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Relatorio final - corrigido

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Prévia do material em texto

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU 
 
Bruno Eustaquio – RA 3918318 
Caroline Luana Oliveira dos Reis – RA 7017718 
Erica Regina Torres de Souza Giovanetti – RA 6635442 
Maria Gabriela Ortega de Oliveira– RA 6634339 
 
 
______________________________________ 
 Relatório Aprovado pela Profª Dra. Juliana Santos Graciani 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO BÁSICO EM PROCESSOS PSICOSSOCIAIS E PROMOÇÃO DA SAÚDE 
 
 
 
SÃO PAULO 
2022 
 
 
Bruno Eustaquio – RA 3918318 
Caroline Luana Oliveira dos Reis – RA 7017718 
Erica Regina Torres de Souza Giovanetti – RA 6635442 
Maria Gabriela Ortega de Oliveira– RA 6634339 
 
 
 
ESTÁGIO BÁSICO EM PROCESSOS PSICOSSOCIAIS E PROMOÇÃO DA SAÚDE 
 
Relatório apresentado para a disciplina 
de Estágio Básico em Processos Psicossociais 
e Promoção da Saúde do quinto semestre do 
Curso de Psicologia das Faculdades 
Metropolitanas Unidas – FMU, ministrada pela 
professora Juliana Santos Graciani. 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2022 
 
 
INDICE 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 
2. DESCRIÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ........................................... 4 
3. É DE LEI ................................................................................................................. 8 
4. DESCRIÇÃO DE CADA DIA DO ESTÁGIO........................................................... 10 
5. A DEPENDÊNCIA E A PSICOLOGIA .................................................................... 12 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 13 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 14 
ANEXOS ....................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente relatório ministrado pela disciplina de estágio básico em processos 
psicossociais e promoção da saúde foi elaborado no tema de redução de danos, onde 
procuramos ferramentas e práticas para que as pessoas conheçam mais a respeito das 
políticas de redução de danos. 
Realizado em modelo híbrido, o lugar escolhido pelo grupo de discentes para a prática 
presencial foi o “Centro de convivência É de Lei”, que atualmente fica localizado na Rua 
do Carmo, 56 – Praça da Sé, o grupo foi composto por 4 pessoas onde cada um ficou 
responsável por uma parte do processo: sendo visitas, pesquisas e elaboração do projeto 
de intervenção. 
O tema foi escolhido pelo interesse no entendimento de como o sistema acolhe pessoas 
que são usuárias, dependentes ou não, de drogas, que dependem e precisam sustentar 
o risco, a principal pergunta é como essas pessoas se cuidam e o que se pode fazer para 
reduzir o impacto da substância. A redução de danos trabalha com essa solução, 
conscientizando os usuários de formas mais seguras do uso, com objetivo de reduzir os 
impactos na saúde e no bem-estar. 
 
A construção do estágio foi buscar práticas de Redução de Danos, para cannabis, crack, 
êxtase e álcool. 
 
2. DESCRIÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO 
 
O Relatório Mundial sobre Drogas 2020 divulgado pelo Escritório das Nações Unidas 
sobre Drogas e Crime (UNODC), revela que cerca de 269 milhões de pessoas fizeram 
uso de drogas no mundo em 2018, um aumento de 30% em uma década. Além disso, o 
relatório mostra que mais de 35 milhões de pessoas são afetadas por transtornos 
associados ao consumo de drogas. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, define-se por droga qualquer substância não 
produzida pelo organismo que pode atuar sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) 
provocando alterações no seu funcionamento, essas alterações podem variar desde leves 
 
