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Saúde mental

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Saúde mental: 
S.M: 02/09 – 1 aula: Práticas integrativas e complementares em saúde.
- A prática cuidados é a mais antiga prática da história do mundo;
- Durante milhares de ano os cuidados não eram dependentes de um sistema, menos ainda pertenciam a uma profissão.
- Assegurar a vida e recuar a morte.
- Com as mudanças tecnológicas, socioeconômicas e culturais da sociedade, as práticas de cuidados foram em uma imensidão de tarefas e atividades diversas. *
- Essa estratificação do cuidado teve uma forte influência sobre o processo de trabalho em saúde, caracterizado pelo reducionismo biológico; *
- Essas características são atualmente criticadas e problematizadas em busca de um cuidado holístico, sistêmico e interdisciplinar;
- O renascimento das “medicinas alternativas” pode ser entendido como um fenômeno social decorrente desse movimento.
- A organização Mundial da Saúde (OMS) denomina o campo das práticas integrativas e complementares como medicina tradicional e complementar / alternativa (MT/MCA).
- Desde a década de 70 essa organização incentiva os Estados-Membros a formularem a implementarem políticas públicas para a utilização racional e integrada de MT/MCA na atenção primária de saúde. 
- 1999 – MS. Inclusão dos procedimentos consultas médicas em ACP e Homeopatia na Tabela SAI/SUS. – Primeira prática complementar na tabela do sus. Esse é um marco porque esse tipo de medicina só era disponível para quem tinha condições financeiras para poder pagar, inacessível. Então através do SUS passa a ser acessível. 
- 2002 – A organização mundial de saúde /OMS lança o documento “estratégia de la OMS sobre medicina tradicional / 2002 – 2005”. 
- 2003 – Relatório da 1 Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica, enfatiza acesso aos medicamentos fitoterápicos e homeopáticos no SUS; 
- 2004 – Realizado Levantamento Nacional de Inserção da MNPC no sus. 
- 2004 – MNPC (PIC) foi incluída como nicho estratégico de pesquisa dentro a Agenda Nacional de Prioridades em Pesquisa.
- 2005 – Decreto presidencial de 17/02/2005 que cria o Grupo de Trabalho para elaboração da Política Nacional de Plantas e Fitoterápicos.
- Junho de 2003 – Constituição de grupo de trabalho no ministério de saúde com o objetivo de elaborar a política nacional de medicina natural e práticas complementares – PMNPC – no SUS (atual PNPIC)
- Dezembro de 20014 - Finalização da proposta técnica.
- Fevereiro de 2005 – Política pactuada na comissão Inter gestores tripartite.
- Setembro de 2005 – Doc apresentado CNS. Submetido por recomendação do CNS, à comissão de vigilância sanitária e farmacoepidemiológica para avaliação e recomendações.
- Dezembro de 2005 – Aprovada no CNS, com ressalvas.
- conteúdo da proposta técnica para a medicina tradicional Chinesa / Acupuntura.
- Nome da política e,
- Inclusão de prática do termalismo social/crenoterapia – resultado do relatório do grupo das águas do CNS.
- Fevereiro de 2006 – Documento Final da política aprovado por unidade no CNS.
- Maio de 2006 – Publicada a portaria 971.
- Julho 2006 – Publicada portaria 1600.
# Propósitos:
- O campo da PNPIC contempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos.
Através da PNIC conseguimos ter uma visão mais ampliada, versão global. A gente consegue despertar o autocuidado.
- Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento de vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. – o foco é trazer a visão que existe formas naturais (alternativas) de cuidado e assistência, não precisa ficar preso ao modelo hospitalocêntrico. Através de tecnologias eficaz e seguras como acupuntura, meditação, shantala. 
- Visão ampliada do processo saúde-doença e promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. 
# Objetivos:
- Incorporar e implementar a PNPIC no SUS na perspectiva de prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral em saúde. Prevenção de agravos, promoção de saúde e recuperação de saúde com ênfase e não exclusividade na atenção básica.
- Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo a qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso. Aumento o poder de resolução dos problemas do serviço de saúde.
# Diretrizes:
- Estruturação e fortalecimento; Capacitação e integração de gestores, profissionais e usuários.
- Estratégia de qualificação; Qualificação da equipe de trabalho que oferece os cuidados. 
- Participação social; 
- Divulgação e informação;
- Ações instersetoriais;
- Acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos.
