Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TÉCNICAS ANESTÉSICAS DE MAXILA E MANDIBULA RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA TÉCNICAS ANESTÉSICAS DE MAXILA E MANDÍBULA INFILTRAÇÃO LOCAL: Pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são infiltradas com solução de anestésico local. A incisão (ou tratamento) é então realizada na mesma área na qual o anestésico local foi depositado. BLOQUEIO DE CAMPO: O anestésico local é infiltrado próximo aos ramos nervosos terminais maiores, de modo que a área anestesiada será circunscrita, impedindo a passagem de impulsos do dente para sistema nervoso central (SNC). A incisão (ou o tratamento) é então realizada na área distante do local da injeção do anestésico. = BLOQUEIO DE NERVO: O anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, geralmente distante do local de intervenção operatória. O bloqueio de campo e o bloqueio de nervo podem ser distinguidos pela extensão da anestesia obtida. De modo geral, os bloqueios de campo são mais circunscritos, envolvendo os tecidos em ou ao redor de um ou dois dentes, enquanto os bloqueios de nervo afetam uma área maior. TÉCNICAS MAXILARES 1. INJEÇÃO SUPRAPERIOSTEAL/ INFILTRATIVA Indicada sempre que os procedimentos confinados a uma área relativamente circunscrita, seja na região dos incisivos maxilares ou mandibulares. Nervos anestesiados: grandes ramos terminais do plexo dentário. Áreas anestesiadas: toda a região inervada pelos grandes ramos terminais desse plexo: polpa e área da raiz do dente, periósteo vestibular, tecido conjuntivo e mucosa. Indicações: 1. anestesia pulpar dos dentes superiores quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes; 2. Anestesia dos tecidos moles quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita. Contraindicações: 1. Infecção ou inflamação aguda na área; 2. Osso denso recobrindo os ápices dentários. Vantagens: em geral, totalmente atraumática. Desvantagens: não recomendada para grandes áreas devido a necessidade de múltiplas introduções da agulha e a administração de volumes totais maiores de anestésico local. Alternativas: Injeção no LPD, IO, bloqueio nervoso regional. TÉCNICA É recomendado agulha de calibre 27. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado. Ponto de referência: prega mucovestibular, contorno da raiz do dente, coroa do dente. Orientação do bisel: voltado para o osso. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso, levantar o lábio e tensionar o tecido; Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente; Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o dente-alvo.; Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta. Na maioria dos casos, a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer desconforto para o paciente com esta injeção. Aspirar duas vezes. Caso a aspiração seja negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) lentamente em 20 segundos. (Não deixe os tecidos inflarem como um balão.). Retirar a seringa lentamente. Sinais e sintomas: Subjetivos: sensação de dormência na área administração Objetivos: uso do teste elétrico pulpar (TEP) sem nenhuma resposta do dente à estimulação máxima (80/80) Complicações: Dor à introdução da agulha com a ponta da agulha contra o periósteo. Para corrigir: retirar e reintroduzir a agulha mais distante do periósteo. 2. INFILTRAÇÃO LOCAL DO PALATO Nervos anestesiados: ramos terminais dos nervos nasopalatinos e palatino maior. Áreas anestesiadas: tecidos moles na vizinhança imediata da injeção. Indicações: 1. basicamente para obter hemostasia durante procedimentos cirúrgicos; 2. Controle da dor palatogengival quando são necessárias áreas limitadas de anestesia para a aplicação de grampo de isolamento absoluto, para adaptar o fio de retração no sulco gengival, ou para procedimentos cirúrgicos em não mais do que dois dentes Contraindicações: 1. Inflamação ou infecção no local da injeção; 2. Controle da dor em áreas de tecido mole envolvendo mais de dois dentes. Vantagens: 1. Produz hemostasia aceitável quando um vasoconstritor é utilizado; 2. Produz uma área mínima de dormência, minimizando o desconforto do paciente. Desvantagem: injeção potencialmente traumática. Alternativas: 1. Para hemostasia; nenhuma; 2. Para o controle da dor: bloqueio do nervo nasopalatino ou palatino maior, ASMA, bloqueio do nervo maxilar. TÉCNICA Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. Área de introdução: gengiva inserida, de 5 a 10 mm da margem livre da gengiva Ponto de referência: tecido gengival no centro estimado da área de tratamento. Introdução: aproximar-se do local da injeção em 45°. Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles palatinos. Aplicar anestésico tópico por 2 minutos e observar isquemia no local. Posicionar o bisel contra os tecidos moles isquêmicos. A agulha deve estar bem estabilizada para se evitar a penetração acidental dos tecidos. Aplicar pressão suficiente para curvar ligeiramente a agulha. Depositar um pequeno volume de anestésico. A solução será forçada contra a membrana mucosa, formando uma gotícula. Retificar a agulha e permitir que o bisel perfure a mucosa. Continuar a injetar pequenos volumes de anestésico local durante todo o procedimento. A isquemia se propagará para os tecidos adjacentes enquanto o anestésico é depositado. (Quando esta injeção é usada para produzir hemostasia, o vasoconstritor presente na solução produzirá isquemia intensa dos tecidos.) RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Continuar a aplicar pressão com a haste de algodão durante toda a injeção. Continuar a avançar a agulha e a injetar o anestésico até tocar delicadamente o osso. A espessura do tecido é de apenas 3 a 5 mm na maioria dos pacientes. Se a hemostasia for o objetivo desta técnica, continuar a administrar a solução até que a isquemia abranja o local da cirurgia. Na prática habitual, 0,2 a 0,3 ml de solução será adequado. Sinais e sintomas: Subjetivos: dormência, isquemia dos tecidos moles do palato Objetivos: ausência de dor durante o tratamento odontológico Falhas da Hemostasia: a taxa de sucesso será maior se um vasoconstritor for incluído na solução anestésica; todavia, tecidos inflamados podem continuar a apresentar hemorragia, apesar do uso do vasoconstritor. Complicações: poucas são importantes. a necrose dos tecidos moles pode ser observada quando uma solução vasoconstritora muito concentrada é utilizada para hemostasia por um período prolongado (p. ex., noradrenalina, injeções repetidas de adrenalina numa concentração de 1:50.000). 3. BLOQUEIO N.A.S. ANTERIOR – N. INFRAORBITÁRIO Necessita de menor volume de solução de anesitésico local para se obter uma anestesia equivalente: de 0,9 a 1,2 ml em comparação com 3,0 ml das injeções supraperiosteais dos mesmos dentes. Nervos anestesiados: 1. Alveolar superoanterior; 2. Alveolar superior médio; 3. Nervo infraorbitário (a. Palpebral inferior; b. Nasal lateral; c. Labial superior) Áreas Anestesiadas: 1. Polpas do incisivo central superior até o canino superior do lado da injeção; 2. Em cerca de 72% dos pacientes, as polpas dos pré-molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro molar; 3. Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos dentes; 4. Pálpebra inferior, aspecto lateral do nariz, lábio superior. Indicações: 1. Procedimentos odontológicos envolvendo mais de dois dentes superiores e os tecidos vestibulares sobrejacentes; 2. Inflamação ou infecção (que contraindica a injeção supraperiosteal): sehouver celulite, pode estar indicado o bloqueio do nervo maxilar no lugar do bloqueio do nervo ASA; 3. Quando as injeções supraperiosteais forem ineficazes devido ao osso cortical denso Contraindicações: 1. Áreas de tratamento discretas (apenas um ou dois dentes; preferência pela injeção supraperiosteal); 2. A hemostasia de áreas localizadas, quando desejável, não pode ser adequadamente atingida com esta injeção; a infiltração local na área do tratamento está indicada. Vantagens: técnica comparativamente simples, segura; minimiza o volume de solução utilizado e o número de punções necessárias para a obtenção da anestesia Desvantagens: Psicológicas: a. Administrador: pode haver um medo inicial de lesar o olho do paciente (a experiência com a técnica leva à segurança) b. Paciente: a abordagem extraoral do nervo infraorbitário pode ser incômoda; contudo, as técnicas intraorais raramente representam um problema. Anatômica: dificuldade em definir pontos de referência Alternativas: supraperiosteal, LPD ou IO para cada dente; Infiltração para os tecidos periodontais e duros; bloqueio do nervo maxilar. TÉCNICA Uma agulha longa de calibre 25 ou 27 é recomendada. Área de inserção: altura da prega mucovestibular diretamente sobre o primeiro pré-molar superior Nota: A agulha pode ser introduzida na altura da prega mucovestibular, acima de qualquer dente, desde o segundo pré-molar anteriormente até o incisivo central. O trajeto de penetração resultante é em direção à área-alvo, o forame infraorbitário. O primeiro pré-molar geralmente proporciona o menor trajeto até esta área-alvo. Área-alvo: forame infraorbitário (abaixo da incisura infraorbitária. