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Contextualização sobre as Teorias da Criatividade

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@laismazzini 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE AS TEORIAS DA CRIATIVIDADE 
TEMOS DOIS TERMOS INTERESSANTES PARA SEREM ESTUDADOS: 
  “encontrei” ou “descobri”, é normalmente pronunciada por alguém EUREKA SIGNIFICA
que acaba de encontrar a solução para um problema difícil. 
  clareza súbita na mente, iluminação, estalo, luz. Compreensão ou INSIGHT SIGNIFICA
solução súbita de um problema. 
Eureka e insights fazem parte das abordagens das Teorias da Criatividade. 
 A ORIGEM DA CRIATIVIDADE
 o resultado de reações que ocorrem em vários locais do cérebro, A CRIATIVIDADE É
independentemente do lado: esquerdo ou direito. O surgimento dessa teoria vem do século 
XIX (1801 a 1900), início da neurociência. Neurociência é a ciência que estuda o cérebro 
humano e visa desvendar o funcionamento cerebral e suas milhares de funções. Paul Broca, 
estudioso francês, anunciou sua grande descoberta: a fala era comandada exclusivamente pelo 
lado esquerdo do cérebro. É claro que a teoria veio a cair pouco tempo depois. Cinquenta anos 
mais tarde, o homem já conhecia melhor o cérebro e sabia que a capacidade de ser criativo 
estava relacionada a vários outros fatores, como a imaginação. Aí, surge a pergunta: mas, de 
onde vem à imaginação? Em 1990, foi possível descobrir, através de pesquisas, que a 
imaginação tinha origem no mesmo lugar de onde vem os sentidos, no córtex pré-frontal. Isso 
levou a uma linha de pensamento que se aproxima da origem da criatividade. 
 CONSCIÊNCIA SOCIAL DA CRIATIVIDADE
 que circula entre os atributos pessoais e as exigências sociais. A CRIATIVIDADE É UM FENÔMENO
Afinal, é a sociedade que promove e sanciona o valor e a relevância das atividades e resultados 
criativos. 
De acordo com Alvin Toffler (escritor e futurista norte-americano), AS TRÊS GRANDES ONDAS NAS 
QUAIS A HUMANIDADE SE VIU ENVOLVIDA FORAM: 
 A agrícola do neolítico, 
 A industrial do século XVIII e 
 Das telecomunicações, na qual estamos hoje. 
Na primeira onda, a riqueza de uma sociedade estava sobre a terra. Na segunda onda, foi a 
da industrialização, da máquina. E na terceira onda, a riqueza está na comunicação 
tecnológica, no poder da informação, nas pessoas, nas ideias. 
Avançando mais um pouco, podemos vislumbrar que estamos entrando na onda da 
criatividade. Uma vez que a criatividade se socializa, isto é, deixa de ser um dom ou uma 
capacidade pessoal para se converter em um bem social, utilizando-se, de forma eficiente, da 
informação disponível. Em toda a história da humanidade, pode-se observar a evidência de 
que o pensamento humano realizou inovações. A palavra pensar deriva da expressão latina 
pensare, que significa pesar, avaliar o peso de alguma coisa. E o pensamento (ato de pensar) 
permite aos seres humanos projetarem o mundo, através de um processo de racionalização, 
que é uma característica genuinamente humana. A escrita é um grande exemplo de poderosa 
ferramenta intelectual humana e de poder criativo, com o objetivo de transcender o tempo. A 
escrita e a educação fazer o homem avançar, através da reprodução e a transformação. Após 
@laismazzini 
 
