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Fundamentos da Arte - Linha

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CAPÍTULO 03: LINHA 
 O percurso de um ponto em 
movimento traçado por ferramenta, 
instrumento ou médium que cruza uma 
área. Uma linha geralmente fica visível por 
ter valor tonal contrastante com seu 
entorno. Linhas tridimensionais podem ser 
feitas com barbantes, arames, tubos, 
barras. 
LINHA: O MEIO DE COMUNICAÇÃO 
PRIMORDIAL 
 A linha talvez possa ser considerada 
o elemento da arte mais conhecido, pois a 
usamos todos os dias. Como recurso gráfico, 
a linha nos oferece um meio para 
compartilhar ideias. 
 Ela é empregada por todas as 
culturas letradas, seja para criar ideogramas 
(símbolos pictóricos dos objetos), seja para 
representar os sons (nos alfabetos), que são 
as bases da linguagem escrita. 
 Na arte, a linha é o principal 
elemento para a elaboração de esboços e 
desenhos, mas muitas vezes também é 
utilizada no preparo de obras maiores. 
Combinadas de modo pictórico, as linhas 
podem transmitir conceitos complexos que 
as palavras não conseguem comunicar 
sozinhas. 
 As linhas fazem parte do nosso dia a 
dia. Podemos perceber linhas nas juntas de 
um calçamento, nos anéis de crescimento 
de um toco de árvore, em uma fileira de 
pedras ou nos relâmpagos que cruzam o 
céu. Essas linhas da vida real compartilham 
muitas características com as linhas 
empregadas na arte. 
 Na verdade, uma linha começa com 
um ponto e descreve o movimento daquele 
ponto ou mostra a conexão entre ele e 
outro ponto. Quando as pessoas fazem uma 
fila, a primeira pessoa mantém seu lugar 
como se fosse um único ponto, mas à 
medida que as outras chegam, com seus 
diferentes tamanhos e posições, mudam as 
características da linha que é formada pela 
fila. Na arte, essas variações de linha são 
chamadas de características físicas e os 
artistas as utilizam tanto para sugerir 
significados quanto para representar 
objetos. 
 O artista pode usar uma linha para 
representar ideias complexas, registrar algo 
observado, ou simplesmente documentar 
uma atividade ou ação. 
 Um uso objetivo da linha pode 
descrever medidas simples e características 
superficiais ou indicar uma sensação de 
profundidade. A linha pode descrever uma 
aresta; pode marcar o encontro de áreas 
onde diferentes valores tonais, texturas ou 
cores se encontram em um desenho, sem se 
misturar; ou ela pode definir os limites 
externos do formato de um objeto. 
 No entanto, uma linha pode ser 
modificada subjetivamente, a fim de sugerir 
diversos estados emocionais e respostas, 
incluindo sentimentos complexos, como a 
raiva, a tensão, a tranquilidade, a energia, o 
movimento, o peso. Assim, o artista usa a 
linha, objetiva ou subjetivamente, para 
agregar significado a uma imagem. 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA LINHA: 
 São muitas as características físicas 
da linha. Uma linha pode ser curta ou longa, 
fina ou espessa, reta ou curva, direta ou 
não, em zigue-zague ou sinuosa, bem 
definida ou baça (fora de foco). Essas 
características têm certas associações 
intrínsecas, que o artista pode aproveitar. 
• MEDIDA: 
 A medida se refere ao comprimento 
ou à espessura da linha – suas propriedades 
mensuráveis. Uma linha pode ter qualquer 
comprimento ou espessura. 
 A infinidade de combinações de 
linhas longas, curtas, espessas ou finas 
pode, de acordo com suas aplicações, 
unificar, dividir, equilibrar ou desequilibrar 
uma imagem. Uma dinâmica emocional é 
estabelecida pela medida de uma linha. 
