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enfermagem_saude_do_homem_adolescente_adulto_e_idoso_2019

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1 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: 
 
SAÚDE DO HOMEM ADOLESCENTE, ADULTO E IDOSO 
 
 
Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem das Escolas Estaduais 
de Educação Profissional – EEEP 
Material elaborado/organizado pela professora Rafaelle Alves Diógenes Pontes – 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
APRESENTAÇÃO 
Este o Manual Pedagógico e correspondente à disciplina Cuidados de Enfermagem ao 
Homem Adolescente, Adulto e Idoso, com carga horária de 40 horas/aula do ciclo 
intermediário do Curso Técnico de Enfermagem Integrado ao Ensino Médio. 
Para atingir os objetivos de aprendizagem são propostas, neste manual, atividades embasadas 
em uma metodologia problematizadora e dialógica. Tais atividades estão voltadas a 
desenvolver nos alunos uma visão crítica dos temas abordados, contribuindo assim, para a 
formação de profissionais capazes de prestar uma assistência integral à saúde das pessoas 
submetidas aos cuidados de enfermagem, livre da interferência de mitos, tabus e preconceitos 
muito comuns nas relações de gênero, mesmo as estabelecidas no ato de cuidar. 
A metodologia utilizada valoriza a experiência dos sujeitos envolvidos no processo ensino-
aprendizagem, onde educador e educando mantêm uma relação de responsabilidade mútua, 
cabendo ao professor a tarefa de facilitar as discussões e mediar conflitos, para tanto deve 
lançar mão de sua experiência profissional acumulada e de textos de apoio apresentados ao 
final deste manual. 
Sem afastar-se dos temas propostos e da metodologia problematizadora e dialética o professor 
também pode se utilizar de outros meios de ensino sempre que julgar necessário como 
internet, filmes, livros, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 
Ao final da disciplina os alunos devem ser capazes de... 
1. Discutir a política de saúde do homem; 
2. Descrever a anátomo-fisiologia do sistema reprodutor masculino; 
3. Considerar mitos e tabus, machismo e feminismo que se relacionam com a sexualidade 
masculina nas diferentes fases da vida no contexto contemporâneo; 
4. Identificar sinais e sintomas que indiquem disfunções eréteis a partir da puberdade até a 
andropausa; 
5. Descrever os fatores de risco envolvendo os cânceres de próstata e estratégias de 
prevenção; 
6. Identificar os aspectos fisiológicos, psicológicos, sociais e patológicos do envelhecimento 
do homem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
1. Sexualidade e machismo X feminismo; 
2. Política de Saúde do Homem; 
3. Fundamentos de anatomia e fisiologia do sistema reprodutor masculino; 
4. Fisiopatologia do sistema reprodutor masculino (câncer, DST´s, disfunções eréteis); 
5. Aspectos fisiológicos, psicológicos, sociais e patológicos do envelhecimento do homem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
SUMÁRIO 
1.POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM...........................6 
1.1.Novembro Azul....................................................................................................................6 
1.2.Mês de Valorização da Paternidade – Agosto...............................................................................................7 
1.3. Lei do acompanhante........................................................................................................................................8 
1.4.Exames básicos de rotina na prevenção e promoção da saúde do homem...........................................8 
2. ANÁTOMO–FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO................9 
2.1.sistema genital masculino...................................................................................................9 
2.2.Os ciclos naturais do corpo masculino maduro..............................................................13 
2.3.O papel da testosterona....................................................................................................14 
2.4.O padrão normal de excitação e ereção..........................................................................14 
2.5.Como o orgasmo masculino acontece..............................................................................15 
2.6.Doenças do Sistema Reprodutor Masculino...................................................................15 
3.MACHISMO........................................................................................................................16 
3.1.Sexualidade masculina......................................................................................................18 
3.2.Machismo x Feminismo....................................................................................................20 
4.DISFUNÇÃO ERÉTIL........................................................................................................22 
4.1.O que é Disfunção erétil?.........................................................................................................................................22 
5.CÂNCER DE PRÓSTATA.................................................................................................26 
6.ENVELHECIMENTO DO HOMEM................................................................................31 
REFERÊNCIAS......................................................................................................................36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
1.POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM 
A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) tem como 
diretriz promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da 
realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-
econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos 
sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios. 
Para atingir o seu objetivo geral, que é ampliar e melhorar o acesso da população 
masculina adulta – 20 a 59 anos – do Brasil aos serviços de saúde, a Política Nacional de 
Saúde do Homem é desenvolvida a partir de cinco (05) eixos temáticos: 
 Acesso e Acolhimento: objetiva reorganizar as ações de saúde, através de uma 
proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como 
espaços masculinos e, por sua vez, os serviços reconheçam os homens como sujeitos que 
necessitam de cuidados. 
 Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva: busca sensibilizar gestores(as), profissionais de 
saúde e a população em geral para reconhecer os homens como sujeitos de direitos 
sexuais e reprodutivos, os envolvendo nas ações voltadas a esse fim e implementando 
estratégias para aproximá-los desta temática. 
 Paternidade e Cuidado: objetiva sensibilizar gestores(as), profissionais de saúde e a 
população em geral sobre os benefícios do envolvimento ativo dos homens com em todas 
as fases da gestação e nas ações de cuidado com seus(uas) filhos(as), destacando como 
esta participação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis 
entre crianças, homens e suas (eus) parceiras(os). 
 Doenças prevalentes na população masculina: busca fortalecer a assistência básica 
no cuidado à saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da 
atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à 
saúde. 
 Prevenção de Violências e Acidentes: visa propor e/ou desenvolver ações que 
chamem atenção para a gravee contundente relação entre a população masculina e as 
violências (em especial a violência urbana) e acidentes, sensibilizando a população em 
geral e os profissionais de saúde sobre o tema. 
1.1.Novembro Azul 
Novembro é o mês de conscientização sobre os cuidados integrais com a saúde do 
homem. Saúde mental, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), doenças crônicas 
(diabetes, hipertensão) entre outros pontos devem ser sempre observados pela população 
7 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
masculina. Todos os anos, nesse período, 21 países, incluindo o Brasil, preparam 
campanhas sobre prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, além de levar informações 
sobre a prevenção e promoção aos cuidados integrais com o cuidado da saúde masculina. 
Entre as informações estão, por exemplo, dicas para manter alimentação saudável, 
evitar fumar e consumir bebicas alcoólicas, além de praticar atividades físicas. São atos 
simples que promoverm o bem-estar e ajudam a manter mente e corpo em perfeito 
funcionamento, prevenindo doenças. 
No Brasil é tradição que prédios e monumentos históricos recebam iluminação azul 
nesta época do ano, fazendo menção ao Novembro Azul. O objetvo é chamar atenção para o 
movimento global, trazendo informações e conscientização sobre o que deve ser feito em 
prol da saúde do homem. 
O Novembro Azul é uma iniciativa criada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. A 
ideia, desde o início, é promover uma mudança no conceito de ir ao médico, encorajando os 
homens a fazerem exames de rotina e a cuidarem da saúde constantemente. 
1.2.Mês de Valorização da Paternidade - Agosto 
Promover o engajamento dos homens nas ações do planejamento reprodutivo, no 
acompanhamento do pré-natal, nos momentos do parto de sua parceira e nos cuidados no 
desenvolvimento da criança, com a possibilidade real de melhoria na qualidade de vida para 
todas as pessoas envolvidas e vínculos afetivos saudáveis. Esses são os principais objetivos 
para a criação do Mês de Valorização da Paternidade, que é celebrado anualmente em 
agosto. 
O mês de valorização da paternidade foi instituído pelo Comitê Vida, grupo de 
trabalho intersetorial que integra profissionais de organizações governamentais e não-
governamentais, universidades e demais pessoas e instituições interessadas. A Coordenação 
Nacional de Saúde do Homem (CNSH) do Ministério da Saúde apoia essa inciativa e 
estimula que seja desenvolvida em todo território nacional. 
A ação é baseada em um dos eixos prioritários da Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Homem: o eixo de Paternidade e Cuidado, que consiste em incentivar a 
presença de homens acompanhando suas parceiras nas consultas de pré-natal e traz a ideia 
de que o acesso dos homens aos serviços de saúde para participar dessas consultas também 
pode ser potencializado como momento de promoção do autocuidado e educação em saúde. 
Ponto fundamental para implementação desse eixo é a estratégia pré-natal do 
parceiro, que tem como objetivo sensibilizar trabalhadores de saúde sobre a importância do 
8 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
envolvimento dos pais e futuros pais na lógica dos serviços de saúde ofertados, 
possibilitando que eles realizem seus exames preventivos de rotina e também façam testes 
rápidos de sífilis, hepatite e HIV; atualizem o cartão de vacinação; participem de atividade 
educativas desenvolvidas durante o pré-natal; sejam estimulados a participarem dos 
momentos do parto e cuidados com a criança e ao mesmo tempo exerçam uma paternidade 
ativa. 
1.3. Lei do acompanhante 
A Lei Federal nº 11.108, de 07 de abril de 2005, mais conhecida como a Lei do 
Acompanhante, determina que os serviços de saúde do SUS, da rede própria ou conveniada, 
são obrigados a permitir à gestante o direito a acompanhante durante todo o período de 
trabalho de parto, parto e pós-parto. A Lei determina que este acompanhante será indicado 
pela gestante, podendo ser o pai do bebê, o parceiro atual, a mãe, um(a) amigo(a), ou outra 
pessoa que a gestante escolher. A Lei do Acompanhante é válida para parto normal ou 
cesariana e a presença do(a) acompanhante (inclusive se este for adolescente) não pode ser 
impedida pelo hospital ou por qualquer membro da equipe de saúde, nem deve ser exigido 
que o(a) acompanhante tenha participado de alguma formação ou grupo. 
1.4.Exames básicos de rotina na prevenção e promoção da saúde do homem: 
 Pressão arterial. 
 Hemograma completo. 
 Testes de urina. 
 Teste de fezes. 
 Teste de glicemia. 
 Atualização da carteira vacinal. 
 Verificação do perímetro abdominal. 
 Teste de IMC. 
LINK PARA ACESSAR A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO HOMEM DE 
FORMA INTEGRAL: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_saude_homem.pdf 
 