 
estímulos a mais severos. De acordo com sua atuação no SNC recebem classificação 
como depressora, estimulante ou perturbadora. Podem ainda ser classificadas como 
lícitas e ilícitas, a depender da legalidade de cada uma. 
Não depende da legalidade ou da proibição a caracterização de uma substância como 
droga, mas as alterações na fisiologia e no comportamento do indivíduo usurário. Por sua 
atuação no Sistema Nervoso Central e pelo reflexo verificável nos sentimentos, 
pensamentos e atitudes essas substâncias são chamadas de drogas psicotrópicas e 
apresentam três principais propriedades: 
1- O desenvolvimento de tolerância pelo usuário que leva a utilização de doses 
maiores para obtenção dos mesmos efeitos; 
2- O desenvolvimento de dependência pelo usuário; 
3- Presença de síndrome de abstinência, caracterizado por um conjunto de 
sintomas físicos e psíquicos desagradáveis, em caso de descontinuação da 
substância. 
É inegável que as drogas se tornaram uma questão mundial de saúde pública e como 
alternativa a chamada “guerra contra as drogas” e a política de abstinência total, as 
políticas e práticas de Redução de Danos fazem-se cada vez mais necessárias. 
Controlar os efeitos de um problema sem eliminar a causa, isso é redução de danos. As 
primeiras ações de RD relacionadas a saúde pública que se tem notícias datam de 1920 
e aconteceram na Inglaterra. Como consequência do uso da morfina em soldados feridos 
na Primeira Guerra Mundial o país se viu as voltas com combatentes viciados em opioides 
e por tê-lo adquirido em combate, o Estado se viu obrigada a fornecer a substância com 
regularidade para reduzir os efeitos colaterais nos soldados pela retirada abrupta. Essa 
resolução foi publicada oficialmente no “Relatório Rolleston” e dizia que os dependentes 
de opioides receberiam a substância sob prescrição médica, o intuito era vida mais 
saudável para o indivíduo e mais produtiva para a sociedade. Mas é apenas na década 
de 80 que as práticas de RD ganham algum holofote graças à atuação da Junkiebond, 
associação holandesa de usuários e ex-usuários de drogas, que chama a atenção das 
autoridades e da sociedade civil para o aumento dos casos de hepatite B dado o 
compartilhamento de seringas entre os usuários. 
“Em função da implantação de vários programas e práticas e das inovações 
e resultados obtidos, principalmente no campo da prevenção da Aids, a RD 
veio a ser difundida e se tornou importante estratégia de saúde pública 
disseminada por vários países, conforme demonstram alguns autores 
(BERRIDGE, 1993; REALE, 1997; BASTOS, 1998; FONSECA, 2005).” 
 
 
 
No Brasil a RD tem seu início na década de 90, quando começou o surto de hepatite e 
AIDS – HIV, onde voluntários que ajudavam pessoas em situação de rua observaram nos 
usuários a contaminação pela prática da compartilhação seringas e agulhas no uso de 
drogas injetáveis e pelo uso da mesma piteira do fumo. Atualmente voluntários que estão 
na linha de frente do trabalham na conscientização de pessoas em situação de rua ou 
não, com respeito a escolha da pessoa em fazer o uso de substâncias, mesmo que ilícitas, 
o foco é orientar esse uso para que haja a minimização de efeitos colaterais adversos e 
para que há a máxima preservação possível da saúde e da dignidade. 
A Redução de Danos no Brasil foi apoiada por instituições de políticas sobre drogas, como 
a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (SENAD) e o Ministério da Saúde e 
amparada por legislação como a Lei n. 11.343/2006 que instituiu o 
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) com medidas para a 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes 
de drogas além de repressão à produção e ao tráfico. 
Em abril de 2019 foi assinada pelo Governo Federal um novo decreto instituindo a nova 
Política Nacional sobre Drogas (PNAD) e extinguindo a Política Nacional de Redução de 
Danos. Em outras palavras, o decreto federal coloca fim à Redução de Danos (RD) e 
institui a abstinência como única políticapública usuários de drogas, legislando em prol 
das ditas comunidades terapêuticas. Tal feito é um imenso retrocesso nas conquistas da 
Reforma Psiquiátrica, Lei nº 10.216 de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos 
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em 
saúde mental. A lei foi um marco na luta antimanicomial por garantir direitos às pessoas 
em situação de risco psicológico e portadores de transtornos mentais. 
A prática é antimanicomial, portanto, se posta contra a internação e imposição de 
abstinência, defende a autonomia do usuário na definição de seu tratamento e internação 
se assim quiser. É importante dizer que nem todo usuário de drogas é um dependente e 
essa classificação dá-se através da frequência e dos prejuízos a diversas esferas da sua 
vida: 
 Experimentador – indivíduo que teve contato com a droga e continua o uso; 
configurando um episódio isolado. 
 
