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TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL(TNE) Professor Amilton Moraes Terapia Nutricional é um conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral ou Enteral (MS, 2000). A terapia nutricional parenteral utiliza a via venosa para alimentar o paciente, e a enteral, o trato gastrointestinal. A manutenção ou a restauração de um estado nutricional adequado é um aspecto importante para o restabelecimento da saúde. No doente hospitalizado, a desnutrição pode se instalar rapidamente devido ao estado de hipercatabolismo que acompanha as enfermidades, traumatismos e infecções, em resposta ao estresse metabólico que ocorre nestas condições, principalmente quando a ingestão nutricional é insuficiente. Os objetivos da TN incluem a correção da desnutrição prévia, a prevenção ou atenuação da deficiência calórico-proteica que costuma acontecer durante a evolução da enfermidade que motivou a hospitalização, equilibrando o estado metabólico com a administração de líquidos, nutrientes e eletrólitos com diminuição da morbidade e com a consequente redução do período de recuperação (FISBERG, 2005). As terapias nutricionais enteral e parenteral são regulamentadas, respectivamente, pela Resolução RDC nº 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Portaria SVS/MS nº 272/1998 do Ministério da Saúde. Essas legislações fixam os requisitos mínimos, estabelecem as boas práticas e definem a obrigatoriedade de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN). A equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) é um grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos, um profissional de cada categoria: médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico. Esses profissionais devem estar habilitados e com treinamento específico para a prática da terapia nutricional. Na atuação clínica na TN, segundo a Portaria nº 272/1998 do MS, o nutricionista é responsável por: - Avaliar os indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional e a evolução de cada paciente, até a alta nutricional estabelecida pela EMTN; - Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente; - Acompanhar a evolução nutricional dos pacientes em TN, independente da via de administração; - Garantir o registro, claro e preciso, de informações relacionadas à evolução nutricional do paciente; - Participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores. Na RDC nº 63/2000, o profissional nutricionista teria ainda as seguintes atribuições: -Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional; -Elaborar a prescrição dietética com base nas diretrizes estabelecidas na prescrição médica; -Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa e o seu fracionamento segundo horários e formas de apresentação; -Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, independente da via de administração, até a alta nutricional estabelecida pela EMTN; -Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução nutricional e tolerância digestiva apresentada pelo paciente. -Garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à evolução nutricional do paciente; -Orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à preparação e à utilização da NE prescrita para o período após a alta hospitalar; -Utilizar técnicas preestabelecidas de preparação da NE que assegurem a manutenção das características organolépticas e a garantia microbiológica e bromatológica dentro de padrões recomendados na BPPNE; -Selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, os insumos necessários ao preparo da NE, bem como a NE industrializada; -Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE industrializada seja acompanhada do certificado de análise emitido pelo fabricante; -Assegurar que os rótulos da NE sejam apresentados de maneira clara e precisa; -Assegurar a correta amostragem da NE preparada para análise microbiológica; -Atender aos requisitos técnicos na manipulação da NE; -Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE; -Organizar e operacionalizar as áreas e atividades de preparação; -Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores, bem como para todos os profissionais envolvidos na preparação da NE. Para início da nutrição enteral (NE), o paciente precisa ter estabilidade hemodinâmica e o trato digestório deve estar funcionante (ARENDS et al., 2006; BANKHEAD et al.; 2009; McCLAVE et al., 2016). Para a adoção mais precoce e/ou em um momento mais adequado da NE é importante observar algumas condições clínicas do paciente como aceitação via oral < 60% da meta por mais de 10 dias em pacientes bem nutridos e em casos de pacientes com evidência de desnutrição calórico-proteica, deve ser iniciada imediatamente. O comprometimento da deglutição em decorrência do rebaixamento do nível de consciência com disfunção de orofaringe é outra condição clínica para que a NE seja adotada como forma de alimentação. No caso do paciente crítico com intubação orotraqueal, a NE deve ser iniciada, preferencialmente, dentro das primeiras 48 horas e no caso de paciente desnutrido, com baixa aceitação via oral, que será submetido à cirurgia de trato gastrointestinal, iniciar de 5 a 7 dias antes da cirurgia. ACEITAÇÃO DA SUPLEMENTAÇÃO ORAL SUPLEMENTAÇÃO EM PÓ SUPLEMENTAÇÃO LÍQUIDA FORMAS DE OFERTAR SUPLEMENTOS PARA MEU PACIENTE???? INDICAÇÃO DO USO DE SONDAS INDICAÇÃO DO USO DE SONDAS ESTATURA ESTATURA
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