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O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES

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SISTEMA DE ENSINO SEMI-PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 1º SEMESTRE
Produção textual Interdiciplinar em grupo
O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES
Produção textual Interdiciplinar em grupo
O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Pitagoras UNOPAR, para as disciplinas Educação Inclusiva LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais Educação e Tecnologias Homem, Cultura e Sociedade. Práticas Pedagógicas: Identidade Docente
 Professores: Juliana Chueire Lyra 
Sandra Cristina Malzinoti Vedoato 
Luana Pagano Peres Molina Amanda 
Larissa Zilli Marcio Gutuzo Saviani 
Marcia Bastos de Almeida 
Tutora eletrônica: Dalila Cristina de Campos Gonçalves
Tutora de sala: Lidiane Correia Lima
Sumário
1 INTRODUÇÃO	4
2 DESENVOLVIMENTO	5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	10
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	11
PRODUÇÃO TEXTUAL
O pilar fundamental para o funcionamento das classes hospitalares é o professor e o seu comprometimento com seu aluno/paciente e com todo o contexto no qual eles estão inseridos. A vivência no âmbito hospitalar interfere negativamente no processo ensino e aprendizagem. Com isso o professor hospitalar precisa estar preparado para compreender os procedimentos técnicos, a forma de se relacionar com os alunos-pacientes, suas contingências, diagnósticos, avaliação médico-terapêutica (SILVA, 2011). Desta forma, ressalta-se novamente a importância da formação docente e a formação continuada para a atuação nas classes hospitalares. As classes hospitalares são espaços educativos inclusivos, como o do Pequeno Príncipe. Segundo o censo escolar do MEC, só no ano de 2017 foram 20 mil alunos tendo aulas em classes hospitalares e desse número 25,2% pertencem ao ensino fundamental. Muito se tem falado sobre qualidade de vida, de como aplicá-la aos seus dias de forma a viver sua saúde física e mental em equilíbrio, de estar de bem consigo, com as pessoas, em harmonia com a vida. A hospitalização infantil tem sido um tema de constante interesse entre vários profissionais da saúde e da educação que se preocupam com o processo de desenvolvimento global da criança. Várias experiências, bem sucedidas, que envolvem o trabalho educacional com a criança hospitalizada e o ambiente hospitalar, apontam para a necessidade de se considerar uma nova abordagem sob as características e definições das necessidades educacionais, conhecidamente definidas no âmbito escolar Muito se tem falado sobre qualidade de vida, de como aplicá-la aos seus dias de forma a viver sua saúde física e mental em equilíbrio, de estar de bem consigo, com as pessoas, em harmonia com a vida.
1. INTRODUÇÃO 
Classe hospitalar é um atendimento pedagógico educacional que favorece crianças e adolescentes hospitalizados a dar continuidade na sua educação, que trabalha com a equipe hospitalar, com a família e com a escola de origem do aluno. Segundo o ministério da educação (MEC), o objetivo das classes hospitalares é o atendimento educacional as crianças e adolescentes que se encontram impossibilitados de frequentar a escola, por conta de internamento hospitalar ou tratamento de saúde.
Na resolução n° 41 de outubro de 1995, que garante o direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento de currículo escolar durante sua permanência hospitalar. Lei da criança e do adolescente, Art. 13, devem organizar o atendimento educacional especializado a alunos impossibilitados de frequentar as aulas, de tratamento de saúde que implique em internação hospitalar ou permanência prolongada em domicílio. Por tanto é responsabilidade do Estado e município, que cada hospitais façam essa parceria, para uma educação inclusiva para todos. Mas para as classes hospitalares exercerem suas funções é necessário profissionais capacitado para atuarem nesse meio de ensino que é muito importante para a vida do aluno, pois as crianças estudando elas se sentem melhor, uma expectativa de vida melhor, sua autoestima aumenta todos os dias, pois socializam com outros alunos, participam de recreações, atividades diferenciadas adaptadas para o ensino do tal. O pedagogo neste espaço, tem papel fundamental dentro da educação, pois tem como finalidade acompanhar a criança ou adolescente no período de ausência escolar. O trabalho existe do pedagogo hospitalar mas deveria se dar mais atenção para que fossem criados classes hospitalares em todos os locais da saúde. Este trabalho caracteriza - se por educação especial realizado com diferentes atividades e por atender crianças e adolescentes internados, recuperando a criança num processo de inclusão oferecendo condições de aprendizagem. A classe hospitalar oferece à criança a vivência escolar. O professor, neste caso, precisa ter um planejamento estruturado e flexível. O ambiente da classe hospitalar deve ser acolhedor, um espaço pedagógico alegre e aconchegante fazendo com que a criança ou adolescente enfermo melhorem emocional, mental e fisicamente.
