes  psicológicos, 
procedimento ideal para o caso em questão. 
d) de triagem, devido à tenra idade da paciente. 
e) de  triagem,  por  ser  irrelevante  para  a  decisão  acerca  da  intervenção  a  ser 
adotada no caso. 
 
 
9. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região 
Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos. 
Em  uma  entrevista  clínica  conduzida  para  avaliação  de  um  paciente  idoso  que 
apresente perplexidade ou desconfiança diante de situações consideradas comuns e 
típicas do cotidiano, é importante contestá‐lo e desafiar sua desconfiança, mostrando‐
lhe elementos óbvios. 
 
10. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região 
Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos. 
Ao avaliar o grau de comprometimento do comportamento etilista de um paciente em 
entrevista clínica, é inadequado e antiético perguntar a ele se algum amigo,colega ou 
familiar o considera alcoolista. 
 
 
25 
 
GABARITO: 
1) C 
2) D 
3) E 
4) E 
5) E 
6) Certo 
7) Errado 
8) B 
9) Errado 
10) Errado 
 
	5
	E-book TÉCNICAS DE ENTREVISTA (1)

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