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Ponto de referência: prega mucovestibular, incisura infraorbitária, forame infraorbitário. Orientação do bisel: voltado para o osso. Localizar o forame infraorbitário: palpar a incisura infraorbitária; Mover o dedo para baixo da incisura, aplicando pressão suave sobre os tecidos. O osso imediatamente abaixo da incisura é convexo (como uma protuberância), representando a borda inferior da órbita e o teto do forame infraorbitário. Continuando inferiormente, uma concavidade será palpada; este é o forame infraorbitário. Ainda aplicando pressão, sentir os contornos do forame infraorbitário neste local. O paciente sentirá um leve desconforto quando o forame for palpado, já que o nervo infraorbitário é pressionado contra o osso. Manter o dedo sobre o forame ou marcar a pele neste ponto. Afastar o lábio do paciente, tensionando os tecidos na prega mucovestibular e aumentando a visibilidade. Uma determinação aproximada da profundidade de penetração antes da injeção pode ser feita colocando-se um dedo sobre o forame infraorbitário e outro sobre o local da injeção na prega mucovestibular, calculando-se a distância entre eles. Uma gaze estéril de 5 × 5 cm colocada sob o dedo enluvado auxilia na retração do lábio durante a injeção do nervo ASA. Antes de injetar a solução anestésica, verificar o seguinte: Profundidade da penetração da agulha (adequada para atingir o forame). Qualquer desvio lateral da agulha em relação ao forame infraorbitário; corrigir antes de injetar a solução. Depositar lentamente de 0,9 a 1,2 ml (por 30 a 40 segundos). Pouca ou nenhuma tumefação deve ser observada enquanto a solução é depositada. Se a extremidade da agulha for introduzida adequadamente na abertura do forame, a solução será direcionada para o forame. A profundidade aproximada da penetração da agulha será de 16 mm para um adulto de altura média (equivalente a aproximadamente metade do comprimento de uma agulha longa). O ponto de contato deve ser a borda superior do forame infraorbitário. O profissional será capaz de “sentir” a solução anestésica sendo depositada sob seu dedo colocado sobre o forame se a extremidade da agulha estiver na posição correta. Ao terminar a injeção, o forame não deve ser mais palpável (devido ao volume de anestésico local nesta posição). Sinais e Sintomas: Subjetivos: formigamento e dormência na pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior indicam anestesia do nervo infraorbitário, não do nervo ASA ou ASM (a anestesia dos tecidos moles ocorre quase que instantaneamente durante a administração do anestésico). Subjetivos e objetivos: dormência nos dentes e tecidos moles ao longo da distribuição dos nervos ASA e ASM (ocorre em 3 a 5 minutos, caso seja mantida a pressão sobre o local de injeção) Objetivo: uso do teste elétrico da polpa sem resposta do dente à estimulação máxima (80/80) Ausência de dor durante o tratamento. Falhas na anestesia: a agulha encontra o osso abaixo do (inferior ao) forame infraorbitário: ocorre anestesia da pálpebra inferior, da face lateral do nariz e do lábio superior, com pouca ou nenhuma anestesia dentária; um acúmulo da solução pode ser percebido sob a pele na área da deposição, situada a uma distância do forame infraorbitário (que permanece palpável depois que a solução de anestésico local foi injetada). Para corrigir: manter a agulha alinhada com o forame infraorbitário durante a penetração. Não orientar a agulha em direção ao osso. Complicações: Um hematoma pode se formar (raramente) na pálpebra inferior e nos tecidos entre esta e o forame infraorbitá- rio. Para resolver isso, aplicar pressão nos tecidos moles acima do forame por 2 a 3 minutos. O hematoma é extremamente raro, porque a pressão é rotineiramente aplicada ao local da injeção durante e após o bloqueio do nervo ASA. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 4. BLOQUEIO N.A.S. ANTERIOR – PALATINA Áreas Anestesiadas: 1. Polpa dos incisivos centrais, laterais e caninos (em menor grau); 2. Tecidos periodontais vestibulares associados a estes mesmos dentes; 3. Tecidos periodontais palatinos associados a estes mesmos dentes Indicações: 1. Procedimentos odontológicos envolvendo os dentes e ostecidos moles anterossuperiores; 2. Quando se deseja uma anestesia bilateral dos dentes anterossuperiores a partir de um único local de injeção; 3. Quando da realização da raspagem e alisamento radicular dos dentes anteriores: 4. Quando da execução de procedimentos cosméticos anteriores, sendo necessária a avaliação da linha do sorriso para um tratamento bem-sucedido; 5. Quando uma abordagem facial da injeção supraperiosteal foi ineficaz devido ao osso cortical denso. Contraindicações 1. Pacientes com raízes de caninos extremamente longas podem não obter anestesia profunda desses dentes a partir de uma abordagem palatina somente; 2. Pacientes que não conseguem tolerar o período de administração de 3 a 4 minutos; 3. Procedimentos que necessitam mais de 90 min. Vantagens: 1. Produz anestesia bilateral com um único local de injeção; 2. Técnica de execução comparativamente simples; 3. Comparativamente segura; reduz muito o volume de anestésico e o número de perfurações necessárias em comparação às infiltrações maxilares tradicionais destes dentes; 4. Possibilita a realização de uma avaliação precisa da linha do sorriso após a anestesia, o que pode ser útil durante procedimentos odontológicos estéticos. Desvantagens: 1. Requer uma administração lenta (0,5 ml/min); 2. Pode causar fadiga do operador com o uso de uma seringa manual devido ao longo tempo de injeção; 3. Pode ser desconfortável para o paciente caso administrada incorretamente; 4. Pode tornar necessária a anestesia suplementar dos dentes caninos; 5. Pode causar isquemia excessiva caso seja administrada muito rapidamente; 6. O uso de um anestésico local contendo adrenalina a uma concentração de 1:50.000 é contraindicado. Alternativas: Injeções supraperiosteais ou do LPD para cada dente; Bloqueio dos nervos ASA direito e esquerdo (bilateral; Bloqueio dos nervos maxilares direitoe esquerdo (bilateral). TÉCNICA Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. Área de introdução: imediatamente lateral à papila incisiva no sulco papilar. Área-alvo: forame nasopalatino Pontos de referência: papila nasopalatina Orientação do bisel: o bisel da agulha é colocado contra o epitélio “com a face voltada para baixo”. A agulha é mantida tipicamente em um ângulo de 45 graus. Uma técnica de caminho do anestésico pode ser utilizada. Avançar lentamente a agulha para dentro do tecido. Rotacionar a agulha permitindo que os tecidos sejam penetrados mais eficientemente. Avançar a agulha 1 a 2 mm a cada 4 a 6 segundos enquanto administra a solução anestésica na taxa recomendada (lenta). Depois que uma palidez inicial (aproximadamente 30 segundos) é observada, fazer uma pausa de alguns segundos para permitir o início da anestesia superficial. Sinais e Sintomas: Subjetivos: uma sensação de firmeza e de anestesia é vivenciada imediatamente no palato anterior. Subjetivos: a dormência dos dentes e dos tecidos moles associados estende-se desde o canino direito ao esquerdo. Objetivos: isquemia (palidez) dos tecidos moles (caso seja usado um vasoconstritor) do palato e gengiva inserida vestibular, estendendo-se da região do canino direito ao canino esquerdo; uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta dos dentes à estimulação máxima (80/80); ausência de dor durante o tratamento; não ocorre anestesia da face e do lábio superior. Falhas da Anestesia: 1. Injeção altamente bem-sucedida para os incisivos superiores: 2. Pode ser necessária a anestesia suplementar para os caninos em pacientes com raízes longas(a. Um volume adequado de anestésico pode não atingir os ramos dentários. b. Para corrigir: adicionar mais anestésico ou suplemento nas proximidades dos dentes caninos pela abordagem palatina.); 3. Anestesia RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA unilateral (a. Verificar se há palidez bilateral. b. Para corrigir: administrar uma quantidade adicional do anestésico). Complicações: 1. Úlcera palatina no local da injeção, desenvolvendo-se de 1 a 2 dias no PO, cicatriza com 5 dias; Evitar concentrações excessivas de vasoconstritor.; 2. Contato inesperado com o nervo nasopalatino 3. Densidade dos tecidos moles no local da injeção causando esguicho do anestésico para fora e gosto amargo na boca 5. BLOQUEIO N.A.S. POSTERIOR Também chamado de bloqueio da tuberosidade e bloqueio zigomático. Nervos Anestesiados. Alveolar superoposterior e seus ramos. Áreas Anestesiadas: polpas do terceiro, segundo e primeiro molares superiores (todo o dente = 72%; raiz mesiovestibular do primeiro molar superior não anestesiada = 28%); tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a estes dentes. Indicações: 1. Tratamento de dois ou mais molares superiores; 2. Quando supraperiosteal está contraindicada ou foi ineficaz. Contraindicação. Quando o risco de hemorragia é muito grande (como no hemofílico), caso no qual é recomendada a injeção supraperiosteal ou do LPD. Vantagens: atraumático; quando o boqueio do nervo ASP é executado corretamente, em geral o paciente não sente dor, pois o anestésico local é depositado em uma área de tecidos moles relativamente grande e porque não há contato com o osso; Taxa de sucesso elevada (> 95%); Número mínimo de injeções é necessário; Minimiza o volume total de solução anestésica local administrada. Desvantagens: risco de hematoma, que geralmente é difuso; também é muito desconfortável e embaraçoso para o paciente; Técnica até certo ponto arbitrária: não há pontos de referência ósseos durante a injeção; É necessária uma segunda injeção para o tratamento do primeiro molar (raiz mesiovestibular) em 28% dos pacientes Alternativas: Injeções supraperiosteais ou do LPD para a anestesia da polpa e raiz; Infiltrações para os tecidos vestibulares periodontais e para os tecidos duros; Bloqueio do nervo maxilar TÉCNICA Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do segundo molar superior. Área-alvo: nervo ASP — posterior, superior e medial à borda posterior da maxila. Pontos de referência: prega mucovestibular; tuberosidade da maxila; processo zigomático da maxila Orientação do bisel: voltado para o osso durante a injeção. Caso o osso seja tocado acidentalmente, a sensação será menos desagradável. Introduzir a agulha na altura alta da prega mucovestibular sobre o segundo molar. Avançar a agulha lentamente para cima (45° com plano oclusal), para dentro (em direção a linha média) e para trás em um só movimento (não em três movimentos). Quando uma agulha longa é usada (comprimento médio de 32 mm), ela é introduzida até a metade de seu comprimento no tecido. Caso seja usada uma agulha curta (comprimento médio de 20 mm), aproximadamente 4 mm devem permanecer visíveis. Lentamente, durante 30 a 60 segundos, depositar 0,9 a 1,8 ml de solução de anestésico. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Sinais e Sintomas: Subjetivos: geralmente nenhum; o paciente tem dificuldade em alcançar esta região para determinar a extensão da anestesia Objetivos: uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta do dente a uma estimulação máxima (80/80) Ausência de dor durante o tratamento. Falhas da Anestesia: agulha muito lateral; a agulha não está suficientemente alta; agulha muito posterior. Para corrigir: retirá-la até a profundidade apropriada. Complicações: hematoma, a artéria maxilar pode ser perfurada; Anestesia mandibular, quando isso ocorre os pacientes dirão que sua língua e lábio inferior estão anestesiados. 6. BLOQUEIO N.A.S. MÉDIO Está presente apenas em cerca de 28% da população, limitando, portanto, a utilidade clínica deste bloqueio. Todavia, quando o bloqueio do nervo infraorbitário (ASA) não produz anestesia pulpar distal ao canino superior, o bloqueio do nervo ASM está indicado para procedimentos em pré-molares e para a raiz mesiovestibular do primeiro molar superior. Nervos Anestesiados: A.S. médio e ramos terminais. Áreas Anestesiadas: 1. Polpas do primeiro e segundo pré- molares superiores, raiz mesiovestibular do primeiro molar superior 2. Tecidos periodontais vestibulares e osso sobre estes mesmos dentes. Indicações: 1. Quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia pulpar distal ao canino superior; 2. Procedimentos dentários envolvendo apenas os pré-molares superiores. Contraindicações: 1. Infecção ou inflamação na área da injeção ou de introdução da agulha ou de depósito do fármaco; 2. Quando o nervo ASM está ausente, a inervação é feita por intermédio do nervo alveolar superoanterior (ASA); os ramos do ASA que inervam os pré-molares e a raiz mesiovestibular do primeiro molar podem ser anestesiados por meio da técnica do nervo ASM. Vantagens: minimiza o número de injeções e o volume de solução. Desvantagens. Nenhuma. Alternativas: 1. Infiltração local (supraperiosteal), injeção do LPD ou injeção do Intraósseo; 2. Bloqueio do nervo infraorbitário para o primeiro e segundo pré-molares e para a raiz mesiovestibular do primeiro molar. TÉCNICA Uma agulha curta ou longa de calibre 27 é recomendada. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do segundo pré-molar superior Área-alvo: osso maxilar acima do ápice do segundo pré- molar superior. Ponto de referência: prega mucovestibular acima do segundo pré-molar superior Orientação do bisel: voltado para o osso Distender o lábio superior do paciente para tensionar os tecidos e obter visibilidade. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular acima do segundo pré-molar, com o bisel voltado para o osso. Penetrar a mucosa e avançar a agulha lentamente até que sua extremidade esteja localizada acima do ápice do segundopré-molar. Depositar lentamente 0,9 a 1,2 ml (de metade a dois terços do tubete) da solução (aproximadamente 30 a 40 segundos). Sinais e Sintomas: Subjetivos: dormência do lábio superior Objetivos: uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta do dente à estimulação máxima (80/80); Ausência de dor durante o tratamento Falhas na Anestesia: 1. A solução anestésica não foi depositada acima do ápice do segundo pré-molar (para corrigir: observar as radiografias e aumentar a profundidade de penetração) 2. Deposição da solução muito longe do osso maxilar, com a agulha posicionada nos tecidos lateralmente à altura da prega mucovestibular; RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 3. Osso do arco zigomático no local da injeção, impedindo a difusão do anestésico (correção: injeção supraperiosteal, infraorbitária ou ASP em lugar do bloqueio do nervo ASM). Complicações (raras): um hematoma (aplicar pressão com gaze estéril acima do local da tumefação e da alteração de cor por, no mínimo, 60 segundos). 7. BLOQUEIO N.A.S. MÉDIO ANTERIOR (ASMA) representa uma injeção de bloqueio do nervo maxilar recém-descrita. Esta técnica promove a anestesia pulpar em múltiplos dentes superiores (incisivos, caninos e pré-molares) a partir de um único local de injeção no palato duro, aproximada- mente na metade do caminho ao longo de uma linha imaginária conectando a sutura palatina mediana à margem gengival livre. A linha está localizada no ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molar Como o anestésico local é depositado no palato, os músculos da expressão facial e do lábio superior não são anestesiados. Um volume mínimo de anestésico local é necessário para produzir anestesia pulpar do incisivo central ao segundo pré-molar no lado da injeção. Nervos Anestesiados: Nervo ASA; ASM, quando presente; Plexo nervoso dentário subneural dos nervos alveolar superoanterior e médio Áreas Anestesiadas: Anestesia pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores; Gengiva inserida vestibular destes mesmos dentes; Tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival livre dos dentes associados Indicações: quando são realizados procedimentos odontológicos envolvendo os dentes anterossuperiores ou os tecidos moles; quando é desejada a anestesia de múltiplos dentes anterossuperiores a partir de uma única injeção Contraindicações: pacientes com tecidos palatinos extraordinariamente finos; Pacientes que não conseguem tolerar um tempo de administração de 3 a 4 minutos; Procedimentos que requerem mais de 90 minutos; O uso de um anestésico local contendo adrenalina com uma concentração de 1:50.000. Vantagens: Produz anestesia de múltiplos dentes superiores com uma única injeção; Comparativamente segura; reduz muito o volume de anestésico e o número de punções necessárias em comparação à infiltração maxilar tradicional destes dentes Possibilita a anestesia pulpar e dos tecidos moles efetiva para a raspagem periodontal e o alisamento radicular dos dentes superiores associados Permite que uma avaliação precisa da linha do sorriso seja realizada após a anestesia, o que pode ser útil durante procedimentos odontológicos cosméticos Elimina a inconveniência da dormência pós-operatória do lábio superior e dos músculos da expressão facial Desvantagens: 1. Requer um tempo de administração lento (0,5 ml/min); 2. Pode causar fadiga do operador com uma seringa manual devido ao prolongado tempo de injeção; 3. Pode ser incômoda para o paciente caso administrada incorretamente; 4. Pode haver necessidade de uma anestesia suplementar para os dentes incisivos central e lateral; 5. Pode causar isquemia excessiva caso administrada muito rapidamente; Alternativas: injeções múltiplas supraperiosteais ou do LPD para cada dente; bloqueios dos nervos ASA e ASM; Bloqueio do nervo maxilar TÉCNICA Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. Área de introdução: no palato duro, na metade do caminho ao longo de uma linha imaginária conectando a sutura palatina mediana à margem gengival livre; a linha está localizada no ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molar Área-alvo: osso palatino no local da injeção Pontos de referência: ponto de interseção na metade do caminho ao longo de uma linha da sutura palatina mediana à margem gengival livre, fazendo interseção com o ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molar Orientação do bisel: o bisel da agulha é colocado “voltado para baixo” em direção ao epitélio. A agulha é mantida tipicamente num ângulo de 45° em relação ao palato. O objetivo é forçar a solução através do epitélio externo para a superfície tecidual. O anestésico é administrado numa taxa de aproximadamente 0,5ml por minuto durante a injeção, para uma dose final de aproximadamente 1,4 a 1,8ml. Avisar ao paciente que ele experimentará uma sensação de pressão firme. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Sinais e Sintomas: Subjetivos: uma sensação de firmeza e dormência é imediatamente experimentada nos tecidos palatinos; dormência dos dentes e dos tecidos moles associados desde o incisivo central ao segundo pré-molar do lado da injeção. Objetivos: palidez dos tecidos moles (se for usado um vasoconstritor) do palato e da gengiva inserida vestibular é evidente desde o incisivo central à região dos pré-molares; uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta dos dentes à estimulação máxima (80/80) ausência de dor durante o tratamento; não ocorre anestesia da face e do lábio superior. Falhas da Anestesia:1. Pode haver necessidade de uma anestesia suplementar para os incisivos centrais e laterais. Complicações:1. Úlcera palatina no local da injeção, desenvolvendo-se 1 ou 2 dias no pós-operatório (autolimitante, cicatriza em 5 a 10 dias); 2. Contato inesperado com o nervo nasopalatino; 3. Densidade do local da injeção causando esguicho do anestésico para fora e gosto amargo na boca. 8. BLOQUEIO N. MAXILAR Eficaz para produzir anestesia profunda de uma hemimaxila. Nervo Anestesiado: divisão maxilar do nervo trigêmeo. Áreas Anestesiadas: anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do bloqueio; periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes; tecidos moles e osso do palato duro e parte do palato mole, medialmente à linha média; pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e lábio superior Indicações: Controle da dor antes de procedimentos cirúrgicos extensos, periodontais ou restauradores que requeiram anestesia de toda a divisão maxilar; Casos em que uma inflamação ou infecção tecidual impede o uso de outros bloqueios regionais (p. ex., ASP, ASA, ASMA, P- ASA) ou da injeção supraperiosteal; procedimentos diagnósticos ou terapêuticos para neuralgias ou tiques da segunda divisão do nervo trigêmeo Contraindicações:1. Profissional inexperiente; 2. Pacientes pediátricos (dimensões anatômicas menores, paciente deve ser cooperativo); 3. Pacientes não cooperativos; 4. Inflamação ou infecção dos tecidos sobrejacentes ao local da injeção 5. Casos em que há risco de hemorragia (p. ex., em um hemofílico); 6. No acesso ao canal palatino maior: incapacidade de conseguir acesso ao canal; obstruções ósseas podem estar presentes em 5% a 15% dos canais Vantagens: 1. Injeção atraumática pela abordagem da tuberosidade alta; 2. Alta taxa de sucesso (> 95%); 4. Minimiza o número de perfurações da agulha necessárias para uma anestesia bem-sucedida da hemimaxila (mínimo de quatro através do ASP, infraorbitário, palatino maior e nasopalatino); 5. Minimiza o volume total de solução de anestésico local injetada para 1,8 versus 2,7 ml; 6. Tanto o acesso da tuberosidade alta quanto o do canal palatino maior são usualmente atraumáticos. Desvantagens: risco de hematoma, principalmente com a abordagemda tuberosidade alta, é possível que haja introdução excessiva devido à ausência de pontos de referência ósseos, se não for seguida a técnica apropriada; Ausência de hemostasia: caso necessário deve-se aplicar na área da cirurgia uma infiltração de anestésico local contendo vasoconstritor; Dor: a abordagem do canal palatino maior é potencialmente (embora não usualmente) traumática. Alternativas: para se obter a mesma distribuição de anestesia presente num bloqueio do nervo maxilar, devem- se administrar todos os seguintes: Bloqueio do nervo ASP, ASA, palatino maior, nasopalatino. TÉCNICA DA TUBEROSIDADE ALTA Uma agulha longa de calibre 25 é recomendada. Uma agulha longa calibre 27 é aceitável. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima da face distal do segundo molar superior Área-alvo: Nervo maxilar, no ponto onde ele atravessa a fossa pterigopalatina; Superior e medial à área-alvo do bloqueio do nervo ASP. Pontos de referência: Prega mucovestibular na face distal do segundo molar superior; Tuberosidade da maxila; Processo zigomático da maxila. Orientação do bisel: voltado para o osso. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Medir o comprimento de uma agulha longa da extremidade até o canhão (média de 32 mm, mas varia de acordo com o fabricante); Abrir parcialmente a boca do paciente; puxar a mandíbula para o lado da injeção; Retrair a bochecha na área da injeção com seu dedo indicador para aumentar a visibilidade; Esticar e tensionar os tecidos com este dedo; Colocar a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o segundo molar superior; Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás, conforme descrito para o bloqueio do nervo ASP; Avançar a agulha até uma profundidade de 30 mm na qual a extremidade da agulha deve estar na fossa pterigopalatina, próxima da divisão maxilar do nervo trigêmeo. Não deve ser encontrada resistência à penetração da agulha. Se for encontrada, o ângulo da agulha em direção à linha média está muito grande. Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente (mais de 60 segundos) 1,8 ml. Aspirar várias vezes durante a injeção. TÉCNICA DO CANAL PALATINO MAIOR Uma agulha longa de calibre 25 é recomendada, 27 aceitável. Área de introdução: tecidos moles palatinos diretamente sobre o forame palatino maior. Área-alvo: o nervo maxilar, no ponto que atravessa a fossa pterigopalatina; a agulha atravessa o canal palatino maior para alcançar a fossa pterigopalatina Pontos de referência: forame palatino maior, junção do processo alveolar maxilar e o osso palatino Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles palatinos. Pedir ao paciente, em posição supina, para abrir bem a boca, estender o pescoço, virar a cabeça para melhor visibilidade. Localizar o forame palatino maior; Colocar uma haste de algodão na junção do processo alveolar maxilar e do palato duro; Começar na região do segundo molar e palpar comprimindo posteriormente os tecidos com a haste de algodão. A haste de algodão “cairá” na depressão criada pelo forame palatino maior. O forame está mais frequentemente localizado na face distal do segundo molar superior Aplicar anestésico tópico por 2 minutos, após isso, movimentar a haste de algodão posteriormente, de modo que se situe logo posterior ao forame palatino maior. Direcionar a seringa para a boca a partir do lado oposto, com a agulha aproximando-se do local da injeção num ângulo reto. Colocar o bisel contra os tecidos moles isquêmicos no local da injeção. A agulha deve estar bem estabilizada para evitar a perfuração acidental dos tecidos. Comprimir suficientemente para curvar levemente a agulha. Injetar um pequeno volume do anestésico local. A solução será forçada contra a membrana mucosa, formando uma gotícula. Retificar a agulha e permitir que o bisel perfure a mucosa. Continuar a injetar pequenos volumes de anestésico durante todo o procedimento. A isquemia se propagará pelos tecidos adjacentes à medida que o anestésico for depositado. Continuar a comprimir com a haste de algodão durante esta etapa do procedimento. O bloqueio do nervo palatino maior está agora completo. Sondar delicadamente o forame palatino maior. O paciente não sentirá desconforto devido à solução de anestésico depositada anteriormente. O ângulo da agulha e da seringa pode ser modificado, se necessário. A agulha geralmente deve ser mantida em um ângulo de 45 graus para facilitar a entrada no forame palatino maior Após localizar o forame, avançar a agulha muito lentamente no canal palatino maior até uma profundidade de 30 mm. Se for encontrada alguma resistência, retirar ligeiramente a agulha e lentamente tentar introduzi-la em um ângulo diferente. Se a agulha não puder avançar mais e a profundidade de penetração for quase adequada, continuar com as próximas etapas; no entanto, se a profundidade for consideravelmente deficiente, retirar a agulha e interromper a tentativa. Aspirar em dois planos: (1) Rotacionar a agulha um quarto de volta e reaspirar novamente. (2) Se negativa, injetar lentamente 1,8 ml de solução durante, no mínimo, 1 minuto. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Sinais e Sintomas Subjetivos: pressão atrás da parte superior da maxila no lado da injeção; isto em geral desaparece rapidamente, progredindo para formigamento e dormência da pálpebra inferior, lateral do nariz e do lábio superior; sensação de dormência nos dentes e nos tecidos moles vestibulares e palatinos no lado da injeção Objetivos: uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta dos dentes à estimulação máxima (80/80); ausência de dor durante o tratamento Odontológico. Falhas da Anestesia: anestesia parcial: pode ser devido à pouca penetração da agulha. Incapacidade de transpor o canal palatino maior, abordagem maior é geralmente bem- sucedida se a agulha tiver pelo menos dois terços de seu comprimento introduzidos no canal. Complicações: hematoma se desenvolve rapidamente se a artéria maxilar for puncionada durante o bloqueio do nervo maxilar, através da abordagem da tuberosidade alta. Pode haver a perfuração da órbita durante o acesso pelo forame palatino maior, se a agulha for avançada excessivamente; isso é mais provável de ocorrer em crânios menores do que o normal. As complicações produzidas pela injeção do anestésico local na órbita incluem:* a. Deslocamento das estruturas orbitais por volume, produzindo tumefação periorbital e proptose b. Bloqueio regional do sexto nervo craniano (abducente), produzindo diplopia c. Bloqueio retrobulbar clássico, produzindo midríase, anestesia da córnea e oftalmoplegia d. Possível bloqueio do nervo óptico com perda transitória da visão (amaurose) e. Possível hemorragia retrobulbar f. Para se evitar uma injeção intraorbitária: seguir rigorosamente o protocolo e modificar sua técnica para o paciente menor. Penetração da cavidade nasal (se a agulha desviar-se medialmente durante a introdução através do canal palatino maior, a parede medial da fossa pterigopalatina fina- papirácea será perfurada e a agulha entrará na cavidade nasal. (1) Na aspiração, surge grande quantidade de ar no tubete. (2) Na injeção, o paciente queixa-se de que a solução de anestésico local está escorrendo pela garganta. (3) Para evitar: manter a boca do paciente bem aberta e tomar cuidado durante a penetração, para que a agulha permaneça no plano correto ao avançar. (4) Para evitar: não force a agulha caso seja encontrada alguma resistência. 