 Por exemplo, as linhas grossas 
tendem a comunicar uma maior sensação 
de estabilidade que as linhas finas. Quando 
aplicadas ao desenvolvimento de uma fonte 
tipográfica, as linhas grossas tornam uma 
fonte mais impactante que uma fonte com 
linhas finas e permitem a criação de uma 
hierarquia para a transmissão de 
informações, como títulos, legendas. 
 As linhas esbeltas em geral são mais 
elegantes, suaves ou delicadas. As medidas 
de uma linha devem ser apropriadas para o 
desenvolvimento da imagem pretendida, 
mas o contexto também pode influenciar o 
impacto da medida de uma linha. 
• TIPO 
 Há muitos tipos de linha. Se a linha 
continua em apenas uma direção, ela é dita 
reta; se as mudanças de direção ocorrem 
gradualmente, ela é curva; se forem 
repentinas, abruptas, a linha é chamada 
angular. 
 Uma linha reta, devido à sua 
continuidade, transmite a impressão de 
dureza e rigidez e, se for muito fina, poderá 
parecer frágil. Já a linha curva pode formar 
um arco de circunferência, inverter sua 
direção e se tornar ondulada, ou continuar 
aumentando sua angularidade e gerar uma 
espiral. 
 As alterações de movimento se 
tornam visualmente interessantes e 
fisicamente estimulantes se forem 
acompanhadas de ritmos. Uma linha curva 
é graciosa, mas até certo ponto, instável. 
 As mudanças bruscas de direção em 
uma linha angular geram excitação e/ou 
confusão. Nossos olhos costumam ter 
alguma dificuldade para se adaptarem aos 
desvios de direção inesperados de uma 
linha angular/angulosa. Assim, a linha 
angular é muito instigante. 
• DIREÇÃO 
 Outro elemento da linha é sua 
direção básica, que pode existir 
independentemente dos movimentos 
compostos internos à própria linha. 
 Uma linha pode ser em zigue-zague 
e mesmo assim assumir uma direção 
predominantemente curva. Portanto, o tipo 
de linha pode ser contradito ou enfatizado 
por sua direção básica. 
 Uma direção predominantemente 
horizontal pode indicar serenidade e 
estabilidade perfeita, enquanto uma 
diagonal pode sugerir agitação, movimento 
e instabilidade. Já uma linha vertical 
costuma sugerir equilíbrio e expectativa. 
 A direção da linha é muito 
importante, pois em grande parte ela 
controla o movimento dos nossos olhos 
dentro da composição. 
 Uma linha inclinada pode direcionar 
o movimento de nossos olhos para cima ou 
para baixo, mas normalmente há elementos 
adicionais envolvidos que definem sua 
direcionalidade. Em geral, quando as linhas 
se inclinam para cima, há uma sugestão de 
força, expectativa ou energia positiva. 
Quando se inclinam para baixo, as linhas 
transmitem menos energia. 
 Além disso, a direção pode reforçar 
um senso de continuidade em uma 
composição que contém linhas com 
propriedades contrastantes entre si. Por 
exemplo, linhas com espessuras e 
comprimentos variáveis podem se 
harmonizar entre si se todas 
compartilharem a mesma direção. 
• LOCALIZAÇÃO 
 A localização específica de uma 
linha pode aumentar ou reduzir o peso 
visual e nossa resposta psicológica às outras 
características da linha. Uma linha diagonal 
no alto do plano do desenho às vezes 
parece estar subindo rapidamente, 
enquanto a mesma linha, colocada em uma 
posição baixa, pode parecer que está 
despencando. 
 Os gravuristas sabem da 
importância da localização e do 
desenvolvimento do peso visual de uma 
linha. 
 A sensação de equilíbrio dentro da 
composição frequentemente é tão afetada 
pela nova orientação, que são necessários 
ajustes. A mesma linha em uma localização 
diferente parece assumir um novo peso 
visual. 
 A localização de uma linha também 
é importante, pois ela afeta a maneira pela 
qual percebemos a própria linha. 
