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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS BATURITÉ– CE 2020 CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Relatório de Estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado Obrigatório da Faculdade do Maciço de Baturité, como requisito parcial obrigatório para a conclusão da disciplina de Estágio III - EJA do Curso de Pedagogia. BATURITÉ– CE 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................... 5 2.1 O que é a EJA?................................................................................................................... 5 2.2 A história da EJA no Brasil................................................................................................ 5 2.3 A EJA depois da LDB (Lei 9394/96) ................................................................................ 7 3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO................................................................. 8 3.1 Aspectos materiais, físicos e socioeconômicos da escola....................................................... 9 3.2 Corpo discente: expectativas e possibilidades de aprendizagem........................................... 9 3.3 Corpo docente: formação, planejamento, avaliação e concepções........................................ 10 3.4 Direção e equipe técnica: organização das ações e seu projeto político pedagógico......... 11 4 EXPERIÊNCIAS DOCENTES....................................................................................... 11 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 12 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 13 7 ANEXOS............................................................................................................................ 14 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho deseja apresentar a magnitude das relações professor-aluno, incorporado na didática de jovens e adultos. Por ser uma conversa de longa dimensão, já foi discutido por vários escritores, e até esse referido momento deve ser constantemente debatido, uma vez que atende um enorme número de estudantes com apreensão de voltar aos estudos ou introduzir-se no mercado de trabalho. No presente trabalho, veremos como este estudo poderá ser desenvolvido devido a pandemia, onde todos se encontram de quarentena e escoltados por vários decretos, tanto estaduais quanto municipais. As aulas estão acontecendo de forma remota com a utilização das tecnologias existentes. A Educação de Jovens e Adultos se inicia no Brasil no ano de 1930, quando o sistema público de educação elementar começar a se consolidar. Neste período o país também passava por grandes transtornos no processo de industrialização e concentração habitacional. A alfabetização é considerada um dos pilares sociais, onde a leitura e a escrita são fundamentais no modelo de vida das sociedades urbanas e industrializadas, levando a um grande desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A escola, como órgão público responsável pela sistematização do saber, não pode estabelecer como meta principal a preparação do educando para o mercado de trabalho. A formação do aluno vai além de só prepará-lo profissionalmente, visto que existam outros objetivos a serem alcançados. Um deles é preparar o estudante para se engajar na sociedade como um ser capaz de assumir suas responsabilidades. O professor regente da turma observada tem sua formação em Português e Inglês, trabalha na EMEIF Santo Antonio e suas aulas se dão de forma remota com a utilização do Google meet, Google sala de aula e até pelo WhatsApp. O estágio supervisionado traz consigo a grande responsabilidade de colocar o estagiário em sala de aula para realizar um trabalho na prática e avaliar como ele reage a situações cotidianas da vida de um professor, proporcionando-lhe meios de desenvolver sua prática docente. 5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O que é a EJA? EJA é uma modalidade de ensino criada pelo Governo Federal que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola convencional na idade apropriada. Anteriormente, a EJA era conhecida como supletivo. Hoje de cara nova, ganha espaço abrangendo outros campos e conquistando cada vez mais aluno a partir dos 15 anos de idade. A EJA também permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo e, dessa forma, possibilita sua qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho. Nos tempos atuais, a EJA está sendo ofertada a distância por conta da pandemia que vem deixando rastros devastadores no nosso país, castigando cidades, capitais e interiores. 