9. BLOQUEIO N. PALATINO MAIOR O bloqueio do nervo palatino maior é muito útil durante procedimentos odontológicos envolvendo os tecidos moles palatinos distais ao canino. Volumes mínimos de solução (0,45 a 0,6 ml) produzem anestesia profunda dos tecidos moles e duros do palato. Embora potencialmentetraumático, o bloqueio do nervo palatino maior é menos traumático que o bloqueio do nervo nasopalatino, pois os tecidos que circundam o forame palatino maior não estão tão firmemente aderidos ao osso e por isso acomodam melhor o volume de solução depositado. Áreas Anestesiadas: a parte posterior do palato duro e os tecidos moles sobrejacentes, anteriormente até o primeiro pré-molar e medialmente até a linha média Indicações: em casos em que a anestesia dos tecidos moles do palato é necessária para o tratamento restaurador em mais de dois dentes (p. ex., em restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival); Para controle da dor durante procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos palatinos moles e duros. Contraindicações: inflamação ou infecção no local da injeção; pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes) Vantagens: minimiza as penetrações da agulha e o volume de solução; minimiza o desconforto para o paciente Desvantagens: não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção; potencialmente traumático Alternativas: infiltração local em regiões específicas; bloqueio do nervo maxilar. TÉCNICA Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. Área de introdução: tecidos moles levemente anteriores ao forame palatino maior Área-alvo: nervo palatino maior (anterior), quando passa anteriormente entre os tecidos moles e o osso do palato duro. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Pontos de referência: forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino Trajeto da introdução: avançar a seringa a partir do lado oposto da boca formando um ângulo reto com a área-alvo Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles palatinos. Localizar o forame palatino maior (como na técnica bloqueio N. maxilar via canal palatino); Continuar a aplicar anestesia compressiva durante toda a deposição de solução anestésica. A isquemia se propagará à medida que o vasoconstritor diminuir a perfusão tecidual. Avançar lentamente a agulha até que toque suavemente o osso palatino. A profundidade de penetração é em geral de aproximadamente de 5 mm. Continuar a injetar pequenos volumes de anestésico. À medida que o tecido é perfurado, haverá aumento da resistência à deposição da solução, o que é absolutamente normal no bloqueio do nervo palatino maior. Aspirar em dois planos (caso a aspiração seja negativa, injetar lentamente - no mínimo durante 30 segundos, não mais do que um quarto a um terço de um tubete - 0,45 a 0,6ml). Sinais e Sintomas Subjetivos: dormência na parte posterior do palato Objetivos: ausência de dor durante o tratamento Odontológico. Precauções: não entrar no canal palatino maior. Embora isso não seja perigoso, não há nenhuma razão para se entrar no canal para que esta técnica seja bem-sucedida. Falhas da Anestesia: se o anestésico local for depositado muito anterior ao forame, a anestesia adequada dos tecidos moles pode não ser produzida nos tecidos palatinos posteriores ao local de injeção (sucesso parcial); a anestesia do palato na área do primeiro pré-molar superior pode ser inadequada devido às fibras superpostas do nervo nasopalatino (sucesso parcial). Complicações: Isquemia e necrose dos tecidos moles, quando uma solução vasoconstritora muito concentrada é utilizada para a hemostasia por um período prolongado (a. Nunca se deve usar a noradrenalina para hemostasia dos tecidos moles palatinos (a noradrenalina não está disponível em anestésicos locais odontológicos nos Estados Unidos ou no Canadá). Hematoma é possível, mas é raro devido à densidade e à firme aderência dos tecidos palatinos ao osso subjacente; Alguns pacientes podem apresentar desconforto quando o palato mole for anestesiado; isto é possível nos casos em que o nervo palatino médio está próximo ao local da injeção. 10. BLOQUEIO N. NASOPALATINO O bloqueio do nervo nasopalatino é uma técnica muito valiosa para o controle da dor palatina, pois, com a administração de um volume mínimo de solução anestésica (no máximo um quarto do tubete), uma ampla área dos tecidos moles palatinos é atingida, minimizando assim a necessidade de múltiplas injeções do palato. Infelizmente, o bloqueio N. nasopalatino tem a característica de ser uma injeção que pode ser muito traumática. Nervos Anestesiados: nervos nasopalatinos bilateralmente. Áreas Anestesiadas: porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) bilateralmente desde a face mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do primeiro pré- molar esquerdo Indicações: 1. Quando for necessária anestesia dos tecidos moles palatinos para tratamento restaurador em mais de dois dentes (p. ex. restaurações subgengivais e inserção de matriz subgengival); 2. Controle da dor durante RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA procedimentos periodontais ou cirúrgicos orais envolvendo os tecidos moles e duros do palato Contraindicações: 1. Inflamação ou infecção no local da injeção; 2. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes) Vantagens; minimiza as perfurações da agulha e o volume de solução; 2. Minimiza o desconforto para o paciente oriundo de múltiplas perfurações da agulha Desvantagens: 1. Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção; 2. Potencialmente a injeção intraoral mais traumática; contudo, o protocolo para uma injeção atraumática ou o uso de um sistema C-CLAD ou de uma solução anestésica local tamponada pode reduzir muito ou eliminar completamente o desconforto. Alternativa: infiltração local em regiões específicas; bloqueio n. maxilar (apenas unilateral); bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA) (apenas unilateral). TÉCNICA (INJEÇÃO ÚNICA NO PALATO ) Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada. Área de introdução: mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva (localizada na linha média atrás dos incisivos centrais); o tecido aqui é mais sensível que o restante da mucosa palatina Área-alvo: forame incisivo, sob a papila incisiva (Fig. 13-35) Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva Trajeto de introdução: aproximar o local de injeção em um ângulo de 45 graus em direção à papila incisiva Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles do palato (rever o procedimento para a injeção palatina básica) Com o bisel situado sobre o tecido: Aplicar pressão suficiente para curvar ligeiramente a agulha; Depositar um pequeno volume do anestésico. A solução será forçada contra a membrana mucosa. Retificar a agulha e permitir que o bisel perfure a mucosa. Continuar a injetar pequenos volumes de anestésico durante todo o procedimento. Observar a isquemia propagando-se para os tecidos adjacentes enquanto a solução é depositada. Continuar a aplicar pressão com a haste de algodão enquanto injeta o anestésico. Avançar a agulha lentamente em direção ao forame incisivo até que toque suavemente o osso A profundidade de penetração é de aproximadamente 5 mm. Injetar pequenos volumes de anestésico enquanto avança a agulha. À medida que o tecido é perfurado, haverá aumento da resistência à injeção da solução, o que é normal no bloqueio do nervo nasopalatino. Retirar a agulha 1 mm (para evitar a injeção subperiosteal). O bisel agora se situa sobre o centro do forame incisivo. Aspirar; Caso a aspiração seja negativa, injetar lentamente (no mínimo durante 15 a 30 segundos) não mais que um quarto a um terço de um tubete (0,45 ml). Sinais e Sintomas Subjetivos: dormência na parte anterior do palato Objetivos: ausência de dor durante o tratamento odontológico Aspectos de Segurança: Contato com o osso; Aspiração Precauções 1. Contra a dor: a. Não introduzir a agulha diretamente na papila incisiva (é extremamente doloroso); b. Não injetar a solução muito rapidamente; c. Não injetar muitasolução. 2. Contra infecção: a. Se a agulha avançar mais de 5 mm no canal incisivo e ocorrer a penetração acidental do assoalho do nariz, pode haver infecção. Não há razão para a agulha entrar no canal incisivo durante o bloqueio do nervo nasopalatino. Falhas da Anestesia 1. Injeção muito bem-sucedida (taxa de sucesso > 95%) 2. Anestesia unilateral: a. Se a injeção for depositada de um lado do canal incisivo, pode produzir anestesia unilateral. b. Para corrigir: reintroduzir a agulha no tecido já anestesiado e injetar novamente a solução na área não anestesiada. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 3. Anestesia inadequada dos tecidos moles palatinos na área do canino e do primeiro pré-molar superior: a. Se houver superposição entre as fibras do nervo palatino maior e do nervo nasopalatino, a anestesia dos tecidos moles palatinos do canino e do primeiro pré-molar poderá ser inadequada. b. Para corrigir: a infiltração local pode ser necessária como um suplemento na área inadequadamente anestesiada. Complicações: Poucas são importantes; Hematoma é possível, mas é muito raro devido à densidade e à firme aderência dos tecidos palatinos ao osso; A necrose dos tecidos moles é possível quando uma; solução vasoconstritora muito concentrada (p. ex., noradrenalina) é utilizada para hemostasia por um período prolongado (a noradrenalina não está disponível em anestésicos locais odontológicos nos Estados Unidos ou no Canadá). Devido à densidade dos tecidos moles, a solução anestésica pode “esguichar” de volta pelo local de perfuração da agulha durante a administração ou após a remoção da agulha. (Isso não tem significado clínico. Todavia, não deixe que isso o surpreenda e o faça emitir uma exclamação como “Opa!”, o que poderia assustar o paciente.) TÉCNICA (MÚLTIPLAS PERFURAÇÕES DA AGULHA) Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada. Área de introdução: Freio labial na linha média entre os incisivos centrais superiores Papila interdentária entre os incisivos centrais superiores Se necessário, os tecidos moles palatinos laterais à papila incisiva Área-alvo: forame incisivo, sob a papila incisiva Pontos de referência: incisivos centrais e papila incisiva Trajetória de introdução: Primeira injeção: infiltração no freio labial (0,3mL) Segunda injeção: agulha mantida em ângulo reto com a papila interdentária – logo acima do nível do osso da crista. (0,3mL) Terceira injeção: quando a anestesia da área nasopalatina é inadequada após as duas primeiras - injeções.agulha mantida em um ângulo de 45 graus em relação à papila incisiva (0,3mL) Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: dormência do lábio superior (na linha média) e na parte anterior do palato 2. Objetivos: ausência de dor durante a terapia odontológica. Vantagem. Total ou relativamente atraumática Desvantagens: Requer múltiplas injeções (três); Dificuldade de estabilização da seringa durante a segunda injeção; Corpo da seringa geralmente na linha de visão do paciente durante a segunda injeção Precauções: 1. Contra a dor: se cada injeção for realizada como recomenda a técnica, a execução deve ser atraumática. 