- Acesso a insumos estratégicos.
- Pesquisa Acompanhamento e avaliação.
- Cooperação nacional e internacional. 
# Primeiras práticas integrativas:
- 2017: INCLUÍDAS 14 PRÁTICAS: 
Terapia Comunitária Integrativa| Arteterapia| Ayurveda| Biodança| Dança Circular| Meditação| Musicoterapia| Shantala| Yoga| Naturopatia| Osteopatia| Yoga| Quiropraxia| Reflexoterapia| Reiki. 
- 2018: INCLUÍDAS 10 PRÁTICAS: 
Apiterapia| Aromaterapia| Bioenergética| Constelação Familiar| Cromoterapia| Geoterapia| Hipnoterapia| Imposição de mãos| Ozonioterapia| Terapia de florais
- Práticas integrativas e complementares em saúde:
- Brasil é líder na oferta de modalidades na atenção básica da rede de saúde pública: o Brasil é o país que mais tem opções.
- As práticas integrativas estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios 88% dos estabelecimentos são na Atenção Básica.
- Em 2017, foram registrados mais de 1,4 milhão de atendimentos individuais
- Cerca de 5 milhões de pessoas por ano participam das práticas (individuais e coletivas).
- Os principais procedimentos registrados foram: 
O Brasil também é líder em adesão. 
- Acupuntura: 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais 
- Medicina Tradicional Chinesa (taichi-chuan e liangong): 151 mil sessões 
- Auriculoterapia: 142 mil procedimentos 
- Yoga: 35 mil sessões • Dança circular/biodança: 23 mil 
- Terapia comunitária: 23 mil
Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares!!!
..........................
S.M: 09/09 – 2ª aula: Terapia comunitárias integrativa em saúde
# Terapia comunitária integrativa em saúde
A terapia comunitária integrativa nasce onde as pessoas que participavam estavam ali inseridas na prática do cuidado como médicos e enfermeiros, perceberam que era importante essas formas alternativas de cuidar do paciente e o cuidado holístico. Essa terapia surge da ideia de não só cuidar do físico-biológico do paciente, mas também na saúde mental e social, por isso as práticas integrativas foram articuladas. 
- O setor saúde, no Brasil, tem avançado no campo das políticas sociais, por adotar o Sistema Único de Saúde com seus princípios de Universalidade, integralidade, Equidade, pela descentralização e participação da comunidade – esses princípios sempre serão a base das políticas públicas 
- A adoção desses princípios possibilitou a introdução de práticas que possam romper com as formas tradicionais do atendimento em saúde. 
- No campo da saúde mental a Reforma Psiquiátrica promoveu uma ruptura com o modelo hospitalocêntrico, assegurando uma política de reabilitação e inclusão social por meio de serviços de saúde mental, não hospitalares. 
- Nesse contexto, a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) vem se consolidando como uma nova tecnologia de cuidado em saúde mental; estratégias voltadas suplementadas que gerar resultados são tecnologias da saúde. 
- Constituindo-se em instrumento valioso de intervenção psicossocial na saúde pública, a mesma não pretende substituir outros serviços de saúde, mas complementá-los, de modo a ampliar as ações preventivas e promocionais. 
- A TCI funciona como primeira instânciade atenção básica, porque acolhe, escuta e cuida dos sujeitos e de seus sofrimentos e, desse modo, possibilita direcionar melhor as demandas. 
- Com isso, permite que só afluam para os níveis secundários de atendimento situações que, devido à sua complexidade, exigem a intervenção complementar do especialista.
- Conceitos: 
- A terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma prática de intervenção coletiva que visa criar e fortalecer os laços sociais. Quando se cria laços sociais, automaticamente está se criando uma rede de apoio.
- Aproveita os recursos da própria comunidade para criar soluções para as dificuldades. 
- É um espaço de acolhimento que favorece a troca de experiências entre as pessoas.
- A TCI é desenvolvida em formato de roda. – Quando estamos em rodas, estamos um de frente para outro, todos conectados. Na roda só tem participantes, as pessoas se sentem melhor, buscando o respeito, empatia, vendo um aos outros. Não tem superioridade.
- Cada participante da sessão é corresponsável pelo processo terapêutico individual e coletivo. 
- A partilha/troca de experiências favorece o resgate da identidade, a restauração da autoestima e da autoconfiança e a ampliação da percepção.
