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Feito por Natiély Oliveira TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR Há três tipos principais de injeção de anestésico local: infiltração local, bloqueio do campo e bloqueio de nervo. INFILTRAÇÃO LOCAL As pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são inundadas com a solução anestésica. Em seguida, faz-se a incisão na mesma área em que o anestésico local foi depositado. O termo infiltração é de uso comum em odontologia para definir a injeção utilizada para fazer o depósito da solução anestésica acima ou no ápice do dente a ser tratado. Embora, tecnicamente, este termo seja incorreto – essa técnica é o bloqueio de campo. ** Para o tratamento de áreas pequenas e localizadas, como no fornecimento de hemostasia para procedimentos em tecidos moles, a anestesia infiltrativa pode ser suficiente. BROQUEIO DE CAMPO O anestésico local é depositado perto dos ramos nervosos terminais maiores, de modo que a área anestesiada ficará circunscrita, impedindo a passagem de impulsos do dente para o sistema nervoso central. A incisão é feita longe do local da injeção. ** Quando dois ou três dentes serão restaurados, o bloqueio de campo é indicado; BLOQUEIO NERVOSO O anestésico local é depositado próximo ao tronco nervoso principal, geralmente distante do local da intervenção. Exemplos: Injeções no nervo alveolar superior posterior, alveolar inferior e nasopalatino. TÉCNICAS DE INJEÇÃO MAXILAR 1. Supraperiosteal (infiltração): recomendada para protocolos de tratamento limitados. 2. Injeção no ligamento periodontal (LPD): recomendada como complemento a outras técnicas ou para protocolos de tratamento limitados. 3. Injeção intrasseptal: recomendada para as técnicas cirúrgicas periodontais. 4. Injeção na crista óssea: recomendada para um dente (princ. molares inferiores) quando outras técnicas falharam. 5. Injeção intraóssea: recomendada para um dente (princ. molares inferiores) quando outras técnicas falharam. 6. Bloqueio do nervo alveolar superior posterior (ASP): recomendado para o tratamento de vários molares em um quadrante. 7. Bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM): tratamento dos pré-molares em um quadrante. 8. Bloqueio do nervo alveolar superior anterior (ASA): tratamento dos dentes anteriores em um quadrante. 9. Bloqueio do nervo maxilar (V2, segunda divisão): tratamento extensivo vestibular, palatino e pulpar em um quadrante. 10. Bloqueio do nervo palatino maior (anterior): tratamento dos tecidos mole e ósseo do palato, distal ao canino, em um quadrante. 11. Bloqueio do nervo nasopalatino: tratamento dos tecidos mole e ósseo do palato, de canino a canino, bilateralmente. 12. Bloqueio do nervo alveolar superior médio e anterior (ASMA): tratamento extenso dos dentes anteriores e dos tecidos moles e duros palatinos e vestibulares. 13. Bloqueio do nervo ASA com abordagem palatina (P-ASA): tratamento dos dentes anteriores superiores e seus tecidos moles e duros palatinos e vestibulares. INJEÇÃO SUPRAPERIOSTEAL Mais comumente (incorretamente) chamada infiltração local, é a técnica mais utilizada para a obtenção da anestesia pulpar nos dentes superiores. A injeção supraperiosteal é indicada sempre que os procedimentos estiverem restritos a uma área relativamente circunscrita na região dos incisivos superiores ou inferiores. Nervos anestesiados: grandes ramos terminais do plexo dentário. Feito por Natiély Oliveira Áreas anestesiadas: região inervada pelos grandes ramos terminais desse plexo - polpa e área radicular do dente, periósteo, tecido conjuntivo e mucosa vestibular Indicações: anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento estiver limitado a um ou dois dentes - anestesia do tecido mole, para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita. Contraindicações: infecção ou inflamação aguda na área da injeção - ápices dos dentes cobertos por osso denso, pois tem índice de falha (embora não significativamente). Desvantagens: não é recomendada para grandes áreas, por ter que realizar várias inserções da agulha e administrar volumes totais maiores de anestésico local. Vantagens: alto índice de sucesso (>95%), injeção tecnicamente fácil, totalmente atraumática. Sinais e sintomas: 1. Subjetivo: sensação de dormência na área da administração. 2. Objetivo: uso de “spray de resfriamento” (p. ex., Endo-Ice®) 3. Ausência de dor durante o tratamento. ** Não é recomendada para áreas maiores de tratamento devido a necessidade de varias penetrações. TÉCNICA 1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada. 2. Área de inserção: altura do sulco mucovestibular, acima do ápice do dente a ser anestesiado. 3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado. 4. Pontos de referência: a. Sulco mucovestibular b. Coroa clínica do dente c. Contorno da raiz do dente. 5. Orientação do bisel:* em direção ao osso. 6. Procedimento: Preparo do tecido no local da injeção: Limpeza com gaze seca estéril, aplicação do antisséptico tópico, aplicação do anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto. 7. Orientar a agulha de modo que o bisel fique voltado para o osso 8. Levantar o lábio esticando o tecido, se possível com o uso de um espelho clínico 9. Manter a seringa paralela ao longo eixo do dente 10. Inserir a agulha na altura do sulco mucovestibular, sobre o dente-alvo a. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima dela ( penetrar apenas alguns milímetros). 11. Aspirar duas vezes, girando 90° entre as aspirações: se negativa, depositar aproximadamente 0,6 mℓ - 1/3 lentamente, durante 20 segundos. 12. Retirar lentamente a seringa 13. Manter a agulha em local seguro. 