 
2. DESENVOLVIMENTO
Histórico das Classes hospitalares no Brasil e no mundo
A Classe Hospitalar tem seu início em 1935, quando Henri Sellier inaugura a primeira escola para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris. Seu exemplo foi seguido na Alemanha, em toda a França, na Europa e nos Estados Unidos, com o objetivo de suprir as dificuldades escolares de crianças tuberculosas. Pode-se considerar como marco decisório das escolas em hospital a Segunda Guerra Mundial. O grande número de crianças e adolescentes atingidos, mutilados e impossibilitados de ir à escola, fez criar um engajamento, sobretudo dos médicos, que hoje são defensores da escola em seu serviço. 
Em 1939 é Criado o C.N.E.F.E.I. – Centro Nacional de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptadas de Suresnes, tendo como objetivo formação de professores para o trabalho em institutos especiais e em hospitais; Também em 1939 é criado o Cargo de Professor Hospitalar junto ao Ministério da Educação na França. O C.N.E.F.E.I. tem como missão até hoje mostrar que a escola não é um espaço fechado. O centro promove estágios em regime de internato dirigido a professores e diretores de escolas; os médicos de saúde escolar e a assistentes sociais. A Formação de Professores para atendimento escolar hospitalar no CNEFEI tem duração de dois anos. Desde 1939, o C.N.E.F.E.I. já formou 1.000 professores para as classes hospitalares, cerca de 30 professores a cada turma. 
No Brasil, a legislação reconheceu através do estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, através da Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. Em 2002 o Ministério da Educação, por meio de sua Secretaria de Educação Especial, elaborou um documento de estratégias e orientações para o atendimento nas classes hospitalares, assegurando o acesso à educação básica.
 Em Santa Catarina, a SED baixou Portaria que “Dispõe sobre a implantação de atendimento educacional na Classe Hospitalar para crianças e adolescentes matriculados na Pré-Escola e no Ensino Fundamental, internados em hospitais” (Portaria nº. 30, SER, de 05/ 03/2001). Todo o aluno que frequenta a classe possui um cadastro com os dados pessoais, de hospitalização e da escola de origem. Ao final de cada aula o professor faz os registros nesta ficha com os conteúdos que foram trabalhados e outras informações que se fizerem necessários. 
 Classe hospitalar: um recurso a mais para inclusão de crianças e jovens
O aluno que frequenta a classe por três dias ou mais é realizado contato telefônico com sua escola,comunicando da sua participação na classe e obtendo-se informações referentes aos conteúdos que estão sendo trabalhados, no momento, em sua turma. Após alta hospitalar, é enviado relatório descritivo das atividades realizadas, bem como do seu desempenho, posturas adotadas, dificuldades apresentadas. Para que este seja legitimado, é necessário o carimbo e assinatura do diretor (escola da Rede Regular Estadual) a fim de encaminhá-lo à escola de origem. 
A proposta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (MEC, 1996) é a de que toda criança disponha de todas as oportunidades possíveis para que os processos de desenvolvimento e aprendizagem não sejam suspensos. A existência de atendimento pedagógico-educacional em hospitais em nada impede que novos conhecimentos e informações possam ser adquiridos pela criança ou jovem e venha contribuir tanto para o desenvolvimento escolar. Após alta hospitalar, é enviado relatório descritivo das atividades realizadas, bem como do seu desempenho, posturas adotadas, dificuldades apresentadas. Para que este seja legitimado, é necessário o carimbo e assinatura do diretor (escola da Rede Regular Estadual) a fim de encaminhá-lo à escola de origem.