 
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_saude_homem.pdf
9 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
 
2. ANÁTOMO–FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
2.1.Sistema genital masculino 
Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um 
sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais 
acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de 
suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem esperma 
e secretam hormônios (testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, 
auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma mais as 
secreções das glândulas sexuais acessórias. 
O sistema reprodutor masculino é formado por: 
 Testículos ou gônadas. 
 Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra. 
 Pênis. 
 Escroto. 
 Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais. 
O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e externos. Eles 
passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou seja, quando as 
células sexuais ficam disponíveis para originar outro ser. 
Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino 
 
 
Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: uretra, pênis, vesícula 
seminal, próstata, canais deferentes, epidídimo e testículos. 
10 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
Testículos 
 
Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. 
Na estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos 
seminíferos". 
Nos testículos são produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras (gametas) 
masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de diversos hormônios. 
O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características 
sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc. 
Epidídimos 
 
11 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem posteriormente a 
superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozoides são armazenados. 
Canal Deferente 
 
O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Ele passa pelas 
pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajetória pela cavidade 
abdominal, circunda a base da bexiga e alarga-se formando uma ampola. 
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que nele 
descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra. 
O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui 
o “esperma” ou “sêmen”. 
Vesícula Seminal 
 
12 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. 
Sua função é produzir o "líquido seminal", uma secreçãoespessa e leitosa, que neutraliza a 
ação da urina e protege os espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra. 
O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina durante a relação sexual, 
evitando que os espermatozoides morram no caminho até os óvulos. 
Próstata 
 
A próstata é uma glândula localizada sob a bexiga que produz o "líquido prostático", 
uma secreção clara e fluida que integra a composição do esperma. 
Uretra 
 
13 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema 
reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da 
glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sêmen a a urina. 
Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo 
graças à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra. 
Pênis 
 
