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Estudo de caso 21

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM
CURSO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Integração a Prática Farmacêutica
Estudo de caso
As irregularidades encontradas na farmácia partem da omissão e possível
compactuação do profissional farmacêutico diante de ações indevidas que estavam
sendo praticadas naquele recinto, como: o armazenamento indevido de
medicamentos, promoções tendenciosas que induzem a automedicação e consumo
exacerbado de medicamentos e além disso, o profissional farmacêutico, após ficar
ciente da inspeção teve comportamento inapropriado desacatando o outro
profissional responsável pela fiscalização ali presente.
O Art. 20 do código de ética de 2022, parágrafo IV afirma que é vedado aos
inscritos no CRF “anunciar produtos farmacêuticos ou processos por quaisquer
meios capazes de induzir ao uso indevido e indiscriminado de medicamentos ou de
outros produtos farmacêuticos”; logo já percebe-se que a propaganda promocional
da forma que foi feita vai contra o previsto na legislação pois induz, mesmo que
indiretamente o consumo irracional de medicamentos quando oferece pelo preço de
apenas 1, 3 medicamentos.
O Art. 22 também do código de ética que trata da relação com o conselho em
seu parágrafo IV informa que os inscritos devem “atender a convocação, intimação,
notificação ou requisição administrativa no prazo determinado, feitas pelos
Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, a não ser por motivo de força maior,
comprovadamente justificado”; e no paragrafo V é dito que é obrigação do
profissional farmacêutico “tratar com respeito e urbanidade os empregados,
conselheiros, diretores e demais representantes dos Conselhos Federal e Regionais
de Farmácia”. No artigo de 18 também é claramente explícito em seu parágrafo IX
que é proibido ao profissional farmacêutico “dificultar a ação fiscalizadora ou
desacatar as autoridades sanitárias ou profissionais, quando no exercício das suas
funções”; por tudo isso o desacato ao profissional durante a fiscalização e a recusa
da entrega da certidão de regularidade vai contra o determinado no código de ética
da profissão.
O art 15 do código de ética em seu parágrafo XVI afirma que é dever do
profissional “cumprir os princípios de biossegurança, bem como aplicar medidas
técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes de trabalho, à saúde
pública e ao meio ambiente”, e ao compactuar e não tomar medidas cabíveis no
caso do armazenamento indevido dos medicamentos o profissional está sendo mais
uma vez omisso e indo contra o código de ética da sua profissão, colocando em
risco a qualidade daquele medicamento o que afeta diretamente a saúde pública..
É importante destacar que recentemente foi permitido a venda em farmácias
dos chamados artigos de conveniências, que inclui doces, balas e etc, logo, ao
menos atualmente, isso não seria considerado uma infração.
Uma das infrações que ficou mais evidente e que é considerada uma infração
leve de acordo com o Código de Ética de 2014 é: “deixar de comunicar ao Conselho
Regional de Farmácia e às demais autoridades competentes os fatos que
caracterize infringência a este Código e às normas que regulam o exercício das
atividades farmacêuticas” e como no caso é dito, aquela era a terceira vez que as
irregularidades eram constatadas, então o terceiro caso de omissão por parte do
farmacêutico e por isso penalidade é: multa no valor de 1 (um) salário mínimo a 3
(três) salários mínimos regionais, que serão elevados ao dobro no caso de
reincidência, cabíveis no caso de terceira falta e outras subsequentes; para a o
acontecimento de desacato ao fiscalizador temos uma infração mediana que tem
como penalidade: multa no valor de 1 (um) salário mínimo a 3 (três) salários
mínimos regionais, que serão elevados ao dobro, ou aplicada a pena de suspensão,
no caso de reincidência. A infração da propaganda que induz o uso indiscriminado
de medicamento também é mediana e possui a mesma penalidade.

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