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ESTAGIO SUPERVISIONADO EJA

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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BATURITÉ– CE 
2020 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
 
 
 
Relatório de Estágio apresentado 
à disciplina Estágio 
Supervisionado Obrigatório da 
Faculdade do Maciço de Baturité, 
como requisito parcial obrigatório 
para a conclusão da disciplina de 
Estágio III - EJA do Curso de 
Pedagogia. 
 
 
 
 
 
BATURITÉ– CE 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 4 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................... 5 
2.1 O que é a EJA?................................................................................................................... 5 
2.2 A história da EJA no Brasil................................................................................................ 5 
2.3 A EJA depois da LDB (Lei 9394/96) ................................................................................ 7 
3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO................................................................. 8 
3.1 Aspectos materiais, físicos e socioeconômicos da escola....................................................... 9 
3.2 Corpo discente: expectativas e possibilidades de aprendizagem........................................... 9 
3.3 Corpo docente: formação, planejamento, avaliação e concepções........................................ 10 
3.4 Direção e equipe técnica: organização das ações e seu projeto político pedagógico......... 11 
4 EXPERIÊNCIAS DOCENTES....................................................................................... 11 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 12 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 13 
7 ANEXOS............................................................................................................................ 14 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho deseja apresentar a magnitude das relações professor-aluno, 
incorporado na didática de jovens e adultos. Por ser uma conversa de longa dimensão, já foi 
discutido por vários escritores, e até esse referido momento deve ser constantemente debatido, 
uma vez que atende um enorme número de estudantes com apreensão de voltar aos estudos ou 
introduzir-se no mercado de trabalho. 
No presente trabalho, veremos como este estudo poderá ser desenvolvido devido a 
pandemia, onde todos se encontram de quarentena e escoltados por vários decretos, tanto 
estaduais quanto municipais. As aulas estão acontecendo de forma remota com a utilização 
das tecnologias existentes. 
A Educação de Jovens e Adultos se inicia no Brasil no ano de 1930, quando o 
sistema público de educação elementar começar a se consolidar. Neste período o país também 
passava por grandes transtornos no processo de industrialização e concentração habitacional. 
A alfabetização é considerada um dos pilares sociais, onde a leitura e a escrita são 
fundamentais no modelo de vida das sociedades urbanas e industrializadas, levando a um 
grande desenvolvimento da ciência e da tecnologia. 
A escola, como órgão público responsável pela sistematização do saber, não pode 
estabelecer como meta principal a preparação do educando para o mercado de trabalho. A 
formação do aluno vai além de só prepará-lo profissionalmente, visto que existam outros 
objetivos a serem alcançados. Um deles é preparar o estudante para se engajar na sociedade 
como um ser capaz de assumir suas responsabilidades. 
O professor regente da turma observada tem sua formação em Português e Inglês, 
trabalha na EMEIF Santo Antonio e suas aulas se dão de forma remota com a utilização do 
Google meet, Google sala de aula e até pelo WhatsApp. 
O estágio supervisionado traz consigo a grande responsabilidade de colocar o 
estagiário em sala de aula para realizar um trabalho na prática e avaliar como ele reage a 
situações cotidianas da vida de um professor, proporcionando-lhe meios de desenvolver sua 
prática docente. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 O que é a EJA? 
 
 EJA é uma modalidade de ensino criada pelo Governo Federal que perpassa todos os 
níveis da Educação Básica do país, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram 
acesso à educação na escola convencional na idade apropriada. Anteriormente, a EJA era 
conhecida como supletivo. Hoje de cara nova, ganha espaço abrangendo outros campos e 
conquistando cada vez mais aluno a partir dos 15 anos de idade. 
A EJA também permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo 
e, dessa forma, possibilita sua qualificação para conseguir melhores oportunidades no 
mercado de trabalho. Nos tempos atuais, a EJA está sendo ofertada a distância por conta da 
pandemia que vem deixando rastros devastadores no nosso país, castigando cidades, capitais e 
interiores. 
 