2.2 A história da EJA no Brasil? Em 1928, Fernando Azevedo propôs uma reforma com relação ao EJA, trazendo à tona a urgência da alfabetização de pessoas jovens e adultas. Contudo, mesmo no início, o ensino era repleto de lacunas: escrita do nome, pequenas contas e/ou lista de palavras já era o suficiente. Somente em 1938, com a criação do Instituto Nacional de estudos Pedagógicos, é que houve uma série de estudos voltados para a alfabetização de jovens e adultos. Já no âmbito internacional, surgem após 1945 muitas ações educativas em parceria com a UNESCO, criada no mesmo ano. No final do século XIX, aconteceram várias reformas para atender os interesses da classe dominante. O ensino da EJA, passa a ter projetos de lei na constituição federal (1934) que fica instituída a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário para todos, visando lucros ao país em primeiro lugar, com o aumento do número de técnicos de produção industrial, e em segundo plano o aumento de contingente eleitoral. Diante da intensa mobilização da sociedade civil e dos apelos da UNESCO, o governo militar cria o Movimento Brasileiro de Alfabetização, o MOBRAL. Acreditavam que sabiam o que era melhor para o povo, trazendo com isso a descrença da junção da elite com o povão na historicidade da horizontalidade destes dois. Aqui a 6 palavra não era geradora como pensou e idealizou Paulo Freire, isto é, não era retirada do meio, ela era imposta a partir da definição de um pequeno grupo de pessoas. O MOBRAL foi criado pela Lei nº 5.379, de 15 de dezembro de 1967, propondo a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando “conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”. Apesar da ênfase na pessoa, o objetivo é relacionar a ascensão escolar a uma condição melhor de vida, baseada numa compreensão limitada de que bastava aprender a ler, escrever e contar para melhorar de vida. Em 1985, o governo fecha o MOBRAL e institui a Fundação Educar, que fornecia apoio técnico e financeiro às iniciativas do governo e da sociedade civil. Em 1990, Collor extinguiu esse programa e alguns governos estaduais começam a tentar preencher lacunas deixadas ao longo da educação do cidadão, contudo, não é fácil atender as demandas da sociedade. O contexto histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil constitui-se numa forma de compreender e referenciar a representação teórica de uma política pública educacional que busca promover uma efetiva mudança no cenário educacional do país,dando oportunidade a pessoas que não tiveram acesso à escolarização no momento adequado. Este trabalho, não pretende descrever todo o momento histórico e sim mostrar, a partir do período colonial, alguns fatos que marcaram a história da EJA no Brasil. No início da década de 60, surgiram novas perspectivas de educação, fundamentadas nas ideias e experiências desenvolvidas por Paulo freire fortalecendo assim diversos movimentos: movimento de educação de base (MEB) desenvolvido pela confederação nacional dos bispos do Brasil (CNBB), os centros populares de cultura (CPNS) desenvolvidas pela união nacional dos estudantes (UNE) e o início da execução do plano nacional de alfabetização (PNA), de janeiro à abril de 1964 objetivando construir uma política nacional de alfabetização de adultos em todo o pais, coordenada por Freire. A educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil teve início desde a colonização portuguesa. Consta-se vestígios educacionais voltados para a alfabetização da língua portuguesa em 1549 com a chegada dos padres jesuítas da campanha missionária de Jesus, com o objetivo de alfabetizar e catequizar as crianças jovens e adultos indígenas. Esse modelo educacional perdurou até a expulsão dos mesmos pelo Marquês de Pombal. Nesse período o ensino brasileiro fica marcado com uma educação 7 discriminatória e excludente negando o direito educacional de ler e escrever a grande parte da população. Identificamos que os objetivos são práticos, tais como o desejo de assinar o nome, utilizar documentos, preencher fichas de emprego, ou mesmo quando veem o EJA como uma forma de conseguir um emprego melhor e dar continuidade aos estudos. Com relação as capacidades cognitivas do analfabetismo adulto, referenciadas na epistemologia genética de Piaget, gostaríamos de destacar os estudos de Dauster (1975), que submeteu alunos do MOBRAL, pelo método clínico, as provas piagetianas de determinação de estágios de desenvolvimento cognitivo. Os resultados encontrados levaram a autora à descoberta da existência de um déficit em relação ao processo de desenvolvimento cognitivo tal como descrito por Piaget. Os alunos com pouca escolarização ou sem nenhuma possuem limites para resolver o problema abstrato, isto é, esses adultos encontram dificuldade com raciocínio hipotético-dedutivo. Necessitam trabalhar com a presença de materiais concretos. A autora aponta para a necessidade de pensar alternativas que estimulem as inter-relações entre pensamento e linguagem afim de que os adultos possam desenvolver suas estruturas lógicas. Afirmar então que adultos analfabetos podem aprender a ler e a escrever, contradizendo alguns pensamentos de professores e/ou ignorantes que acreditam no grau de esquecimento destes, de que o conhecimento se dá por memorização e repetição na infância. 