- O trabalho realizado pela TCI reforça a autoestima, promovendo redes solidárias de apoio e otimizando recursos disponíveis da comunidade. 
- A possibilidade de ouvir a si mesmo e aos outros participantes traz outros significados às suas vivências, conquistas, potencialidades e aos seus sofrimentos, diminuído o processo de somatização e complicações clínicas. O processo de somatização diminuído traz diminuição de doenças
- O trabalho realizado pelos profissionais de saúde envolvidos na promoção da saúde mental baseia-se na proposta de um ambiente de escuta e acolhimento, a fim de estimular a mediação para prevenção e inserção social, proporcionando a formação de vínculos entre as pessoas e a partilha de experiências.
- Dessa forma, o terapeuta comunitário pode compreender melhor os problemas da comunidade e direcionar suas condutas terapêuticas, melhorando a qualidade de vida da população e economizando custos para os gestores.
- Como tudo começou: Dr. Adalberto Barreto 49:19
- “ Em 1986, cheguei na comunidade 4 Varas (no Pirambu - Fortaleza - Ceará) com meus estudantes de medicina da Universidade Federal do Ceará. Uma senhora nos contou que não conseguia dormir e pediu um remédio que não tínhamos para lhe dar. Quando eu ia prescrever um medicamento, ela disse que não tinha dinheiro nem para comprar comida para os filhos, quanto mais para remédios caros. Me dei conta de que eu estava agindo da forma como estava acostumado a atuar no hospital”.
“ A mulher começou a contar sua história, a chorar. Veio outra que a amparou dando-lhe um lenço para enxugar suas lágrimas; uma outra deu uma massagem nos pés, outra trouxe uma xícara de chá de ervas, outra começou a partilhar uma experiência pessoal parecida. Eu percebi então, que essa mulher começou a ser apoiada, que foram criando vínculos de afeto. Ele encontrou o que veio buscar, o apoio da comunidade e não da minha expertise. Fui percebendo que a comunidade que tem problemas tem também suas soluções. Nascia assim a Terapia Comunitária Integrativa (TCI), um espaço de acolhimento da dor da alma e do sofrimento coletivo”.
- Pode-se afirmar que a TCI nasce num cenário de precária presença de políticas públicas, em um contexto de alta vulnerabilidade social marcado por grande restrição dos direitos humanos, tais como, saúde, segurança pública, acesso ao emprego e renda, bens e serviços, com elevado estigma social. 
- Apesar dos maiores problemas vivenciados por aquela população estarem relacionados às desigualdades sociais, baixa autoestima, insegurança e abandono, a estratégia de intervenção para “solução” de tais dificuldades na comunidade era a medicalização.
- Eixos teóricos da terapia comunitária integrativa: 
- A Terapia Comunitária Integrativa tem construído sua identidade, alicerçada em cinco grandes pilares teóricos: Pensamento Sistêmico; Teoria da Comunicação; Antropologia Cultural, Pedagogia Freireana e Resiliência. 
- Esses referenciais estão imbricados numa interpelação consistente e indissociável para a compreensão da metodologia da TCI.
- O Pensamento Sistêmico é uma maneira de abordar, de ver, de situar, de pensar um problema em relação ao seu contexto. 
- Essa abordagem permite perceber a pessoa humana na sua relação com a família, a sociedade, com seus valores e crença, contribuindo, assim, para a compreensão e transformação do indivíduo.
- A Teoria da Comunicação proporciona inúmeras possibilidades de comunicação entre as pessoas, convidando-as a ir além das palavras para entender a busca desesperada de cada ser humano pela consciência de existir e pertencer, de ser confirmado e reconhecido, como indivíduo e cidadão, o que permite a ampliação de nossas próprias possibilidades de transformação e de ressignificação. Fala e escuta
- A Antropologia Cultural ressalta os valores culturais e as crenças como importante fator na formação da identidade do indivíduo e do grupo.
- A Resiliência, capacidade dos indivíduos, famílias e comunidades em superar as dificuldades contextuais, funciona como fonte importante do conhecimento que confere segurança, competência e saber. Passa por uma situação difícil, traumática, supera e ainda ajuda pessoas no mesmo assunto/problema/dificuldade e causa.
- A pedagogia Freireana nos lembra que ensinar não é apenas uma transferência de conhecimentos acumulados por um educador(a) experiente e que sabe tudo para um educando(a) inexperiente que não sabe nada. 
