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PORTFÓLIO PEDAGOGIA HOSPITALAR

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PAGE 
SUMÁRIO
3INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................5
PROPOSTA TRABALHO ENSINO ............................................................................13
CONCLUSÃO ..........................................................................................................10
REFERÊNCIAS ........................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO
Quando pensamos em educação, logo nos vem no pensamento uma escola, com vários alunos, professores, sala de aula, diretores, funcionários enfim tudo funcionando como conhecemos. Mas e quando o aluno não pode estar na escola? Quando por alguma enfermidade não pode frequentar as aulas ou tem que ficar por um longo período hospitalizado? 
Sabemos que existem diversos tipos de enfermidade, que causam grandes mudanças no cotidiano e na vida da pessoa, transformações físicas e emocionais, que podem deixar o aluno afastado da escola por longos períodos. E se este período de afastamento não for preenchido o aluno terá um grande atraso no seu processo de ensino aprendizagem, podendo até mesmo se transformar em evasão escolar. Para atender esses alunos surgiu uma nova modalidade de ensino, intitulada de classe hospitalar, que tem a finalidade de suprir as necessidades escolares do aluno hospitalizado. O direito ao aprendizado no ambiente hospitalar é um direito garantido através de algumas legislações e se estende a todos os alunos que delas necessite.
O atendimento pedagógico-educacional no ambiente hospitalar deve ser entendido como uma escuta pedagógica às necessidades e interesses da criança, buscando atendê-las o mais adequadamente possível nestes aspectos, e não como mera suplência escolar ou “massacre” concentrado do intelecto da criança. O sucesso deste trabalho depende da cooperação contínua e próxima entre os professores, alunos, familiares e os profissionais de saúde do hospital. (FONSECA, 2008, p. 15).
Sendo assim podemos afirmar que a criança tem direito ao atendimento de suas necessidades mesmo que esteja com sua saúde comprometida.
Segundo a Constituição Federal de 1988 a educação é um direito de todos, e dever do estado e da família, então podemos concluir que a criança hospitalizada também tem esse direito, e o Estado tem o dever de cumpri-lo. Com isso foram criadas leis específicas para atender essa modalidade de ensino.
A pedagogia hospitalar é um assunto muito importante para o sucesso escolar, pois torna o ambiente hospitalar mais humanizador, fazendo uma parceria entre escola, profissionais da saúde e família visando um objetivo em comum que é o bem estar do aluno (paciente), fazendo com que ele não perca seu ano letivo e até mesmo antecipando sua alta hospitalar. É um trabalho que traz muitos benefícios, dentre eles promoverem a reintegração do aluno à escola, diminuindo o sofrimento emocional pelo distanciamento dos colegas e professores, e transformando o índice de reprovações em aprovações.
A pedagogia hospitalar é uma modalidade de educação desafiadora para os profissionais de pedagogia, pois além de ter que desenvolver o processo educativo em um ambiente totalmente diferente do que está habituado, sem a estrutura da escola, ainda tem que lidar com a aceitação das pessoas já que sempre foram vistos como profissionais da educação. Para que o professor possa atuar no ambiente hospitalar é necessária muita habilidade de competência para trabalhar o desenvolvimento do aluno em um ambiente desagradável e muitas vezes com as condições de saúde do aluno comprometida; para isso as atividades devem ser desenvolvidas e elaboradas levando em conta o estado de saúde deste aluno.
Esse trabalho destaca a importância do profissional de pedagogia em diversas etapas da vida. O professor deve trabalhar de forma lúdica e educativa a fim de resgatar a autoestima do aluno, assim como as habilidades que foram adquiridas ao longo de sua aprendizagem, buscando através da situação de dificuldade que o aluno está enfrentando contribuir para seu crescimento emocional e cognitivo. 
2 DESENVOLVIMENTO
Sabemos que a educação é um requisito primordial para a inserção na sociedade, tanto que é um direito garantido na legislação de todos os países.
Existe 3 tipos de educação: formal, não forma e informal.
Como mostra Aranha (2006, p. 94), “a educação informal não é programada ou organizada, é casual e empírica, trabalhada a partir das vivências, de modo espontâneo”, ou seja, os conhecimentos são repassados a por gerações, geralmente é o passado orientando o presente. Ela atua no campo das emoções e sentimentos. É um processo contínuo e não organizado. Na educação informal os resultados não são esperados, eles simplesmente acontecem a partir do desenvolvimento do senso comum nos indivíduos, este senso orienta suas formas de pensar e agir espontaneamente. 