14. Aguardar de 3 a 5 minutos antes do início do procedimento odontológico BROQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR Quando usado para obter anestesia pulpar, o bloqueio do nervo ASP é eficaz para o terceiro, segundo e primeiro molares superiores. − É indicada uma segunda injeção, geralmente supraperiosteal, após o bloqueio do nervo ASP quando não ocorrer anestesia eficaz do primeiro molar. O nervo ASP geralmente fornece inervação pulpar somente para o primeiro molar superior e que o bloqueio desse nervo promove anestesia pulpar clinicamente adequada. A inserção da agulha muito longe distalmente pode levar a hematoma temporário inestético Quando o bloqueio do nervo ASP é administrado, deve-se sempre considerar o tamanho do crânio do paciente para determinar a profundidade da penetração nos tecidos moles. Feito por Natiély Oliveira Como meio de diminuir o risco de formação de hematoma após o bloqueio do nervo ASP, recomenda-se o uso de agulha odontológica “curta” para todos, exceto para os pacientes maiores. Nervos anestesiados: nervo alveolar superior posterior e seus ramos. Áreas anestesiadas: Polpa do terceiro, segundo e primeiro molares superiores ( parte do primeiro molar), periodonto e osso vestibular cobrindo esses dentes. Indicações: quando o tratamento envolve dois ou mais molares superiores, contraindicação da injeção supraperiosteal ou quando a se mostrou ineficaz. Contraindicações: risco de hemorragia muito grande (p. ex., com os hemofílicos, pacientes que tomam medicamentos que podem aumentar o sangramento) Vantagens: atraumático, quando administrado correto o paciente não sente qualquer dor, alto índice de sucesso (> 95%), minimiza o volume total de solução anestésica local administrada. Desvantagens: risco de hematoma, que geralmente é difuso, desconfortável e visualmente desagradável para o paciente, técnica um pouco arbitrária: nenhum ponto de referência ósseo durante a inserção, necessidade de uma segunda injeção para o tratamentodo primeiro molar (raiz mesiovestibular) em 28% dos pacientes. Sinais e sintomas: 1. Subjetivo: geralmente nenhum, o paciente tem dificuldade em alcançar a região para determinar a extensão da anestesia. 2. Objetivo: uso de “spray de resfriamento” (p. ex., Endo-Ice®) ou TPE com potência máxima (80/80), sem resposta do dente. 3. Ausência de dor durante o tratamento. TÉCNICA 1. Recomenda-se uma agulha curta de calibre 27. 2. Área de inserção: altura do sulco mucovestibular acima do segundo molar superior. 3. Área-alvo: nervo ASP – posterior, superior e medial à borda posterior da maxila 4. Pontos de referência: Sulco mucovestibular, tuberosidade da maxila, processo zigomático da maxila. 5. Orientação do bisel: em direção ao osso durante a injeção. 6. Procedimento: a. Posição correta: Para o bloqueio do nervo ASP do lado esquerdo, posição de 10 horas, voltado para o paciente. Para o bloqueio do nervo ASP do lado direito, posição de 8 horas, voltado para o paciente. 7. Preparar os tecidos na altura do sulco mucovestibular para a penetração: secagem com gaze estéril, aplicação do antisséptico tópico e o anestésico tópico por 1 minuto. 8. Orientar o bisel da agulha em direção ao osso 9. Abrir parcialmente a boca do paciente, puxando a mandíbula para o lado da injeção 10. Afastar a bochecha do paciente (para visibilidade), se possível usando o espelho clínico a. Manter os tecidos esticados no local da injeção b. Inserir a agulha na altura do sulco mucovestibular sobre o segundo molar 11. Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás em um movimento (não três): a. Para cima: superiormente em ângulo de 45° em relação ao plano oclusal b. Para dentro: medialmente, em direção à linha média, em ângulo de 45° em relação ao plano oclusal c. Para trás: posteriormente, em ângulo de 45° em relação ao longo eixo do segundo molar. 12. Avançar lentamente a agulha pelos tecidos moles. 13. Avançar a agulha até a profundidade desejada: agulha longa (de 32 mm), metade do seu comprimento é inserida no tecido, agulha curta (20 mm), devem permanecer visíveis aproximadamente 4 mm. Observação: o objetivo é depositar o anestésico local próximo aos nervos ASP, localizados posterosuperior e medialmente à tuberosidade da maxila. 14. Aspirar em dois planos: Girar o corpo da seringa (bisel da agulha) em 90° e aspirar novamente, se negativas: lentamente, Feito por Natiély Oliveira depositar de 0,9 a 1,8 mℓ de solução anestésica durante 30 a 60 15. Retirar lentamente a seringa 16. Manter a agulha em local seguro 17. Aguardar, no mínimo, 3 a 5 minutos, antes de iniciar o procedimento odontológico. BROQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO O nervo ASM está presente em cerca de 28% da população, o que limita a utilidade clínica do seu bloqueio. Indica-se o bloqueio do nervo ASM para os procedimentos nos pré-molares e na raiz mesiovestibular do primeiro molar superior. O índice de sucesso do bloqueio do nervo ASM é alto. Nervos anestesiados: o nervo ASM e seus ramos terminais Áreas anestesiadas: polpa dos pré-molares superiores e raiz mesiovestibular do primeiro molar superior, tecido periodontal e osso vestibular sobre esses mesmos dentes. Indicações: quando há falha no bloqueio do nervo ASA no fornecimento de anestesia pulpar distal ao canino superior, procedimentos odontológicos que envolvam apenas os pré-molares superiores. Contraindicações: infecção ou inflamação na área da injeção, da inserção da agulha ou do depósito do anestésico. Vantagens: minimiza o número de injeções e o volume da solução. Desvantagens: nenhuma. Sinais e sintomas: 1. Subjetivo: dormência do lábio superior. 2. Objetivo: uso de “spray de resfriamento” (p. ex., Endo-Ice®) ou TPE, com potência máxima (80/80), sem resposta do dente. 3. Ausência de dor durante o tratamento. TÉCNICA 1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada. 2. Área de inserção: altura do sulco mucovestibular, acima do segundo pré-molar superior. 3. Área-alvo: osso maxilar, acima do ápice do segundo pré-molar superior. 4. Ponto de referência: sulco mucovestibular, acima do segundo pré-molar superior. 