O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos: cavernoso e 
esponjoso. Através do pênis são eliminados a urina (função excretora) e o sêmen (função 
reprodutora). 
O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se enche 
de sangue, fazendo com que o pênis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato sexual, 
geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sêmen). 
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual. Ela pode 
acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está cheia ou 
quando o homem tem um sonho à noite. 
2.2.Os ciclos naturais do corpo masculino maduro 
A partir da adolescência, os testículos começam a produzir um suprimento constante 
de hormônios, principalmente a testosterona. Os testículos também fabricam milhões de 
espermatozoides diariamente. Leva cerca de 74 dias para o esperma ficar pronto. Como parte 
deste processo, o esperma recém fabricado segue por um tubo de cerca de 9 metros de 
14 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
comprimento, denominado epidídimo. Esse tubo forma uma estrutura espiral que se situa na 
parte posterior e superior de cada testículo. 
Antes da ejaculação, outro tubo denominado canal deferente leva o esperma maduro 
do epidídimo até a próstata, onde se mistura com fluidos especiais da próstata e das vesículas 
seminais, localizadas do lado da próstata. Esses fluidos esbranquiçados, ricos em proteínas, 
nutrem os espermatozoides para que possam viver por algum tempo após a ejaculação. 
Durante o orgasmo, essa mistura do líquido e do esperma, chamada de sêmen, é enviada 
através da uretra para fora pelo pênis. 
2.3.O papel da testosterona 
A testosterona é o principal hormônio masculino, o que faz com que os órgãos 
reprodutivos se desenvolvam e promove o comportamento sexual e as ereções. A testosterona 
também é responsável pelas características sexuais secundárias na puberdade, como uma voz 
mais grave e o crescimento de pêlos no corpo e face. Os testículos produzem a maioria desse 
hormônio. As glândulas adrenais, que se localizam acima dos rins, também produzem 
pequenas quantidades do hormônio em homens e mulheres. 
A região do hipotálamo no cérebro controla a quantidade de hormônio que o corpo 
produz. Quando o nível de testosterona diminui, o hipotálamo sinaliza a hipófise, que envia 
um sinal hormonal através da corrente sanguínea aos testículos para acelerar a produção do 
hormônio. 
Os níveis hormonais dos homens variam muito, mas a maioria tem mais testosterona 
na corrente sanguínea do que o necessário. Um homem com nível baixo de testosterona pode 
ter dificuldades para ter ou manter ereções, podendo perder o desejo sexual. No homem mais 
jovem e saudável, problemas hormonais são raros e a ansiedade é a principal causa dos 
problemas de ereção. As causas clínicas comuns para problemas de ereção incluem 
medicamentos e problemas com os vasos sanguíneos ou nervos na região pélvica. 
2.4.O padrão normal de excitação e ereção 
Uma ereção começa quando o cérebro envia um sinal para a medula espinhal através 
dos nervos que chegam à pelve. Alguns dos nervos que provocam uma ereção se situam dos 
dois lados da glândula prostática. Quando este sinal é recebido, o tecido esponjoso no interior 
do pênis relaxa e expande os vasos sanguíneos que levam o sangue para o pênis. Como as 
paredes se expandem o sangue no interior pode circular até 50 vezes mais rápido do que sua 
velocidade habitual. O sangue preenche 2 tubos esponjosos de tecido no interior do pênis. As 
veias que normalmente drenam o sangue do pênis, ficam fechadas para que mais sangue 
15 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
permaneça dentro. Isso faz com que se produza um grande aumento da pressão dentro do 
pênis, o que provoca uma ereção firme. 
Os nervos que permitem a um homem sentir prazer quando o pênis é tocado tem 
origem em diferentes nervos que controlam o fluxo de sangue e produzem a ereção. Mesmo 
que um nervo esteja lesionado ou os vasos sanguíneos sejam bloqueados isso não impede que 
o homem tenha ereções e possa atingir o orgasmo. 
Um terceiro conjunto de nervos controla a ejaculação. 
2.5.Como o orgasmo masculino acontece 
O sêmen é depositado próximo à parte superior da uretra, pronto para ser enviado para 
fora (ejaculação). Neste momento, uma pequena válvula na parte superior do tubo se fecha 
para impedir que o sêmen vá para a bexiga. O homem sente a emissão como "o ponto sem 
retorno," quando sabe que está prestes a ter um orgasmo. A emissão é controlada pelo sistema 
nervoso simpático ou involuntário. 
A ejaculação é a segunda fase do orgasmo. É controlada pelos mesmos nervos que 
levam os sinais de prazer quando a área genital é acariciada. Esses nervos fazem com que os 
músculos ao redor da base do pênis se contraiam ritmicamente, empurrando o esperma através 
da uretra para fora do pênis. Ao mesmo tempo, mensagens de prazer são enviadas para o 
cérebro. Essa sensação é conhecida como orgasmo ou clímax. 
2.6.Doenças do Sistema Reprodutor Masculino 
O câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a partir dos 40 
anos. 
Os sintomas mais comuns são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes à noite para 
urinar, diminuição do jato urinário, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga 
após urinar, presença de sangue na urina, entre outros. 
Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres masculinos, sendo 
que o aparecimento de nódulos (caroços) é indolor. 
Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um urologista 
(médico especialista nos sistemas urinário e renal e nos problemas sexuais masculinos). 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
3.MACHISMO 
Machismo ou chauvinismo masculino é o conceito que baseia-se na supervalorização 
das características físicas e culturais associadas com o sexo masculino, em detrimento 
daquelas associadas ao sexo feminino, pela crença de que homens são superiores às mulheres. 
Em um termo mais amplo, o machismo, por ser um conceito filosófico e social que crê na 
inferioridade da mulher, é a ideia de que o homem, em uma relação, é o líder superior, na qual 
protege e é a autoridade em uma família. 
Durante o movimento de libertação feminina das décadas de 1960 e 1970, o termo 
começou a ser usado por feministas latino-americanas para descrever a agressão masculina e a 
violência. O termo foi usado por feministas latinas e estudiosos para criticar a estrutura 
patriarcal das relações de gênero nas comunidades latinas. Seu objetivo era descrever uma 
determinada marca latino-americana de patriarcado. 
A palavra "machismo" quando usada em texto em inglês, deriva da palavra idêntica 
em espanhol e em português e refere-se à suposição de que a masculinidade é superior 
à feminilidade. Os papéis de gênero temparte importante na identidade humana enquanto 
conduzimos nossas identidades através de ações sociais históricas e atuais. As atitudes e os 
comportamentos do machismo podem ser mal vistos ou encorajados em vários graus em 
várias sociedades ou subculturas - embora seja frequentemente associado a matizes 
patriarcais, principalmente nas visões atuais do passado. 
Em toda a literatura popular, o termo tem continuado a ser associado com as 
características negativas. Por exemplo, sexismo, misoginia, chauvinismo e 
hipermasculinidade e masculinidade hegemônica. 
O machismo como um fator cultural é substancialmente associado à criminalidade, a 
violência e ilegalidade, independentemente das variáveis de controle estruturais. Um aspecto-
chave da associação do Machismo à violência é sua influência no comportamento de um 
homem para provar sua força física. Enquanto força e a resistência são reconhecidas como 
componentes chave para o estereótipo do machismo, as manifestações de violência e ações 
agressivas têm se tornado quase esperadas dos homens e têm sido justificadas como produtos 
desejáveis serem duros e "machos". Pode ser implícito que "se você é violento, você é forte e, 
portanto, mais homem do que aqueles que recuam ou não lutam". 
Os encontros violentos podem resultar do desejo de proteger sua família, amigos e 
particularmente seus parentes femininos que são vulneráveis às ações do machismo de outros 
homens. No entanto, através de ciúme, competitividade e orgulho, encontros violentos 
também são muitas vezes procurados como forma de demonstrar força física para outros. As 
17 
 
Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
inseguranças de um homem podem ser alimentadas por uma série de pressões. Estes variam 
de pressões sociais para "ser um homem" a pressões internas de superar um complexo de 
inferioridade. Isso pode se traduzir em ações que desvalorizam as características ditas como 
femininas e enfatizam demais as características de força e superioridade atribuídas à 
masculinidade. 
Em muitos casos, a posição de um homem de superioridade sobre uma parceira pode 
levá-lo a ganhar controle sobre diferentes aspectos de sua vida. Uma vez que as mulheres são 
vistas como subservientes aos homens em muitas culturas, os homens muitas vezes têm poder 
para decidir se sua esposa pode trabalhar, estudar, socializar, participar da comunidade, ou 
mesmo sair de casa. Com poucas oportunidades para obter uma renda, meios mínimos para 
obter uma educação, e as poucas pessoas que têm como um sistema de apoio, muitas mulheres 
tornam-se dependentes de seus maridos financeiramente e emocionalmente. Isso deixa muitas 
mulheres particularmente vulneráveis à violência doméstica, tanto porque é justificado por 
essa crença de que os homens são superiores e, portanto, são livres para expressar essa 
superioridade e porque as mulheres não podem deixar tal relação abusiva, uma vez que 
dependem de seus maridos para viver. 
Uma implicação do conceito de Machismo é a pressão para que um homem seja 
sexualmente experiente. A infidelidade masculina é prática comum em muitas culturas, já que 
os homens não são tão esperados para manter quase o mesmo nível de castidade que as 
mulheres. Enquanto isso, as meninas são muitas vezes levadas a tolerar um parceiro infiel, 
uma vez que é uma parte da cultura do machismo. Como tal, isso coloca as populações em 
risco de transmissão de ISTs, à medida que os homens buscam múltiplos parceiros sexuais 
com pouca interferência de suas esposas ou da sociedade. O risco é ainda mais acentuado pela 
falta de uso de preservativos por homens que são mal-educados sobre a eficácia da proteção 
do preservativo contra as IST’s e a crença de que isso não aconteceria com eles. Essa 
mentalidade também impede os homens de serem testados para saber se são HIV positivos, o 
que os leva a espalhar ISTs sem ter conhecimento disso. 
A homossexualidade é vista como tabu ou mesmo pecado nas fés cristãs, os homens 
homossexuais tendem a carecer de um sistema de apoio, deixando muitos incapazes de 
expressarem sua verdadeira sexualidade. 
O machismo também pode pressionar os homens para que defendam o bem-estar de 
seus entes queridos, sua comunidade e seu país. Permite-lhe realizar atos altruístas para 
proteger os outros. No passado, e mesmo em muitas sociedades atuais onde as pessoas 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
dependem da agricultura de subsistência e da economia para sobreviver, o machismo ajudou a 
dar aos homens a coragem de expulsar potenciais ameaças e proteger sua terra e sua safra. 
Hoje, isso leva à substancial diferença de gênero na composição das forças armadas e 
militares em todo o mundo, mesmo considerando a crescente representação feminina entre os 
militares de hoje. No entanto, para além do domínio das forças armadas, a ideologia do 
machismo também pode levar os homens a trabalharem para o serviço militar porque estão 
numa posição "superior", o que lhes permite demonstrar o seu sucesso, oferecendo as suas 
próprias forças para ajudar aos outros. Sua dependência dele pode validar seu ego e ajudar a 
manter essa diferença de poder. 
Outra abordagem ao machismo é a ideologia do "cavalheirismo", que, como um 
homem é o chefe da família, é responsável pelo bem-estar dos membros de sua família. Isso 
descreve o chamado para um homem ser cavalheiresco, nutrir e proteger seus entes 
queridos. Traduz-se à crença que um homem verdadeiro nunca agiria violento para sua esposa 
ou crianças, mas em vez disso assegura-se de que nenhum dano venha a elas. O machismo, 
visto através dessa abordagem, inspira os homens a criar "relacionamentos interpessoais 
harmoniosos através do respeito a si mesmo e aos outros". 
Na “casa tradicional”, espera-se que o homem trabalhe e cuide de sua família enquanto 
sua esposa fica em casa para cuidar das crianças, porém noss dias atuais essa definição já está 
bastante ultrapassada, tendo em vista que a composiçao familiar pode variar e não necessita 
de um patriarca (figura masculina) para existir. 
3.1.Sexualidade masculina 
A conduta sexual masculina costuma ser influenciada por algumas ideias que circulam 
no imaginário social, entre as quais se destacam: preocupação com o tamanho do pênis, a 
importância do coito na relação sexual, a exigência de se experimentar uma ereção imediata e 
a redução da sexualidade à área genital. Essas ideias circulam com tanta força persuasiva e 
sedutora que podem ser consideradas pelos homens como verdades da vida sexual masculina. 
Outro aspecto que, em geral, vem à tona na discussão sobre a sexualidade masculina é 
a masturbação. Ela – que aparece como uma experiência quase universal – pode exercer um 
papel importante, na medida em que comumente precede as relações sexuais entre parceiros. 
Diferentemente das mulheres, que tendem a se iniciar sexualmente pela experiência 
amorosa, os homens costumam experimentá-la como porta de entrada para o exercício da 
sexualidade. 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
A heterossexualidade – entendida como orientação ou preferência – também costuma 
ser destacada, por alguns autores, como um eixo estruturante para a sexualidade masculina, 
tornando-se quase como uma pertença exclusiva dessa sexualidade. 
A sexualidade masculina é considerada de uma forma abrangente. Ao contrário, a 
temática costuma ser focalizada a partir de perspectivas reducionistas. 
Existe uma redução da sexualidade masculina no campo da saúde pública: a de 
focalizá-la como infectante, associando-a muito mais à doença do que à saúde. Pesquisas 
mostram que as Infecções Sexualmente Transmissíveis tem a forte participação de homens 
nos perfis epidemiológicos relacionados a essas doenças. 
Para que o debate acerca da sexualidade masculina continue, faz-se necessário 
conceber a sexualidade em geral em uma perspectiva ampliada.Destacam-se os seguintes 
pontos de partida: 
Levar em conta tanto o foco da prevenção de doenças como o da promoção da saúde, 
articulando as dimensões física e simbólica da sexualidade. • Promover um deslocamento das 
reduções da sexualidade para uma abordagem mais ampla, como a da Organização Mundial 
da Saúde (OMS), que a concebe como uma energia que faz com que as pessoas se sintam 
motivadas para encontrar amor, contato, ternura e intimidade, fazendo parte do modo como se 
sentem, se tocam, são tocadas e influenciando a saúde física e mental. • Entender que a 
sexualidade, em geral, envolve preferências, predisposições, experiências, experimentações e 
descobertas, que podem variar entre os diferentes segmentos sociais. • Considerar a saúde 
sexual como aquela que, além de ser relacionada ao prazer e ao bem-estar, contribui para a 
“construção de nossas identidades pessoais e sociais (para estabelecer nosso lugar no mundo, 
nossas redes de sociabilidade, o modo como vemos e como os outros nos veem)” (Carrara, 
2005: 19). 
• Situar a discussão no campo dos seguintes direitos: 
Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e 
imposições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a). Direito de escolher o(a) 
parceiro(a) sexual. Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e 
falsas crenças. Direito de viver a sexualidade independentemente de estado civil, idade ou 
condição física. Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual. Direito de 
expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, 
bissexualidade, entre outras. Direito de ter relação sexual independente da reprodução. Direito 
ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/Aids. Direito a serviços 
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de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação. 
Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva. (Brasil, 2006: 6) 
3.2.Machismo x Feminismo 
O primeiro passo é compreender que feminismo e machismo não são ideais 
opostos. Feminismo é um movimento, já o machismo, um comportamento. Enquanto o 
primeiro luta por direitos iguais entre os gêneros, o segundo coloca o sexo masculino 
em superioridade à mulher, sendo o seu oposto o femismo, que é caracterizado pelo 
comportamento de colocar o sexo feminino em estado superior ao homem. 
Além desses conceitos, ainda há o sexismo, aquele comportamento que 
privilegia um determinado gênero ou orientação sexual em relação de outro; a 