2.2 A história da EJA no Brasil? 
 
Em 1928, Fernando Azevedo propôs uma reforma com relação ao EJA, 
trazendo à tona a urgência da alfabetização de pessoas jovens e adultas. Contudo, 
mesmo no início, o ensino era repleto de lacunas: escrita do nome, pequenas contas e/ou 
lista de palavras já era o suficiente. Somente em 1938, com a criação do Instituto 
Nacional de estudos Pedagógicos, é que houve uma série de estudos voltados para a 
alfabetização de jovens e adultos. Já no âmbito internacional, surgem após 1945 muitas 
ações educativas em parceria com a UNESCO, criada no mesmo ano. 
No final do século XIX, aconteceram várias reformas para atender os interesses 
da classe dominante. O ensino da EJA, passa a ter projetos de lei na constituição 
federal (1934) que fica instituída a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário 
para todos, visando lucros ao país em primeiro lugar, com o aumento do número de 
técnicos de produção industrial, e em segundo plano o aumento de contingente 
eleitoral. 
Diante da intensa mobilização da sociedade civil e dos apelos da UNESCO, o 
governo militar cria o Movimento Brasileiro de Alfabetização, o MOBRAL. 
Acreditavam que sabiam o que era melhor para o povo, trazendo com isso a descrença da 
junção da elite com o povão na historicidade da horizontalidade destes dois. Aqui a 
 
6 
 
palavra não era geradora como pensou e idealizou Paulo Freire, isto é, não era retirada 
do meio, ela era imposta a partir da definição de um pequeno grupo de pessoas. 
 
O MOBRAL foi criado pela Lei nº 5.379, de 15 de dezembro de 1967, 
propondo a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando “conduzir a 
pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de 
integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”. 
Apesar da ênfase na pessoa, o objetivo é relacionar a ascensão escolar a uma 
condição melhor de vida, baseada numa compreensão limitada de que 
bastava aprender a ler, escrever e contar para melhorar de vida. 
 
Em 1985, o governo fecha o MOBRAL e institui a Fundação Educar, que 
fornecia apoio técnico e financeiro às iniciativas do governo e da sociedade civil. Em 
1990, Collor extinguiu esse programa e alguns governos estaduais começam a tentar 
preencher lacunas deixadas ao longo da educação do cidadão, contudo, não é fácil 
atender as demandas da sociedade. 
 O contexto histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil 
constitui-se numa forma de compreender e referenciar a representação teórica de uma 
política pública educacional que busca promover uma efetiva mudança no cenário 
educacional do país,dando oportunidade a pessoas que não tiveram acesso à 
escolarização no momento adequado. Este trabalho, não pretende descrever todo o 
momento histórico e sim mostrar, a partir do período colonial, alguns fatos que 
marcaram a história da EJA no Brasil. 
No início da década de 60, surgiram novas perspectivas de educação, 
fundamentadas nas ideias e experiências desenvolvidas por Paulo freire fortalecendo 
assim diversos movimentos: movimento de educação de base (MEB) desenvolvido 
pela confederação nacional dos bispos do Brasil (CNBB), os centros populares de 
cultura (CPNS) desenvolvidas pela união nacional dos estudantes (UNE) e o início da 
execução do plano nacional de alfabetização (PNA), de janeiro à abril de 1964 
objetivando construir uma política nacional de alfabetização de adultos em todo o pais, 
coordenada por Freire. 
A educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil teve início desde a colonização 
portuguesa. Consta-se vestígios educacionais voltados para a alfabetização da língua 
portuguesa em 1549 com a chegada dos padres jesuítas da campanha missionária de 
Jesus, com o objetivo de alfabetizar e catequizar as crianças jovens e adultos indígenas. 
Esse modelo educacional perdurou até a expulsão dos mesmos pelo Marquês de 
Pombal. 
Nesse período o ensino brasileiro fica marcado com uma educação 
 
7 
 
discriminatória e excludente negando o direito educacional de ler e escrever a grande 
parte da população. Identificamos que os objetivos são práticos, tais como o desejo de 
assinar o nome, utilizar documentos, preencher fichas de emprego, ou mesmo quando 
veem o EJA como uma forma de conseguir um emprego melhor e dar continuidade aos 
estudos. 
 
Com relação as capacidades cognitivas do analfabetismo adulto, referenciadas 
na epistemologia genética de Piaget, gostaríamos de destacar os estudos de 
Dauster (1975), que submeteu alunos do MOBRAL, pelo método clínico, as 
provas piagetianas de determinação de estágios de desenvolvimento 
cognitivo. Os resultados encontrados levaram a autora à descoberta da 
existência de um déficit em relação ao processo de desenvolvimento 
cognitivo tal como descrito por Piaget. Os alunos com pouca escolarização ou 
sem nenhuma possuem limites para resolver o problema abstrato, isto é, esses 
adultos encontram dificuldade com raciocínio hipotético-dedutivo. 
Necessitam trabalhar com a presença de materiais concretos. A autora aponta 
para a necessidade de pensar alternativas que estimulem as inter-relações 
entre pensamento e linguagem afim de que os adultos possam desenvolver 
suas estruturas lógicas. 
 
