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CALANDRA Uma calandra compreende de dois ou mais rolos de ferro fundido com perfuração cen- tral para a passagem de água e vapor, ambos para controle de temperatura, montados em uma estrutura metálica em diversas configurações. É equipada com jogos de engrena- gens os quais permitem variar a velocidade dos rolos, de acordo com o tipo de operação a ser efetuada. Os rolos giram em velocidades controladas e a distância entre eles con- trola a espessura e podem ser ajustadas de forma manual ou automaticamente. Os rolos não são paralelos, sendo ligeiramente arqueados ou possuem um arqueador hidráulico no conjunto para compensar a variação de espessura no material em processo. A alimen- tação é feita manualmente com mantas aquecidas à temperatura da calandra em um ci- lindro ou continuamente por fitas. TIPOS DE CALANDRAS Calandra de três rolos com dispositivo de deformação das abas A dobragem das abas nunca é total (zona direita = (0,5 a 2)h; h - espessura da chapa) Existem diferentes tipos de concepção (no essencial, diferentes movimentos dos rolos). (Figura 1) Figura 1: Fases da operação de calandragem numa calandra de três rolos com os rolos inferiores simétricos e possuindo movimento vertical inclinada, a) Alimentação, b) Deformação de uma aba, c) Deformação da outra aba, d) deformação da virola. Figura 2: Sequência de calandragem numa calandra de quatro rolos. . Calandra de quatro rolos Rolos centrais, motores os rolos laterais, livres, controlam o raio da calandragem e a dobragem das abas. (Figura 2) Vantagem da calandra de quatro rolos. O posicionamento apertado da chapa entre os rolos motores facilita bastante a operação, designadamente o manuseamento da chapa que, em muitos casos, pode ser feito por um único operador a dobragem das abas efe- tua-se sem necessidade de voltar a chapa a calandragem das superfícies cónicas pode efetuar-se continuamente a calibragem das chapas, por exemplo, após soldadura das extremidades, é facilitada pela existência dos dois rolos livres, os quais devem estar ambos atuados neste tipo de operações. CALANDRAGEM CILINDRICA O rolo superior, geralmente, com um diâmetro (ds) maior que o diâmetro dos rolos in- feriores (di), é convenientemente posicionado para se obter o raio de curvatura exterior (Re) requerido para a chapa. Admitindo que as reações nos rolos inferiores são verti- cais (aproximação), pode considerar-se que a distribuição de momento fletor é triangular, com o valor máximo na zona média do entre eixo. (Figura 3) Figura 3: Parâmetros geométricos e sistemas de forças característicos de uma operação de deformação plástica de chapa realizada numa calandra de três rolos do ti- po piramidal . Descrição do processo. Os rolos inferiores transmitem a energia necessária à deformação da chapa através das forças de atrito entre a chapa e os rolos A capacidade de deformação é limitada pelo trabalho que é possível realizar com as forças de atrito Para aumentar a capacidade de deformação, 3 rolos motores velocidade de rotação do rolo superior diferente da dos rolos inferiores para a chapa não escorregar calandras com sistemas de regulagem de velocidade sofisticados, 2 rolos (inferiores) motores. (Figura 4) Figura 4: Momento fletor aplicado durante a deformação de uma chapa numa calandra de 3 rolos. Geometria, Dimensões e preparação do planificado As formas obtidas são planificáveis e tanto os raios de curvatura, como o comprimento de calandragem são, geralmente, muito superiores à espessura da chapa As dimensões do planificado de uma virola cilíndrica serão obtidas considerando que a largura de ca- landragem não varia (deformação plana) e que a largura do planificado é igual ao pe- rímetro da circunferência que passa na linha média da chapa (raio de curvatura >> es- pessura linha neutra coincide com a linha média). Outras formas, métodos de planificação de superfícies é Chanfrar as bordas das chapas para evitar a formação de fissuras (especialmente para espessuras acima dos 25 mm). Eixo e profundidade da calandragem Figura 5: Posicionamento do rolo superior. Profundidade de calandragem. CALCULOS Profundidade de calandragem. Deformação máxima em cada passagem Em que (Ro) é o raio de curvatura inicial e (Re) é o raio de curvatura final. Força e potência de calandragem Força de calandragem para (Re) > 100h. Solicitação do tipo elasto-plástica (emax) ≤ 0,005. (Figura 6) Figura 6: Tensões tangenciais de carga numa calandragem em que Re> 100h. Força de calandragem Força de