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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS LABORATÓRIO DE QUÍMICA ANALÍTICA CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA NOME DO ALUNO: CAMILA ANDREO SILVA R.A: 2106430 POLO: EAD - POLO AQUARIUS DATA: 13 / 09 / 2022 RELATÓRIO DE QUÍMICA ANALÍTICA Introdução A química analítica é uma ciência que envolve métodos e procedimentos que atua na separação, identificação e determinação quantitativas e qualitativas dos elementos de uma amostra. O teste da chama, por exemplo, é utilizado para detectar a presença de alguns íons metálicos. Nesse procedimento, pode-se observar a excitação dos íons pela emissão de cores luminosas. Cada elemento emite diferentes conjuntos de radiações, por suas características únicas. O estado fundamental de um átomo/íon é quando o mesmo apresenta estabilidade com baixos níveis de energias em seus elétrons. Quando os elétrons absorvem energia eles passam para um estado excitatório, instável e liberam energia em forma de luz para voltar ao seu estado fundamental. Ao utilizar técnicas de excitação dos elétrons de um elementos, podemos observar essa variação de energia, por exemplo, por meio da observação das cores e identificar íons e cátions de determinados elementos químicos. Outro procedimento importante na química analítica está relacionado a calibração de vidrarias que tem como objetivo analisar a capacidade de medição de um determinado equipamento. Com os resultados obtidos pode-se avaliar se as vidrarias são compatíveis com o previsto, podendo evitar desperdícios, erros e retrabalhos no uso das mesmas. Para uma análise quantitativa, um procedimento muito utilizado é a padronização de uma solução que permite determinar a concentração exata de uma solução. Em uma análise volumétrica, mede-se, por meio de um procedimento chamado titulação, o volume de um reagente necessário para reagir com uma determinada substância. As titulações mais comuns são de reações: ácido-base, oxidação-redução, formação de complexo e precipitação. Identificação de elementos químicos pelo teste da chama e teste de identificação para o bicarbonato de sódio. Resultados e discussão (Aula 1 | Roteiro 1) Objetivo: Observar os aspectos de emissão de alguns cátions metálicos e identificar o bicarbonato de sódio utilizando o teste da chama. Procedimentos e Discussões: 1. Mergulhou-se uma pequena porção de cada um dos sais em uma solução concentrada de HCl. Levou-se a amostra até a chama para verificar e registrar a cor de cada sal. Metais Cores Observadas Na⁺ Amarelo K⁺ Violeta Ba⁺² Verde Ca⁺² Laranja Sr⁺² Vermelho Cu⁺² Verde Na⁺ e K⁺ - A cor observada em cada chama é vista em função do elemento presente na substância aquecida. O teste da chama ajudou a fornecer informações qualitativas, porém existiu uma pequena dificuldade em detectar concentrações baixas de alguns sais, já que outros produzem uma coloração mais forte e tendem a mascarar as mais fracas. 2. Um outro procedimento realizado foi o de solubilidade do bicarbonato de sódio, tanto em água quanto em álcool. O sal quando é dissolvido se dissocia, de maneira que seus cátions e ânions unem-se às moléculas do solvente. Na água pode-se observar a solubilidade completa do bicarbonato, porém no álcool não, isso porque o álcool apresenta uma parte apolar significativa em sua estrutura que é sua cadeia carbônica. Esta, por não ter carga, dificulta a estabilidade do íon HCO₃⁻ do bicarbonato. 3. Preparou-se 3 soluções distintas com bicarbonato de sódio para análise das reações: uma com solução de bicarbonato de sódio mais fenolftaleína, outra com solução de bicarbonato de sódio e HCl e a última com solução de bicarbonato de sódio e hidróxido de cálcio. Das soluções com bicarbonato de sódio analisou-se que tal solução primeiramente já apresenta um caráter básico, pois o íon HCO₃⁻ em conjunto com a água, forma H₂CO₃ e OH⁻. A fenolftaleína assume coloração rosa em meio básico e torna-se incolor em meio neutro ou ácido, sendo assim, a solução de bicarbonato com fenolftaleína apresentou uma coloração magenta (rosa). Já na solução com HCl, que é ácido, pode-se observar a presença de produção de gás, já que a solução efervesceu por conta da presença do Ácido Carbônico no produto final: NaHCO₃ + HCl —--> NaCl + H₂CO₃ Por último a solução que continha hidróxido de cálcio (uma base fraca), pode-se observar a presença de um precipitado já que o carbono de cálcio (CaCO₃) é insolúvel em água. Nessa reação, caso fosse feito o teste da chama, a mesma ficaria amarela de acordo com o professor. Entende-se que pelo hidróxido de cálcio ser uma base fraca, o sódio prevalece e destaca na cor da chama. Calibração de vidrarias Resultados e discussão (Aula 1 | Roteiro 2) Objetivo: Calibrar vidraria volumétrica. Procedimentos e Discussões: 