 
 Usuário Ocasional – indivíduo que faz uso de uma ou várias substâncias de 
maneira esporádica, sem prejuízos para suas relações afetivas, sociais e 
profissionais. 
 Usuário Habitual – indivíduo que realiza uso frequente de uma ou mais 
substâncias, mas já apresenta sinais de alterações em suas relações afetivas, 
sociais e profissionais. 
 Usuário Dependente – indivíduo que possui estreita relação com uma ou mais 
substâncias, não possui controle sobre o seu consumo o que gera significativos 
prejuízos em suas relações afetivas, sociais e profissionais. Nesse estágio o 
usuário não utiliza a droga pelo prazer ou recreação, mas para se privar dos 
desagradáveis efeitos colaterais da privação dessa substância. 
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) traz como definição 
de dependência um conjunto de sintomas que indicam que uma pessoa faz uso 
compulsivo de uma ou mais substâncias embora tenha problemas causados pelo uso. 
É a partir do século 19 que a concepção de dependência química começa a ganhar forma 
para tomar a definição que conhecemos hoje. Considerada uma deficiência de caráter até 
início do século 19 pois, segundo a construção social da época, dependentes químicos 
realizavam consumo da droga por gosto, por escolha da indecência e do pecado, pela 
imoralidade. O modelo que define dependência como doença ganha forma no século 20 
apesar de ter raízes nos movimentos de reforma social do século anterior, nasce o 
Alcoólicos Anônimos e com ele importante conteúdo teórico e de pesquisa, incluindo 
E.M.Jellinek autor de uma série de artigos em que descrevia o alcoolismo como doença. 
A obra de Jellinek ganha apoio da Organização Mundial de Saúde em 1952 quando adota 
sua definição de alcoolismo como doença. 
Atualmente a OMS considera a dependência química uma doença crônica e recorrente, 
em sua décima publicação da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), a 
dependência química é caracterizada por um conjunto de sintomas cognitivos, 
comportamentais e fisiológicos que indicam o uso contínuo da substância pelo indivíduo 
apesar dos prejuízos relacionados ao uso, o indivíduo prioriza o uso da substância 
negligenciando obrigações, relações e outras atividades. O código relacionado 
dependência química é o F19, indo de F19.0 a F19.9, classifica os Transtornos Mentais e 
Comportamentais Devido ao Uso de Múltiplas Drogas e ao Abuso de Substâncias 
Psicoativas. 
 
 
Grande parte dos indivíduos que fazem uso ocasional de alguma substância não 
encontraram nessa experiência prejuízos a sua vida, mas ainda sim outra parte se tonará 
dependente e experimentará danos e prejuízos em diversas esferas de sua vida e é aqui 
que destacamos a importância das práticas de RD. 
 
3. É DE LEI 
 
O Centro de Convivência É de Lei é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos 
que atua desde 1998 na promoção da redução de danos. 
Há tanto atuação no espaço com encontros realizados uma vez por semanas na sede 
estabelecida na Praça da Sé, cidade de São Paulo, oferecem testagem de hepatite e sífilis 
gratuitamente para usuários e frequentadores, quanto em território, como acontece no 
fluxo da “Cracolândia” em que os voluntários realizam ações de cuidado, levando água, 
alimentos e kits com acessórios para redução do dano no uso de drogas como piteira, 
papel de seda, álcool 70%, hidratante labial contra o ressecamento da boca que provoca 
machucados, etc. 
No centro há ainda a prestação de atendimento caso o usuário queira pedir ajuda para 
internação ou até mesmo para esclarecimentos de como fazer para reduzir os danos 
causados pela substância utilizada. 
O É de lei tem também projetos para atuar em festas, oferecendo cuidado de bad trip e 
em conjunto com um profissional que atua na área de farmácia realizam testagens de 
substâncias para verificação da procedência e qual tipo de aditivo existente em cada um, 
além de distribuir folders de conscientização e os kits caso seja necessário. 
Essas são algumas das recomendações presentes no material informativo aos usuários: 
 
