Buscar

Desenvolvimento da visão, audição e equilíbrio

Prévia do material em texto

Desenvolvimento da visão, audição e equilíbrio
MEDFOA – TURMA LXXVI
28/09/22
VISÃO
Temos 3 tecidos embrionários: 
1. Neuroectoderma do prosencéfalo que forma as estruturas: retina, camadas posteriores da íris e nervo óptico
2. Ectoderma da superfície da cabeça que forma as estruturas: cristalino do olho e o epitélio da córnea
3. Mesoderma está entre o neuroectoderma e o ectoderma e forma: envoltórios fibroso e vascular do olho
*Células da crista neural migram para o mesênquima e formam o coroide, esclera e endotélio da córnea 
Os sulcos ópticos é a primeira indicação do desenvolvimento dos olhos, e esses sulcos se formam no início da quarta semana nas pregas neurais na extremidade cranial do embrião, e esses sulcos aprofundam para formar a cavidade das vesículas ópticas que se projetam do prosencéfalo 
O espessamento do ectoderma da superfície vai formar o placoide do cristalino, que é o primórdio do cristalino, e quem induz isso são as vesículas ópticas 
As vesículas ópticas se invagina, para formar o cálice óptico, esse cálice vai formar a retina e o pedículo óptico que depois se desenvolve como nervo óptico 
DESENVOLVIMENTO DA RETINA
Durante a 5ª semana a retina vai se desenvolver a partir das paredes do cálice óptico, por meio da evaginação do prosencéfalo. Essas paredes do cálice se desenvolvem nas duas camadas da retina: a externa (que torna a camada pigmentada da retina) e a interna (retina neural) 
Por volta da 6ª semana a melanina surge no epitélio pigmentado da retina
Na retina neural tem fotorreceptores (bastonetes e cones) e o corpo celular dos neurônios
*A neurorretina se diferencia em 9 camadas ao longo da vida fetal 
Descolamento da retina
Ocorre quando as camadas, interna e externa, do cálice óptico não se fundem corretamente durante a fase fetal para formar a retina. Esse deslocamento da retina pode resultar de taxas desiguais de crescimento das duas camadas da retina
Ciclopia
É um defeito raro, onde os olhos se encontram parcialmente ou completamente fundidos, formando um único olho mediano encerrado em uma única órbita. Resulta da ausência de estruturas encefálicas da linha média no prosencéfalo que vai causar defeito de divisão de direita e esquerda
Anoftalmia
Pode ser unilateral ou bilateral e significa a ausência do olho. Isso ocorre quando o globo ocular não se desenvolve
DESENVOLVIMENTO DA ÍRIS
Se desenvolve a partir da borda do cálice óptico que cresce para dentro e cobre parcialmente o cristalino. Essa formação se dá por causa das células da crista neural que migram para frente do cristalino
Os músculos dilatadores da pupila e esfíncter da pupila da íris são derivados do neuroectoderma do cálice óptico 
O corpo ciliar é extensão cuneiforme da coroide e tem produção de humor aquoso, sua superfície medial se projeta em direção ao cristalino formando os processos ciliares 
O musculo ciliar liso é responsável em colocar o cristalino em foco
A pupila é o centro da íris e controla a entrada de luz
DESENVOLVIMENTO DO CRISTALINO
O cristalino se desenvolve a partir da vesícula do cristalino, um derivado do ectoderma da superfície. O cristalino em desenvolvimento é irrigado pela parte distal da artéria hialóidea, mas torna-se avascular no período fetal, quando essa parte da artéria hialóidea se degenera. Então, a partir daí o humor vítreo (componente líquido do corpo vítreo) e o aquoso (líquido aquoso) que vão nutrir o cristalino no período fetal 
DESENVOLVIMENTO DA CAMARA AQUOSA
A câmara anterior do olho desenvolve-se a partir de espaço em fenda que se forma no mesênquima localizado entre o cristalino e a córnea em desenvolvimento
A câmara posterior do olho desenvolve-se a partir de um espaço que se forma no mesênquima posterior à íris em desenvolvimento e anterior ao cristalino em desenvolvimento
Quando a pupila se forma, as câmaras anterior e posterior do olho são capazes de se comunicar uma com a outra através do seio venoso da esclera 
DESENVOLVIMENTO DA CÓRNEA
A córnea é induzida pela vesícula do cristalino. A córnea é formada a partir de três fontes: epitélio córneo externo (derivado do ectoderma da superfície), mesênquima (derivado do mesoderma que forma um contínuo com a esclera em desenvolvimento) e células da crista neural (migram do cálice óptico, epitélio córneo e camada média de estroma de matriz extracelular rica em colágeno)
DESENVOLVIMENTO DA CORIOIDE E DA ESCLERA
O mesênquima que circunda o cálice óptico (originado da crista neural) reage à influência indutiva do epitélio pigmentado da retina se diferenciando em uma camada vascular interna, a corioide (rede de vasos capilares que envolve o cálice óptico), e uma camada externa fibrosa, a esclera (colágeno e fibras elásticas). A esclera desenvolve-se da condensação do mesênquima externo à corioide e é contínua com o estroma (tecido de sustentação da córnea) 
DESENVOLVIMENTO DAS PALPEBRAS 
Se desenvolvem durante a sexta semana a partir do mesênquima derivado das células da crista neural e de duas dobras cutâneas do ectoderma da superfície que crescem sobre a córnea. As pálpebras começam a se aderir uma com a outra durante a 8ª semana e permanecem aderidas até a 26ª e 28ª semanas
Os cílios e as glândulas na pálpebra são derivados do ectoderma da superfície