Levando o pensamento de Aranha, podemos analisar em qual classe da educação está inserida a educação hospitalar, para isso precisamos analisar suas principais características: Podemos considerá-la uma educação formal simplesmente por estar garantido na lei, o ambiente hospitalar deve ter regras, e padrões de comportamento e ao agente transmissor é o professor, mais também poderia ser considerada como uma educação não formal por acontecer em um ambiente fora da escola. Lavando em conta esses dois aspectos chegamos a conclusão de que educação hospitalar é considerada uma educação formal em um ambiente não escolar. O Decreto Lei n. 1044/69 estabelece que “são considerados merecedores de tratamento excepcional os alunos de qualquer nível de ensino portadores de afecções congênitas ou adquiridas, traumatismo ou outras condições mórbidas, infecções, determinando distúrbios agudos ou agudizados”. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990, garante a este público que o Estado dispor de elementos essenciais para que a saúde a a educação não sejam prejudicados. Como podemos verificar nos artigos: 
Título I – Das Disposições Preliminares, artigo 4º: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
Capítulo I – Do Direito à vida e à saúde, artigo 7º: A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. 
Capítulo I – Do Direito à vida e à saúde, artigo 11º: É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantindo o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. 
Neste estatuto verificamos que o artigo 57º é voltado para as crianças que se encontram excluído da vida escolar, justamente por conta se uma hospitalização ou necessidade de um tratamento em domicílio.
Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura e ao Lazer, artigo 57º: O Poder Público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas ao calendário, seriação, currículo e metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
 Referindo-se também à classe hospitalar o artigo 53º deste mesmo capítulo esclarece que: 
Art. 53º: a criança e o adolescente têm direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
 No capítulo II – Das Entidades de Atendimento, artigo 90º, nos mostra a responsabilidade das entidades pela assistência à criança hospitalizada: 
As entidades de atendimentosão responsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e socioeducativos destinados a crianças e adolescentes em regime de: VII – internação.
Também podemos verificar os direitos dos alunos na Resolução Nº 2, do Conselho Nacional de Educação (CNE)/ Conselho de Educação Básica (CEB), de 11 de setembro de 2001, coloca em seu artigo 13 que: 
Os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os sistemas de saúde devem organizar o atendimento educacional especializado a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio (BRASIL, 2001). 
No 1º parágrafo confirma: 
As classes hospitalares e o atendimento em ambiente domiciliar devem dar continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem de alunos matriculados em escolas da Educação Básica, contribuindo para o seu retorno e reintegração ao grupo escolar, e desenvolver currículo flexibilizado com crianças, jovens e adultos não matriculados no sistema educacional local, facilitando seu posterior acesso à escola regular (idem). 
No ano de 2002 foi publicado pelo Ministério da Educação e Secretaria da Educação Especial um outro documento que trata da classe hospitalar, intitulado: “Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar – Estratégias e Orientações”, este documento foi criado para oferecer subsídios para facilitar a organização e o funcionamento pedagógico e administrativo das classes hospitalares e do atendimento psicológico domiciliar. Este documento esclarece como deve ser o funcionamento completo da classe hospitalar.
Também em 2002 o Ministério da saúde preocupado com a alta demanda dos usuários e assistência prestada que nem sempre era satisfatória criou outro documento chamado: PNHAH – Programa Nacional de Humanização no Atendimento Hospitalar, documento este voltado para os gestores e os profissionais da área, visando ações para melhorar a qualidade e a eficácia deste serviço. O documento também ressalta a importância da comunicação eficaz onde o usuário possa expor suas ideias e o prestador de serviço ser um bom ouvinte para melhor atender os pacientes.
De acordo com Fonseca “a humanização em saúde busca recuperar o respeito à vida humana, seja o respeito à vida do profissional da saúde ou do paciente”. Ou seja, não adianta melhorar a parte técnica, tem que valorizar o contato pessoal, as emoções e as fragilidades de cada pessoa.
Fonseca também se mostra entusiasmado em ver o núcleo de humanização hospitalar trabalhando junto à escola hospitalar, fazendo com que os professores participem mais dos acontecimentos socioculturais para enriquecer o conhecimento de seus alunos, acontecimentos como: teatros, filmes ou outros eventos propostos pelo núcleo, desde que esses eventos não prejudiquem os planejamentos das aulas. Já que a escola no hospital não é um serviço de saúde mais sim um serviço educacional ou escolar.
Mesmo com tantas leis que garantem o atendimento deste público, ainda temos uma desigualdade muito grande dos serviços e um dos motivos é a desinformação por parte da população. 
