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Estática Fetal Profª Drª Márcia Zotti Justo Ferreira Manobra de Leopold ➢Tem por finalidade a identificação da situação e a apresentação fetal por meio de palpação obstétrica. É realizada em quatro tempos consecutivos e procura localizar os polos cefálico, pélvico e o dorso fetal. ➢O instrumento para a realização dessa manobra é a mão do examinador. Ela deverá estar aquecida, relaxada e sensível ao tocar o abdome da gestante. Manobra de Leopold Manobra de Leopold A primeira manobra determina a altura do útero e a sua relação com os pontos de referência no abdome materno: sínfise púbica, cicatriz umbilical e rebordos costais Manobra de Leopold A segunda manobra realiza o diagnóstico da posição fetal em: longitudinal (a mais comum), oblíqua e transversa. Manobra de Leopold A terceira manobra realiza o diagnóstico da apresentação fetal que é o polo fetal (cefálico ou pélvico). Atenção: a situação transversa e a apresentação pélvica em final de gestação podem significar risco no parto. Nesses casos devemos referir a gestante para parto hospitalar. Manobra de Leopold A quarta manobra determina a altura do polo cefálico e o seu grau de flexão e deflexão. Medição: Borda superior da sínfise púbica até o fundo do útero. Altura Uterina PONTO ACIMA CURVA SUPERIOR ➢Conduta: Erro cálculo IG? ➢Avaliar possibilidade de: • Polihidrâmnio • Macrossomia • Gemelar • Mola hidatiforme • Miomatose • Obesidade PONTO ABAIXO CURVA INFERIOR ➢ Conduta: Erro cálculo IG? ➢ Avaliar possibilidade de: • Feto morto; • Oligohidrâmnio*; • Restrição do crescimento fetal *Perda do líquido amniótico Medida da Altura Uterina Ausculta dos BCFs: entre 10ª e 12ª semana (c/ Sonar Doppler) e entre 17ª e 20ª semana (estetoscópio de Pinard). Variam de 120 a 160 bpm e devem ser diferentes do pulso materno. Ausculta Fetal Ausculta Fetal Objetivo: Constatar ritmo, frequência e normalidade dos BCF (Normal: 120 a 160bpm) Taquicardia Afastar: • Febre • Taquicardia materna • Medicações • Suspeita sofrimento fetal • Avaliação médica • Persistência Encaminhar Bradicardia Afastar: • Bradicardia materna • Medicações • Suspeita sofrimento fetal • Avaliação médica • Persistência Encaminhar Tipos de Bacia Abertura do arco púbico ginecóide andróideplatipelóide Estática Fetal ➢Relação do feto com a bacia e com o útero ◦ conhecimento da nomenclatura obstétrica ◦ cada orientação fetal há um mecanismo específico de descida e uma conduta adequada durante o parto ◦ importante estudar a cabeça do feto ◦ Avaliação por: palpação; exame vaginal e ausculta, Ultrassom Cabeça Fetal ➢ Parte importante no parto: » Maior e menos maleável » Adaptação: tamanho, forma e posição do crânio em relação a bacia materna » Possui suturas e fontanelas Cabeça Fetal ➢Ossos: – Dois ossos frontais – Dois ossos parietais – Dois ossos temporais – Osso occipital Frontal Temporal Parietal Occipital Cabeça Fetal ➢FONTANELAS ✓BREGMÁTICA: ou anterior ou grande fontanela ou bregma 3 cm diâmetro ponto de referência na posição fetal losango Não desaparece pós-parto ✓LAMBDÓIDE: ou posterior ou pequena fontanela ou lambda triangular Deforma-se no parto BREGMÁTICA LAMBDÓIDE Cabeça Fetal SUTURAS CALCIFICADAS SUTURAS ABERTAS Relações útero fetais ➢As suturas e as fontanelas ajudam a moldar a cabeça fetal, diminuindo seu diâmetro durante o trabalho de parto, fazendo os ossos deslizar uns sobre os outros, permitindo sua entrada e, passagem pela pelve materna. ➢Essa movimentação é determinada por vários fatores em interação e denominada relações útero fetais: • a situação fetal, • a apresentação fetal, • a atitude fetal, • e a posição fetal. Estática Fetal É a relação do feto com a bacia e com o útero materno. Situação: longitudinal, transverso, e obliquo. Posição: dorso à esquerda , a direita, posterior, anterior. Apresentação: cefálica, pélvica, ´pelvico-podálica e acromial. Atitude fetal: fletida ou defletida de 1º. 2º. 3º. Grau. Relações Fetopélvicas SITUAÇÃO APRESENTAÇÃO POSIÇÃO Situação Fetal ➢Relação do eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal da mãe ✓Longitudinal: o eixo do corpo do feto está paralelo ao eixo longitudinal do corpo da mãe • 99% das gestações a termo • feto procura acomodar seu maior eixo ao maior eixo uterino ✓Transversal: o eixo do corpo do feto faz um ângulo reto