misoginia, em que existe a repulsa e a discriminação ao sexo feminino e está associada 
à violência contra a mulher; e a misandria, seu oposto, em que há a repulsa e a 
discriminação ao sexo masculino e se associa à violência contra o homem. 
Quando se afirma que vivemos em um mundo machista, isso não remete a algo 
recente. Há séculos esse pensamento está inserido na cultura da sociedade em muitos 
aspectos, podendo ser econômicos, políticos e religiosos, na comunicação e na família, 
sempre com a figura masculina na representação da liderança e de poder maior. Desde 
pequenos somos criados com o menino tendo bem mais liberdades do que a menina. 
Diferente do que muitos pensam, o feminismo não é uma ditadura, assim como 
não é positivo somente para as mulheres; aliás, os homens também podem ser 
feministas. Para ser uma mulher feminista não é necessário ser menos feminina ou 
mesmo obrigatoriamente ter uma profissão, é preciso querer defender e lutar pe los 
direitos igualitários entre os gêneros. 
Nem todas as mulheres estão no mesmo grupo, há muitas que são contra o 
feminismo, alegando que a mulher pode ser livre independente do movimento, assim 
como lutar por igualdade sem ser feminista. Um dos principais argumentos para o não-
feminismo é que essa luta vitimiza as mulheres e as tratam como seres oprimidos, 
considerando a ideologia feminista contraditória e radical. 
E não são somente as mulheres que sofrem com o preconceito vindo do 
machismo, os homens homossexuais, por “fugirem das regras da masculinidade”, 
também acabam virando alvos de exclusão na sociedade machista. Interessante 
observar que muitas mulheres também são machistas, muitas dessas são criadas com 
essa realidade e se colocam em uma posição inferior ao homem. 
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Quem deveria pagar a conta do restaurante? E a conta do motel? Quem deveria 
bancar a festa de casamento? E ser responsável por cuidar dos filhos? E das tarefas 
domésticas? Ambos, homens e mulheres, deveriam. Não sejamos machistas, e nem 
extremistas Reflitamos sobre nossos atos e pensemos meios de acabar com os 
estereótipos de gênero, pois assim, diminuiremos a violência e despertaremos a 
igualdade. 
Homem? Mulher? Pessoa! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.DISFUNÇÃO ERÉTIL 
4.1.O que é Disfunção erétil? 
Disfunção erétil ou impotência sexual é a incapacidade permanente de obter ou de 
manter uma ereção rígida o suficiente para uma relação sexual satisfatória. 
Como para a obtenção de uma ereção vários órgãos e tecidos precisam funcionar em 
harmonia, existem muitas situações que afetam um ou mais desses participantes e podem 
cursar com disfunção erétil. Nem sempre os médicos conseguem definir exatamente qual o 
percentual de participação de cada estrutura envolvida. A impotência sexual está relacionada a 
diversas doenças e tratar a disfunção envolve obrigatoriamente a descoberta de sua causa. 
São causas da disfunção erétil: 
 Distúrbios psicológicos 
 Doenças hormonais (diabetes, queda de testosterona, problemas endócrinos) 
 Doenças neurológicas (lesões na medula, mal de Alzheimer e Parkinson) 
 Doenças vasculares, que causam entupimento das artérias e veias, prejudicando a 
chegada do sangue ao pênis (hipertensão arterial, aterosclerose) 
 Consumo excessivo de medicamentos 
 Cirurgias pélvicas 
 Doença de Peyronie ou fibrose dos corpos cavernosos 
 Alcoolismo e tabagismo. 
Fatores de risco 
Todos os conhecidos fatores de risco para doenças cardiovasculares como infarto e derrame 
também são considerados fatores de risco para disfunção erétil. São eles: 
 Diabetes 
 Hipertensão arterial 
 Dislipidemia (colesterol e triglicérides alterados) 
 Tabagismo 
 Obesidade 
 Sedentarismo 
Isso ocorre por conta da necessidade de um enorme aumento do fluxo de sangue para que o 
pênis fique ereto. Quando a circulação para o órgão está comprometida por um desses fatores, 
a disfunção erétil pode surgir. 
Outros fatores considerados de risco são situações que afetam a autoconfiança do 
homem como desemprego, aposentadoria, crises financeiras, luto na família, entre outros. 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
É importante ressaltar que apenas o envelhecimento não constitui uma causa de 
disfunção erétil. 
Diagnóstico e Exames para Disfunção erétil 
Falhas eventuais de ereção podem acontecer a qualquer homem. Mas quando a ereção 
não é adequada e isso se repete com freqüência, vale a pena procurar ajuda médica. Lembre-
se que os fatores de risco são semelhantes e que o problema circulatório para o pênis pode 
alertar para outros sistemas do corpo que não andam bem. 
A impotência sexual tem cura e o primeiro passo é o diagnóstico correto. 
Em seguida ele busca identificar possíveis fatores de risco como os citados acima. Por 
exemplo: se existe hipertensão arterial, ela precisa ser tratada. Quando o problema é o 
controle da glicose, o médico irá orientar sobre o tratamento. 
O próximo passo é tratar o problema em si e hoje existem vários medicamentos para 
melhorar a ereção. 
O diagnóstico da disfunção erétil é eminentemente clínico, ou seja, o médico chega a 
estaconclusão conversando com o paciente. 
Ecodoppler peniano 
Quando os medicamentos orais não resolvem, os médicos costumam encaminhar o 
paciente para o especialista, que é o urologista. Ele vai aprofundar a investigação e pode 
lançar mão de outro recurso usado para o diagnóstico da disfunção erétil: o ecodoppler 
peniano. Nesse exame é feito um medicamento injetável no pênis e uma ereção é produzida. 
O método é utilizado para medir o fluxo arterial, observar o comportamento da túnica 
que reveste os corpos cavernosos e avaliar a resposta erétil obtida. 
O exame é feito no consultório médico ou clínicas de radiologia e o medicamento faz 
efeito em 5 a 10 minutos. O exame com injeção intracavernosa e Doppler serve para avaliar a 
gravidade da disfunção erétil e ao mesmo tempo possibilita ao urologista pensar em 
alternativas terapêuticas como a auto-injeção ou implantes penianos (as famosas próteses). 
Tratamento de Disfunção erétil 
O tratamento da disfunção erétil começa com a identificação e controle dos fatores de risco. 
Além disso, o médico hoje costuma prescrever os medicamentos orais chamados inibidores da 
fosfodiesterase tipo 5. Sildenafila, vardenafila e tadalafila são os mais conhecidos e utilizados. 
Os medicamentos mais usados são: Cialis e Viagra. 
Quando a medicação oral usada na dose e da maneira adequada não resolve, existem 
outras modalidades terapêuticas consideradas de "segunda linha" como bomba de vácuo, 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
injeções de vasodilatadores e na chamada "terceira linha", as próteses penianas, que são o 
último recurso. 
Um ponto muito importante e nem sempre valorizado consiste em cuidar do 
relacionamento. Avaliar a parceira e como o casal está conduzindo seus problemas e questões. 
Em alguns casos, vale o apoio de psicólogos ou outros profissionais para melhorar a relação 
do casal. 
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, 
bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do 
seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar 
um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a 
prescrita, siga as instruções na bula. Evite fazer testes em que ocorra a comparação do 
desempenho com ou sem medicamento (do tipo: "hoje não tomarei o remédio para ver se 
estou curado..."). 
Convivendo/ Prognóstico 
Como existem várias causas para a disfunção erétil, o prognóstico varia bastante. 
Sabemos hoje que os casos mais difíceis para tratamento incluem os diabéticos e os pacientes 
submetidos a prostatectomia radical (cirurgia para tratar o câncer da próstata). Esses são os 
que não respondem a terapia oral com mais freqüência. Mas eles também podem ser tratados 
com outros métodos e voltarem a vida sexual ativa. 
Disfunção erétil tem cura? 
Hoje existe tratamento para qualquer tipo de disfunção erétil. Procure um urologista e 
adote hábitos de vida saudáveis. Estabeleça um bom relacionamento com o médico e explique 
detalhadamente seu problema. Não tenha vergonha e confie na orientação médica. 
Quando existe empenho do paciente e ele consegue controlar os fatores de risco 
identificados, como no caso de um homem tabagista, obeso e sedentário que resolve depois do 
diagnóstico de impotência sexual se exercitar regularmente (tendo visitado antes seu 
cardiologista que o liberou para prática de exercícios físicos), emagrece e para de fumar, o 
quadro de disfunção tende não somente a estabilizar mas pode ser revertido. 
Prevenção 
Prevenir a disfunção erétil significa preservar a boa circulação do sangue e na verdade as 