2.3 A EJA depois da LDB (Lei 9394/96 A EJA passa por todos os níveis do saber necessário do nosso país e é ofertada para jovens, adultos e idosos que buscam uma nova oportunidade para prosseguir sua vida acadêmica. De acordo com a lei Federal nº 9.394/96 (LDB) a EJA continua a ser uma modalidade de educação básica nas etapas de Ensino Fundamental e médio, que tem como fundamento não só alfabetizar os fedelhos e adultos, mas sim dar oportunidades de escolarização no ensino regular, proporcionando a eles qualquer disciplina que possa qualificar seus conhecimentos. Essa categoria de ensino pode ser ofertada na forma presencial ou a distância de forma que seja possível que este estudo chegue a ser concluído. Esta modalidade a distância se dá através de módulos com a duração de 6 meses, em diferentes modalidades e disciplinas. O programa foi criado para qualificar e dar direitos igualitários as pessoas que desejam prosseguir em seus estudos, e principalmente a universalização da alfabetização para os jovens, que podem prosseguir a partir dos 15 anos de idade. Sabemos que essa foi realmente uma grande conquista, pois a EJA deixou de funcionar de forma precária e vem mudando de 8 forma gradual, recebendo a devida importância que esta modalidade merece. A constituição federal de 1988 incorporou como princípio que toda e qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (cf. art. 205). Assim dando direitos a jovens, adultos e idosos em prol de uma igualdade de acesso à educação como bem social. A política de educação da EJA, diante do desafio de resgatar um compromisso histórico da sociedade brasileira e contribuir para a igualdade de oportunidade, inclusão e justiça social, fundamenta sua construção nas exigências legais definidas pela lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Sendo assim, o artigo 208 - cf alterado pela emenda constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, os indícios I e VII passam a vigorar com as alterações seguintes. I- Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 (dezessete) anos de idade assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade certa. VII- Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (BRASI, 2009) 3. CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO Criado em 1988 a E.M.E.I.F Santo Antonio é situada no distrito de Açudinho na cidade de Tamboril, e tem como finalidade servir os alunos deste distrito e localidades vizinhas, formar cidadãos responsáveis, livres e conscientes para que possam atuar de maneira crítica na sociedade, tornando a mais justa. O principal motivo da fundação foi pela necessidade de se ter um espaço adequado para que os alunos da localidade pudessem estudar e ter uma Educação digna e de qualidade, cumprindo o que está na Constituição Federal, onde diz que “a Educação é direito de todos e dever do estado e das famílias, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A origem do nome Santo Antonio foi em homenagem ao nome da localidade onde a mesma foi construída. O local foi cedido pelo o Sr. Gonzaga Ambrósio, que fez a doação do terreno para a construção da escola. 9 3.1.ASPECTOS MATERIAIS, FÍSICOS E SOCIOECONÔMICOS DA ESCOLA. Quanto a estrutura física, a escola municipal Santo Antonio do distrito de Açudinho Tamboril CE conta atualmente com cozinha, pátio, informática, secretaria escolar, sala de direção, biblioteca, sala de leitura, deposito para guardar materiais que são utilizados na escola, escovodromo para crianças da pré-escola e fundamental I e cisterna. O prédio da escola está em bom estado de conservação, passou por uma reforma em 2012. Em relação aos recursos materiais, a instituição possui impressoras, computadores, multimídias, televisor, aparelho de som portáteis, aparelho de DVD, dentre diversos outros materiais. No que se refere aos recursos humanos, à escola conta com o trabalho de, essencialmente, 32 funcionários (incluindo professores e profissionais de outras categorias), sendo eles: docentes, merendeiras, auxiliares da