Precisamos que haja um maior esclarecimento e uma conscientização principalmente para as famílias desses pacientes, que por conta da preocupação com a saúde se esquece da educação. O governo também precisa se conscientizar de sua responsabilidade para garantir o atendimento escolar nos hospitais, oferecendo uma melhor qualidade de vida durante a internação dos pacientes, assim como a ajuda para seu retorno à vida escolar. É muito importante uma melhoria na educação hospitalar assim como sua expansão e sua divulgação para chegar ao conhecimento de todas as pessoas.
A história da pedagogia hospitalar é antiga, há muito tempo busca-se viver com maior qualidade de vida.
A história da pedagogia hospitalar surgiu em 1935 em Paris, quando na segunda guerra mundial muitas crianças e adolescentes foram feridas e mutiladas e precisaram permanecer hospitalizadas por um grande período, e no intuito de amenizar a dor desses pacientes e com a ajuda de médicos, voluntários e religiosos os pacientes passaram a dar sequencia em seus estudos mesmo no hospital.
No Brasil a classe hospitalar surgiu no Rio de Janeiro em 1950, no Hospital Menino Jesus, na qual permanece atuando até os dias atuais. Estes primeiros atendimentos pedagógicos hospitalares não tinham salas específicas para ser realizado, por isso eram feitos nas próprias enfermarias dos hospitais, nesta época não existia nenhum vinculo entre a classe hospitalar e as Secretarias de Educação. Somente em 1997, mediante os pedidos de vários representantes das classes hospitalares, é que foi aceito o pedido para que a Secretária da Educação para a criação da educação hospitalar nos modelos atuais.
Infelizmente se levarmos em conta a população brasileira e o número de hospitais existentes no Brasil percebemos que as classes hospitalares são em quantidades muito menores, ou seja, o atendimento educacional das crianças e adolescentes hospitalizados ainda não está recebendo a devida atenção por parte dos governantes. Com isso podemos prever que ainda há um longo e penoso caminho para que esses serviços se tornem eficazes e possam atender a todos sem distinção. 
Cada paciente tem uma olhar diferente do hospital. Como explica Fonseca (2008, p.20), “qualquer indivíduo que se hospitaliza sente sua identidade perdida pelo fato de ser reconhecido pela enfermidade que o levou à internação ou até mesmo pelo número do leito”. Além disso, toda sua rotina é alterada. O paciente ainda é exposto a vários profissionais diferentes e desconhecidos, devido às mudanças de turnos e plantões dos profissionais. Considerando todos que todos esses detalhes já são encarados com dificuldade por um adulto imagina por uma criança que está em fase de crescimento e desenvolvimento, que se sente totalmente dependente de seus familiares, amigos, brinquedos, escola, professora, etc.
Mesmo enfrentando a enfermidade a criança tem necessidades específicas para sua faixa etária elas traçam seu próprio caminho e tem seu próprio ritmo. As crianças tem um olhar sobre o hospital diferente dos adultos, sabem de suas necessidades mais requerem melhorias para suportar essas adversidades. Diante desse cenário as instituições devem ter ouvidos atentos para escutar as queixas e reclamações dessas crianças.
Às vezes parece um exagero algumas das reivindicações, mas se nos colocarmos no lugar dessas crianças e seus familiares entenderemos seu ponto de vista.
É muito importante que a criança compreenda a importância de cada profissional a sua volta, para que possam entender o funcionamento do hospital. Os pacientes conseguem da sua maneira reconhecer a função de cada profissional.
Como por exemplo:
- a professora ajuda a ler, escrever, passa atividades, ajuda na lição.
- a recreadora trabalha na área da diversão das brincadeiras, etc.
- o médico cuida das enfermidades.
- o voluntário chega para alegrar o dia dos pacientes.
Entendemos que não é muito fácil estudar em um ambiente completamente diferente da escola.
Sabemos que a prestação do serviço da classe hospitalar não se limita apenas ao pedagogo, são necessárias parcerias para que o sucesso seja alcançado, assim como o pedagogo deve entender que o seu papel não está apenas em transmitir conteúdos curriculares, ele acaba se deparando com situações completamente diferentes do ambiente escolar e muitas vezes se faz necessário ultrapassar as barreiras do relacionamento professor e aluno. O professor tem a necessidade de animar, lutar junto com o aluno contra o isolamento e transmitir confiança quanto a recuperação do aluno.
Para facilitar o trabalho na escola hospitalar é necessário que o pedagogo tenha o conhecimento da rotina do hospital, e que o aluo esteja devidamente matriculado na escola.