Afirmar então que adultos analfabetos podem aprender a ler e a escrever, 
contradizendo alguns pensamentos de professores e/ou ignorantes que acreditam no grau 
de esquecimento destes, de que o conhecimento se dá por memorização e repetição na 
infância. 
 
2.3 A EJA depois da LDB (Lei 9394/96 
 
A EJA passa por todos os níveis do saber necessário do nosso país e é ofertada para 
jovens, adultos e idosos que buscam uma nova oportunidade para prosseguir sua vida 
acadêmica. 
De acordo com a lei Federal nº 9.394/96 (LDB) a EJA continua a ser uma modalidade 
de educação básica nas etapas de Ensino Fundamental e médio, que tem como fundamento 
não só alfabetizar os fedelhos e adultos, mas sim dar oportunidades de escolarização no ensino 
regular, proporcionando a eles qualquer disciplina que possa qualificar seus conhecimentos. 
Essa categoria de ensino pode ser ofertada na forma presencial ou a distância de forma 
que seja possível que este estudo chegue a ser concluído. Esta modalidade a distância se dá 
através de módulos com a duração de 6 meses, em diferentes modalidades e disciplinas. 
O programa foi criado para qualificar e dar direitos igualitários as pessoas que desejam 
prosseguir em seus estudos, e principalmente a universalização da alfabetização para os 
jovens, que podem prosseguir a partir dos 15 anos de idade. Sabemos que essa foi realmente 
uma grande conquista, pois a EJA deixou de funcionar de forma precária e vem mudando de 
 
8 
 
forma gradual, recebendo a devida importância que esta modalidade merece. 
A constituição federal de 1988 incorporou como princípio que toda e qualquer 
educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho (cf. art. 205). Assim dando direitos a jovens, adultos e idosos 
em prol de uma igualdade de acesso à educação como bem social. 
A política de educação da EJA, diante do desafio de resgatar um compromisso 
histórico da sociedade brasileira e contribuir para a igualdade de oportunidade, inclusão e 
justiça social, fundamenta sua construção nas exigências legais definidas pela lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional (LDB). 
Sendo assim, o artigo 208 - cf alterado pela emenda constitucional nº 59, de 11 de 
novembro de 2009, os indícios I e VII passam a vigorar com as alterações seguintes. 
 
I- Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 (dezessete) anos de idade 
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso 
na idade certa. 
VII- Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de 
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde. (BRASI, 2009) 
 
3. CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO 
 
Criado em 1988 a E.M.E.I.F Santo Antonio é situada no distrito de Açudinho na 
cidade de Tamboril, e tem como finalidade servir os alunos deste distrito e localidades 
vizinhas, formar cidadãos responsáveis, livres e conscientes para que possam atuar de maneira 
crítica na sociedade, tornando a mais justa. 
O principal motivo da fundação foi pela necessidade de se ter um espaço adequado 
para que os alunos da localidade pudessem estudar e ter uma Educação digna e de qualidade, 
cumprindo o que está na Constituição Federal, onde diz que “a Educação é direito de todos e 
dever do estado e das famílias, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade 
visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho”. A origem do nome Santo Antonio foi em homenagem ao 
nome da localidade onde a mesma foi construída. O local foi cedido pelo o Sr. Gonzaga 
Ambrósio, que fez a doação do terreno para a construção da escola. 
 
 
 
 
 
9 
 
3.1.ASPECTOS MATERIAIS, FÍSICOS E SOCIOECONÔMICOS DA ESCOLA. 
 
 Quanto a estrutura física, a escola municipal Santo Antonio do distrito de Açudinho 
Tamboril CE conta atualmente com cozinha, pátio, informática, secretaria escolar, sala de 
direção, biblioteca, sala de leitura, deposito para guardar materiais que são utilizados na 
escola, escovodromo para crianças da pré-escola e fundamental I e cisterna. 
O prédio da escola está em bom estado de conservação, passou por uma reforma em 
2012. Em relação aos recursos materiais, a instituição possui impressoras, computadores, 
multimídias, televisor, aparelho de som portáteis, aparelho de DVD, dentre diversos outros 
materiais. 
No que se refere aos recursos humanos, à escola conta com o trabalho de, 
essencialmente, 32 funcionários (incluindo professores e profissionais de outras categorias), 
sendo eles: docentes, merendeiras, auxiliares da educação, porteiros, vigias, auxiliares de 
serviços gerais, diretora, coordenadora, administrador, secretário escolar e bibliotecário. 
Todos os funcionários trabalham em período diurno (durante todo o período de 
funcionamento escolar), não havendo assim, carência de contratação de mais colaboradores. 
O colégio possui secretaria própria, mantém um livro de ata para registro das reuniões 
do Conselho da Escola. Os professores rotineiramente são orientados a preencher os diários 
diariamente e os conteúdos são registrados em forma de resumos. Eles seguem fazendo desta 
forma os registros, a diferença é que agoracom as aulas remotas eles fazem isso em suas 
próprias residências e apenas encaminham os resultados/registros para a secretaria escolar. 
A escola funciona em dois períodos pela manhã, das 7:00 as 11:20h, e a tarde das 
13:00 as 17:20h. 
O calendário escolar é organizado pela secretaria seguindo a legislação vigente de 200 
dias letivos, protocolado junto a secretaria de educação de Tamboril e é entregue a cada um 
dos professores uma cópia para que seja seguido. 
 