• CARÁTER 
 É uma propriedade visual superficial 
relacionada ao médium com o qual a linha é 
criada. Cada instrumento tem 
características distintivas que respondem 
de diferentes maneiras aos vários tipos de 
superfície. Assim, o caráter pode variar dos 
pontos granulados do pastel à densidade 
variável de uma pincelada feita com 
nanquim em uma superfície úmida. 
 A personalidade ou a emotividade 
da linha depende diretamente da natureza 
do médium selecionado. 
 À medida que os artistas se sentem 
à vontade com os materiais e suas várias 
formas de expressão, rapidamente 
descobrem as propriedades formais e a 
expressividade de cada um deles. 
 A fim de criar interesse visual, o 
artista pode explorar todas as 
características individuais de um médium 
ou usar uma variedade de diferentes media 
em uma mesma obra. 
 O uso repetitivo de linhas com o 
mesmo caráter pode resultar em 
monotonia,a menos que uma unidade seja 
equilibrada pela variação de outras 
propriedades físicas. É habilidade, 
experiência, intenção e condição mental e 
física do artista que determinarão a 
efetividade do caráter de suas linhas. 
A LINHA E OS OUTROS ELEMENTOS DA 
ARTE: 
 As características físicas da linha se 
relacionam intimamente com os demais 
elementos da arte, e dependem deles. 
Assim, as linhas podem possuir valor tonal, 
textura e cor em si próprias e conferir valor 
tonal, textura e formato a uma obra de arte. 
 Alguns desses fatores são essenciais 
para a própria criação da linha, enquanto 
outros são introduzidos, à medida que 
forem necessários, ou podem resultar da 
aplicação da linha. 
 Os elementos cooperam de tal 
maneira que conseguem dar à linha um 
apelo intrínseco, permitindo que ela possa 
ser admirada por si só. Os artistas 
frequentemente exploram essa 
atratividade da linha, criando imagens nas 
quais ela domina em relação aos demais 
elementos da obra. 
• LINHA E FIGURA: 
 Nas artes visuais, as linhas podem 
indicar as bordas (o contorno) das figuras. 
Elas também podem ser utilizadas para 
descrever as ondulações das figuras ou dos 
objetos. 
 A linha que define os limites 
externos de uma figura, uma massa ou um 
objeto desenhado ou pintado é conhecida 
como linha de contorno. Uma linha de 
contorno pode ser contínua e intencional ou 
pode ser criada por áreas contrastantes de 
valor tonal, textura ou cor. 
 Uma linha de contorno que não 
muda nem modula em geral cria um 
contorno chato e articulado que enfatiza a 
dimensionalidade de um formato. Contudo, 
quando a linha de contorno modula e sofre 
várias modificações, ela pode gerar uma 
sensação de profundidade, além de suas 
propriedades inerentes de comprimento e 
espessura. 
 As linhas de contorno cruzadas, por 
outro lado, são linhas paralelas que 
parecem acompanhar as ondulações 
superficiais de uma figura, dando ideia de 
tridimensionalidade. 
 Em vez de descrever apenas as 
extremidades de uma figura ou massa, 
essas linhas de contorno cruzadas dão 
informações sobre a natureza das 
superfícies contidas dentro das arestas, de 
modo similar às curvas de nível empregadas 
nos mapas topográficos. 
 Podemos usar linhas moduladas 
(grossas e finas, irregulares e curvas) para 
realçar as linhas de contorno cruzadas; e a 
própria variação da pressão aplicada pelo 
instrumento durante o desenho das linhas 
pode ser variável, de modo que as partes 
mais escuras da hachura pareceriam 
avançar, e as mais claras, se afastar. 
 Formando uma massa, as linhas 
também podem ter seus espaçamentos 
variados, produzindo um efeito similar de 
avanço ou recuo. 