5. Orientação do bisel: em direção ao osso. 6. Procedimento: a. Assumir a posição correta: i. Para o bloqueio do nervo ASM direito, o cirurgião- dentista destro deve sentar- se voltado para o paciente, na posição de 10 horas ii. Para o bloqueio do nervo ASM do lado esquerdo, o cirurgião-dentista destro deve sentar-se na frente do paciente, na posição 8 ou 9 horas. b. Preparo dos tecidos no local da injeção: i. Secar com gaze estéril ii. Aplicação do antisséptico tópico iii. Aplicação do anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto. c. c. Esticar o lábio superior do paciente para deixar os tecidos tensionados e ganhar visibilidade d. Inserir a agulha na altura do sulco mucovestibular, acima do segundo pré-molar, com o bisel voltado para o osso Feito por Natiély Oliveira e. Penetrar a mucosa e lentamente avançar a agulha até que sua ponta esteja localizada bem acima do ápice do segundo pré-molar f. Aspirar em dois planos g. Depositar lentamente de 0,9 a 1,2 mℓ (metade a dois terços do tubete) da solução (aproximadamente 30 a 40 segundos) h. Retirar a seringa e manter a agulha em local seguro i. Aguardar, no mínimo, 3 a 5 minutos, antes de iniciar o procedimento odontológico. BROQUEIO DO NERVO ALVEOLAR ANTERIOR (NERVO INFRAORBITAL) Proporciona intensa anestesia pulpar e do tecido mole vestibular do incisivo central superior até os pré- molares (pré-molares 72%). Nervos anestesiados: Nervo alveolar superior anterior, nervo ASM, nervo infraorbital (palpebral inferior, nasal lateral, labial superior) Áreas anestesiadas: polpa dos incisivos centrais superiores até o canino, no lado anestesiado, periodonto e o osso vestibular (labial) desses mesmos dentes, pálpebra inferior, lateral do nariz, lábio superior. ** 72% dos pacientes, a polpa dos prémolares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro molar superior. Indicações: procedimentos que envolvam mais de dois dentes anteriores superiores (incisivos até pré- molares) e seus tecidos vestibulares sobrejacentes, quando as injeções supraperiosteais forem ineficazes por causa da densidade do osso cortical. Contraindicações: áreas de tratamento pequenas (um ou dois dentes apenas, a preferência é a injeção supraperiosteal), hemostasia de áreas localizadas, quando desejável, não pode ser adequadamente alcançada com essa injeção; a infiltração local na área de tratamento é indicada para essa finalidade. Vantagens: técnica simples, comparativamente segura; minimiza o volume da solução usada e o número necessário de punções da agulha para alcançar a anestesia. Desvantagens: pode haver medo inicial de lesão no olho do paciente, a abordagem extraoral do nervo infraorbital pode ser perturbadora; entretanto, as técnicas intraorais raramente são um problema e dificuldade na definição dos pontos de referência (raro). Sinais e sintomas: formigamento e dormência na pálpebra inferior, na lateral do nariz e no lábio superior indicam a anestesia do nervo infraorbital, dormência nos dentes e tecidos moles ao longo da distribuição dos nervos ASA e ASM, uso de “spray de resfriamento” (p. ex., Endo-Ice®) ou TPE com potência máxima (80/80), sem resposta do dente, ausência de dor durante o tratamento. TÉCNICA 1. É recomendada agulha longa, de calibres 25 ou 27 (agulha curta de calibre 27, especialmente para crianças e adultos menores). 2. Área de inserção: altura do sulco mucovestibular diretamente sobre o primeiro pré-molar. Observação: a agulha pode serinserida na altura do sulco mucovestibular sobre qualquer dente desde a mesial do segundo pré-molar até o incisivo central. O caminho seguro de penetração é em direção à área-alvo, o forame infraorbital. O primeiro pré-molar geralmente fornece o caminho mais curto para essa área. 3. Área-alvo: forame infraorbital (abaixo do rebordo infraorbital). 4. Pontos de referência: Sulco mucovestibular, rebordo infraorbital, forame infraorbital. Feito por Natiély Oliveira 5. Orientação do bisel: em direção ao osso. 6. Procedimento: Posição correta - o profissional destro deve sentar-se na posição de 10 horas, voltado diretamente para o paciente ou para a mesma direção dele a. Posicionamento do paciente em supino (preferível) ou semissupino, com o pescoço ligeiramente estendido. b. Preparo dos tecidos no local da injeção para a penetração: secar com gaze estéril, aplicar antisséptico tópico, aplicar anestésico tópico. c. Localizar o forame infraorbital, sentir o rebordo infraorbital, mover o dedo para baixo a partir da incisura, aplicando leve pressão nos tecidos d. O osso imediatamente inferior à incisura é convexo, representa a borda inferior da órbita e o teto do forame infraorbital e. Ao aplicar pressão, sentem-se os contornos do forame infraorbital nesse local. f. Manter o dedo sobre o forame ou marcar a pele no local g. Afastar o lábio, puxando os tecidos no sulco mucovestibular e aumentando a visibilidade. Colocar uma compressa de gaze estéril (5 × 5 cm) sob o dedo ajuda no afastamento do lábio durante a injeção no ASA 7. Inserir a agulha na altura do sulco mucovestibular sobre o primeiro pré-molar a. Orientar a seringa em direção ao forame infraorbital b. Manter a agulha paralela ao longo eixo do dente à medida que ela avança para evitar o contato prematuro com o osso c. Avançar a agulha lentamente até que o osso seja suavemente tocado: o ponto de contato deve ser a borda superior do forame infraorbital d. A profundidade média da penetração da agulha é de 16 mm (equivalente a cerca de metade do comprimento de uma agulha longa) 8. Aspirar em dois planos 9. Depositar lentamente 0,9 a 1,2 mℓ (mais de 30 a 40 segundos). 10. Manter pressão firme com o dedo sobre o local da injeção durante o procedimento e pelo menos 1 minuto depois (para aumentar a difusão da solução anestésica no forame infraorbital). 11. Retirar a seringa lentamente e manter a agulha em local seguro. 12. Manter pressão direta do dedo sobre o local da injeção por, no mínimo, 1 minuto, mas preferencialmente 2 minutos, após a injeção. 13. Aguardar o mínimo de 3 a 5 minutos após o término da injeção antes de iniciar o procedimento odontológico. ANESTESIA PALATINA A anestesia do palato duro é necessária para os procedimentos odontológicos que envolvem a manipulação de tecidos do palato mole ou duro. A administração da anestesia palatina é um dos procedimentos mais traumáticos realizados em odontologia, devido ao desconforto causado pelo procedimento. ETAPAS NA ADMINISTRAÇÃO ATRAUMÁTICA DA ANESTESIA PALATINA 1. Aplicar anestesia tópica adequada no local da penetração da agulha. 2. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada porque os pacientes não conseguem distinguir a “sensação” entre uma agulha de calibre 27 e uma de calibre 30. 