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Empresário individual O que é? O empresário individual é uma pessoa física que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” (Art. 966, CC). Quem pode ser? “Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”. Quem são os “legalmente impedidos”? • Servidores públicos federais – Art. 117, X, Lei 8.112/1990; o Pode ser acionista, cotista ou comanditário. • Magistrados – Art. 36, I, LC 35/1979 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional); o Pode ser acionista ou cotista. • Membros do Ministério Público – Art. 44, III, Lei 8.625/1993; o Pode ser cotista ou acionista. • Militares – Art. 29, Lei 6.880/1980; o Pode ser acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. • Deputados e Senadores – Art. 54, II, a; o Não podem “ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;”. • Falidos não reabilitados – Lei 11.101; • Médicos em relação à farmácia e laboratórios – Art. 1.246 (Código de Ética Médica); o Pode quando se tratar de exercício da Medicina do Trabalho. • Leiloeiros e Corretores não podem exercer atividade empresarial; • Estrangeiros com relação à pesquisa e lavra de recursos minerais e hidráulicos – Art. 176, §1º, CF/88; • Estrangeiro com relação à empresa jornalística de radiofusão – Art. 222, §1º, CF/88; o Só pode ser sócio, com no máximo, 30% do capital social. • Empresários individuais e sociedades que sejam devedoras da previdência social. – Art. 95, §2º, Lei 8.212; Por que alguns não podem exercer empresa, mas podem ser sócios? Porque o sócio não é empresário, o empresário é a pessoa jurídica. Mas, mesmo assim, ele não pode exercer função de gerência ou administração, além da sociedade ter de ser de responsabilidade limitada. Algumas atividades possuem impedimento legais em razão da sua natureza: • Pesquisa e lavra de recursos naturais – Art. 176, §1º, CF/88 o Apenas mediante autorização ou concessão da União, se dentro do interesse nacional e exercido por brasileiros ou empresas constituídas sob as leis brasileiras e com administração no país. • Propriedade de empresa jornalística e de radiofusão – Art. 222, CF/88 o Atividade privada de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas sob leis brasileiras e com sede no país. E se o legalmente impedido exercer empresa? “Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.” Incapaz “Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.” • A capacidade civil é definida nos artigos 3º, 4º e 5º do Código Civil. • A invalidade do negócio jurídico é definida nos artigos 166 e 171. Quando o incapaz pode exercer empresa? • Quando a incapacidade for superveniente (ele era capaz e tornou- se incapaz); • Quando atividade empresarial era exercida por outrem, de quem o incapaz adquire a titularidade do seu exercício por sucessão causa mortis. Qual o procedimento para autorização de exercício de empresa por incapaz? Art. 974 e 975 do Código Civil • Autorização judicial; • Exercício por meio de assistente ou representante • Os bens que o incapaz já possuía antes da sucessão ou interdição não se confundem com os bens da empresa Emancipado pode exercer empresa? Pode e independe de autorização judicial, mas não tem direito a recuperação. – Enunciado 197 da III Jornada de Direito Civil do CJF. Incapaz pode ser sócio? Pode, mas seguindo os pressupostos do art. 974, §3º. “I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II – o capital social deve ser totalmente integralizado; III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.” E para empresário casado, quais as regras? • Art. 978 do CC e Enunciado 58 da II Jornada de Direito Comercial o Embora a alienação e a gravação de ônus sobre o imóvel utilizado no exercício da empresa pelo empresário individual sejam livres do consentimento conjugal, no teor do art. 978, CCB, a sua destinação ao patrimônio empresarial necessita da concordância do cônjuge, para passar da esfera pessoal para a empresarial. Essa autorização para que o bem não integre o patrimônio do casal, mas seja destinado à exploração de atividade empresarial exercida individualmente por um dos cônjuges pode se dar no momento da aquisição do bem, em apartado, a qualquer momento, ou no momento da alienação ou gravação de ônus. • Art. 979 e 980 do CC o Sobre o registro dos pactos, declarações antenupciais, título de doação, herança ou legado, além de separação judicial ou ato de reconciliação.
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