• LINHA E VALOR TONAL: 
 O grau de luminosidade ou 
escuridão que uma linha apresenta contra 
seu fundo é chamado de valor tonal, valor 
de tom ou simplesmente valor. Uma 
mudança de valor tonal ajuda uma linha a 
se destacar em relação a seu entorno – 
quanto maior for o contraste, mais visível 
será a linha. 
 As diferenças de valor podem 
resultar das camadas e composições dos 
meios, da pressão aplicada pelo 
instrumento de desenho ou das 
características intrínsecas da linha (linhas 
espessas e pesadas criam tons escuros, 
enquanto linhas estreitas, tons claros). 
 Grupos de linhas paralelas também 
criam áreas com diferentes valores. As 
mudanças de valor dentro dessas áreas 
podem ser controladas por meio da 
variação da espessura das linhas (linhas 
grossas criam tons escuros; linhas finas, 
tons claros) ou por meio da mudança do 
espaçamento entre as linhas (linhas muito 
espaçadas parecem claras; linhas próximas 
entre si, escuras). 
 Essas variações de linha 
frequentemente produzem transições 
interessantes entre áreas com valores ou 
cores contrastantes. 
 Uma maneira comum de criar valor 
com o uso de linhas paralelas é a chamada 
hachura ou hachurado. Essas linhas 
próximas entre si não somente produzem 
valor tonal, como podem ser empregadas 
para definir a direção da imagem em um 
ponto qualquer. 
 Valores tonais mais altos também 
podem ser obtidos com o uso de hachuras 
cruzadas – fazer um grupo de linhas 
paralelas cruzar outro grupo de linhas em 
uma direção distinta. Isso ajuda a dar a 
sensação de sombreamento próprio e 
tridimensionalidade. 
• LINHA E TEXTURA: 
 Grupos de linha podem ser 
combinados para criar a ilusão de uma 
textura visual, sugerindo tatilidade a uma 
imagem. As texturas visuais podem indicar 
diferentes níveis de aspereza ou suavidade, 
simulando a nossa sensação do tato. 
 Não importa se a textura é 
inventada ou se baseia em algo observado, 
a textura de uma obra de arte pode ser 
aprimorada com a escolha do meio e de 
como este é utilizado. 
 A textura das marcas deixadas por 
pinceis de cerdas duras pode variar de 
precisa a rústica, dependendo da pressão 
aplicada e do tipo de tinta utilizada. Pinceis 
com cerdas macias, por outro lado, podem 
gerar suaves linhas texturizadas se for 
empregada uma tinta bem diluída, e linhas 
borradas e grossas, se a tinta for pesada, 
viscosa. 
• LINHA E COR: 
 A introdução da cor a uma linha lhe 
confere uma expressividade muito 
importante, pois a cor pode acentuar as 
demais propriedades da linha. 
 Uma linha dura combinada com 
uma cor intensa produz um efeito vigoroso 
ou mesmo berrante. Tal efeito seria 
considerado amortecido se a mesma linha 
fosse criada com uma cor neutra. Além 
disso, as cores passaram a ser identificadas 
a diferentes estados emocionais. 
CARACTERÍSTICAS ESPACIAIS DA LINHA: 
 Conforme sua aplicação, as 
características físicas de uma linha gráfica 
podem criar uma sensação de espaço. As 
linhas grossas tenderão a avançar 
espacialmente, enquanto as finas que 
estiverem no mesmo meio, tenderão a 
recuar. Uma linha que for modulada do 
grosso para o fino se tornará muito ativa 
espacialmente e, quando for combinada a 
mudanças de valor tonal, suas porções mais 
escuras e mais espessas ficarão ainda mais 
dinâmicas. 
 O próprio contraste de valor pode 
fazer uma linha avançar e recuar, e uma 
linha individual, com valores diversos ao 
longo de toda a sua extensão, às vezes pode 
parecer que está se contorcendo no espaço. 
 Uma linha que se curva e retorce 
pode até mesmo criar a impressão de que 
está se afastando do observador, 
especialmente se sua espessura variar. 