3.2. CORPO DISCENTE: EXPECTATIVAS E POSSIBILIDADES DE 
APRENDIZAGEM. 
 
As observações das aulas do presente relatório foram realizadas na turma da EJA da 
escola EMEIF Santo Antonio com professor Júlio Azevedo de Sousa Filho, o qual nos 
recebeu hospitaleiramente. A classe é constituída por 9 alunos de 15 a 18 anos de idade. 
No primeiro momento conversamos com o professor para saber as características dos 
 
10 
 
alunos e da turma onde será realizada a regência com os educandos. 
Mediante o que foi exposto pelo professor diante de sua entrevista, percebemos que a 
turma necessitava de uma proposta de intervenção que foi de acordo com o que o professor 
estava trabalhando em suas aulas para não alterar as rotinas das suas atividades. A intervenção 
foi desenvolvida no período de 5 dias e buscou de forma lúdica e criativa demonstrar as 
aprendizagens que mais fossem relevantes para o desenvolvimento dos adolescentes. 
Enfatizo também que as atividades desenvolvidas foram bem simples e claras, 
incluindo todos os jovens. Ao organizar estas atividades foi proporcionado meios para que 
deixassem fluir suas criatividades e que estimulasse sua autoestima. 
O ambiente educativo é adequado de acordo com a realidade de cada educando pois 
diante da nova modalidade de ensino com as aulas remotas, o professor utiliza mecanismos 
tecnológicos, os educandos se adequam no espaço de suas casas e estudam de forma online. 
No primeiro dia de intervenção foi bem notório a empolgação dos alunos quando foi 
anunciando que seria feito uma intervenção para que eles se sobressaíssem cada vez melhor 
em seus estudos. 
Nestas perspectivas os alunos se mostraram bastante interessados em fazer as leituras 
necessárias. O objetivo principal destas atividades era proporcionar interação e assimilação 
dos conteúdos com a utilização de materiais tecnológicos. 
 
3.3. CORPO DOCENTE: FORMAÇÃO, PLANEJAMENTO, AVALIAÇÃO 
ECONCEPÇÕES. 
 
O presente professor observado, Júlio Azevedo de Sousa Filho, iniciou sua carreira 
profissional na E.M.E.I.F Santo Antonio de Açudinho, onde atualmente trabalha com a turma 
de EJA na disciplina de Português. Sua formação é em Língua Portuguesa e pós-graduado em 
Linguística. O mesmo ingressou na profissão através de indicação de professores regentes 
para substituições. Com isso o mesmo foi tomando gosto pela maravilhosa profissão, que logo 
ingressou em uma graduação de Língua Portuguesa e em seguida, se pós-graduou, para poder 
assumir as responsabilidades que uma sala de aula exige. 
Ao se formar o professor, imediatamente começou a trabalhar assumindo uma sala 
composta por 16 aluno na turma de 7º ano. Em pouco tempo já estava apaixonado pela 
profissão, e uma de suas maiores virtudes é repassar seus conhecimentos para formar cidadãos 
atuantes. Atualmente, o que mais gosta é quando vê seus alunos se desenvolvendo cada vez 
melhor. Para o professor, ser um bom profissional hoje é um grande desafio pois não basta 
 
11 
 
repassar conteúdos ou ter um bom desempenho com as atividades, temos que estar de acordo 
com as tecnologias. O professoro relata que é bastante esforçado com seu trabalho e tem 
muita dedicação pois não é um professor acomoda. O mesmo diz que está sempre renovando 
seus conhecimentos e atualizando suas práticas. 
O professor Júlio atualmente planeja suas aulas no leito de sua casa, pois as aulas 
se dão de forma remota devido a pandemia que se alastrou por todos os países, tornado a vida 
dos seres humanos muito difíceis, fazendo com que as aulas se deem por meio das tecnologias 
como Google sala de aula, Google meet e WhatsApp. 
 