2. Contra infecção: na terceira injeção, não deixar a agulha avançar para dentro do canal incisivo. O risco de infecção aumenta com penetração acidental do assoalho do nariz. Falhas da Anestesia Injeção com elevada taxa de sucesso (> 95%); Anestesia inadequada dos tecidos moles em torno do canino e do primeiro pré-molar devido à superposição de fibras do nervo palatino maior a. Para a corrigir: pode ser necessária a infiltração local na área como complemento. Complicações: Poucas são importantes; A necrose dos tecidos moles pode ocorrer quando uma solução vasoconstritora muito concentrada, como noradrenalina.); A papila interdentária entre os incisivos superiores algumas vezes fica bastante dolorida por vários dias após a injeção. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA TÉCNICAS MANDIBULARES 1. BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL Nervo Anestesiado. Mentual, um ramo terminal do NAI. Áreas Anestesiadas. Membrana mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual (em torno do segundo pré- molar) até a linha média e a pele do lábio inferior e do queixo. Indicação. Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos na mandíbula anteriormente ao forame mentual, como os seguintes: 1. Biópsias dos tecidos moles 2. Sutura de tecidos moles. Contraindicação. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção. Vantagens: 1. Elevada frequência de êxito; 2. Tecnicamente fácil 3. Em geral totalmente atraumático Desvantagem. Hematoma. Alternativas 1. Infiltração local 2. Bloqueio do nervo alveolar inferior 3. Bloqueio do nervo mandibular de Gow-Gates 4. Bloqueio nervoso de Vazirani-Akinosi. Técnica É recomendada uma agulha curta de calibre 25 ou 27. Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior ao mesmo Área-alvo: nervo mentual à saída do forame mentual (geralmente localizado entre o ápice do primeiro pré-molar e o do segundo) Marcos: pré-molares mandibulares e prega mucobucal Orientação do bisel: em direção ao osso durante a injeção a. Assumir a posição correta. (1) Para um bloqueio do nervo mentual direito ou esquerdo, um administrador destro deve se sentar confortavelmente em frente ao paciente, de modo que a seringa possa ser colocada na boca abaixo da linha de visão do paciente b. Posicionar o paciente. (1) O decúbito dorsal é recomendado, mas o semidecúbito é aceitável. fechar parcialmente a boca. c. Localizar o forame mentual. (1) Colocar seu dedo indicador na prega mucobucal e fazer pressão contra o corpo da mandíbula na área do primeiro molar. (2) Mover seu dedo devagar em sentido anterior até que o osso sob seu dedo tenha uma aparência irregular e algo côncava O osso posterior e anterior ao forame mentual é liso; o osso imediatamente em torno do forame, porém, é mais áspero ao tato. O forame mentual é encontrado habitualmente em torno do ápice do segundo pré-molar. Contudo, ele pode ser encontrado anterior ou posteriormente a esse local. d. Orientar a seringa com o bisel dirigido ao osso. Penetrar a membrana mucosa no local de injeção, no canino ou no primeiro pré-molar, dirigindo a seringa ao forame mentual e. Avançar a agulha bem devagar até chegar ao forame. A profundidade de penetração é de 5 a 6 mm. Para o bloqueio do nervo mentual ser bem- sucedido, não há nenhuma necessidade de entrar no forame mentual ou de fazer contato com o osso f. Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente 0,6 ml (aproximadamente um terço do cartucho) em 20 segundos. Se o tecido no local da injeção inflar como um balão (ficar tumefeito ao se injetar o anestésico), interromper o depósito e remover a seringa. g. Aguardar de 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento. Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: formigamento ou dormência no lábio inferior 2. Objetivos: ausência de dor durante o tratamento Precauções. Tocar no periósteo produz desconforto. Para prevenir: evitar o contato com o periósteo ou depositar uma pequena quantidade da solução antes de fazer contato com ele. Falhas da Anestesia. Raras no bloqueio do nervo mentual. Complicações 1. Poucas com alguma consequência RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 2. Hematoma (coloração azulada e tumefação do tecido no local de injeção). O sangue pode sair do ponto de punção da agulha para a prega bucal. Para tratar: aplicar pressão com gaze diretamente à área de sangramento durante pelo menos 2 minutos 3. Parestesias no lábio e/ou queixo. O contato da agulha com o nervo mentual à saída do forame mentual pode ocasionar a uma sensação de “choque elétrico” ou graus variáveis de parestesia (rara) 2. BLOQUEIO DO NERVOBUCAL Outros Nomes Comuns. Bloqueio do nervo bucal longo, bloqueio do nervo bucinador. Nervo Anestesiado. Bucal (um ramo da divisão anterior de V3). Área Anestesiada. Tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares mandibulares. Indicação. Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos dentários na região molar mandibular. Contraindicação. Infecção ou inflamação na área da injeção. Vantagens 1. Elevada frequência de sucesso 2. Tecnicamente fácil Desvantagens. Potencial de dor se a agulha entrar em contato com o periósteo durante a injeção. Alternativas 1. Infiltração bucal 2. Bloqueio do nervo mandibular de Gow-Gates 3. Bloqueio do nervo mandibular de Vazirani-Akinosi 4. Injeção LPD 5. Injeção intraóssea 6. Injeção intrasseptal. Técnica 1. É recomendada uma agulha longa de calibre 25 ou 27. Isso é usado mais frequentemente porque o bloqueio do nervo bucal é administrado em geral imediatamente após um BNAI. A agulha longa é recomendada devido ao local de depósito posterior, e não à profundidade de inserção tecidual (que é mínima). Área de inserção: membrana mucosa distal e bucal em relação ao dente molar mais distal no arco. Área-alvo: nervo bucal ao passar sobre a borda anterior do ramo da mandíbula Marcos: molares mandibulares, prega mucobucal Orientação do bisel: em direção ao osso durante a injeção. Dirigir a seringa para o local de injeção com o bisel com a face para baixo em direção ao osso e a seringa alinhada paralelamente ao plano oclusal do lado da injeção, porém em posição bucal em relação aos dentes (Fig. 14-14, A). f. Penetrar a membrana mucosa no local de injeção, em posição distal e bucal relativamente ao último molar (Fig. 14- 14, B). g. Avançar a agulha devagar até fazer contato de leve com o mucoperiósteo. Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente 0,3 ml (aproximadamente um oitavo de um cartucho) em 10 segundos. Caso o tecido no local da injeção infle como um balão (fique tumefeito durante a injeção), interromper o depósito da solução. Se a solução escorrer para fora do local de injeção (voltando para a boca do paciente) durante o depósito: Parar a injeção; Avançar a ponta da agulha mais profundamente no tecido; Aspirar novamente;Continuar a injeção. Retirar a seringa devagar e tornar a agulha segura imediatamente; Aguardar aproximadamente 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento. Sinais e Sintomas 1. Devido à localização e ao tamanho pequeno da área anestesiada, o paciente raramente apresenta algum sintoma subjetivo. Objetivos: a instrumentação na área anestesiada sem dor indica um controle satisfatório da dor. Aspectos de Segurança 1. A agulha faz contato com o osso, impedindo assim a inserção excessiva. 2. Frequência mínima de aspiração positiva RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Precauções 1. Dor à inserção pelo contato com o periósteo não anestesiado. Isso pode ser evitado depositando-se algumas gotas do anestésico local antes de se tocar o periósteo. Falhas da Anestesia. Raras com o uso do bloqueio nervoso bucal: Volume inadequado do anestésico retido nos tecidos Complicações 1. Poucas com alguma consequência 2. Hematoma (coloração azulada e tumefação do tecido no local da injeção). O sangue pode sair do ponto de punção da agulha para o vestíbulo bucal. Para tratar: aplicar pressão com gaze diretamente à área do sangramento por um período mínimo de 3 a 5 minutos. 3. BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO O nervo é sempre anestesiado quando um bloqueio nervoso alveolar inferior ou mandibular é bem-sucedido; por essa razão, o bloqueio do nervo incisivo não é necessário em casos em que esses bloqueios são administrados. Outro Nome Comum. Bloqueio do nervo mentual (inadequado). Nervos Anestesiados. Mentual e incisivo. Áreas Anestesiadas: 1. Membrana mucosa bucal anterior ao forame mentual, geralmente do segundo pré-molar até a linha média 2. Lábio inferior e pele do queixo 3. Fibras nervosas pulpares aos pré-molares, ao canino e aos incisivos Indicações 1. Procedimentos dentários envolvendo a anestesia pulpar em dentes mandibulares anteriores ao forame mentual 2. Casos em que o BNAI não está indicado: a. Quando são tratados seis, oito ou 10 dentes anteriores (p. ex., de canino a canino ou de pré-molar a pré-molar), o bloqueio do nervo incisivo é recomendado em lugar de BNAI bilaterais. Contraindicação. Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. Vantagens 1. Proporciona anestesia pulpar e dos tecidos duros sem anestesia lingual (que é desconfortável e desnecessária em muitos pacientes); útil em lugar de BNAI bilaterais; 2.Elevada frequência de êxito Desvantagens 1. Não proporciona anestesia lingual. Os tecidos linguais devem ser injetados conforme descrito anteriormente caso se deseje a anestesia. 2. Pode haver uma anestesia parcial na linha média devido à superposição de fibras nervosas do lado oposto (extremamente rara). Pode ser necessária a infiltração local de 0,9 ml do anestésico local tanto no aspecto bucal como no lingual dos incisivos centrais mandibulares para se obter a anestesia pulpar completa. Alternativas 1. Infiltração local tecidos moles bucais e anestesia pulpar e dos incisivos centrais e laterais 2. Bloqueio do nervo alveolar inferior 3. Bloqueio do nervo mandibular de Gow-Gates 4. Bloqueio do nervo mandibular de Vazirani-Akinosi 5. Injeção do ligamento periodontal Técnica É recomendada uma agulha curta de calibre 27. Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior a ele Área-alvo: forame mentual, através do qual o nervo mentual sai e no interior do qual o nervo incisivo está localizado Marcos: pré-molares mandibulares e prega mucobucal Orientação do bisel: em direção ao osso durante a injeção Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente 0,6 ml (aproximadamente um terço de um cartucho) em 20 segundos. Durante a injeção, manter uma pressão leve do dedo diretamente sobre o local de injeção para aumentar o volume de solução entrando no forame mentual. Isso pode ser feito com uma pressão intra ou extraoral. Os tecidos no local da injeção devem inflar como um balão, porém muito ligeiramente. Aguardar de 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento dentário. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: dormência ou formigamento no lábio inferior 2. Objetivos: o uso de um testador elétrico da polpa (TEP) e a não evocação de uma resposta à estimulação máxima (80/80) em dois testes consecutivos a um intervalo de pelo menos 2 minutos serve como “garantia” de uma anestesia pulpar bem-sucedida em dentes sem pulpite. 3. Objetivos: não é sentida nenhuma dor durante a terapia. Precaução: Geralmente uma injeção atraumática, a não ser que a agulha faça contato com o periósteo ou a solução seja depositada muito rapidamente. Falhas da Anestesia 1. Volume inadequado de solução anestésica no forame mentual, com ausência subsequente de anestesia pulpar. Para corrigir: injetar novamente na região correta e aplicar pressão ao local de injeção. 2. Duração inadequada da pressão após a injeção. É necessário aplicar-se uma pressão firme sobre o local da injeção por um período mínimo de 2 minutos para forçar o anestésico local a entrar no forame mentual e proporcionar anestesia ao segundo pré-molar, que pode ser distal ao forame. A não obtenção da anestesia do segundo pré-molar é causada comumente pela aplicação inadequada de pressão após a injeção. Complicações 1. Poucas com alguma consequência 2. Hematoma (coloração azulada e tumefação do tecido no local da injeção). O sangue pode sair do local de punção para a prega bucal. Para tratar: aplicar pressão com gaze diretamenteà área por 2 minutos. Isso raramente é um problema, porque um protocolo de bloqueio nervoso incisivo apropriado envolve a aplicação de pressão no local de injeção por 2 minutos. 3. Parestesias do lábio e/ou do queixo. O contato da agulha com o nervo mentual ao sair do forame mentual pode ocasionar a sensação de um “choque elétrico” ou graus variáveis de parestesia (rara). 4. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR Nervos Anestesiados 1. Alveolar inferior, um ramo da divisão posterior da divisão mandibular do nervo trigêmeo (V3) 2. Incisivo 3. Mentual 4. Lingual (comumente) Áreas Anestesiadas: 1. Dentes mandibulares até a linha média 2. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula 3. Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo mentual) 4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual) 5. Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual) Indicações 1. Procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante 2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais 3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais Contraindicações 1. Infecção ou inflamação aguda na área de injeção (rara) RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 2. Pacientes que tenham maior probabilidade de morder o lábio ou a língua, como uma criança muito pequena ou um adulto ou criança portador de deficiência física ou mental Vantagens. Uma injeção proporciona uma ampla área anestesia (útil para a odontologia de quadrantes). Desvantagens 1. Ampla área de anestesia (não indicada para procedimentos localizados). 2. Frequência de anestesia inadequada (31% a 81%) 3. Marcos intraorais não consistentemente confiáveis 4. Aspiração positiva (10% a 15%, a mais alta de todas as técnicas de injeção intraoral) 5. Anestesia da língua e do lábio inferior, desagradável para muitos pacientes e possivelmente perigosa (trauma autoinfligido aos tecidos moles) em alguns indivíduos 6. Anestesia parcial possível em casos em que estão presentes um nervo alveolar inferior bífido e canais mandibulares bífidos; inervação cruzada na região anteroinferior. Alternativas 1. Bloqueio do nervo mentual, para a anestesia dos tecidos moles bucais anteriormente ao primeiro molar 2. Bloqueio do nervo incisivo, para a anestesia dos tecidos moles pulpares e bucais de dentes anteriores ao forame mentual (geralmente do segundo pré-molar ao incisivo central) 3. Injeção supraperiosteal, para a anestesia pulpar dos incisivos centrais e laterais e por vezes dos pré-molares 4. Bloqueio do nervo mandibular de Gow-Gates 5. Bloqueio do nervo mandibular de Vazirani-Akinosi 6. Injeção LPD para a anestesia pulpar de qualquer dente mandibular 7. Injeção IO para a anestesia pulpar e dos tecidos moles de qualquer dente mandibular, porém especialmente os molares. 8. Injeção intrasseptal para a anestesia pulpar e dos tecidos moles de qualquer dente mandibular Técnica Uma agulha dentária longa é recomendada em pacientes adultos. Dá-se preferência a uma agulha longa de calibre 25; uma agulha longa de calibre 27 é aceitável. Área de inserção: membrana mucosa do lado medial (lingual) do ramo da mandíbula, na interseção de duas linhas — uma horizontal, representando a altura de inserção da agulha, e a outra vertical, representando o plano anteroposterior de injeção Área-alvo: nervo alveolar inferior ao descer em direção ao forame mandibular, porém antes de ele entrar no forame Marcos a. Incisura coronoide (concavidade maior na borda anterior do ramo da mandíbula) b. Rafe pterigomandibular (parte vertical) c. Plano oclusal dos dentes mandibulares posteriores Orientação do bisel da agulha: importância menor do que em outros bloqueios nervosos, porque a agulha se aproxima do nervo alveolar inferior aproximadamente em ângulo reto Avançar a agulha devagar até poder sentir que ela encontra uma resistência óssea. A profundidade média de penetração até o contato com o osso vai ser de 20 a 25 mm, aproximadamente de dois terços a três quartos do comprimento de uma agulha dentária longa Caso se faça contato com o osso cedo demais (menos da metade do comprimento de uma agulha dentária longa), a ponta da agulha está geralmente localizada demasiado anteriormente (lateralmente) no ramo da mandíbula. Se não houver o contato com o osso, a ponta da agulha está localizada demasiado posteriormente (medialmente). Introduzir a agulha. Ao fazer contato com o osso, retrair aproximadamente 1 mm para evitar a injeção subperiosteal. Aspirar em dois planos. Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente 1,5 ml de anestésico num período mínimo de 60 segundos. (Devido à elevada incidência de aspiração positiva e à tendência natural a se depositar a solução demasiado rapidamente, a sequência de injeção lenta, nova aspiração, injeção lenta e nova aspiração é fortemente recomendada.) RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Retirar lentamente a seringa e aspirar novamente quando aproximadamente metade de seu comprimento permanecer nos tecidos. Caso a aspiração seja negativa, depositar parte da solução restante (0,2 ml) para anestesiar o nervo lingual. Aguardar de 3 a 5 minutos antes de testar quanto à anestesia pulpar. Sinais e Sintomas 1. Subjetivos: formigamento ou dormência no lábio inferior indica a anestesia do nervo mentual, um ramo terminal do nervo alveolar inferior. Esta é uma boa indicação de que o nervo alveolar inferior está anestesiado, embora não seja um indicador confiável da profundidade da anestesia. 2. Subjetivos: formigamento ou dormência na língua indica a anestesia do nervo lingual, um ramo da divisão posterior de V3. Ela acompanha habitualmente o BNAI, mas pode estar presente sem a anestesia do nervo alveolar inferior. 