com o eixo longitudinal do corpo da mãe • 0,5 a 1% das gestações a termo • fatores predisponentes- multiparidade, placenta prévia ✓Oblíqua: momento de transição Situação Fetal LONGITUDINAL TRANSVERSAL Apresentação Fetal ➢Designa a parte do corpo do feto que se loca na área do estreito superior da bacia ➢A apresentação do feto é chamada pelo nome da parte do corpo que se apresenta mais baixa ➢Até o 6º mês a cabeça se encontra no fundo do útero, depois o feto vira ➢Relaciona-se com a situação fetal Apresentação Fetal ▪ TIPOS: ◦ Cefálica: cabeça contata o plano superior da bacia ◦ Pélvica: extremidade inferior do feto contata o plano superior da bacia ◦ Córmica: o feto posiciona-se em decúbito lateral na parte superior da bacia Apresentação Fetal CEFÁLICA PÉLVICA CÓRMICA Apresentação Fetal ➢ TIPOS: » Fletida: mento próximo ao tórax anterior » Defletida: mento afastando-se do tórax anterior Apresentação Cefálica: Fletida e Defletida A – FLETIDA B – DEFLETIDA NA BREGMA C – DEFLETIDA NA FRONTE D – DEFLETIDA NA FACE Apresentação Pélvica ➢TIPOS: ◦ Completa ou pelvipodálica: coxas e pernas fletidas ◦ Incompleta de nádegas ou pélvica simples: pernas paralelas ao corpo fetal ◦ Incompleta de pés ou joelhos ou pélvica de procidência de pés ou joelhos: joelho ou pé ocupam o plano superior da bacia Apresentação Pélvica PÉLVICA COMPLETA OU PELVIPODÁLICA PÉLVICA INCOMPLETA DE NÁDEGAS PÉLVICA INCOMPLETA DE PÉS OU JOELHOS Apresentação Córmica OMBRO Relação Apresentação e Situação Fetal Situação transversa sempre terá apresentação córmica Situação longitudinal com pólo cefálico será apresentação cefálica Situação longitudinal com pólo pélvico será apresentação pélvica Insinuação ➢ Comparação do plano fetal mais baixo com os planos da bacia ➢ Indicador dinâmico da evolução do trabalho de parto ➢ Critério de DeLee » espinha ciática = ponto 0 Insinuação CRITÉRIO DE DELLE Insinuação ➢RESUMINDO: ◦ Alta e móvel: não toma contato com o estreito superior ◦ Ajustada: ocupa área do estreito ◦ Fixa: não se mobiliza a palpação ◦ Insinuada: a maior circunferência da apresentação transpôs a área do estreito superior Posição Fetal ➢ Relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo materno » Posição esquerda ou 1ª posição: o dorso fetal se acha voltado para o lado esquerdo materno » Posição direita ou 2ª posição: o dorso se orienta para o lado direito Variedade de Posição Materna PONTOS DE REFERÊNCIA MATERNO: 1. PUBE 2. EMINÊNCIA ÍLEOPECTÍNEA 3. EXTREMIDADE DO DIÂMETRO TRANSVERSO 4. SINOSTOSE SACROILÍACA 5. SACRO Nomenclatura Obstétrica Consiste em uma abreviação com três letras. ➢A primeira representa a apresentação fetal: • Occipital (O); • Bregma (B); • Naso (N); • Mento (M); • Sacro (S); • Acrômio (A). ➢A segunda letra representa a posição fetal podendo ser o direito (D) ou o esquerdo (E) da pelve materna. ➢A terceira letra representa a variedade de posição: anterior (A); posterior (P). Nomenclatura Obstétrica ➢ Determina exatamente a situação, a apresentação, a posição e a variedade de posição do feto intra-útero ➢ Usa-se 3 letras juntas » OEA: occípito – esquerda -anterior » ODP: occípito – direita - posterior APRESENTAÇÃO REFERÊNCIA AO ESTREITO SUPERIOR DA BACIA Nomenclatura Obstétrica ➢ RELEMBRANDO: » Posição: Longitudinal, Transverso, Oblíquo » Apresentação: cefálico, pélvico, córmico » Situação do dorso: direita,esquerda, anterior, posterior e transversal Resumos das Apresentações Nomenclaturas na situação Longitudinal OEA: OCCÍPITO ESQUERDA ANTERIOR OEP: OCCÍPITO ESQUERDA POSTERIOR Nomenclaturas na situação Longitudinal ODA: OCCÍPITO DIREIRA ANTERIOR ODP: OCCÍPITO DIREITA POSTERIOR Nomenclaturas na Situação Transversal ➢Somente 4 posições • EAE: ESCÁPULA-ANTERIOR-ESQUERDA • EPE: ESCÁPULA-POSTERIOR-ESQUERDA • EAD: ESCÁPULA-ANTERIOR-DIREITA • EPD: ESCÁPULA-POSTERIOR-DIREITA EX.: EAE: ombro do feto na parte anterior e lado esquerdo da pelve da mãe Nomenclaturas Obstétrica NEA: NASO ESQUERDA ANTERIOR SEA: SACRO ESQUERDA ANTERIOR Nomenclaturas OMBRO PÉLVICA FRANCA OU INCOMPLETA DE NÁDEGAS OU SAD (SACRO ANTERIOR DIREITA) MAE: MENTO ANTERIOR ESQUERDA Nomenclaturas MAD: MENTO ESQUERDA ANTERIOR PÉLVICA INCOMPLETA AEP: ACROMIO ESQUERDO POSTERIOR Nomenclaturas SAE: SACRO ESQUERDA ANTERIOR OBLÍQUA Exercícios Exercícios
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