3. Usar anestesia sob pressão no local antes e durante a inserção da agulha e o depósito da solução: aplicando pressão com firmeza suficiente para produzir isquemia (branqueamento) nos tecidos adjacentes ao local da injeção, causando sensação de pressão intensa. 4. Manter controle sobre a agulha. 5. Depositar lentamente a solução anestésica: injeção rápida da solução produz alta pressão tecidual, que lacera os tecidos moles palatinos e causa dor na injeção e dor localizada ao final da ação anestésica. 6. Confiar em si mesmo; acreditar que pode concluir o procedimento atraumaticamente. Feito por Natiély Oliveira As injeções palatinas são descritas: − Bloqueio do nervo palatino anterior (ou maior): fornece anestesia da porção posterior do palato duro; − Bloqueio do nervo nasopalatino: produz anestesia na parte anterior do palato duro; − Infiltração local do palato duro: são usadas, principalmente, para a obtenção de anestesia e hemostasia do tecido mole antes dos procedimentos cirúrgicos. Nenhuma delas fornece qualquer anestesia pulpar dos dentes superiores. BROQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR O bloqueio do nervo palatino maior ou bloqueio do nervo palatino anterior é útil para os procedimentos odontológicos que envolvem os tecidos moles palatinos, distais ao canino. − Volumes mínimos de solução (0,45 a 0,6 mℓ) proporcionam profunda anestesia nos tecidos duros e moles. Nervos anestesiados: nervo palatino maior. Áreas anestesiadas: A porção posterior do palato duro e seus tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até o primeiro pré-molar e medialmente até a linha média. Indicações: terapia restauradora em mais de dois dentes (p. ex., restaurações subgengivais, com inserção de matriz subgengivalmente), controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos que envolvam os tecidos palatinos moles e duros. Contraindicações: inflamação ou infecção no local da injeção, áreas menores de terapia (um ou dois dentes). Vantagens: minimiza o desconforto do paciente, a quantidade de penetrações da agulha e o volume da solução. Desvantagens: sem hemostasia, exceto na área imediata da injeção, potencialmente traumático. Sinais e sintomas: dormência na porção posterior do palato, sem dor durante a terapia odontológica. TÉCNICA 1. Agulha curta de calibre 27 é recomendada. 2. Área de inserção: tecido mole ligeiramente anterior ao forame palatino maior. 3. Área-alvo: nervo palatino maior (anterior), conforme ele passa anteriormente entre os tecidos moles e o osso do palato duro 4. Pontos de referência: forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e o osso do palato. 5. Via de inserção: avanço da seringa do lado oposto da boca em ângulo reto à área-alvo. 6. Orientação do bisel: em direção aos tecidos moles palatinos 7. Procedimento: profissional lado direito, deve sentar-se voltado para o paciente na posição 7 ou 8 horas, lado esquerdo, o deve sentar-se na mesma direção do paciente, na posição 11 horas. 8. Pedir ao paciente para abrir bem a boca, estender o pescoço, girar a cabeça para a esquerda ou para a direita (a fim de obter melhor visibilidade) 9. Localizar o forame palatino maior, colocar um aplicador na junção do processo alveolar maxilar e o palato duro, começar na região do primeiro molar superior, continuar a mover o aplicador posteriormente, aplicador “cai” na depressão criada pelo forame palatino maior. 10. Preparo do tecido no local da injeção, apenas 1 a 2 mm anterior ao forame palatino maior: limpeza e secagem com gaze estéril, aplicação do antisséptico tópico e anestésico tópico por 2 minutos. 11. Após 2 minutos da aplicação do anestésico tópico, mover o aplicador posteriormente para que fique diretamente sobre o forame palatino maior: a. Aplicar pressão considerável na área do forame com o aplicador b. Observar a isquemia no local da injeção 12. Direcionar a seringa para o interior da boca a partir do lado oposto, com a agulha se aproximando do local da injeção em ângulo reto Feito por Natiély Oliveira 13. Com o bisel contra o tecido: aplicar pressão suficiente para curvar ligeiramente a agulha, depositar pequeno volume de anestésico - a solução é forçada contra a mucosa e forma- se uma gotícula 14. Endireitar a agulha e permitir que o bisel penetre a mucosa: depósito de pequenos volumes de anestésico durante todo o procedimento 15. Avançara agulha lentamente até que o osso do palato seja gentilmente tocado: profundidade de cerca de 5 mm 16. Aspirar em dois planos, se negativa, depositar lentamente (mínimo de 30 segundos) não mais que 1/4 a 1/3 de um tubete (0,45 a 0,6 mℓ) 17. Retirar a seringa 18. Manter a agulha em local seguro 19. Aguardar 2 a 3 minutos antes do início do procedimento odontológico. BROQUEIO DO NERVO NASOPALATINO O bloqueio do nervo nasopalatino é uma técnica inestimável para o controle da dor palatina, já que, com a administração de volume mínimo de solução anestésica (no máximo 1/4 do tubete), é possível alcançar ampla área de anestesia do tecido mole palatino, minimizando a necessidade de várias injeções. Nervos anestesiados: nervos nasopalatinos bilateralmente. Áreas anestesiadas: porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) bilateralmente a partir da face mesial do primeiro pré-molar direito até a face mesial do primeiro pré-molar esquerdo. Indicações: quando a anestesia do tecido mole palatino é necessária para tratamento restaurador em mais de dois dentes, para o controle da dor durante os procedimentos periodontais ou cirúrgicos que envolvam os tecidos palatinos moles e duros. Contraindicações: inflamação ou infecção no local da injeção, áreas menores de terapia (um ou dois dentes). Vantagens: minimiza a quantidade de penetrações da agulha e o volume da solução, desconforto mínimo do paciente por causa de várias penetrações de agulha. Desvantagens: sem hemostasia, exceto na área imediata à injeção, é a injeção intraoral mais potencialmente traumática; no entanto, o protocolo para uma injeção atraumática ou o uso do sistema C-CLAD ou de solução anestésica local tamponada pode minimizar ou eliminar completamente o desconforto. Sinais e sintomas: dormência na porção posterior do palato, sem dor durante a terapia odontológica. TÉCNICA: PENETRAÇÃO ÚNICA DA AGULHA NO PALATO 1. Recomenda-se agulha curta de calibre 27. 