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Resumão insuficiência respiratória e oxigenoterapia

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A insuficiência respiratória aguda ( IRA ) é 
caracterizada pelo incapacidade do sistema 
respiratório de captar O2 e eliminar CO2 de 
forma satisfatória ou pela falta de ventilação 
adequada. 
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGICA: 
• Tipo I: hipoxêmia 
PaO2 < 60mmhh e Spo<90%. 
Classificada em outras em outros 4 tipos: 
HIPOXEMIA HIPÓXICA: 
Hipoventilação alveolar com prejuízo na difusão 
do oxigênio para o sangue. Distúrbio V/Q do 
tipo shunt. O sangue não é oxigenado. 
HIPOXEMIA ANÊMICA 
Diminuição na capacidade de transporte de 
oxigênio. 
HIPÓXIA ISQUÊMICA 
Diminuição do fluxo sanguíneo. 
HIPÓXIA HISTOTÓXICA 
Diminuição da utilização do oxigênio. 
Além disso, causas de origem não respiratória 
também podem causar hipoxemia como 
grandes altitude, redução do debito cardíaco, 
diminuição das hemoglobina. 
 
• Tipo II: hipercápnia 
PaCO2 >45mmhg e PH <7,35 
A IRA hipoxemica geralmente é causada por 
hipoventilação, mas também ocorre por espaço 
morto, aumento do metabolismo que irá 
aumentar a produção de gás carbônico. 
 
 
Define-se como a inalação de oxigênio com 
concentração superior àquela presente no ar 
ambiente ( em torno de 21% ). O oxigênio pode 
ser ofertado por meio de sistemas de baixa e de 
alto fluxo. 
Objetivo: prevenir hipoxemia e reduzir trabalho 
respiratório e miocárdico. 
Apesar das importantes lesões causadas pela 
hipoxia tecidual ( devido a hipoxemia ), a oferta 
exacerbada de oxigênio pode causar hiperóxia 
(PaO2 > 120mmhg ). 
Estratégias para tratar hipoxemia sem causar 
hiperóxia: 1) controle preciso da oferta de 
oxigênio de forma individualizada. 
2) Aceitação de níveis baixos de oxigenação 
arterial, do que valores, convencionalmente, 
aceitos. 
ATENÇÃO: a hipoxemia é definida por PaO2 < 
60mmhh e SpO<90%, mas existe variedade 
nos valores considerados normais. Exemplo: 
com aumento da idade existe redução de Pao2. 
Pacientes com doenças obstrutivas crônicas 
também apresentam redução na relação V/Q. 
Por isso valores mais baixos de PaO2 podem 
ser aceitos para evitar lesão pulmonar induzida 
pelo oxigênio. Geralmente, pacientes com 
DPOC ou outra condição associada a 
insuficiência respiratória crônica, não é 
necessário oxigênio de rotina quando SpO2 
≥ 88%. Em caso de SpO2 < 88% deve-se iniciar 
oxigênio mantendo SapO2 entre 88 e 92%. 
 
SISTEMAS DE OXIGENOTERAPIA: 
• Sistema de baixo fluxo 
Administra oxigênio puro (100%) a um fluxo 
menor que o fluxo inspiratório do paciente. O 
oxigênio administrado de mistura com o ar 
inspirado fazendo uma variação na fração 
inspirada de oxigênio ( FiO2) alta ou baixa, 
dependendo do dispositivo utilizado e do 
volume de ar inspirado pelo paciente. Esse é o 
sistema ideal para pacientes com frequência 
respiratória menor que 25 respirações /minuto 
e com padrão respiratório estável. 
• Sistema de alto fluxo 
A administração de oxigênio é suficiente para 
exceder o pico de fluxo inspiratório do paciente, 
além da concentração ser mais consistente e 
previsível, atingindo valores de FiO2 d 24 a 50% 
com fluxo de 5 a 12litros/minuto. 
 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA 
OXIGENOTERAPIA 
 
 
 
 
• Índice de oxigenação ou Relação 
PaO2/FiO2 
( é o método de avaliação mais utilizado, por 
isso será mais descrito do que os outros em 
seguida ) 
Para saber se o tanto que está sendo ofertado 
de FiO2 está sendo suficiente para manter a 
PaO2 do paciente. (PaO2 é observado na 
gasometria e FiO2 no ventilador mecânico). O 
valor normal dessa relação deve ser > 300. 
Valores menor <200 são potencialmente letais. 
Veja os exemplos: 
1. Paciente respirando em ar ambiente ( 
21%) e PaO2=85mmhg. FiO2 0,21 
Colocando os valores na fórmula: 
PaO2/FiO2 = 
85/0,21=404 ( acima da normalidade que é 
300 ) 
2. Paciente de 57 anos respira em masca 
(32%) e PaO2= 60 mmhg. FiO2=0,32 
Observe, se fosse considerado apenas 
esses valores poderíamos dizer que o 
paciente não apresenta hipoxia pois PaO2 é 
de 60%, mas colocando os valores na 
formula ( PaO2/FiO2 ) é constatado o 
contrário. Veja: 
60/0,32=185 ( valor abaixo do que é 
considerado normal que é 300 ) = Shunt 
 
• Gradiente alvéolo-arterial de oxigênio ou 
G(A-a)O2 
Representa a diferença entre PA2 ( pressão 
alveolar de oxigênio ) e PaO2 ( pressão arterial 
de oxigênio ). O valor normal de G(A-a)O2 
respirado no ar ambiente com FiO2 de 0,21 
varia com a idade. 
 
 
 
• Relação PaO2/PAO2 
Prever PaO2 esperada quando ocorre 
alteração de FiO2. Valores normais de 0,74 a 
0,90. Valores abaixo de 0,6 indicam troca 
gasosa ineficazes. 
 
AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE 
OXIGENIOTERAPIA

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