orientações são muito semelhantes àquelas fornecidas nos consultórios dos cardiologistas: 
 Adote hábitos de vida saudáveis 
 Controle seu peso 
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 Faça exercícios regularmente. 
 Visite seu médico regularmente e trate com dedicação os chamados fatores de 
risco: 
 Se você fuma, pare imediatamente 
 Se for hipertenso, siga o tratamento à risca e tome o medicamento sempre 
 Se for diabético, controle as taxas de glicose, seguindo a dieta e usando os 
medicamentos adequadamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
5.CÂNCER DE PRÓSTATA 
Antes de falarmos sobre o câncer de próstata, é preciso explicar o que é a próstata, 
qual a sua função e quais os possíveis problemas que podem ser apresentados por ela. 
Glândula prostática 
A próstata é uma glândula exclusivamente masculina. Localizada na parte baixa do 
abdômen, bem próxima da bexiga, ela é mais ou menos do tamanho de uma castanha e seu 
formato é parecido ao de uma maçã. 
Ela envolve a parte inicial da uretra, o canal pelo qual a urina armazenada na bexiga é 
eliminada, e é ela quem produz o líquido prostático, que serve de veículo para os 
espermatozóides, liberados durante a ejaculação. É dentro da próstata que ocorre a 
transformação do principal hormônio masculino, a testosterona, em diidrotestosterona, que 
controla o seu crescimento. 
Com o passar dos anos, é comum a glândula prostática ser acometida por dois tipos de 
problemas: a hiperplasia e/ou o câncer de próstata. 
A hiperplasia é caracterizada pela multiplicação benigna das células da próstata. Quando isso 
acontece, a próstata aumenta de tamanho e comprime a uretra, provocando sintomas, tais 
como: 
 Dificuldade de urinar, já que o jato urinário fica mais fino e perde a força; 
 Aumento na frequência da vontade de urinar, pois a bexiga não é esvaziada 
completamente, mantendo um resíduo de urina. 
No câncer de próstata, essas mesmas células podem crescer e invadir os tecidos 
vizinhos. E como o tumor é considerado uma lesão maligna, ele pode gerar metástase, ou seja, 
implantar um tumor em outras regiões do corpo ou em outros órgãos. 
Por outro lado, a próstata necessita dos hormônios produzidos pelos testículos para 
funcionar: os chamados andrógenos. Responsáveis pelas características sexuais masculinas, 
quando a produção desses hormônios é baixa, pode haver o encolhimento da próstata. 
O que é e como se desenvolve? 
O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente nos homens (excetuando-se os 
cânceres de pele não melanoma), principalmente acima de 50 anos. 
Quanto mais avançado é um tumor mais mutações ocorrem, conferindo maior 
agressividade. 
Estas células se multiplicam mais velozmente que as células normais da próstata. As 
células neoplásicas têm a capacidade de invadir os tecidos e se disseminam por órgãos 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
distantes, seja por via linfática (comprometendo os gânglios) ou sanguínea (principalmente os 
ossos). 
O câncer de próstata é um tumor que acomete homens maduros e pode ser curado 
quando ainda está localizado. Se identificado já em estágio avançado, o risco de sobrevida do 
paciente é muito menor. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental no controle e cura da 
doença. 
É classificado como: 
 Câncer de próstata localizado 
 Câncer de próstata localmente avançado 
 Câncer de próstata avançado (metastático ou recidivado) 
Alguns tumores crescem de forma bastante lenta. Porém, em alguns casos, os tumores 
crescem rapidamente, espalhando-se para outros órgãos. 
Causas 
As causas do surgimento do câncer de próstata ainda são desconhecidas. O que se sabe 
é que tem origem em desequilíbrios genéticos que causam alterações moleculares 
responsáveis pelo seu desenvolvimento. 
Fatores de risco 
Antecedente familiar assume grande importância – um paciente cujo pai ou tio tiveram 
câncer de próstata tem o dobro de risco para desenvolver a doença do que a população em 
geral. 
O risco é ainda maior para os homens que têm um irmão com a doença. Se o paciente 
tiver menos de 65anos e mais de um parente afetado pela doença, o risco aumenta de 6 a 11 
vezes. 
Pacientes com parentes do primeiro grau com câncer de próstata diagnosticados com 
menos de 55 anos podem ser portadores de câncer de próstata hereditário (menos de 2% dos 
casos). 
Outros fatores de risco envolvem a alimentação (dieta rica em gordura e carne 
vermelha, pobre em legumes, vegetais e frutas), sedentarismo e obesidade (estes pacientes 
tem câncer de próstata mais agressivo), taxas de estrogênio (quanto maior a taxa, maior o 
risco), etnia (negros têm maior incidência, enquanto descendentes asiáticos apresentam 
menor), região onde se vive (americanos têm mais câncer de próstata que asiáticos), nível de 
poluição ambiental, assim como contato com derivados de borracha e substâncias como ferro, 
cromo, chumbo e cádmio. 
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Sinais e sintomas do Câncer de Próstata 
 Dificuldade para urinar, já que o câncer começa a obstruir a uretra; 
 Sensação de queimação da uretra; 
 Dor, com mais ou menos intensidade, na região entre o ânus e o escroto; 
 Infecção urinária; 
 Jato urinário com interrupções; 
 Dor ao urinar; 
 Diminuição da força do jato urinário; 
 Dores na coluna, fêmur e bacia; 
 Aumento no número de micções noturnas; 
 Retenção de urina; 
 Sangramento ao urinar; 
 Insuficiência renal; 
 Perda de peso; 
 Infecções generalizadas. 
Na fase inicial, a maioria dos pacientes não apresenta sintomas relevantes, mas podem 
apresentar sintomas relacionados a outra doença comum que acompanha o envelhecimento do 
homem, a hiperplasia prostática benigna, com sintomas miccionais leves a moderados de 
dificuldade miccional. Nenhuma anormalidade pode ser observada ao toque ou pode-se sentir 
um nódulo endurecido na próstata. 
Na doença avançada, podem ocorrer sintomas mais intensos obstrutivos miccionais 
causado pelo crescimento local do tumor com compressão da uretra prostática. Em alguns 
casos os sintomas são decorrentes da doença que está se espalhando pelo organismo, 
principalmente para os ossos ou pelo seu crescimento loco-regional, causando obstrução dos 
rins pela invasão dos ureteres. 
Diagnóstico de Câncer de próstata 
Em homens acima de 50 anos, pode-se realizar o exame de toque retal e dosagem de 
uma proteína do sangue (PSA), por meio de exame de sangue, para saber se existe um câncer 
de próstata sem sintomas. O toque retal e a dosagem de PSA não dizem se o indivíduo tem 
câncer, eles apenas sugerem a necessidade ou não de realizar outros exames. 
O toque retal identifica outros problemas além do câncer de próstata e é mais sensível 
em homens com algum tipo de sintoma. O PSA tende a aumentar de acordo com o avanço da 
idade. Cerca de 75-80% dos homens com aumento de PSA não têm câncer de próstata. 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
Cerca de 20% dos homens com câncer de próstata sintomático apresentam um PSA 
normal. Dependendo da região da próstata, o câncer também pode não ser palpável pelo toque 
retal. A melhor estratégia é realizar os dois exames, já que são complementares. 
Pacientes considerados de alto risco (com parentes com câncer de próstata) devem 
realizar o primeiro exame aos 40 anos de idade. Atualmente, conforme o achado desta 
investigação o paciente é aconselhado a realizar seus exames anualmente ou até bianualmente, 
ou a cada 3 anos, tudo dependendo do toque e idade do paciente sob investigação clínica. 
A sociedade americana de oncologia recomenda realizar exames a cada 2 anos para homens 
com PSA <2,5 ng/ml e anualmente para os homens cujo nível de PSA é = 2,5 ng/ml. 
Atualmente tem se valorizado o valor do PSA para predizer a chance de câncer de 
próstata no futuro do paciente. Pacientes com PSA menor que 1 ng/ml tem chance menor que 
5% de apresentarem câncer de próstata num seguimento de 10 anos. 
Hoje em dia é aceito solicitar PSA para: 
 Homens com mais de 50 anos que estão em risco médio de câncer de próstata 
(CaP) e com esperança de vida de pelo menos mais 10 anos 
 Homens com idade 45 nos com alto risco de desenvolver CaP: Afro-americanos e 
homens que têm um parente de 1º grau (pai, irmão ou filho) diagnosticados com CaP 
em idade precoce (menos de 65 anos de idade) 
 Homens com 40 anos em risco mais elevado (aqueles com mais de um parente de 
1º grau que tiveram CaP em idade precoce) 
Cirurgias para Câncer de próstata 
O tratamento padrão para o câncer de próstata é a prostatectomia radical, que consiste 
na retirada da próstata, das vesículas seminais e linfadenectomia ilíaco-obturadora bilateral. 
A linfadenectomia estendida está indicada para pacientes considerados de risco intermediário 
e alto. 