2. Área de inserção: a mucosa palatina, lateral à papila incisiva (localizada na linha média atrás dos incisivos centrais); 3. Área-alvo: forame incisivo, abaixo da papila incisiva 4. Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva. 5. Via de inserção: aproximar-se do local da injeção em ângulo de 45° em direção à papila incisiva. 6. Orientação do bisel: em direção aos tecidos moles palatinos 7. Procedimento: Posição 9 ou 10 horas, voltado para a mesma direção do paciente 8. Pedir ao paciente para abrir bem a boca, estender o pescoço, virar a cabeça para a Feito por Natiély Oliveira esquerda ou para a direita, para melhor visibilidade 9. Preparo do tecido lateral à papila incisiva: limpeza e secagem com gaze estéril, aplicação do antisséptico tópico e anestésico tópico, por 2 minutos. 10. Após 2 minutos de aplicação do anestésico tópico, move-se o aplicador diretamente para a papila incisiva 11. Com o aplicador aplicar pressão na área da papila 12. Colocar o bisel contra os tecidos moles isquêmicos, no local da injeção. 13. Com o bisel contra o tecido: aplicar pressão suficiente para curvar ligeiramente a agulha, depositar pequeno volume de anestésico, a solução será forçada contra a mucosa. 14. Endireitar a agulha e permitir que o bisel penetre a mucosa: continuar a depositar pequenos volumes de anestésico durante todo o procedimento 15. Continuar fazendo pressão com o aplicador enquanto injeta o anestésico 16. Avançar lentamente a agulha em direção ao forame incisivo, até que o osso seja suavemente tocado a. A profundidade de penetração normalmente não é maior que 5 mm 17. Depositar pequenos volumes de anestésico enquanto avança a agulha. 18. Retirar a agulha 1 mm, o bisel agora está sobre o centro do forame incisivo 19. Aspirar em dois planos e se negativa, depositar lentamente (mínimo de 15 a 30 segundos) não mais do que 1/4 de um tubete (0,45 mℓ): Em alguns pacientes, é difícil depositar 0,45 mℓ de solução anestésica nessa injeção. 20. Retirar lentamente a seringa 21. Manter a agulha em local seguro 22. Aguardar 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. TÉCNICA: VÁRIAS PENETRAÇÕES DA AGULHA Vantagem: inteiramente ou relativamente atraumático. Desvantagens: requer várias injeções (três), dificuldade na estabilização da seringa durante a segunda injeção e geralmente, o corpo da seringa fica no campo de visão do paciente durante a segunda injeção. 1. Recomenda-se agulha curta de calibre 27. 2. Áreas de inserção: freio do lábio, na linha média, entre os incisivos centrais superiores, papila interdental, entre os incisivos centrais superiores - se necessário, tecidos moles palatinos, laterais à papila incisiva 3. Área-alvo: forame incisivo, abaixo da papila incisiva. 4. Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva. 5. Vias de inserção e orientação do bisel: a. Primeira injeção: infiltração no freio do lábio - bisel em direção ao osso b. Segunda injeção: agulha mantida em ângulo reto em relação à papila interdental - não é relevante c. Terceira injeção: agulha mantida em ângulo de 45° em relação à papila incisiva - não é relevante 6. PRIMEIRA INJEÇÃO: infiltração de 0,3 mℓ no freio do lábio. a. Preparo do tecido no local da injeção: limpeza e secagem com gaze estéril, aplicação do antisséptico tópico e anestésico tópico, por 1 minuto b. Retrair o lábio superior para esticar os tecidos e melhorar a visibilidade c. Inserir, delicadamente, a agulha no freio e depositar 0,3 mℓ de anestésico, em aproximadamente 15 segundos. i. O objetivo dessa primeira injeção é anestesiar a papila interdental, entre os dois incisivos centrais. 7. SEGUNDA INJEÇÃO: penetração pelo lado vestibular da papila, entre os incisivos centrais superiores, em direção à papila incisiva a. Retrair o lábio superior, suavemente, para aumentar a visibilidade. b. Posição do profissional: sentar-se na posição de 11 ou 12 horas, voltado para a mesma direção que o paciente. Inclinar a cabeça do paciente para a direita. Feito por Natiély Oliveira c. Segurando a agulha em ângulo reto em relação à papila interdental, inseri-la na papila, logo acima do nível da crista óssea. d. Direcionar para a papila incisiva e. A medida que a agulha penetra na direção do lado palatino, não anestesiado, é necessário administrar pequenas quantidades de anestésico local para evitar o desconforto **Deve-se ter cuidado para evitar que a agulha saia, pela papila, na cavidade bucal no lado palatino. f. Aspirar em dois planos e se negativa, administrar não mais do que 0,3 mℓ de solução anestésica, em aproximadamente 15 segundos. g. Recomenda-se a utilização de um dedo da outra mão para estabilizar a agulha. h. Retirar a seringa lentamente e manter a agulha em local seguro 8. TERCEIRA INJEÇÃO: secar o tecido lateral à papila incisiva, pedir ao paciente para abrir bem a boca, estender o pescoço do paciente a. Colocar a agulha no tecido mole adjacente à papila incisiva, apontando para a porção mais distal da papila b. Avançar a agulha até encontrar o osso c. Retirar a agulha 1 mm para evitar a injeção subperiosteal d. Aspirar em dois planos e se negativa, administrar lentamente não mais do que 0,3 mℓ do anestésico, em aproximadamente 15 segundos. ** Observação: o uso de anestesia tópica e de pressão é desnecessário na segunda e na terceira injeção porque os tecidos que estão sendo penetrados pela agulha já estão anestesiados (pela primeira e segunda injeções) e. Retirar a seringa f. Manter a agulha em local seguro g. Aguardar, no mínimo, 2 a 3 minutos para o efeito da anestesia antes de iniciar o tratamento odontológico. INFILTRAÇÃOLOCAL NO PALATO Nervos anestesiados: ramos terminais dos nervos nasopalatino e palatino maior. Áreas anestesiadas: tecidos moles na vizinhança imediata à injeção. Indicações: principalmente para alcançar a hemostasia durante os procedimentos cirúrgicos e controle da dor palatogengival quando há necessidade de anestesia em áreas limitadas, para a aplicação de grampo para isolamento absoluto, inserção de fio retrator no sulco gengival ou procedimentos cirúrgicos em não mais do que dois dentes. Contraindicações: inflamação ou infecção no local da injeção e controle da dor em áreas de tecido mole envolvendo mais de dois dentes. Vantagens: fornece hemostasia aceitável quando usada com vasoconstritor e proporciona área mínima de dormência. Desvantagens: injeção potencialmente traumática. Alternativas: Para hemostasia: nenhuma. Para controle da dor: bloqueio do nervo nasopalatino ou do nervo palatino maior, bloqueio do nervo ASMA, bloqueio do nervo maxilar. Feito por Natiély Oliveira TÉCNICA 1. Recomenda-se agulha curta de calibre 27. 