- Ensinar é o exercício do diálogo, da troca, da reciprocidade, ou seja, de um tempo para escutar, de um tempo para aprender e de um tempo para ensinar.
- Etapas de execução da terapia comunitária:
- A Roda de Terapia Comunitária Integrativa se desenvolve percorrendo as seguintes fases: 
1- Acolhimento; 
2- Escolha do tema; 
3- Contextualização; 
4- Problematização e,
5- Encerramento.
- No ACOLHIMENTO procura-se ambientar o grupo, colocando as pessoas bem à vontade e confortáveis, de preferência em círculo. 
- Nesse momento o terapeuta comunitário apresenta uma síntese do que é a Terapia Comunitária e discorre sobre as regras ou condições para o funcionamento do grupo.
- Na ESCOLHA DO TEMA a fala fica aberta para os participantes apresentarem, de forma sucinta, os problemas ou situações que estão gerando preocupação. 
- Após a exposição dos problemas, o grupo se manifesta escolhendo o tema daquela roda e dizendo sumariamente o porquê da escolha.
- Na fase de CONTEXTUALIZAÇÃO é solicitado à pessoa cujo tema foi escolhido que explicite o problema ou situação apresentada. A pessoa em foco detalha a situação e, nesse momento, todos, inclusive os terapeutas, podem fazer perguntas para esclarecer melhor a questão. – ajudar a orientar sobre o detalhamento do tema.
- As perguntas vão ajudando na reordenação das ideias, quebra das certezas e, portanto na criação de disponibilidades para mudanças. Então o terapeuta condutor deve estar atento para extrair dos depoimentos da pessoa escolhida o mote - uma pergunta chave que vai permitir a reflexão do grupo durante a terapia. 
- É um instrumento de transformação do problema a partir da dimensão individual para a dimensão grupal. Representa o ponto de encontro entre os participantes da terapia, aquilo que liga, solidariza, exprime a mesma humanidade dentro de cada um. – pontos de encontro, criando vínculos, assuntos que ligam as pessoas, gerando empatia, solidariedade, humanidade.
No momento em que o mote é retransmitido para o grupo chega-se na fase da Problematização. Nessa fase, o grupo se coloca atendendo à solicitação do mote, sempre falando de sua própria experiência. 
- O grupo torna-se envolvido com o problema e as alternativas apresentadas passam a ser do próprio grupo. Entende-se que o grupo alcança então, uma compreensão diferenciada do problema assim como a própria pessoa que o expôs, pode vê-lo em diferentes vieses e compreensões.- No ENCERRAMENTO, é proporcionado um ambiente de interiorização, de clima afetivo para que as pessoas se sintam apoiadas pelos outros. 
- O terapeuta procura fazer conotações positivas a todos que se expuseram ou apresentaram seus sofrimentos e pede para que os participantes falem das coisas boas que mais lhes tocaram e admiraram. 
- A sessão da TCI termina com os agradecimentos dos terapeutas e com convite para os próximos encontros.
- A Terapia Comunitária Integrativa vem se consolidando como uma tecnologia de cuidado, de baixo custo, desenvolvendo ações de promoção da saúde e prevenção do sofrimento emocional nas comunidades, podendo ser considerada, também, uma estratégia de reabilitação e de inclusão social pela rede de apoio psicossocial que ela pode ajudar a construir. 
- Portanto, este estudo vem contribuir, de maneira significativa, para a prática do cuidado.
- Como instrumento de cuidado, a TCI demonstrou atender aos princípios norteadores do SUS, ensinando-nos a construir redes de apoio social, possibilitando mudanças sociais e reconhecendo as competências de cada ator social para contribuir na superação das dificuldades.
.......................
S.M: 16/09 – 2ª aula: Determinantes sociais e fatores de risco na saúde mental
#Determinantes sociais saúde:
Constituição Federal art.196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário ás ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” .
- Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS):
Os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.
- Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta:
Segundo a qual os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham.
- Tarlov (1996) propõe, finalmente, uma definição bastante sintética:
Entende-se como as características sociais dentro das quais a vida transcorre.
- Nancy Krieger (2001) introduz um elemento de intervenção:
Os fatores e mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação.
- Condições sociais:
- em que as pessoas vivem e trabalham;
- que afetam a saúde das pessoas;
- que potencialmente podem ser alteradas.
(BUSS; PELLEGRINI FILHO, 2006.)