3.4. DIREÇÃO E EQUIPE TÉCNICA: ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES E SEU 
PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. 
 
Até pouco tempo a escola era bastante tradicional pois trabalhava somente dentro do 
tradisionalismo, onde os alunos tinham direito de estudar unicamente os conteudos dos livros 
didaticos, mas com o passar do tempo tudo vem se modificando, professores e alunos cada ves 
mais estão inseridos nas tecnologias e inovando cada vez mais. 
O projeto politico pedagogico da escola está inserido em um cenario marcado pela 
diversidade e apoia-se no desenvolvimento da criticidade das pessoas da comunidade. 
Os projetos dependem muitas vezes dos agentes que ousam e se posiciona como 
tal, e partindo do seu cotidiano ou ate mesmo do histórico que se insere, este também se 
constroi de forma interdisciplinar, com o intuito de estar melhorando seu desenvolvimento 
considerando como um importante momento de renovação voltado direto para a 
aprendizagem. Porem é de punho do diretor que ao assumir as responsabilidades pela gestão 
da escola preparer-se para esta tarefa de tão grande e durante este exercicio o mesmo deve 
esta atento as oportunidades diarias de sistematização de conhecimento especificos desse 
trabalho. 
 
4. EXPERIÊNCIAS DOCENTES 
 
Neste processo inicial definimos este período de grande importância pois as 
experiências vividas com os jovens trazem cada vez mais uma grande vontade de esta se 
inserindo ao meio das tecnologias, os jovens encaram muito bem as tais com nossa presença 
via online e isso fez com que este momento se tornasse leve e bem proveitoso tanto para mim 
como para eles. Porém, ensinar está longe de ser uma tarefa fácil, até mesmo para aqueles que 
 
12 
 
já tem uma boa experiência como educador (a), quando nos deparamos com um público novo 
é sempre como a primeira vez. 
Quanto ao ensino da EJA, não basta apenas ter um plano de aula bonito, hoje estes 
devem ser bem elaborados dentro das normas da BNCC e com o DCRC, que exige um plano 
totalmente voltado em suas normas e habilidades. Como educadora há 19 anos, afirmo que 
sempre há um receio, uma expectativa com uma turma nova. A turma onde realizei o estágio é 
uma turma tranquila que apresenta diversos sinais de interesse pela leitura, matemática, 
atividades online de um modo geral. Houve até quem relatasse que aulas online eram 
melhores que presencial. 
Já na proposta de intervenção, foi acordado para que se realizasse mais momentos de 
atividades pelo Google sala de aula e que fossem usados mais materiais tecnológicos para que 
os professores tivessem um melhor aproveitamento de seus conteúdos. Portanto, conclui-se 
que o estágio possui uma importante atuação na formação crítica dos alunos da EJA. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No ato dos pontos em comum das experiências, podemos afirmar que todas elas 
causaram ótimos impactos aos estudantes, na tentativa de identificar o lugar de atuação do 
pedagogo. 
Foi uma experiência desafiadora, pois estamos vivendo um momento muito delicado, 
por conta desse período de pandemia. Por meio das observações realizadas na turma da EJA, 
podemos perceber que os professores estão encontrando muitas dificuldades para conseguir 
fazer com que o ensino chegue até os alunos, pois muitos desses educando não tem acesso aos 
meios tecnológicos, e isso acaba dificultando o acesso ao ensino à distância. 
Ao final do estágio, foi possível perceber a importância dos planejamentos, a 
necessidade de conhecimentos e preparação (algo que se inicia ainda em campo acadêmico 
com os períodos de práticas) por parte dos professores e do poder de adaptação a diferentes 
didáticas para posteriores abordagens. Atuar no Ensino de Jovens e Adultos é desafiador, pois 
muitos dos alunos têm conceitos enraizados, tem hábitos de pronuncia errôneos também 
enraizados e atuarnas mudanças, não são tarefas fáceis. Contudo, a consciência, a vontade e a 
determinação de aprender dos educandos, tornam o ato de ensinar a esse público algo muito 
prazeroso e gratificante. 
 
 
 
13 
 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AZEVEDO, Fernando de e outros. A reconstrução educacional do Brasil. São Paulo: 
Cia. Editora Nacional, 1928. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
DAUSTER.T.1976).Analise do nivel operatório do adulto analfabeto. Rio de Janeiro: 
MOBRAL. 
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da Edu- 
cação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. 
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p. 
 
FREIRE, Paulo, 1921-1997. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se 
completam/Paulo Freire. - 51.ed.- São Paulo: Cortez, 2011. 102p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
6. ANEXOS

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