2. Área de inserção: gengiva inserida 5 a 10 mm da margem da gengival livre. 3. Área-alvo: tecidos gengivais 5 a 10 mm da margem da gengival livre. 4. Pontos de referência: tecido gengival no centro da área de tratamento previsto. 5. Via de inserção: aproximar-se do local da injeção em ângulo de 45°. 6. Orientação do bisel: em direção aos tecidos moles palatinos. 7. Procedimento: sentar-se na posição 10 horas: a. Voltado para o paciente para a infiltração palatina no lado direito b. Voltado para a mesma direção que o paciente para a infiltração palatina no lado esquerdo. 8. Pedir ao paciente para: abrir bem a boca, estender o pescoço, virar a cabeça para a esquerda ou para a direita. 9. Preparo do tecido no local da injeção: limpeza e secagem com gaze estéril, aplicação do antisséptico e anestésico tópico por 2 minutos, colocar o aplicador no tecido imediatamente adjacente ao local da injeção: a. Com o aplicador aplicar pressão nos tecidos moles palatinos. b. Colocar o bisel da agulha contra o tecido mole isquêmico no local da injeção. c. Com o bisel contra o tecido: aplicar pressão suficiente para curvar ligeiramente a agulha, depositar pequeno volume de anestésico local. 10. Endireitar a agulha e permitir que o bisel penetre a mucosa: continuar depositando pequenos volumes de anestésico local durante todo o procedimento 11. Se a hemostasia for o objetivo desta técnica, continuar administrando a solução até que a isquemia abranja o local da cirurgia. 12. Na prática usual, 0,2 a 0,3 mℓ de solução são adequados 13. Para a hemostasia de locais cirúrgicos maiores: Retirar a agulha do primeiro local de injeção, colocar no novo local da injeção, na periferia do tecido previamente anestesiado e penetrar os tecidos e depositar o anestésico 14. Retirar a seringa 15. Manter a agulha em local seguro 16. Iniciar o procedimento odontológico imediatamente. BROQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO E ANTERIOR Essa técnica fornece a anestesia pulpar de vários dentes superiores (incisivos, caninos e pré-molares) a partir da injeção em um local no palato duro, no meio de uma linha imaginária que conecta a sutura palatina mediana à margem da gengiva livre. A linha está localizada no ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molares. O bloqueio do nervo ASMA é mais precisamente descrito como bloqueio de campo dos ramos terminais (plexo dentário subneural) do nervo ASA, que inervam desde os dentes incisivos até os pré- molares. Nervos anestesiados: nervo ASA, nervo ASM, quando presente e plexo nervoso dentário subneural dos nervos ASA e ASM. Áreas anestesiadas: Anestesia pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores, gengiva inserida vestibular desses mesmos dentes, tecidos palatinos anexos, da linha média à margem da gengiva livre dos dentes associados. Indicações: procedimentos odontológicos envolvendo vários dentes anteriores superiores ou tecidos moles, anestesia de vários dentes anteriores superiores a partir de uma injeção em um único local, Feito por Natiély Oliveira raspagem e alisamento radicular dos dentes anteriores, quando, em razão da densidade do osso cortical, a abordagem vestibular da injeção supraperiosteal for ineficaz. Contraindicações: pacientes com tecidos palatinos anormalmente finos, pacientes incapazes de tolerar o tempo de administração de 3 a 4 minutos e procedimentos que exigem mais de 90 minutos. Vantagens: Fornece a anestesia de vários dentes superiores com uma única injeção. − Técnica comparativamente simples. − Comparativamente seguro, minimiza o volume de anestésico e o número de punções necessárias em comparação às infiltrações maxilares tradicionais dos dentes. − Permite a anestesia pulpar e do tecido mole eficaz para a raspagem periodontal e o alisamento radicular dos dentes superiores associados. − Elimina a inconveniência pós-operatória da dormência no lábio superior e nos músculos da expressão facial. Desvantagens: requer administração lenta (0,5 mℓ/min). − Pode causar fadiga no cirurgião-dentista que utiliza uma seringa manual, em virtude do tempo de injeção prolongado. − Pode ser desconfortável para o paciente se administrado incorretamente. − Provável necessidade de anestesia suplementar para os incisivos centrais e laterais. − Pode causar isquemia excessiva se administrado muito rapidamente. − Contraindicação ao uso de anestésico local contendo epinefrina com concentração de 1:50.000. Alternativas: Várias injeções supraperiosteais ou LPD, para cada dente, bloqueio dos nervos ASA e ASM, bloqueio do nervo maxilar. TÉCNICA 1. Recomenda-se agulha curta de calibre 27. 2. Área de inserção: no palato duro, na metade de uma linha imaginária que liga a sutura palatina mediana à margem da gengiva livre. 3. Área-alvo: osso palatino no local da injeção. 4. Pontos de referência: o ponto de intersecção na metade da linha imaginária, que vai da sutura palatina mediana até a margem da gengiva livre, no entrecruzamento do ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré- molares. 5. Orientação do bisel: o bisel da agulha é colocado “voltado para baixo”, contra o epitélio. A agulha é normalmente mantida em ângulo de 45° em relação ao palato. 