3. Objetivos: o uso de um testador elétrico da polpa (TEP) e a não evocação de qualquer resposta à estimulação máxima (80/80) em dois testes consecutivos separados por pelo menos 2 minutos servem como “garantia” de uma anestesia pulpar bem-sucedida em dentes sem pulpite. 4. Objetivos: não é sentida nenhuma dor durante a terapia dentária. Aspecto de Segurança. A agulha faz contato com o osso, impedindo a inserção excessiva, com as complicações a isso associadas. Precauções 1. Não depositar o anestésico local se não houver o contato com o osso. A ponta da agulha pode estar situada no interior da glândula parótida, próximo ao nervo facial (VII nervo craniano), e um bloqueio transitório (paralisia) do nervo facial pode ocorrer se a solução anestésica local for depositada. 2. Evitar a dor não fazendo o contato com o osso com muita força. Complicações 1. Hematoma (raro) a. Tumefação dos tecidos do lado medial do ramo mandibular após o depósito do anestésico b. Tratamento: aplicação de pressão e frio (p. ex., gelo) à área por um período mínimo de 3 a 5 minutos 2. Trismo a. Músculo dolorido ou com movimento limitado (1) Um grau leve de desconforto ao se abrir a mandíbula é extremamente comum após o BNAI (depois de a anestesia ter se dissipado). (2) Um desconforto mais intenso associado a uma abertura limitada da mandíbula é raro. 3. Paralisia facial transitória (anestesia do nervo facial) a. Produzida pelo depósito do anestésico local no corpo da glândula parótida, bloqueando o VII nervo craniano (n. facial), um nervo motor aos músculos da expressão facial. Os sinais e sintomas incluem a incapacidade de fechar a pálpebra inferior e a queda do lábio superior do lado afetado. 5. BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR: A TÉCNICA DE GOW-GATES A técnica Gow-Gates é um verdadeiro bloqueio nervoso mandibular, por proporcionar anestesia sensorial em praticamente toda a distribuição de V3. O nervo alveolar inferior, o lingual, o milo-hióideo,o mentual, o incisivo, o auriculotemporal e o bucal são todos bloqueados pela injeção de Gow-Gates. As vantagens significativas da técnica de Gow-Gates sobre o BNAI incluem sua maior frequência de êxito, sua incidência mais baixa de aspiração positiva (aproximadamente 2% vs. 10% a 15% no BNAI) e a ausência de problemas de inervação sensorial acessória aos dentes mandibulares. A única desvantagem aparente é de importância relativamente menor: um administrador experiente no uso do BNAI pode se sentir desconfortável ao aprender o bloqueio nervoso mandibular de Gow-Gates (BNMGG). Outros Nomes Comuns. Técnica de Gow-Gates, bloqueio nervoso da terceira divisão, bloqueio nervoso V3. Nervos Anestesiados 1. Alveolar inferior 2. Mentual 3. Incisivo 4. Lingual 5. Milo-hióideo 6. Auriculotemporal 7. Bucal (em 75% dos pacientes) Áreas Anestesiadas. 1. Dentes mandibulares até a linha média 2. Mucoperiósteo e membranas mucosas bucais do lado da injeção 3. Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral 4. Tecidos moles e periósteo da língua 5. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula 6. Pele sobre o zigoma, parte posterior da bochecha e regiões temporais RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Indicações 1. Múltiplos procedimentos nos dentes mandibulares 2. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais, do terceiro molar até a linha média 3. Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais 4. Casos em que um bloqueio do nervo alveolar inferior convencional não é bem-sucedido Contraindicações 1. Infecção ou inflamação na área de injeção (rara) 2. Pacientes que possam morder o lábio ou a língua, como crianças pequenas e adultos portadores de deficiência física ou mental 3. Pacientes que não consigam abrir bem a boca (p. ex., trismo) Vantagens 1. Requer apenas uma injeção; um bloqueio nervoso bucal é geralmente desnecessário (a inervação acessória foi bloqueada) 2. Elevada frequência de êxito (> 95%), com a experiência 3. Mínima frequência de aspiração 4. Poucas complicações pós-injeção (p. ex., trismo) 5. Proporciona uma anestesia bem-sucedida na presença de um nervo alveolar inferior bífido e de canais mandibulares bífidos Desvantagens 1. A anestesia da língua e do lábio inferior é desconfortável para muitos pacientes e pode ser perigosa para alguns indivíduos 2. O tempo até o início da anestesia é um pouco mais longo (5 minutos) do que o de um BNAI (de 3 a 5 minutos), principalmente devido ao tamanho do tronco nervoso sendo anestesiado e à distância do tronco nervoso ao local de depósito (aproximadamente 5 a 10 mm). 3. Há uma curva de aprendizado no uso da técnica de Gow- Gates. A experiência clínica é necessária para se aprender efetivamente a técnica e tirar proveito integral de sua maior frequência de sucesso. Essa curva de aprendizado pode se mostrar frustrante para algumas pessoas. Alternativas 1. BNAI e bloqueio do nervo bucal 2. Bloqueio mandibular de boca fechada de Vazirani-Akinosi 3. Bloqueio do nervo incisivo: tecidos moles pulpares e bucais anteriormente ao forame mentual 4. Bloqueio do nervo mentual: tecidos moles bucais anteriores ao primeiro molar 5. Bloqueio do nervo bucal: tecidos moles bucais do terceiro à região do forame mentual 6. Injeção supraperiosteal: para a anestesia pulpar dos incisivos centrais e laterais e em alguns casos do canino 7. Técnica intraóssea 8. Técnica da injeção Técnica Recomendada uma agulha longa de calibre 25 ou 27 Área de inserção: membrana mucosa na parte mesial do ramo da mandíbula, numa linha da incisura intertrágica até o canto da boca, imediatamente distal ao segundo molar maxilar Área-alvo: aspecto lateral do colo condilar, logo abaixo da inserção do músculo pterigoide lateral Marcos a. Extraorais (1) Borda inferior do trago (incisura intertrágica). O marco correto é o centro do meato auditivo externo, que está oculto pelo trago; por esta razão, sua borda inferior é adotada como auxílio visual. (2) Canto da boca b. Intraorais (1) Altura da injeção estabelecida pela colocação da ponta da agulha logo abaixo da cúspide mesiolingual (mesiopalatina) do segundo molar maxilar (2) Penetração dos tecidos moles num ponto imediatamente distal ao segundo molar maxilar na parte alta da ponta de sua cúspide mesiolingual. Orientação do bisel: não tem importância crítica RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Dirigir a seringa à área-alvo no trago. (1) O corpo da seringa se situa no canto da boca sobre os pré-molares, mas sua posição pode variar dos molares aos incisivos, dependendo da divergência do ramo mandibular, conforme avaliado pelo ângulo do ouvido à lateral da face (2) A altura de inserção acima do plano oclusal mandibular é consideravelmente maior (10 a 25 mm, dependendo do tamanho do paciente) que aquela do BNAI. (3) Na presença de um terceiro molar maxilar numa oclusão normal, o local de penetração da agulha é imediatamente distal a esse dente. Avançar a agulha devagar até fazer contato com o osso. (1) O osso com que se faz contato é o colo do côndilo. (2) A profundidade média de penetração do tecido mole até o osso é de 25 mm, embora seja observada alguma variação. Para um dado paciente, a profundidade de penetração dos tecidos moles com o uso do BNMGG se aproxima daquela com o BNAI. (3) Caso não haja contato com o osso, retirar um pouco a agulha e redirecioná-la. Retirar a agulha 1 mm. m. Aspirar em 2 planos. Caso a aspiração seja positiva, retrair ligeiramente a agulha, angulá-la superiormente, reintroduzi-la, aspirar novamente e, se ela for agora negativa, depositar a solução. A aspiração positiva ocorre habitualmente na artéria maxilar interna, que está localizada inferiormente à área-alvo. A frequência de aspiração positiva com o uso da técnica de BNMGG é de aproximadamente 2%. Se a aspiração for negativa, depositar 1,8 ml da solução em 60 a 90 segundos. Gow-Gates recomendou originalmente que fossem depositados 3 ml do anestésico.Todavia, a experiência com o BNMGG mostrou que 1,8 ml é um volume geralmente adequado para proporcionar uma anestesia clinicamente adequada em praticamente todos os casos. Caso haja uma anestesia parcial após a administração de 1,8 ml, é recomendada uma segunda injeção de aproximadamente 1,2 ml. Retirar a seringa e tornar a agulha segura. Solicitar que o paciente mantenha a boca aberta por 1 a 2 minutos após a injeção para permitir a difusão da solução anestésica. Aguardar pelo menos 3 a 5 minutos antes de iniciar um procedimento dentário. RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA O início da anestesia ao BNMGG pode ser um pouco mais lento, requerendo 5 minutos ou mais, pelas seguintes razões: (1) Maior diâmetro do tronco nervoso no local da injeção (2) Distância (5 a 10 mm) do local de depósito do anestésico ao tronco nervoso Sinais e Sintomas Subjetivos: formigamento ou dormência no lábio inferior indica a anestesia do nervo mentual, um ramo terminal do nervo alveolar inferior. Esta é também uma boa indicação de que o nervo alveolar inferior pode estar anestesiado. 2. Subjetivos: formigamento ou dormência na língua indica a anestesia do nervo lingual, um ramo da divisão posterior do nervo mandibular. Isso está sempre presente num bloqueio mandibular de Gow-Gates bem-sucedido. 3. Objetivos: usar um testador elétrico da polpa (TEP) e não evocar nenhuma resposta à estimulação máxima (80/80) em dois testes consecutivos a um intervalo de pelo menos 2 minutos serve como “garantia” de anestesia pulpar bem- sucedida em dentes sem pulpite. Objetivos: não é sentida nenhuma dor durante a terapia dentária. Aspectos de Segurança 1. Agulha fazendo contato com o osso, impedindo
Compartilhar