 REDUÇÃO DE DANOS PARA O CONSUMO DE CANNABIS 
Atualmente a Cannabis não é legalizado no Brasil, embora seja em 
alguns países. A redução vem com algumas orientações para esse tipo 
de substância, como: respeitar o limite do corpo, usar sua própria piteira, 
observar o estado do seu humor, ambiente e pessoas que estão 
presentes, não pode ser usada em associação com medicamentos 
psiquiátricos, deve-se evitar fumar as pontas pois possuem grande 
concentração de substâncias cancerígenas e não segurar a fumaça 
 
 
porque pode danificar os pulmões, recomenda-se também nada que 
contenha aroma para a confecção do fumo, porque liberam toxinas. As 
práticas de RD consistem ainda em tornar conhecidos os efeitos 
colaterais de seu uso como boca seca, excesso de fome, aceleração dos 
batimentos cardíacos e com o tempo de muito uso pode ocorrer 
dificuldades na aprendizagem, memória e concentração. 
 
 REDUÇÃO DE DANOS PARA O CONSUMO DE CRACK 
O Crack é uma substância ilícita com alto teor de dependência e fortes 
efeitos desagradáveis quando em abstinência. Para o crack algumas das 
formas de reduzir o dano são: grande ingestão de água para combater o 
alto potência de desidratação causado pela droga, uso de cachimbos 
feitos de vidro ou de cobre, uso hidratante labial para evitar a formação 
de feridas nos lábios causados pelo ressecamento, uso de piteira do 
cachimbo individual para minimizar os riscos da transmissão de doenças 
como a Hepatite. 
 
 REDUÇÃO DE DANOS PARA O CONSUMO DO ALCOOL 
O Álcool é uma droga lícita e a mais consumida do mundo, de fácil acesso 
a qualquer pessoa. Mesmo que haja a normalização da substância pela 
sociedade, seu consumo traz diversos danos para saúde e por isso é 
importante as práticas de redução para essa substância como a ingestão 
de água antes, durante e após ingestão da substância. 
 
 REDUÇÃO ECSTASY 
Substância popularmente conhecida como bala, o ecstasy é utilizado 
para aumentar a energia, humor e sensações de empatia. Mais 
comummente encontrada nas classes média e alta pelo valor é 
consumida em festas e festivais. Para esse tipo de substância as formas 
de redução de danos recomendadas são: alimentar-se antes do 
consumo, uso de óculos escuros para minimização dos efeitos da 
dilatação pupilar, aguardar até 90 minutos da ingestão da substância para 
início dos efeitos, a ingestão compulsiva pela demora dos efeitos pode 
 
 
levar a overdose, fazer um intervalo para novo uso da substância de até 
5 semanas. 
 
Há ainda em pauta outras tratativas como pobreza menstrual e um projeto onde 
absorventes são levados e distribuídos para meninas e mulheres da periferia e 
conscientização sobre o uso de preservativos. 
 
4. DESCRIÇÃO DE CADA DIA DO ESTÁGIO 
 
1. 09/03/2022 – Fomos orientados na supervisão a pesquisar referente ao tema 
proposto pelo grupo que era Redução de danos, conseguimosdiversas informações, 
referente a lei de redução de danos no brasil. Pesquisamos sobre o cannabis e 
redução de danos que são validas para esse tipo de droga. Pesquisa elaborada pelo 
grupo. 
 
2. 16/03/2022 - Visita ao É de lei: Como o material de estágio é a redução de danos 
fomos visitar um Centro de Convivência que fica localizada no centro de São Paulo, 
onde o principal intuito é ajudar os usuários de drogas a cuidar mais da saúde, que 
usar droga não é necessariamente “acabar com sua vida” e também não induzir que 
o mesmo pare de usar a sua substância, mas que se cuide para não se transmitir 
nenhum tipo de doença como HIV e Hepatite. Então esse centro oferece mantimentos 
para esses usuários. Visita Realizada pela integrante do grupo Caroline. 
 