1. Pesou-se primeiro o balão volumétrico (seco e vazio) em uma balança analítica, em seguida foi adicionado água destilada até o menisco e pesou-se novamente o balão volumétrico. Foi realizado esse procedimento 3 vezes, ao cuidado de secar o máximo possível o balão entre uma pesagem e outra. O ideal seria que o mesmo estivesse completamente seco já que qualquer gota faz diferença nos resultados finais. Diante das medições obteve-se os seguintes valores: Peso do balão volumétrico vazio: 41,684g Peso 1 do balão volumétrico com água: 91,517g, portanto peso da água: 49,833g Peso 2 do balão volumétrico com água: 91,562g, portanto peso da água: 49,878g Peso 3 do balão volumétrico com água: 91,490g, portanto peso da água: 49,806g Diante do peso foram calculados os volumes de cada porção de água com a fórmula: V=m/d. Para encontrar uma densidade mais aproximada, mediu-se a temperatura da água utilizada e pela tabela de variação de densidade obteve-se o valor da densidade equivalente à temperatura medida. No caso a temperatura da água era de 19⁰ que se refere a uma densidade de 0,99843 g.mL⁻¹. Com o resultado dos volumes obtidos, calculou-se a média dos mesmos por meio da soma deles e da divisão por 3. Dessa forma a média que obteve foi de 49,93 mL. Calculou-se também o desvio padrão que foi resultado da diferença do volume obtido com a média dos volumes de acordo com a fórmula a seguir: X = Volume μ = Média dos volumes N = Quantidade de números medidos (menos 1) O resultado final obtido do desvio padrão foi de 0,036 g. Importante ressaltar que apenas no resultado final é que o número foi arredondado, mantendo os números inteiros durante todo o processo do cálculo. Por último, foi calculado o coeficiente de variação por meio da fórmula: C.V=DP.100/M, onde M é a média dos volumes. O resultado obtido foi de 0,072 g. 2. O próximo procedimento foi a calibração da pipeta focando agora em sua exatidão. Primeiramente pesou o becker vazio (p = 53,142g). Em seguida, colocou-se com a pipeta volumétrica, 10ml de água no becker e pesou-se (p = 63,024). Para obter o peso da água, subtraiu-se os resultados (peso da água = 63,024 - 53,142 = 9,887g). Realizou-se esse procedimento 3 vezes para cálculo da média dos volumes obtidos e para isso foi calculado a média com a equação volume=massa/densidade. Com a média dos volumes (média = 9,9043 ml), calculou-se a exatidão por meio da equação: Exatidão = | V1-V2 | . 100 / V Média. O valor obtido foi de 0,050ml/g. 3. Por último, na calibração de vidraria, determinou-se o tempo de escoamento da pipeta de 10 ml. Encheu-se a pipeta com água destilada até a marca do menisco. Deixou-se a água escoar livremente medindo o tempo de escoamento com um cronômetro, realizou-se esse procedimento três vezes, calculando ao final a média de tempo que foi igual a 9,86 segundos. Essa média permaneceu dentro da referência de tempo de escoamento de pipetas volumétricas de 10 ml descrita na tabela, que era de 20 segundos. Padronização de uma solução 0,5 mol/L de NaOH Resultados e discussão (Aula 2 | Roteiro 1) 1. Objetivo: Preparar e padronizar uma solução de KOH 0,5 mol/L. Procedimentos e Discussões: 1. Para preparar uma solução de 0,5 mol/L de KOH, alguns cálculos foram realizadospara encontrar o equivalente a massa que deveria ser pesada. Como utilizou-se 500 ml de solução, se em 1 litro (1000 ml) temos 0,5 mols, em 500 ml têm-se 0,25 mols. Para saber qual massa equivale a essa quantidade de mol, pega-se a massa molar do hidróxido de potássio, que é de 56,11 gramas, e multiplica por 0,25 mols. O resultado foi de 14,02 gramas de hidróxido de potássio, que foi pesado em uma balança para em seguida ser misturado em 100 ml de água destilada. O próximo processo foi preparar o suporte universal com a bureta e preparar a amostra desconhecida. Nessa, separou-se 3 erlenmeyer com a seguinte preparação: 2,5 gramas de biftalato de potássio, 70 ml de água e 3 gotas de fenolftaleína. para cada pesagem de biftalato foi anotado a exata massa utilizada. 2. A solução de KOH foi inserida na bureta enquanto o erlenmeyer foi colocado sobre o agitador magnético. A solução permaneceu em agitação constante enquanto pingava o conteúdo da bureta sob o erlenmeyer até a solução tornar-se rosa claro. Após esse acontecimento, mediu-se o volume da solução de KOH, repetindo esse procedimento mais duas vezes. Com todos os volumes anotados de KOH (no momento da virada de cor da solução) e a quantidade exata pesada de biftalato de potássio para cada titulação. Obtivemos a concentração molar de cada titulação para calcular o fator de correção por meio da fórmula: M(real) de KOH/ M(teórico) de KOH. O M(real) foi obtido com a média das concentrações molares, que foi de 0,473 mol/L. O fator de correção foi de 0,94 mol/L.
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