esse período de humanismo criativo, foram alternando-se períodos reprodutivos (Idade 
Média, Neoclassicismo), junto a outros de maior criação (Renascimento, grandes inventos e 
descobertas do século XIX). A frequência de novas descobertas, invenções e criações 
demonstram a amplitude da consciência humana pela história da humanidade. O processo 
inovador não é apenas fruto de mentes criativas, também deve ser levado em consideração o 
clima social, a consciência coletiva, que aceita ou rejeita as novas ideias. 
 A abordagem filosófica é a mais antiga das concepções sobre a ABORDAGENS FILOSÓFICAS
criatividade e provém da crença que o processo ocorre por . Afinal, tudo que inspiração divina
não era explicável era atribuído aos deuses. Segundo Platão, filósofo e matemático do período 
clássico da Grécia Antiga, em sua teoria da imortalidade e teorias das ideias, o homem tinha 
acesso a uma visão interior que se identificava com a razão divina. PLATÃO AFIRMAVA QUE NO 
 o artista perdia o controle sobre si mesmo, passando a um domínio MOMENTO DA CRIAÇÃO
superior (KNELLER, 1978). 
 Até hoje nos deparamos com conceitos que atribuem a criatividade a uma ação divina, 
uma prenda divina, sobre a qual a vontade humana nada pode influir. 
Também podemos encontrar definições de criatividade associada à alguma forma de loucura. 
Essas definições vêm desde a Antiguidade e eram observadas, principalmente, nos artistas: a 
espontaneidade, a irracionalidade, a originalidade de pensamentos, a ruptura com maneiras 
tradicionais de agir, sempre levaram e ainda levam o indivíduo criativo a ser diferente das 
regras e dos comportamentos esperados pela sociedade, fazendo com que este individuo seja 
julgado como anormal ou louco. 
Michel Foucault (filósofo francês, historiador das ideias, teórico social, filólogo e crítico 
literário) analisou essa tendência em diferentes épocas da civilização, mostrando como o 
indivíduo diferente era trancafiado e isolado do resto da sociedade. 
. Se buscarmos o conceito de intuição em OUTRA ABORDAGEM FILOSÓFICA REFERE-SE À INTUIÇÃO
um dicionário, encontraremos a seguinte definição: intuição é a faculdade de compreender as 
coisas no momento, sem necessidade de realizar raciocínios complexos. O termo também é 
usado para fazer referência ao resultado de intuir. Descartes (filósofo e matemático francês, 
considerado o fundador da Filosofia moderna) em seu dualismo, isto é, noção de mente 
separada do corpo, acreditava que as ideias da alma eram inatas. O sujeito teria uma 
capacidade incontrolável, ou uma capacidade de intuição cujo o dom lhe seria dado. O 
indivíduo criativo já não era mais considerado louco e sim uma pessoa saudável com uma 
capacidade de intuição altamente desenvolvida. 
 A relação do conceito de criatividade como força criadora inerente à ABORDAGENS BIOLÓGICAS
vida surgiu com a influência da , que defendia a tese de que a Teoria Evolucionista de Darwin
evolução orgânica é criadora e a hereditariedade era considerada o componente principal na 
criatividade. Segundo essa visão, algo fora do controle do A CRIATIVIDADE É PERCEBIDA COMO
homem e é transmitida pelos códigos genéticos. Portanto, se o pai era criativo, 
consequentemente, o filho também era. 
Outra grande vertente da teoria biológica sobre criatividade foi (botânico Edmund Sinnott 
americano), que afirmava que a vida, por si só, já é criativa, pois se auto-organiza, se 
autorregula e está constantemente gerando novidades. As alterações ocorrem devido à 
genética. Frases como “não adianta, não nasci criativo”, “Não tenho este dom” ou “Na minha 
@laismazzini 
 
família não tem ninguém criativo” são muito comuns hoje em dia e bastante enraizadas na 
nossa população. É a força da sugestão de que a criatividade é hereditária. 
 COMPREENDENDO A NATUREZA E A LÓGICA DA CRIATIVIDADE
A CRIATIVIDADE É A TÉCNICA PARA RESOLVER PROBLEMAS E DURANTE O PROCESSO CRIATIVO, 
 FREQUENTEMENTE, ABORDAMOS OS SEGUINTES ESTÁGIOS:
  . Observar o problema, “senti-lo”. PERCEBER O PROBLEMA
  . Após a observação, de “sentir” o problema, torna-se necessário TEORIZAR O PROBLEMA
convertê-lo em um modelo teórico ou mental. 
  . É neste estágio que surgem os insights da solução. É o CONSIDERAR/VER A SOLUÇÃO
momento da “eureka”. Muitos desses momentos surgem após o estudo exaustivo do 
problema. 
  . Nesta fase o objetivo é converter a ideia mental em ideia prática. PRODUZIR A SOLUÇÃO
É colocar a ideia em prática. Parte difícil de ser concretizada. Muitos têm a solução do 
problema, mas não colocam em prática. A lógica facilita a análise de um argumento. 
Formaliza os procedimentos e as representações e determina as hipóteses possíveis. 
A lógica e a criatividade seguem caminhos diferentes, mas ao mesmo tempo, são 
complementares. Associar a lógica com a criatividade pode resultarem resoluções 
bastante interessantes. Na verdade, uma complementa a outra, pois precisamos das duas 
para resolver problemas, tomar decisões ou desenvolver algo novo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência: Processo de Criatividade - Ana Claudia Inácio da Silva Pirolo

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