educação, porteiros, vigias, auxiliares de serviços gerais, diretora, coordenadora, administrador, secretário escolar e bibliotecário. Todos os funcionários trabalham em período diurno (durante todo o período de funcionamento escolar), não havendo assim, carência de contratação de mais colaboradores. O colégio possui secretaria própria, mantém um livro de ata para registro das reuniões do Conselho da Escola. Os professores rotineiramente são orientados a preencher os diários diariamente e os conteúdos são registrados em forma de resumos. Eles seguem fazendo desta forma os registros, a diferença é que agoracom as aulas remotas eles fazem isso em suas próprias residências e apenas encaminham os resultados/registros para a secretaria escolar. A escola funciona em dois períodos pela manhã, das 7:00 as 11:20h, e a tarde das 13:00 as 17:20h. O calendário escolar é organizado pela secretaria seguindo a legislação vigente de 200 dias letivos, protocolado junto a secretaria de educação de Tamboril e é entregue a cada um dos professores uma cópia para que seja seguido. 3.2. CORPO DISCENTE: EXPECTATIVAS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM. As observações das aulas do presente relatório foram realizadas na turma da EJA da escola EMEIF Santo Antonio com professor Júlio Azevedo de Sousa Filho, o qual nos recebeu hospitaleiramente. A classe é constituída por 9 alunos de 15 a 18 anos de idade. No primeiro momento conversamos com o professor para saber as características dos 10 alunos e da turma onde será realizada a regência com os educandos. Mediante o que foi exposto pelo professor diante de sua entrevista, percebemos que a turma necessitava de uma proposta de intervenção que foi de acordo com o que o professor estava trabalhando em suas aulas para não alterar as rotinas das suas atividades. A intervenção foi desenvolvida no período de 5 dias e buscou de forma lúdica e criativa demonstrar as aprendizagens que mais fossem relevantes para o desenvolvimento dos adolescentes. Enfatizo também que as atividades desenvolvidas foram bem simples e claras, incluindo todos os jovens. Ao organizar estas atividades foi proporcionado meios para que deixassem fluir suas criatividades e que estimulasse sua autoestima. O ambiente educativo é adequado de acordo com a realidade de cada educando pois diante da nova modalidade de ensino com as aulas remotas, o professor utiliza mecanismos tecnológicos, os educandos se adequam no espaço de suas casas e estudam de forma online. No primeiro dia de intervenção foi bem notório a empolgação dos alunos quando foi anunciando que seria feito uma intervenção para que eles se sobressaíssem cada vez melhor em seus estudos. Nestas perspectivas os alunos se mostraram bastante interessados em fazer as leituras necessárias. O objetivo principal destas atividades era proporcionar interação e assimilação dos conteúdos com a utilização de materiais tecnológicos. 3.3. CORPO DOCENTE: FORMAÇÃO, PLANEJAMENTO, AVALIAÇÃO ECONCEPÇÕES. O presente professor observado, Júlio Azevedo de Sousa Filho, iniciou sua carreira profissional na E.M.E.I.F Santo Antonio de Açudinho, onde atualmente trabalha com a turma de EJA na disciplina de Português. Sua formação é em Língua Portuguesa e pós-graduado em Linguística. O mesmo ingressou na profissão através de indicação de professores regentes para substituições. Com isso o mesmo foi tomando gosto pela maravilhosa profissão, que logo ingressou em uma graduação de Língua Portuguesa e em seguida, se pós-graduou, para poder assumir as responsabilidades que uma sala de aula exige. Ao se formar o professor, imediatamente começou a trabalhar assumindo uma sala composta por 16 aluno na turma de 7º ano. Em pouco tempo já estava apaixonado pela profissão, e uma de suas maiores virtudes é repassar seus conhecimentos para formar cidadãos atuantes. Atualmente, o que mais gosta é quando vê seus alunos se desenvolvendo cada vez melhor. Para o professor, ser um bom profissional hoje é um grande desafio pois não basta 11 repassar conteúdos ou ter um bom desempenho com as atividades, temos que estar de acordo com as tecnologias. O professoro relata que é bastante esforçado com seu trabalho e tem muita dedicação pois não é um professor acomoda. O mesmo diz que está sempre renovando seus conhecimentos e atualizando suas práticas. O professor Júlio atualmente planeja suas aulas no leito de sua casa, pois as aulas se dão de forma remota devido a pandemia que se alastrou por todos os países, tornado a vida dos seres humanos muito difíceis, fazendo com que as aulas se deem por meio das tecnologias como Google sala de aula, Google meet e WhatsApp. 