 
 
 
3. 23/03/2022 – Foi orientado na supervisão para entendermos melhor sobre as praticas 
de Redução de Danos no Brasil, elaboramos uma pesquisa detalhada para entender 
como, onde e porque existe os centros de convivência e começamos entender melhor 
sobre o É de lei. 
 
4. 30/03/2022 – Foi orientado como começaríamos o TCE, e como seria feito as 
assinaturas, nesse momento do estágio já sabíamos no nosso produto e como seria 
a intervenção, então começamos a elaborar o folder para apresentar para os grupos 
universitários. Feito pelas discentes Erica e Gabi. 
 
5. 06/04/2022 – Apresentamos o folder onde a nossa supervisora aprovou e orientou 
para que começássemos a elaborar a intervenção que era as postagens de Instagram, 
então começamos a programar modelos de postagens para ser aprovados. Feito pelo 
discente Bruno. 
 
6. 13/04/2022 – Apresentamos os cronogramas de postagens do Instagram e foi 
aprovado pela supervisora, onde nos orientou a iniciar os slides para ser apresentados 
para a outra turma. 
 
7. 27/04/2022 - Mostramos o modelo dos slides, onde foi aprovado pela nossa 
supervisora e fomos orientados a iniciar o relatório final e as documentações. 
 
 
 
8. 04/05/2022 – Apresentamos o início do relatório onde a supervisora sugeriu 
alterações. 
 
9. 11/05/2022 – Apresentação do projeto para a professora Leila, feito pelos discentes 
Caroline, Erica e Bruno. 
 
10. 18/05/2022 – Apresentação dos alunos da Profª Leila. 
 
11. 25/05/2022 – Apresentação do relatório, correção de erros e entrega de documentos. 
 
5. A DEPENDÊNCIA E A PSICOLOGIA 
 
Atualmente a dependência de substâncias químicas é vista como um transtorno, e é 
recomendado para esse tipo de tratamento terapias e cuidado clínico, para a dependência 
encontramos na abordagem de TCC – Terapia cognitiva comportamental, algumas 
técnicas para ajudar os pacientes, melhorando o seu cotidiano e reduzindo os danos 
permanentes das substâncias. 
Uma metanálise feita com 53 dependentes de álcool e drogas ilícitas, concluiu que a 
terapia cognitiva comportamental é a que tem mais resultados com usuários de maconha. 
E que mulheres aproveitam mais o tratamento do que os homens. 
Outro estudo analisou a abordagem TCC, considerando 34 ensaios clínicos (5 para 
maconha, 9 para cocaína, 7 para opiáceos e 13 para poli usuários) analisando 2340 
pacientes, concluíram que usuários de maconha e cocaína tendem a se encaixar melhor 
no tratamento com a TCC. Em adolescentes a abordagem de TCC se mostra mais 
conveniente, mostram que tem mais resultados no seu pós-tratamento. 
A tática de TCC é complexa, o resultado do tratamento requer outros fatores como: relação 
do paciente X Terapeuta, técnicas do profissional envolvido e qualidade das intervenções. 
“Pacientes com dependência mais grave e menor motivação tendem a 
estabelecer vínculos mais frágeis, enquanto terapeutas com maiores, 
conhecimentos/experiências parecem desenvolver uma ligação mais forte 
com seus pacientes, mesmo durante a recaída (Dependência Química, 240 
Diehl, Cordeiro, Laranjeira & cols)” 
Técnicas Cognitivas 
Para este conteúdo trabalharemos duas técnicas cognitivas que funcionam para o 
tratamento de dependência química: 
 