O objetivo do trabalho docente nas classes hospitalares é proporcionar um atendimento educacional que favoreça as crianças e os jovens hospitalizados a darem sequência aos estudos. A área de trabalho do pedagogo hospitalar é exclusivo nos espaços do próprio hospital que nem sempre oferece condições apropriadas ao trabalho pedagógico. Cabe a cada professor se adaptar ao ambiente hospitalar e desenvolver as atividades e os materiais pedagógico e planejar o dia a dia da turma e registrar e avaliar o trabalho desenvolvido.
Cada aluno hospitalizado recebe um atendimento diferenciado conforme seu grau de necessidade, os professores devem estar capacitados de forma adequada para atender cada aluno conforme sua condição. O importante é entender as necessidades de cada aluno vemos a importância das classes hospitalares que apesar da educação inclusiva muitas crianças não são incluídas nesse meio de ensino, contudo temos um docente hospitalar que apesar das dificuldades enfrentadas proporcionam a esses alunos ensino e um meio de se interagirem em seu meio.
O hospital oferece uma sala reservada onde os pacientes/alunos tem acesso as aulas, mas algumas crianças não podem sair de seu quarto, cabe ao professor frequentar o quarto do aluno para dar aulas da melhor forma possível para a inclusão no ensino educacional do aluno. Os profissionais dessa área são verdadeiros heróis anônimos que apesar das contradições e dificuldades levam muito mais que aprendizado, mas também a esperança de um país justo e uma sociedade igualitária.
 Histórias de formação de professores para a classe hospitalar
Este projeto ao qual elaboramos, está pautado na interação do aluno/ paciente com a educação, sabemos que o tempo que o aluno passa hospitalizado tende a desestimular o interesse do mesmo pelos estudos, já que está passando por uma fase difícil, é a pedagogia hospitalar vem pra auxiliar o aluno nesse momento ajudando-o adquirir novas competências e habilidades, pois o mesmo atuará como o tutor global da criança para que ela possa ser tratada de seu problema de doença, sem esquecer as necessidades pessoais.
Recursos didáticos:
· Textos impressos.
· Cartazes.
· Vídeo.
· Televisão.
· Computador.
· Revistas
· Livros
· Jornais
· Folha A4
· Caneta
· Lápis
· Tintas
· Cartolina
· Pincel
· Brinquedos diversos;
Cronograma de atividade:
As atividades realizadas na classe hospitalar são distintas já que os alunos podem frequentar as aulas por horas, por dias ou por anos. Nesse projeto elaboramos atividades para 10 (dez) aulas.
	DIAS A SEREM TRABALHADOS
	ATIVIDADE A SEREM DESENVOLVIDAS
	HORAS
	1° Aula
	Contação de história;
	2h
	2° Aula
	Brinquedoteca;
	2h
	3° Aula
	Linguagem (narrativa de histórias, problematizações, leitura de imagem, comunicação através de atividades lúdicas); 
	2h
	4° Aula
	Dinâmicas de teatro;
	2 h
	5° Aula
	Confecção de jogos e brinquedos;
	2h
	6° Aula
	Trabalhos artísticos com desenho, 
	
	7° Aula
	Confecção de imagens com papel (origami), de máscaras, chapéus, esculturas, modelagens
	2h
	8° Aula
	Jogos computadorizados, vídeo games, assistir filmes.
	2h
	9° Aula
	Pinturas 
	2h
	10° Aula
	Situações problemas
	2h
OBS: As atividades foram desenvolvidas para crianças/adolescentes até os 12 anos, e serão realizadas de acordo com o quadro clinico de cada uma, respeitando sempre o quadro clinico de cada um.
Avaliação:
A avaliação será executada de forma processual, pois toda e qualquer atividade produzida pelo aluno paciente tem caráter avaliativo, ou seja, existe uma intencionalidade pedagógico-educacional que tem como direcionamento diagnosticar e incluir de acordo com os resultados obtidos, promovendo assim uma aprendizagem construtiva.
 Relação professor/aluno: Um diferencial na classe hospitalar
Ser acometido por uma doença é um processo natural e inevitável, que faz parte da vida de todos os seres vivos. Algumas doenças levam à hospitalização, à qual se faz necessário para que a doença seja devidamente observada e tratada.