- Embora, como já mencionado, tenha-se hoje alcançado certo consenso sobre a importância dos DSS na situação de saúde, esse consenso foi sendo construído ao longo da história. Entre os diversos paradigmas explicativos para os problemas de saúde.
- Teorias do adoecimento:
- Teoria religiosa
- Teoria miasmática 
- Teoria da unicausalidade
- Teoria da científica
- Adoecimento é um processo complexo e multifatorial
- Saúde é resultado de muitas condições
- Conceito de saúde da OMS
- Iniquidades em saúde:
- Desigualdades em saúde que são: 
+ sistemáticas;
+ relevantes;
+ evitáveis;
+ injustas;
+ desnecessárias.
- Diferença entre condições de vida e estilo de vida segundo OMS:
· Condições: determinantes sociais
· Estilo de vida: conjunto de hábitos e costumes
· Diferença entre condições de vida e estilo de vida segundo OMS:
· Condições: determinantes sociais
· Estilo de vida: conjunto de hábitos e costumes
- Porque enfatizar os DSS:
- Têm um impacto direto na saúde;
- Estruturam outros determinantes da saúde;
- São as “causas das causas”.
- Social x Biológico
# Fatores de risco em saúde mental
- Dados epidemiológicos:
- Segundo a organização mundial da saúde:
- 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e persistentes; 
- mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas; 
- 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual D
- Universidade de Harvard: 
- Universidade de Harvard indicam que, das dez doenças mais incapacitantes em todo o mundo, cinco são de origem psiquiátrica: 
- Depressão 
- transtorno afetivo bipolar 
- Alcoolismo 
- Esquizofrenia 
- Transtorno obsessivo-compulsivo
- Cerca de 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas, independentemente da idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo, sendo o mesmo observado no território brasileiro; 
- Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2006 a população brasileira era de 185.770.630 de habitantes, estimando em cerca de 21% da população brasileira (39 milhões de pessoas), o total de pessoas que necessita ou vai necessitar de atenção e atendimento em algum tipo de serviço de Saúde Mental.
Conceitos: 
- Promoção: A promoção da saúde é uma das estratégias do setor saúde para buscar a melhoria da qualidade de vida da população. O objetivo é promover uma gestão compartilhada entre usuários, trabalhadores do setor sanitário, de outros setores e movimentos sociais. 
- Prevenção: A prevenção primária inclui ações voltadas a impedir a ocorrência das doenças antes que elas se desenvolvam no organismo dos pacientes. Refere-se ao período pré-patogênico e diz respeito a ações sobre agentes patógenos e seus vetores. Subdivide-se em dois níveis: a promoção da saúde e a proteção específica.
- Práticas preventivas:
- Prevenção é definida principalmente como proteção contra riscos e ameaças: 
- Fatores de risco individuais: baixa autoestima; falta de autocontrole; pouca assertividade; comportamento antissocial precoce; comorbidades (ex: Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) e vulnerabilidade social. 
- Fatores de proteção individual: presença de habilidades sociais; flexibilidade; habilidades para resolução de problemas; facilidade de cooperação; autonomia; responsabilidade; comunicabilidade e vinculação familiar afetiva. 
- Prevenção é definida principalmente como proteção contra riscos e ameaças:
 - Fatores de risco familiares: uso de álcool e outras drogas pelos pais; isolamento social entre os membros da família; padrão familiar disfuncional; falta do elemento paterno.
 - Fatores de proteção familiares: vinculação familiar; valores familiares; compartilhamento de tarefas no lar; diálogo e contato entre os membros da família; regras e rotinas domésticas.
- Prevenção é definida principalmente como proteção contra riscos e ameaças: 
- Fatores de risco das relações interpessoais: pares que usam drogas ou aprovam e valorizam o uso; rejeição sistemática de regras práticas ou atividades organizadas de qualquer ordem (familiar, escolar, religiosa ou profissional). . 
- Fatores de proteção interpessoais: pares que não usam álcool/drogas ou não aprovam e valorizam o uso e envolvimento em atividades organizadas de qualquer ordem (familiar, escolar, religiosa ou profissional)
- Níveis de prevenção:
- A prevenção primária: é evitar o aparecimento de uma doença ou transtorno mental, reduzindo, assim a sua incidência. Diminuir o número de incidência de um determinado transtorno.