 
1. Distração: Mudar o foco da atenção que está fixada nas substâncias para 
outras situações, como: Ler em voz alta, prestar atenção no lugar que esta, 
praticar esportes, jogar videogame. 
2. Análise de vantagens e desvantagens: Onde o paciente faz uma lista de 
vantagens e desvantagens dos pontos do consumo e uso das substâncias, 
pode ser feito ali na sessão ou como uma tarefa. 
Técnicas comportamentais: 
1. Experimento comportamental: É caracterizado pelo fato de tentar fazer com 
que o paciente modifique as suas crenças centrais. 
“O experimento atinge dois objetivos: oferece ao paciente possibilidade de 
desafiar a crença anterior e serve como treino para o desenvolvimento de 
um novo repertório de comportamentos.” (Dependência Química, 258 Diehl, 
Cordeiro, Laranjeira & cols.) 
 
2. Manejo de contingências: Funciona para reforçar comportamentos 
desejados. 
“Esta estratégia se guia a partir de três princípios: selecionar e monitorar o 
comportamento desejado, reforçar adequadamente o comportamento e, por 
último, eliminar o reforçador quando o comportamento visado não ocorre 
(Rodriguez, 2008; Higgins & Petry, 1999).” 
 
A dependência pode ser tratada de formas terapêuticas, mas para aqueles que não 
querem abandonar o vicio ou do uso das substâncias, a prática de Redução de Danos 
auxilia a prevenir com que a droga faça mais estragos quanto na saúde quando na vida 
do usuário. 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A redução de danos (RD) é uma prática de saúde publica, onde cuidado, aconselhamento 
e orientação são dispensados sem julgamento de valores aos usuários de substâncias 
lícitas ou ilícitas. Em seus valores não há concordância com práticas manicomiais como 
internação ou políticas de abstinência, há a condução dos indivíduos que escolheram 
utilizar ou não conseguem abandonar o uso no fazer de forma mais menos danosa. O 
contrastante cuidado com a saúde e preservação da vida e a falta de apoio para as 
 
 
práticas nos últimos anos impactam quem busca conhecer mais sobre a prática, seus 
benefícios para usuários e sociedade civil como um todo. 
Ainda considerada como tabu a Redução de Danos merece mais destaque político, social 
e acadêmico. Ao longo da realização desse estágio nos deparamos em muitos momentos 
com a existência ineficiente ou com a falta de discussões do tema e apoiados em 
Domanico (2006) afirmamos a existência de carência sobre o tema e a necessidade de 
um olhar mais cuidadoso desde o início da formação profissional do psicólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
LARANJEIRA, Ronaldo. Dependência Química: prevenção, tratamento e políticas públicas. 
Porto Alegre: Artmed, 2011. BRASIL 
 
Beck J. S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed; 1997. 
 
Domanico, A. (2006). Craqueiros e cracados: bem-vindo ao mundo dos noias. Tese de 
Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Faculdade de Filosofia e Ciências 
Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil 
 
Magill M, Ray LA. Cognitive-behavioral treatment with adult alcohol and illicit drug users: 
a meta-analysis of randomized controlled trials. J Stud Alcohol Drugs. 2009; 
 
 
 
Waldron HB, Turner CW. Evidence based psychosocial treatments for adolescent 
substance abuse. J Clin Child Adolesc Psychol. 2008; 
 
Leahy RL. Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed; 
2006. 
 
Garcia-Mijares, Miriam e Silva, Maria Teresa Araujo. Dependência de drogas. 
Psicologia USP [online]. 2006, v. 17, n. 4 [Acesso em 31 maio 2022]. 
 
Garcia-Mijares, M., & Silva, M. T. A. (2006). La dépendance de drogues. Psicologia USP, 
17(4), 213-240 
 
Alves, V. S. (2009). Modelos de atenção à saúde de usuários de álcool e outras drogas: 
discursos políticos, saberes e práticas. Cadernos de Saúde Pública. 
 
O’HARE, P. Redução de danos: alguns princípios e a ação prática.In: MESQUITA, F.; 
 
BASTOS, F.I. (Org.). Drogas e Aids: estratégias de redução de danos. São Paulo: Hucitec, 
1994. p. 65-78. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
I) Ficha de Atividades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II) Folder 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III) Plano de intervenção

Outros materiais