 Ademais, a textura e a cor da linha 
contribuem para seu efeito espacial: uma 
linha com mais detalhes de textura pode 
sugerir proximidade, com menos detalhes, 
distância. De modo similar, as linhas com 
cores quentes em geral avançam em 
relação ao observador, enquanto as com 
cores frias, se afastam. 
 Quando uma linha representa uma 
espaço plano ou raso, ela é chamada de 
linha decorativa. 
 Essa propriedade bidimensional é 
obtida por meio de uma consistência na 
espessura, no valor tonal, na textura, na cor 
e em outras características. 
 Por comparação, uma linha plástica, 
por ter maior variação nesses elementos, 
vai avançar e recuar ao longo de sua 
trajetória e sugerir uma ilusão de espaço 
plástico mais profundo. 
 Ambos os tipos de linha têm seus 
usos, dependendo da sensação espacial que 
o artista deseja criar em uma imagem. 
A LINHA NA REPRESENTAÇÃO E EXPRESSÃO: 
 A linha cria uma representação 
tanto no nível real quanto no abstrato. Os 
artistas podem indicar uma grande riqueza 
de informações reais ao empregar uma 
variedade de características das linhas. A 
variedade das linhas num mapa facilita a 
leitura das rotas e dos pontos de conexão. 
 As linhas também podem sugerir 
determinados significados emocionais ou 
psicológicos. 
 Os artistas que trabalham com 
tipografia também levam em consideração 
as características expressivas da linha ao 
selecionar uma fonte ou tipo: as fontes, com 
suas diferentes espessuras, comprimentos, 
direções e outras particularidade podem 
reforçar ou destacar o impacto emocional 
das palavras. 
 Além da capacidade de descrever 
fatos e emoções, as linhas podem expressar 
ações, no sentido gestual.O gesto, nas artes 
gráficas, pode sugerir movimento passado, 
presente ou futuro do tema representado. 
O desenho gestual em qualquer meio 
apresenta linhas desenhadas com 
liberdade, rapidez e, aparentemente, 
desinibição. 
 Esse conceito gestual se aplica de 
maneira ainda mais visível àqueles temas 
que permitem o registro de movimentos. 
 Seja qual for a abordagem, a 
energia sugerida pela linha e o próprio 
traçado frequentemente se relacionam com 
a física dos corpos em movimentos. 
 As linhas desenhadas com curvas 
graciosas que parecem fluir sem qualquer 
esforço, com variações de espessura e 
sugestão de movimento, são chamadas 
linhas caligráficas. As linhas caligráficas são 
similares, em termos de sua 
individualidade, à escrita de cada indivíduo: 
elas são fluidas, rítmicas e fascinantes, 
podendo enriquecer uma obra de arte. 
 As linhas caligráficas podem 
assumir as peculiaridades do tema sendo 
representado ou transmitir uma sensação 
de espaço, saltando e mesmo se 
direcionando para fora do quadro do 
desenho. 
 As propriedades da linha que 
podem ser descritas em termos de estados 
gerais de sensações – sobriedade, cansaço, 
energia, fragilidade, vivacidade. 
APLICAÇÕES TRIDIMENSIONAIS DA LINHA: 
 Para o artista que trabalha com as 
três dimensões, a linha é um fenômeno 
visual que, na verdade, não existe na 
natureza ou na terceira dimensão. O que 
interpretamos visualmente como linha é 
mais mudança de valor tonal, cor ou textura 
que indica o encontro dos planos ou das 
extremidades das figuras. 
 Quando dos planos se encontram, 
foram uma interface ou quina, conhecida 
como aresta. 
 Na arte tridimensional, as 
características espaciais da linha são físicas, 
uma vez que as linhas literalmente se 
movem no espaço e as distancias entre elas 
são significativas. Essas linhas 
tridimensionais podem possuir muita 
energia, desenvolvendo-se e contorcendo-
se no espaço.

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