- A prevenção secundária: é definida como a identificação precoce e o pronto tratamento de uma doença ou transtorno mental, com o objetivo de reduzir a prevalência da condição, pelo encurtamento de sua duração. Tratar mais rápido.
- A prevenção terciária: a prevenção é realizada com o objetivo de se evitar a progressão da doença, evitar ou diminuir suas complicações, incapacidades, sequelas, sofrimento ou ansiedade, morte precoce, promover a adaptação do paciente às situações incuráveis e prevenir recorrências da doença, controlando-a de maneira adequada. Evitar a progressão da doença..
- Prevenção primária: 
- Programas educativos de saúde mental: treinamento dos pais acerca do desenvolvimento infantil, programas de educação sobre álcool e drogas.
- Desenvolvimento e utilização de sistemas de apoio social: ambiente saudável para o desenvolvimento infantil; melhoria ou substituição dos ambientesinstitucionais para crianças e idosos.
- Programas de orientação antecipatória para assistir a pessoa na preparação para situações estressantes esperadas. 
- Prevenção de ISTs/AIDS.
- Prevenção primária: 
- Aconselhamento genético de pais com risco de anormalidades cromossômicas. 
- Programas de pré e perinatais: melhor nutrição e abstinência de álcool e drogas na gravidez, melhores práticas obstétricas. 
- Intervenção na crise: luto, separação conjugal, traumas ou desastres em grupo. 
- O reconhecimento e tratamento precoce de depressão, dependência do álcool e esquizofrenia, são estratégias importantes, principalmente na prevenção do suicídio.
 
- Prevenção secundária: 
- A intervenção de crise e a conscientização da população são componentes da prevenção secundária. 
- Tais abordagens preventivas devem ser conduzidas no âmbito das unidades básicas de saúde e dos ambulatórios e hospitais especializados.
- Prevenção terciária: 
- Atuação de profissionais no suporte avançado (Ex: Suicídio/automutilação) 
- Pronto socorros 
- Centros especializados 
- Hospitais de referência
- As tecnologias em saúde são divididas em leves, leve-duras e duras. 
- As leves compreendem as relações interpessoais, como a produção de vínculos, autonomização e acolhimento; - ex: relação terapêutica; comunicação terapêutica; escuta ativa.
- As leve-duras dizem respeito aos saberes bem estruturados, como a clínica médica, a epidemiologia e a clínica psicanalítica; ex: fichas de avaliação, fichas de acompanhamento, conhecimentos estruturados que são aplicadas na prática clínica, tbm envolvendo a nossas mãos. 
- As duras são compostas por equipamentos tecnológicos do tipo máquina, normas e estruturas organizacionais ex: equipamentos e máquinas.
- Produção do cuidado com ênfase nas tecnologias leves possibilita a forma efetiva e criativa de manifestação da subjetividade do outro, a partir dos dispositivos relacionais de acolhimento, vínculo, autonomia e responsabilização contidos nessa organização da assistência à saúde.
- O vínculo pode ser uma ferramenta que agencia as trocas de saberes entre o técnico e o popular, o científico e o empírico, o objetivo e o subjetivo, convergindo-os para a realização de atos terapêuticos conformados a partir das sutilezas de cada coletivo e de cada indivíduo. Ele favorece outros sentidos para a integralidade da atenção à saúde.
- Acolhimento e vínculo são decisivos na relação de cuidado entre o trabalhador de saúde mental e o usuário. Nesta relação, o acolhimento e o vínculo facilitam a construção da autonomia mediante responsabilização compartilhada e pactuada entre os sujeitos envolvidos nesta terapêutica.
# Determinantes sociais da saúde:
Constituição Federal art.196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem á redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”
- Para a Comissão Nacional sobre determinantes sociais da saúde CNDSS): Os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.
- Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma definição mais curta: Segundo a qual os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham.
- Tarlov (1996) propõe, finalmente, uma definição bastante sintética: Entende-se como as características sociais dentro das quais a vida transcorre.
- Nancy Krieger (2001) introduz em elemento de intervenção: Os fatores e mecanismos através dos quais as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação.
- Condições sociais:
• em que as pessoas vivem e trabalham;
• que afetam a saúde das pessoas;
• que potencialmente podem ser alteradas.
- Embora, como já mencionado, tenha-se hoje alcançado certo consenso sobre a importância dos DSS na situação de saúde, esse consenso foi sendo construído ao longo da história. Entre os diversos paradigmas explicativos para os problemas de saúde.