 A doença e a hospitalização desenvolvem nos enfermos sentimentos de insegurança, medo da morte, aflição, entre outras emoções negativas, nesse sentido o ambiente hospitalar acentua esses sentimentos, por suas próprias características e pelo próprio padrão hospitalar que não valoriza os aspectos relacionados os sentimentos, não percebendo que os hospitalizados são mais que corpos doentes. 
A criança ou adolescente hospitalizado, assim como quaisquer outros, apresenta o desenvolvimento que lhe é possível de acordo com a diversidade de fatores com os quais interage, neste caso, convive com as limitações clínicas decorrentes da sua enfermidade, bem como da própria internação. Dessa forma a hospitalização não deve ser vista como fator incapacitante, podendo ser buscadas formas que expressem e permitam o uso do potencial destes indivíduos.
As crianças hospitalizadas, suas famílias, a equipe de profissionais ligados a educação e a saúde. Buscando recuperar a socialização da criança por um processo de inclusão, dando continuidade a sua aprendizagem. Esta inclusão social será o resultado do processo educativo e re-educativo.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O pedagogo hospitalar tem uma importante função na sociedade, já que atua em um espaço novo totalmente diversificado do habitual, por isso deve ter clareza da sua atuação neste espaço que envolve muitos cuidados e dedicação pois os pacientes envolvidos no processo de aprendizagem necessitam de muita atenção e compreensão. As crianças e adolescentes que ali permanecem precisam de muito apoio tanto físico quanto emocional e o pedagogo pode contribuir para que a melhora deste paciente seja satisfatória pois o pedagogo tem a possibilidade de aliviar a ansiedade da criança através de suas práticas pedagógicas voltada para a mesma envolvendo a família que e muito importante neste processo de cura e recuperação da criança.
Acredita-se que a educação desempenha um papel decisivo no contexto hospitalar, a partir de ações humanizadas, onde a criança, na impossibilidade de frequentar a escola, necessita de formas alternativas de organização e oferta de ensino de modo que seus direitos à educação e à saúde, tal como definidos na Lei e demandados pelo direito à vida em sociedade, sejam atendidos. 
O momento é oportuno, basta se olhar para as nítidas tendências metodológicas refletidas pelas ações desenvolvidas em hospitais pediátricos, sob influência de uma nova mentalidade, novos enfoques, em que a abrangência das atitudes do homem como ser total, vem despontando com ações educativas, contribuindo para o afastamento do conservadorismo exclusivamente biológico, quanto ignoradas as múltiplas contradições presentes no processo saúde-doença.
Os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os sistemas de saúde, devem organizar o atendimento educacional especializadoa alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada no domicílio.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL ESCOLA – MEU ARTIGO.Disponível em <http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/opapel-pedagogo-hospitalar.htm http://www.cairu.br/revista/arquivos/artigos/2013>.Acesso em 30/09/2015.
 BRASIL. Ministério da Saúde . D.O.U. de 05/04/1977 . Seção I, Parte I, p. 3929. 
CECCIM, R. B. & Fonseca, E. S. Atendimento pedagógico-educacional hospitalar: promoção do desenvolvimento psíquico e cognitivo da criança hospitalizada. In: Temas sobre Desenvolvimento, v.8, n.44, p. 117, 1999 
MATOS, Elizete Lúcia Moreira e MUGIATTI, Margarida Maria Teixeira de Freitas, Pedagogia Hospitalar: A humanização integrando educação e saúde. Pedagogia Hospitalar. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2007.. 
PEDAGOGIA HOSPITALAR. Disponível em <www.google.com.br/search?q=pedagogia+hospitalar> Acesso em 12/10/2015,ás 19:00.
 UNB - EDUCAÇÃO. Disponível em <http://www.fe.unb.br/educaesp/index.php?option> Acesso em 13/10/2015.
PROJETO ERA UMA VEZ: PROMOVENDO EDUCAÇÃO E HUMANIZAÇAÕ. Disponível em < www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Comunicacao> Acesso em
13/04/2019, ás 17:19

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