Prevenção 
Alguns médicos recomendam a realização do toque retal e da dosagem do PSA a todos 
os homens acima de 50 anos. Para aqueles com história familiar de câncer de próstata (pai ou 
irmão) antes dos 60 anos, os especialistas recomendam realizar esses exames a partir dos 40 
anos. Entretanto, vale lembrar que somente o médico pode orientar quanto aos riscos e 
benefícios da realização desses exames. Não existem evidências de que a realização periódica 
do toque retal e dosagem de PSA em homens que não apresentem sintomas diminua a 
mortalidade por câncer de próstata. 
https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18831-prostatectomia-radical
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
Manter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar 
regularmente o médico contribuem para a melhoria da saúde em geral e podem ajudar na 
prevenção deste câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
6.ENVELHECIMENTO DO HOMEM 
Embora todos nós, homens e mulheres, tenhamos o potencial de viver a velhice como 
uma realidade e em sua plenitude, a grande maioria da ala masculina ainda evita pensar 
sobre “ser idoso” e, com isso, deixa de se preparar para alcançar a maturidade com qualidade 
de vida. 
Na verdade, existe uma espécie de contradição. Os homens são considerados 
fisicamente mais fortes, só que, em termos de expectativa de vida, vivem menos que as 
mulheres. Podemos atribuir essa discrepância a fatores biológicos, sociais, psicológicos e 
comportamentais. 
Estudos apontam que os membros do sexo masculino costumam pensar, de fato, na 
velhice após os 45 anos de idade e, ainda assim, como algo distante. Há um erro de timing aí 
se considerarmos que o organismo entra no processo de envelhecimento a partir dos 28 anos. 
Mas por que será que a rapaziada empurra com a barriga esse olhar lá na frente? Podemos 
atribuir isso a questões como medo de que, com a idade, surjam doenças incapacitantes, 
que levem à perda de autonomia e independência. Também há o receio da solidão, de se 
tornar impotente e perder a virilidade, bem como o temor da morte. 
Todos esses pontos tornam a relação entre o homem com a saúde e a sobrevivência um 
tanto complexa. E ajudam a entender inclusive a resistência de parte da ala masculina a mudar 
alguns hábitos e a tendência a se esquivar dos cuidados preventivos. 
Diferentemente das mulheres, acostumadas ao acompanhamento médico (ao menos 
com o ginecologista), boa parcela dos homens não costuma ter o monitoramento e a 
orientação do profissional de saúde – algo que deveria se estender da infância, passar pela 
adolescência e continuar na vida adulta. Existe, a meu ver, uma crença de que, enquanto eles 
estão trabalhando e são produtivos, não há razão ou tempo para se preocupar. 
Ora, não se trata de procurar pelo em ovo, como diz a sabedoria popular, mas de 
manter um acompanhamento que, aliado a hábitos saudáveis, reduz (e muito!) o risco de 
doenças. Doenças que, em última instância, vão comprometer o envelhecimento. 
Além disso, há uma questão, digamos, mais culturale geracional que explica esse 
comportamento fugitivo do homem em relação à saúde e à velhice. Muitos cidadãos que hoje 
estão na casa dos 60 anos ou mais aprenderam que “os homens são mais fortes que as 
mulheres”, no sentido de serem mais ativos e provedores. Essa concepção faz com que 
construam uma imagem de que não correm riscos, são praticamente indestrutíveis. 
Sabemos, no entanto, que nas últimas décadas temos vivido mudanças notórias na 
sociedade que ajudam a romper esse paradigma das diferenças entre homens e mulheres. É 
https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/saude-do-homem
https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/saude-do-homem
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
provável que os idosos do futuro superem essa visão e tragam um novo olhar inclusive sobre 
o envelhecimento. Ao derrubar preconceitos e estigmas (de gênero e de qualquer outra orde), 
conseguimos utilizar melhor o conhecimento e as ferramentas de prevenção. E, como 
consequência, envelhecemos melhor. 
Além da próstata 
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é que, quando pensamos no 
envelhecimento do ponto de vista do homem, ainda notamos uma forte tendência de restringir 
o foco de preocupação a um único órgão: a próstata. E a uma única circunstância adversa: o 
comprometimento da virilidade. São temas que persistem como tabus. 
Um levantamento recente, divulgado em função do Dia do Homem, apontou que 49% 
dos homens não realizaram o exame de próstata, sendo que, destes, 24% revelaram não achar 
o procedimento “másculo”. Isso em pleno século 21! 
E não adianta se preocupar apenas com a próstata ou a virilidade. Devemos ter como 
objetivo uma prevenção mais holística, que contemple a proteção contra uma porção de 
problemas que podem cursar junto ao envelhecimento – doenças cardiovasculares, diabetes, 
sobrepeso, queda da testosterona, depressão… 
Por isso, há três pontos que se fazem necessários para evoluirmos nesse sentido: 
1) Incentivar o homem a procurar o médico e estabelecer uma conversa franca com ele; 
2) Criar movimentos que atuem educando a população sobre o envelhecimento; 
3) Vencer estigmas da “masculinidade” e quebrar o paradigma de que o tempo só traz 
doenças. Digo e repito: envelhecer é um grande ganho para qualquer sociedade. Pensar sobre 
a velhice é um ato de coragem. É só assim que podemos nos planejar, estabelecer metas e 
mudar (se preciso) a rotina para chegar bem lá na frente. 
É fato que meninos e meninas amadurecem de forma diferente ao longo dos anos – elas 
muito mais rápido que eles, diga-se de passagem. A forma como a sociedade espera que eles e 
elas se desenvolvam também contribui para que essas diferenças ocorram, mas decidimos 
procurar saber como, de fato, o envelhecimento afeta homens e mulheres. 
 Disfunção erétil 
 Diminuição da libido (desejo sexual) 
 Episódios depressivos 
 Cansaço 
 Aumento da gordura abdominal 
 Perda de massa muscular 
 Diminuição da densidade mineral óssea (osteoporose) 
https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/preconceito-faz-mal-a-saude/
https://saude.abril.com.br/medicina/depressao-sintomas-diagnostico-prevencao-e-tratamento/
https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/tabus-do-sexo-fazem-mal-a-saude/
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
 Alterações cognitivas como mudança do humor, dificuldade de concentração e 
problemas de memória. 
1.Longevidade 
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida média para o homem brasileiro é de 
71,6 anos, enquanto para as mulheres é de 78,8 – quase 8 anos a mais. Alguns estudos 
sugerem que esta diferença pode estar relacionada ao cromossomo Y (homem) e ao maior 
índice de mortes causada por câncer. Outras teorias defendem outros motivos, como a forma 
de encarar o estresse pelos homens e fatores como problemas de coração - que costumam 
acontecer mais tarde nelas - e o fato dos homens cuidarem menos da saúde. Independente de 
qual é a razão, as mulheres tendem a viver mais em todo o mundo. 
 2.Hormônios 
Tanto homens quanto mulheres sofrem mudanças hormonais ao longo da idade. Nas 
mulheres, essa mudança está relacionada à menopausa, que acontece por volta dos 50 anos, 
quando param de menstruar e os ovários deixam de produzir estrogênio. Fadiga e diminuição 
da libido estão entre os efeitos colaterais desta fase. 
Nos homens, o envelhecimento não traz uma mudança tão repentina como nelas. O 
nível de testosterona diminui gradativamente (cerca de 1% por ano a partir dos 30 anos) em 
um processo conhecido como andropausa. Disfunção erétil, redução da libido e até mesmo 
mudanças no padrão de sono estão ligadas à andropausa. No entanto, esta fase não tira a 
fertilidade do homem, que produz sêmen mesmo com a idade avançada – o que não acontece 
com elas na menopausa. 
 3.Pele mais fina 
Não há dúvidas de que a indústria da beleza foca em produtos femininos 
antienvelhecimento, antirrugas e cremes rejuvenescedores devido às pressões da sociedade. 
De acordo com o Instituto Internacional Dermatológico (IDI, em inglês), a pele masculina é 
menos suscetível a esses sinais da idade avançada. O nível de testosterona, na verdade, ajuda 
a afinar cerca de 25% a pele deles, que têm mais densidade de colágeno, uma textura 
ligeiramente mais áspera e a pele naturalmente mais úmida graças ao ácido láctico contido no 
suor masculino. 
No entanto, homens e mulheres perdem praticamente a mesma quantidade de colágeno 
após os 30 anos. Mas, depois da menopausa, essa perca se acelera por cinco anos ou mais, e, 
então, desacelera. A pele dos homens, mais uma vez, sofre esses efeitos gradualmente. 
 