No primeiro acesso o professor deve ter acesso ao prontuário do aluno, para estar ciente da situaçãodo aluno, até mesmo para se informar co os cuidados que deve ter para evitar riscos de contaminação para si a para os outros. Se possível as primeiras intervenções do professor com o aluno devem ocorrer junto com um responsável pela criança por ser considerado um estranho no hospital.
As escolas hospitalares funcionam normalmente no período da tarde para evitar conflitos com a rotina hospitalar.
Outro detalhe que faz parte da rotina da escola no hospital é a necessidade da criança retornar à enfermaria para realizar algum tipo de procedimento ou até mesmo ter a chegada de uma visita. Neste ambiente isso não deve ser considerado uma interferência, porque faz parte do cotidiano.
Assim como na escola regular as atividades devem ser construídas de acordo com o conteúdo que será desenvolvido e ter começo, meio e fim, sem deixar de lado os conhecimentos e opiniões da criança. O professor deve estar atento às possíveis dificuldades de aprendizagem e às habilidades que devem ser valorizadas no aluno.
O professor deve saber executar várias matérias e no caso de não dominar alguma disciplina, pode solicitar o auxílio de um professor específico, porém infelizmente em muitos hospitais essa participação deve ser voluntária, o que dificulta a aceitação de alguns profissionais.
O professor deve dividir seu tempo para que possa atender todos os alunos, em média é dedicado de 40 minutos a uma hora para cada aluno de segunda a sexta feira, claro que esse tempo deve levar em conta o estado clinico de cada aluno. Se algum aluno não puder se locomover até a sala de aula do hospital o pedagogo ministrará sua aula no leito onde o aluno se encontra internado. Por isso o professor deverá elaborar um planejamento bem flexível, também deverão ser aplicadas provas e se possível até dever de casa, porém cada hospital define esse planejamento junto à Secretaria de Educação e ao professor.
É necessário que tudo seja registrado por meio de relatórios e fichas de acompanhamento, esclarecendo as principais dificuldades e potencialidades do aluno. Todos esses documentos devem ser enviados à escola de origem, organizados em formato de portfólio junto com todas as atividades realizadas pelo aluno.
Assim como na escola regular a escola hospitalar conta com documentos como Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, os Parâmetros Curriculares Nacionais fornecem subsídios para a elaboração do planejamento.
E nessa hora a criatividade conta muito, o professor deve trabalhar e se organizar para tornar as aulas mais divertidas, com qualidade e que permita um entrosamento entre aluno e professor.
O atendimento educativo envolve várias atividades que podem ser realizadas dentro do hospital, é claro que observando as condições de saúde de cada aluno.
Seguindo um planejamento definido semanalmente, as atividades são capazes de envolver crianças e adultos presentes, muitos hospitais contam com bibliotecas móveis e também recursos audiovisuais para tornar as aulas mais ricas e atrativas. É importante que os educadores saibam utilizar tais recursos para que possam explorá-los em prol de uma proposta inovadora, pois as novas tecnologias abrem espaço para novos canais de comunicação.
Mesmo com esses recursos ainda existe casos de alunos que não estão sendo atendidos pela escola hospitalar pois, recebem alta dos hospitais mais não recebem alta médico e com isso não podem voltar para as escolas. 
Existem algumas Secretarias Municipais de Educação que contratam profissionais de educação para realizar o atendimento aos alunos afastados. Geralmente, esta equipe se concentra num dos setores da Secretaria e se dirige às casas dos alunos que necessitarem do atendimento. Essa necessidade é informada pela escola, pela família ou até mesmo pelo professor do atendimento hospitalar.
O ambiente hospitalar exige do professor uma conduta individual e diferente da utilizada na escola regular, por exemplo, ele não poderá organizar uma fila de crianças e sair cantando pelos corredores, também não poderá falar alto e chamar atenção do aluno, prejudicando ainda mais o estado emocional fragilizado causado pela enfermidade. E se o aluno não quiser assistir a aula em determinado momento, isso deve ser respeitado. O professor deve criar estratégias para favorecer o processo de ensino aprendizagem integrando desenvolvimento e experiências.
O pedagogo por diversas vezes atua como agente conscientizador, orientando pacientes e familiares sobre possíveis riscos de transmissão de doenças, contaminação, epidemias, prevenção etc., até mesmo propondo situações que poderão ser abordadas junto ao conteúdo escolar. 