3.4. DIREÇÃO E EQUIPE TÉCNICA: ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES E SEU PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. Até pouco tempo a escola era bastante tradicional pois trabalhava somente dentro do tradisionalismo, onde os alunos tinham direito de estudar unicamente os conteudos dos livros didaticos, mas com o passar do tempo tudo vem se modificando, professores e alunos cada ves mais estão inseridos nas tecnologias e inovando cada vez mais. O projeto politico pedagogico da escola está inserido em um cenario marcado pela diversidade e apoia-se no desenvolvimento da criticidade das pessoas da comunidade. Os projetos dependem muitas vezes dos agentes que ousam e se posiciona como tal, e partindo do seu cotidiano ou ate mesmo do histórico que se insere, este também se constroi de forma interdisciplinar, com o intuito de estar melhorando seu desenvolvimento considerando como um importante momento de renovação voltado direto para a aprendizagem. Porem é de punho do diretor que ao assumir as responsabilidades pela gestão da escola preparer-se para esta tarefa de tão grande e durante este exercicio o mesmo deve esta atento as oportunidades diarias de sistematização de conhecimento especificos desse trabalho. 4. EXPERIÊNCIAS DOCENTES Neste processo inicial definimos este período de grande importância pois as experiências vividas com os jovens trazem cada vez mais uma grande vontade de esta se inserindo ao meio das tecnologias, os jovens encaram muito bem as tais com nossa presença via online e isso fez com que este momento se tornasse leve e bem proveitoso tanto para mim como para eles. Porém, ensinar está longe de ser uma tarefa fácil, até mesmo para aqueles que 12 já tem uma boa experiência como educador (a), quando nos deparamos com um público novo é sempre como a primeira vez. Quanto ao ensino da EJA, não basta apenas ter um plano de aula bonito, hoje estes devem ser bem elaborados dentro das normas da BNCC e com o DCRC, que exige um plano totalmente voltado em suas normas e habilidades. Como educadora há 19 anos, afirmo que sempre há um receio, uma expectativa com uma turma nova. A turma onde realizei o estágio é uma turma tranquila que apresenta diversos sinais de interesse pela leitura, matemática, atividades online de um modo geral. Houve até quem relatasse que aulas online eram melhores que presencial. Já na proposta de intervenção, foi acordado para que se realizasse mais momentos de atividades pelo Google sala de aula e que fossem usados mais materiais tecnológicos para que os professores tivessem um melhor aproveitamento de seus conteúdos. Portanto, conclui-se que o estágio possui uma importante atuação na formação crítica dos alunos da EJA. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS No ato dos pontos em comum das experiências, podemos afirmar que todas elas causaram ótimos impactos aos estudantes, na tentativa de identificar o lugar de atuação do pedagogo. Foi uma experiência desafiadora, pois estamos vivendo um momento muito delicado, por conta desse período de pandemia. Por meio das observações realizadas na turma da EJA, podemos perceber que os professores estão encontrando muitas dificuldades para conseguir fazer com que o ensino chegue até os alunos, pois muitos desses educando não tem acesso aos meios tecnológicos, e isso acaba dificultando o acesso ao ensino à distância. Ao final do estágio, foi possível perceber a importância dos planejamentos, a necessidade de conhecimentos e preparação (algo que se inicia ainda em campo acadêmico com os períodos de práticas) por parte dos professores e do poder de adaptação a diferentes didáticas para posteriores abordagens. Atuar no Ensino de Jovens e Adultos é desafiador, pois muitos dos alunos têm conceitos enraizados, tem hábitos de pronuncia errôneos também enraizados e atuarnas mudanças, não são tarefas fáceis. Contudo, a consciência, a vontade e a determinação de aprender dos educandos, tornam o ato de ensinar a esse público algo muito prazeroso e gratificante. 13 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, Fernando de e outros. A reconstrução educacional do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1928. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. DAUSTER.T.1976).Analise do nivel operatório do adulto analfabeto. Rio de Janeiro: MOBRAL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da Edu- cação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p. FREIRE, Paulo, 1921-1997. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam/Paulo Freire. - 51.ed.- São Paulo: Cortez, 2011. 102p. 14 6. ANEXOS
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