- Teorias do adoecimento:
- Teoria religiosa
- Teoria miasmática – as causas eram os miasmas.
-Teoria da unicausalidade
- Teoria da científica
· Adoecimento é um processo complexo e multifatorial
· Saúde é resultado de muitas condições
· Conceito de saúde da OMS
· Iniquidades em saúde:
- Desigualdades em saúde que são: 
+ sistemáticas;
+ relevantes;
+ evitáveis;
+ injustas;
+ desnecessárias.
- Diferença entre condições de vida e estilo de vida segundo OMS:
- Condições: determinantes sociais
- Estilo de vida: conjunto de hábitos e costumes
- Porque enfatizar os DSS:
· Têm um impacto direto na saúde;
• estruturam outros determinantes da saúde;
• são as “causas das causas”.
· Social x Biológico
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S.M: 23/09 – 3ª aula: Avaliação do estado mental
- Relacionamento terapêutico:
- A expressão “relacionamento terapêutico” nasceu no âmbito da Saúde Mental; 
- Cuja assistência valoriza a relação de ajuda, os atendimentos grupais e o relacionamento interpessoal; 
- Sendo utilizada de maneira compreensiva e individualizada na busca de evidenciar as potencialidades e recuperar a autonomia do indivíduo em sofrimento psíquico;
- Helena Willis Render, em 1947, afirmou que o relacionamento entre enfermeiro e cliente tem potencial terapêutico.
- Essa ideia ganhou notoriedade em 1952, quando a enfermeira, médica e educadora, Hildegard Peplau, criou a Teoria das Relações Interpessoais, que instrumentalizou a prática da enfermagem psiquiátrica nos Estados Unidos e reconheceu o potencial terapêutico do relacionamento de pessoa para pessoa.
- Ao longo do tempo, esse conceito foi se ampliando na medida em que, independente da área de atuação, no seu cotidiano de trabalho, o enfermeiro lida com a dor e o sofrimento do ser humano; 
- Assim, passou-se a compreender que o cuidado de enfermagem prestado inclui garantir, tanto ao indivíduo quanto à sua família, não apenas boas condições de saúde física, mas também de saúde mental;
- Relacionamento, por definição, é um ato que envolve ligação emocional, pessoal ou profissional entre aqueles que se unem com os mesmos objetivos e interesses. 
- Complementando o conceito, o termo terapêutico refere-se à parte da medicina que trata doenças e aplica medicamentos com finalidades curativas, ou seja, com o objetivo de restaurar ou fazer a manutenção da saúde.
- Comunicação terapêutica: 
- A comunicação é um instrumento básico para o relacionamento terapêutico e o cuidado de enfermagem, uma vez que o compartilhamento de mensagens entre enfermeiro e cliente contribui para a promoção e a recuperação da saúde e para o bem-estar do cliente.
- O processo de enfermagem se operacionaliza em etapas (ou fases, ou componentes):
- Entrevista / anamnese:
- O objetivo da entrevista é estabelecer contato, criar um relacionamento baseado na confiança e levantar dados relevantes a cerca do estado do paciente para guiar a assistência do enfermeiro; 
- A entrevista precisa ser compreensiva. O enfermeiro tem que ter a capacidade de ouvir, entender, explorar os dados que o paciente traz, demonstrar interesse, conhecimento, e estabelecer uma comunicação efetiva com o paciente; 
- Essa é a primeira e a melhor oportunidade para o paciente dizer como percebe o seu estado de saúde;
- Quando menos o profissional estiver na defensiva melhor será a comunicação efetiva; 
- O entrevistador não pode impor seus valores pessoais durante a entrevista e nem usar de autoridade extrema; 
- Procure falar somente o necessário, evite interromper as respostas do paciente e dê sempre respostas claras;
- Anamnese psiquiátrica:
- Anamnese:
- Identificação 
• Queixa principal ou motivo da internação
• Histórico da doença atual 
• História patológica pregressa 
• História pessoal 
• Histórico familiar 
• História psiquiátrica prévia 
• Hábitos de vida 
• História psicossocial
• Medicamentos em uso
- Exame físico:
•Apresentação (aspecto geral / psicomotricidade) 
• Linguagem e pensamento 
• Senso - percepção 
• Afetividade de humor 
• Atenção e concentração 
• Memória 
• Orientação 
• Consciência 
• Capacidade intelectual 
• Juízo crítico da realidade (autopatognose).

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