 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
4.Peso 
Após os 30, o corpo tende a perder massa muscular magra gradualmente. Mas, homens 
e mulheres tendem a ganhar peso diferentemente. O corpo masculino ganha peso até meados 
dos 50 anos, quando, então, começa a perder massa – geralmente devido à queda nos níveis de 
testosterona, que sustenta o músculo. Por outro lado, as mulheres tendem a ganhar peso até os 
65 anos, quando, então, sofrem uma queda na massa muscular – e no peso, consequentemente. 
 5.Perda de cabelo 
Ambos os sexos perdem cabelo com a idade, apesar dos homens serem os mais 
afetados. Esse fator depende dos hormônios e genética. Estima-se que metade de todos os 
homens apresentam alguma perda capilar quando atingem os 50 anos. Quando o motivo é a 
hereditariedade, essa queda acontece, geralmente, aos 60. Apesar de raro, as mulheres 
também podem apresentar calvície, mas o mais comum é ter cabelos afinados. 
A Testosterona e o Envelhecimento Masculino 
Os níveis de testosterona no homem maduro começam a diminuir, a partir do 40 anos 
de idade, com o envelhecimento. O nível sanguíneo total de testosterona cai, em média, 1% ao 
ano. Mas não é somente a diminuição da produção que causa a escassez do hormônio. Com o 
envelhecimento masculino, passa a haver aumento de certas proteínas sanguíneas de 
transporte, que se unem à testosterona e assim bloqueiam o hormônio, impedindo que fique 
livre para exercer sua ação biológica. 
A concentração de testosterona no organismo de um homem adulto ainda não afetado 
pelo envelhecimento varia entre 350 e 1.015 ng/dL e flutua no decorrer do dia (ritmo 
circadiano). Há leve variação em torno desse intervalo, conforme o tipo de ensaio usado em 
laboratório, que fica entre 300 ou 350 ng/dL (valor mínimo) e 870 ou 1.015 ng/dL (valor 
máximo). 
Os valores podem ser até 30% mais altos nas primeiras horas da manhã em relação à 
noite, no período entre 18 e 22 horas, quando os níveis estão mais baixos. Essa flutuação ao 
longo do dia também diminui com o envelhecimento, e os homens mais idosos podem, assim, 
ter ereções matutinas com menos frequência. 
Embora muitos apresentem deficiência de testosterona no decorrer do envelhecimento, 
existe grande diversidade individual. Há homens de idade avançadacujos níveis estão dentro 
do intervalo normal, e também é possível observar indivíduos mais jovens com sinais 
precoces de deficiência de androgênios. 
As diferenças podem decorrer de fatores genéticos e ambientais, assim como do estilo 
de vida, e não somente do envelhecimento masculino. 
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Enfermagem – Saúde do Homem Adolescente, Adulto e Idoso 
A deficiência de testosterona causada pelo envelhecimento não se caracteriza por 
nenhum sinal nem sintoma específico que indique imediatamente ao médico o diagnóstico 
correto. O quadro clínico do envelhecimento masculino pode ser tão variado quanto as 
diversas funções do hormônio no organismo humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC. 2015 Ministério da Saúde. 
ROMEU Gomes et al. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência 
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http://www.oncoguia.org.br/
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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