O musculo orbicular do olho é derivado do mesênquima do segundo arco faríngeo e é inervado pelo nervo facial
DESENVOLVIMENTO DAS GLANDULAS LACRIMAIS
Nos ângulos súperolaterais das orbitas, as glândulas lacrimais se desenvolvem de vários brotos sólidos do ectoderma da superfície. Os ductos lacrimais drenam para o saco lacrimal e depois para o ducto nasolacrimal. As glândulas são pequenas quando nascem e não funcionam até a sexta semana por isso os neonatos não produzem lagrimas quando choram
DESENVOLVIMENTO DA FISSURA RETINIANA
Tem vasos hialoides que suprem o interior do cálice e o cristalino 
Primeiro tem o fechamento no centro e depois na região antero posterior até o a íris e o nervo óptico (até o final da 6ª semana)
A fusão da fissura retiniana deixa os vasos dentro do nervo óptico primitivo 
DESENVOLVIMENTO DO NERVO ÓPTICO
Na 7ª semana, os axônios das células ganglionares da camada da neurorretina vão formar o nervo óptico. O nervo óptico é envolto por três bainhas que evaginaram com a vesícula e o pedículo óptico:
1. Bainha dural externa derivada da dura mater, é espessa e fibrosa e funde-se na esclera
2. Bainha intermediaria derivada da aracnoide, é fina
3. Bainha interna derivada da pia mater, é vascular e envolve intimamente o nervo óptico e os vasos arteriais e venosos centrais da retina até o disco óptico
*O líquido cérebro-espinhal está presente no espaço subaracnóideo, entre as bainhas intermediaria e interna do nervo óptico 
*A mielinização dos axônios dentro dos nervos ópticos começa no final do período fetal até a 10ª semana, após exposição ao sol. A acuidade visual melhora rapidamente ao longo do primeiro ano de infância atingindo praticamente os níveis normais de um adulto
 AUDIÇÃO
DESENVOLVIMENTO DAS ORELHAS
As orelhas são compostas de três partes:
1. Orelha externa formada pela orelha (pavilhão), meato acústico externo (conduto) e pela camada externa da membrana timpânica (tímpano)
2. Orelha média formada por três pequenos ossículos de audição (ossos do ouvido) e a camada interna da membrana timpânica (que se conecta à janela do vestíbulo da orelha interna por meio dos ossículos
3. Orelha interna formada pelo órgão vestibulococlear, que atua na audição e no equilíbrio 
*As partes externa e média da orelha estão envolvidas na transferência das ondas sonoras para a orelha interna, que converte essas ondas em impulsos nervosos e registra as alterações no equilíbrio
DESENVOLVIMENTO DA ORELHA INTERNA 
Primeira parte entre as 3 orelhas a se desenvolver. No início da 4ª semana um espessamento do ectoderma de superfície, o placoide ótico, aparece de cada lado do mielencéfalo (parte caudal do rombencéfalo). Esses placoides se invaginam até o mesênquima e formam uma fosseta ótica, as bordas das fossetas se aproximam e se fundem formandoa vesícula ótica, que é o primórdio do labirinto membranoso 
A partir da vesícula cresce um divertículo para formar o ducto e saco endolinfáticos
Duas regiões:
1. Parte utricular dorsal pequenos ductos endolinfáticos, utrículos, e ductos semicirculares se originam 
2. Parte sacular ventral que dá origem ao sáculo e ao ducto coclear 
DESENVOLVIMENTO DA ORELHA MÉDIA
Funções:
1. Amplificação das vibrações captadas pelo ouvido externo (ganho mecânico)
2. Tornar igual a pressão do lado externo e interno do tímpano através da Trompa de Eustáquio 
Origem do recesso do tubo timpânico da 1ª bolsa faríngea. A parte proximal desse recesso forma a tuba faringotimpânica (tuba auditiva) e a parte distal do recesso forma a cavidade timpânica (que vai envolver os pequenos ossos da orelha média – martelo, bigorna e estribo)
O martelo e a bigorna são derivados de cartilagens do primeiro arco faríngeo. Já o estribo é derivado de cartilagem do segundo arco faríngeo 
*As células ectodérmicas na parte central do meato acústico externo formam placa epitelial (tampão do meato) que somente degenera no final do período fetal
*Membrana timpânica deriva do: ectoderma do primeiro sulco faríngeo, endoderma do recesso tubotimpânico e mesoderma do 1º e 2º arcos
DESENVOLVIMENTO DA ORELHA EXTERNA 
O meato acústico externo que é a passagem da orelha externa que conduz à membrana timpânica, desenvolve-se da parte dorsal do primeiro sulco faríngeo 
O primórdio de membrana timpânica é a primeira membrana faríngea que forma a superfície externa da membrana timpânica
A membrana timpânica se desenvolve a partir de três fontes
1. Ectoderma do primeiro sulco faríngeo
2. Endoderme do recesso tubo timpânico, derivado da primeira bolsa faríngea
3. Mesênquima dos primeiro e segundo arcos faríngeos 
A orelha (pavilhão) que se projeta da lateral da cabeça, se desenvolve das proliferações do mesênquima do primeiro e segundo arcos faríngeos que envolvem o primeiro sulco faríngeo
Surdez congênita 
Como a formação da orelha interna é independente do desenvolvimento das orelhas médias e externas, a deficiência auditiva congênita pode resultar do desenvolvimento anormal do aparelho condutor do som das orelhas média e externa ou das estruturas neurossensoriais da orelha interna 
*A infecção por rubéola durante o período crítico do desenvolvimento da orelha interna, da 7ª e 8ª semana, pode causar defeitos do órgão espiral e surdez
Atresia do meato acústico externo
Resulta da não canalização do tampão do meato. Em geral há o desenvolvimento anormal do primeiro e segundo arcos faríngeos

Continue navegando