calandragem para Re < 100h solicitação do tipo plástica. (Figura 7) Equações para compensar as aproximações. Figura 7: Tensões tangenciais de carga numa calandragem em que Re< 100h. Potência de calandragem Potência de calandragem. Em que (VR) é a velocidade periférica dos rolos motores (3 a 7 m/min na calandragem a frio) e µ é o coeficiente de atrito entre a chapa e os rolos. Recuperação elástica Figura 8: Relação entre o raio de calandragem (Re) e o final da chapa, (Rf), para vários valores de tensão limite de elasticidade do material, considerando o modulo de Young, E=210.000 Mpa. Número de passos da calandragem Condições de calandragem para uma passagem em que (Rf0) é o raio inicial da chapa. CALANDRAGEM A FRIO E A QUENTE A calandragem a frio é preferível à calandragem a quente (menos dispendiosa e pro- blemática) Para calandragens a frio, e em especial para passos múltiplos, deve ter-se em atenção a deformação máxima que a chapa sofre. É usual o tratamento quando: emax > 5% para aços de baixa liga. emax > 3% para aços ferríticos temperados e revenidos A capacidade de calandragem da máquina for ultrapassada em resultado do encru- amento do material. A calandragem a quente deverá ser usada quando: A capacidade de calandragem for insuficiente para realizar o trabalho a frio não se conseguir produzir peças com o diâmetro desejado sem que ocorra fissuração os tra- tamentos térmicos necessários à calandragem a frio tornam a calandragem a quente mais económica. CALANDRAGEM DE SUPERFÍCIES CONICAS Procedimentos e operação calandra de 3 rolos Figura 9 Calandragem de uma superfície cônica numa calandra de três rolos. a) Inclinação do rolo superior. b) E por menor mostrado o posicionamento da esfera. Procedimentos e operação calandra de 4 rolos Figura 10: a) Calandragem de uma superfície cônica, numa calandra de quatro rolos. b) A ligeira inclinação do rolo inferior central leva a chapa a se desencostar dos rolos centrais na zona de menor diâmetro. Determinação da geometria e das dimensões da estampa plana Figura 11: a) Dimensões características de uma chapa cônica, b) Dimensões geométrica da estampa plana. Cálculo do ângulo de inclinação dos rolos Figura 12: Ajustamento da calandra inclinação do rolo superior. DOBRAGEM DAS ABAS Um dos problemas principais da calandragem é o da enformação das abas do planifi- cado com o raio de curvatura desejado para a chapa o valor do momento fletor de- cresce linearmente, desde um valor máximo na secção (B), até se anular na secção (A). A deformação vai evoluindo de totalmente plástica para elástica, com zonas elas- to-plásticas intermédias raio de curvatura cada vez maior deixa de existir curvatura a partir da secção em que a deformação é totalmente recuperada pelo efeito de mola. Figura 14: Representação esquemática do problema da dobragem das abas. Figura 15: Abas diretas numa chapa Figura 16: Ultilização de um berço produzida por calandragem. para a dobragem das abas. Soluções para o problema da dobragem das abas Numa calandra sem capacidade para enformar abas a dobragem das abas po- derá ser executada prévia ou posteriormente à calandragem por quinagem ou por martelagem. Calandrar uma chapa com um comprimento superior ao pretendido e cortar as abas direitas. Dobrar as abas na calandra com o auxílio de um gabarito, também conhecido por “berço”, fabricado previamente em chapa espessa. Utilizar calandras preparadas para a dobragem das abas, as quais permitem deslocamento dos rolos inferiores ou do superior. Efetuar a operação numa calandra de quatro rolos. http://www.calende.com.br/m-calandras.htm https://sites.google.com/a/catim.pt/metalopedia/conformacao/calandragem http://www.vulcanizar.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=140:producao-definicoes&catid=34:laboratorio http://www.vulcanizar.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=140:producao-definicoes&catid=34:laboratorio http://www.xerium.com/StoweWoodwardSAPortuguese/produtos/VisaoGeraldaIndustriadePapel/rollCovers/calandra.aspx http://www.xerium.com/StoweWoodwardSAPortuguese/produtos/VisaoGeraldaIndustriadePapel/rollCovers/calandra.aspx http://www.nei.com.br/lista/Calandras.aspx http://www.designpvc.org/index.php/processos-de-transformacao/360-calandragem.html http://www.designpvc.org/index.php/processos-de-transformacao/360-calandragem.html http://www.congressoebai.org/wp-content/uploads/52-144-1-SM-com-nome.pdf http://pwp.net.ipl.pt/dem.isel/jnrvilhena/aulas-dobragem+enrolamento.pdf
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