6. Procedimento: posição 9 ou 10 horas, voltado para a mesma direção do paciente a. Paciente em posição supina, com ligeira hiperextensão da cabeça e do pescoço, para melhor visualização da papila nasopalatina b. Pode ser usada uma técnica de pré- punção. Coloca-se o bisel da agulha em direção ao tecido palatino e um aplicador estéril na ponta da agulha c. Aplica-se leve pressão no aplicador para criar uma “vedação” do bisel da agulha contra a superfície externa. d. Inicia-se o fornecimento do anestésico local na superfície do epitélio. O objetivo é forçar a solução através do epitélio externo na superfície do tecido. e. Quando se utiliza o sistema C-CLAD, ele mantém a velocidade de administração lenta (aproximadamente 0,5 mℓ/min) durante toda a injeção. f. Mantém-se essa posição e pressiona- se a superfície do epitélio por 8 a 10 segundos 7. Pode-se usar a “técnica da via anestésica”. a. Avança-se muito lentamente a ponta da agulha no tecido. A rotação da agulha permite que ela penetre o tecido com mais eficiência. b. Avança-se a agulha 1 a 2 mm a cada 4 a 6 segundos enquanto se administra a solução anestésica na velocidade lenta recomendada. 8. Após o branqueamento inicial ser observado (aproximadamente 30 segundos), faz-se uma pausa por vários segundos para permitir o início da anestesia superficial 9. Continua-se a inserção lenta no tecidopalatino. A orientação da peça de mão (seringa) deve ser dos pré-molares contralaterais 10. Certifica-se que o contato da agulha seja mantido com a superfície óssea do palato. 11. Aspira-se em dois planos 12. O anestésico é administrado a uma taxa de aproximadamente 0,5 mℓ/min durante a injeção, para uma dose total de aproximadamente 1,4 a 1,8 mℓ Feito por Natiély Oliveira 13. Avisa-se o paciente que ele sentirá uma sensação de pressão firme. ABORDAGEM PALATINA PARA O BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR O volume de anestésico recomendado para o bloqueio P-ASA é de 1,4 a 1,8 mℓ, administrado a uma velocidade de 0,5 mℓ/min. Nervos anestesiados: nervo nasopalatino, ramos anteriores do nervo ASA. Áreas anestesiadas: polpa dos incisivos centrais superiores, dos incisivos laterais e (em menor grau) dos caninos, tecido periodontal vestibular associado a esses mesmos dentes, tecido periodontal do palato associado a esses mesmos dentes. Indicações: realização de procedimentos que envolvem vários dentes anteriores e os tecidos moles superiores, anestesia bilateral dos dentes anteriores superiores a partir de uma injeção em um único local, raspagem e alisamento radicular dos dentes anteriores, abordagem vestibular da injeção supraperiosteal ineficaz por causa da densidade do osso cortical. Contraindicações: raiz do canino extremamente longa, pacientes incapazes de tolerar o tempo de administração de 3 a 4 minutos, procedimentos que demoram mais de 90 minutos. Vantagens: fornece anestesia maxilar bilateral a partir de um único local de injeção, técnica simples de executar, comparativamente seguro, minimiza o volume de anestésico e o número de punções necessárias em comparação às infiltrações maxilares tradicionais desses dentes. Desvantagens: requer administração lenta (0,5 mℓ/min), pode causar fadiga no cirurgião-dentista que usa seringa manual por causa do tempo de injeção prolongado, desconfortável para o paciente se administrado incorretamente, pode exigir anestesia suplementar para os dentes caninos, pode causar isquemia excessiva se administrado muito rapidamente, contraindica-se o uso de anestésico local contendo epinefrina com concentração de 1:50.000. Alternativas: injeções supraperiosteais ou LPD para cada dente, bloqueio do nervo ASA direito e esquerdo (bilateral), bloqueio do nervo maxilar direito e esquerdo (bilateral). TÉCNICA 1. Recomenda-se agulha curta de calibre 27. 2. Área de inserção: lateral à papila incisiva, no sulco papilar 3. Área-alvo: forame nasopalatino. 4. Ponto de referência: papila nasopalatina. 5. Orientação do bisel: o bisel da agulha é colocado “voltado para baixo”, contra o epitélio,normalmente, é mantida em ângulo de 45° em relação ao palato. 6. Procedimento: posição 9 ou 10 horas, voltado para a mesma direção do paciente a. Colocar o paciente na posição supina, com ligeira hiperextensão da cabeça e do pescoço, para facilitar a visualização da papila nasopalatina 7. A orientação inicial do bisel é “voltada para baixo”, contra o epitélio, enquanto a agulha é mantida em ângulo de aproximadamente 45°, como uma tangente ao palato 8. Coloca-se o bisel da agulha contra o tecido palatino e um aplicador estéril na ponta da agulha 9. Quando o sistema C-CLAD é utilizado, ele mantém a velocidade de entrega lenta (aproximadamente 0,5 mℓ/min) durante toda a injeção. 10. Mantém-se a posição e realiza-se pressão sobre a superfície do epitélio por 8 a 10 segundos 11. Pode-se usar a “técnica da via anestésica”, avançando muito lentamente a agulha no tecido. a. Avança-se a agulha 1 a 2 mm a cada 4 a 6 segundos ao administrar a solução anestésica na velocidade (lenta) recomendada. 12. Após a observação do branqueamento inicial (aproximadamente 30 segundos), deve-se fazer uma pausa de alguns segundos para permitir o início da anestesia superficial Feito por Natiély Oliveira 13. Continua-se a inserção lenta no canal nasopalatino. A orientação da agulha deve ser paralela ao longo eixo dos incisivos centrais. A agulha é avançada a uma profundidade de 6 a 10 mm 14. Certifica-se que a agulha esteja em contato com a parede óssea interna do canal. 15. Aspira-se em dois planos dentro do espaço do canal, a fim de evitar a injeção intravascular 16. Administra-se o anestésico a uma velocidade de aproximadamente 0,5 mℓ/min durante a injeção, para um volume total de 1,4 a 1,8 mℓ. BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR O bloqueio do nervo maxilar (segunda divisão ou V2) é um método eficaz para obtenção de anestesia profunda de uma hemiarcada. Nervos anestesiados: divisão maxilar do nervo trigêmeo. Áreas anestesiadas: anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do bloqueio, periodonto vestibular e osso sobrejacente a esses dentes, tecidos moles e osso do palato duro e parte do palato mole medial até a linha mediana, pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e lábio superior. Indicações: controle da dor antes de procedimentos cirúrgicos orais, periodontais ou restauradores extensos que exigem anestesia de toda a divisão maxilar, inflamação ou a infecção do tecido impede o uso de outros bloqueios nervosos regionais (p. ex., bloqueio dos nervos ASP, ASA, ASMA, P-ASA) ou a injeção supraperiosteal. Contraindicações: pacientes