O acolhimento e a comunicação afetiva também são fatores que estreitam laços e faz do professor um parceiro do aluno, da família e do hospital, enfim é preciso que profissional goste do que faça e faça co amor, pois além das situações já apresentadas acima ainda por algumas vezes pode ocorrer a situação do sofrimento pelo próprio diagnostico e tratamento ou até mesmo pela morte. Os professores devem ter conhecimento dos efeitos emocionais e do impacto da enfermidade produzidos no âmbito familiar. O conhecimento de tais crises familiares ajudará o professor a compreender melhor a situação.
E trabalhar para que o paciente possa ter um aprendizado mais eficiente e fortificante para enfrentar os dias de dores e tratamento que poderão ocorrer.
O profissional deve reconhecer que também tem suas limitações físicas e emocionais, então é necessário o desabafo, o choro, o toque, o abraço.
	PROJETO DE LEITURA
	Tema: Se encantando com os Contos de Fadas
	Justificativa: Segundo Emilia Ferrero e Ana Taberosky, o aluno não é alfabetizado pelo professor, mas ele próprio se alfabetiza a medida que vai interagindo com a leitura e a escrita, até que ele próprio consiga compreender de forma conceitual, o que é ler e escrever.
	Objetivo geral: Implantar a leitura como instrumento para a aprendizagem em um ambiente não escolar, fazer com que seja prazerosa, que tenha ferramentas lúdicas, para que a imaginação flua e explore ambientes diferentes dos seus reais ou imaginário, que tenha contato com o novo ambiente e novas ideias, que explore o universo construído com a imaginação.
	Objetivos específicos: 
- Faze-los refletir sobre os componentes que são comuns na maioria dos contos de fadas
-Provocar curiosidades na criança e consequentemente o gosto pela leitura
- Despertar criatividade e imaginação 
- Estimular a compreensão do que se lê
- Desenvolver a linguagem oral, escrita, produção de textos fazendo uma inter-relação de forma contextualizada.
- Mostrar o mundo da fantasia e o faz de conta.
	Metodologia: o projeto será desenvolvido com a leitura e desenvolvimento das atividades como.
- Interpretação oral das leituras trabalhadas
- Leitura de contos, dramatizações, conversas formais e informais.
- Dramatizar usando máscaras, histórias cantadas.
- Apresentar vídeos com versões diferentes das histórias contadas 
. 
	Recursos: 
- Livros, filmes, papéis, tintas, fantoches e outros.
- Tapete para as histórias 
- Fantasias de acordo com os personagens
- Fantoches de diversos temas
- Livros de contos de fadas como João e Maria, Pinóquio, entre outros.
- Lápis de cor, giz de cera, papéis coloridos, tinta guache, pintura com o dedo, cola, tesoura e pincel. 
	Avaliação: Será realizada pelo tempo que a criança desenvolver o projeto, sendo que ela se desenvolve diariamente, através de gesto, fala desenho e da sua maneira de se relacionar tais como:
- Reprodução das histórias, mantendo sequências de tempo.
- Dramatização das histórias usando fantoches e fantasias
- Pintura, colagem e desenhos sobre as histórias.
- Criar novos finais para os contos
- Manifestar os valores trabalhados nas histórias, no dia-a-dia.
- Ampliação da linguagem oral.
	Referências: Ler com prazer
Conclusão
Podemos concluir que o trabalho pedagógico nas classes hospitalares, além de um trabalho pedagógico que trabalha as habilidades e necessidades de cada aluno, assim como as matériasespecíficas para cada idade é acima de tudo uma profissão do amor onde o pedagogo além de utilizar tudo o que aprendeu nos seus vários anos de cursos e também na vivência do ambiente escolar, na aprendizagem hospitalar ele terá que ser um doador de amor, de esperanças e alegrias, terá que ser o alicerce forte para manter não apenas o aluno mais também aqueles que compartilham suas dores e suas angustias. 
O professor hospitalar é aquele que mesmo fraco se faz forte para fortalecer seu aluno, mesmo triste se faz feliz para alegrar seu aluno e mesmo sendo um professor se torna um amigo para atravessar os momentos difíceis de cada aluno.
REFERÊNCIAS
FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. 2. ed. São Paulo: Memnon, 2008.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006.
MEC. Estratégias e orientações pedagógicas para a educação de crianças com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEESP; 2002 
____. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações. Brasília: MEC/SEESP; 2002. 
____. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF; 1998. 
____. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Imprensa Oficial; 1996. 
____. Política Nacional de Educação Especial. Livro 1. Brasília: MEC/SEESP; 1994. 
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