pediátricos, inflamação ou infecção dos tecidos sobrejacentes ao local da injeção, quando a hemorragia é um risco, abordagem do canal palatino maior: incapacidade de obter acesso ao canal; Vantagens: injeção atraumática pela abordagem do alto da tuberosidade, alto índice de sucesso (> 95%), minimiza o número de penetrações da agulha e o volume total de solução anestésica local injetada: de 1,8 mℓ contra 2,7 mℓ. 6.A abordagem não costumam ser traumáticas. Desvantagens: risco de hematoma, falta de hemostasia, abordagem do canal palatino maior é potencialmente (embora não geralmente) traumática. Alternativas: Para obter a mesma distribuição de anestesia presente no bloqueio do nervo maxilar, devem-se administrar todos os seguintes: Bloqueio do nervo ASP, bloqueio do nervo ASA, bloqueio do nervo palatino maior, bloqueio do nervo nasopalatino. TÉCNICA: ABORDAGEM PELO ALTO DA TUBEROSIDADE 1. Recomenda-se agulha longa de calibre 25 ou longa de calibre 27. 2. Área de inserção: altura do sulco mucovestibular acima da distal do segundo molar superior. 3. Área-alvo: nervo maxilar à medida que ele passa pela fossa pterigopalatina, superior e medial a área-alvo ao bloqueio do nervo ASP. 4. Pontos de referência: sulco mucovestibular na distal do segundo molar superior, tuberosidade da maxila, processo zigomático da maxila. 5. Orientação do bisel: em direção ao osso. 6. Procedimento: Medir o comprimento de uma agulha longa, da ponta até o canhão (parte de plástico; a média é de 32 mm, mas difere entre os fabricantes) 7. Posição correta: Para a injeção no alto da tuberosidade do lado esquerdo, deve sentar-se na posição de 10 horas voltado para o paciente a. Para a injeção do lado direito, deve sentar-se na posição de 8 horas voltado para o paciente. b. Posicionar o paciente em supino ou semissupino para o bloqueio direito ou esquerdo 8. Preparar o tecido na altura do sulco mucovestibular na distal do segundo molar superior: secagem com gaze estéril, aplicação do antisséptico tópico e anestesia tópica. 9. Abrir parcialmente a boca do paciente, puxando a mandíbula na direção da injeção 10. Afastar a bochecha na área da injeção, se possível usando o espelho clínico 11. Puxar os tecidos esticados 12. Colocar a agulha na altura do sulco mucovestibular sobre o segundo molar superior 13. Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás, como descritopara o bloqueio do nervo ASP 14. Avançar a agulha até a profundidade de 30 mm: Nessa profundidade (30 mm), a ponta da agulha deve ficar na fossa pterigopalatina, próxima à divisão maxilar do nervo trigêmeo. 15. Aspirar em dois planos e se negativa: depositar lentamente (mais de 60 segundos) 1,8 mℓ 16. Aspirar várias vezes durante a injeção. Feito por Natiély Oliveira 17. Retirar a seringa 18. Manter a agulha em local seguro 19. Aguardar o mínimo de 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. TÉCNICA: ABORDAGEM DO CANAL PALATINO MAIOR 1. Recomenda-se agulha longa de calibre 25. Agulha longa de calibre 27 também é aceitável. 2. Área de inserção: tecido mole palatino diretamente sobre o forame palatino maior. 3. Área-alvo: o nervo maxilar à medida que passa pela fossa pterigopalatina; a agulha passa pelo canal palatino maior para atingir a fossa pterigopalatina. 4. Pontos de referência: forame palatino maior, junção do processo alveolar maxilar e osso do palato. 5. Orientação do bisel: em direção aos tecidos moles palatinos. 6. Procedimento: Medir o comprimento da agulha longa, da ponta até o canhão (parte de plástico; a média é de 32 mm, mas difere entre os fabricantes) a. Assumir a posição correta: Para o bloqueio do V2 pelo palatino maior do lado direito, o cirurgião-dentista deve se sentar voltado para a direção do paciente, na posição de 7 ou 8 horas b. Para o bloqueio do V2 pelo canal palatino maior do lado esquerdo, o cirurgião-dentista senta-se voltado para a mesma direção na posição de 10 ou 11 horas. 7. Pedir ao paciente, que está em posição supina para abrir bem a boca, estender o pescoço, girar a cabeça para a esquerda ou para a direita 8. Localizar o forame palatino maior: colocar um aplicador na junção do processo alveolar maxilar e do palato duro, começar na região do segundo molar, pressionando firmemente os tecidos com o aplicador. 9. Mantendo a pressão, continuar movendo o aplicador posteriormente: aplicador “cai” na depressão criada pelo forame palatino maior 10. Preparo dos tecidos diretamente sobre o forame palatino maior: limpar e secar com gaze estéril, aplicar o antisséptico tópico e o anestésico tópico, por 2 minutos. 11. Observar a isquemia no local da injeção: direcionar a seringa para a boca a partir do lado oposto, com a agulha se aproximando do local da injeção em ângulo 12. Colocar o bisel contra os tecidos moles isquêmicos no local da injeção. a. Aplicar pressão suficiente para curvar ligeiramente a agulha b. Depositar pequeno volume de anestésico local. A solução é forçada contra a mucosa e forma-se uma gotícula. c. Endireitar a agulha e permitir que o bisel penetre a mucosa: continuar depositando pequenos volumes de anestésico 13. Sondar, delicadamente, o forame palatino maior: deve-se manter a agulha em ângulo de 45° para facilitar a entrada no forame palatino maior 14. Após a localização do forame, avançar muito lentamente a agulha para dentro do canal palatino maior até a profundidade de 30 mm. 15. Aspirar em dois planos: girar a seringa em um quarto de volta e aspirar novamente e se negativa, depositar lentamente 1,8 mℓ de solução por, no mínimo, 1 minuto. 16. Retirar a seringa 17. Manter a agulha em local seguro 18. Aguardar, no mínimo, 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. LIVRO: MALAMED Feito por Natiély Oliveira DENTES ANESTESIA PULPAR ANESTESIA DE TECIDOS MOLES VESTIBULAR PALATINA INCISIVOS ASA Infiltração ASMA P-ASA V2 ASA Infiltração ASMA P-ASA V2 Nasopalatino Infiltração ASMA P-ASA V2 CANINOS ASA Infiltração ASMA P-ASA V2 ASA Infiltração ASMA P-ASA V2 Nasopalatino Infiltração ASMA P-ASA V2 PRÉ-MOLARES ASA Infiltração ASM ASMA V2 ASA Infiltração ASM ASMA V2 Palatino maior Infiltração ASM V2 MOLARES ASP Infiltração V2 ASP Infiltração V2 Palatino maior Infiltração V2