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Direito Civil - 2 peça

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AO JUÍZO DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU/SE 
			MARIANA PEREIRA, brasileira, estado civil..., enfermeira , inscrito na cédula de identidade RG nº... e CPF sob o nº..., residente e domiciliado em Aracaju, por seu advogado devidamente constituído consoante procuração anexa, que recebe intimação em seu escritório sediado no endereço completo, vem à presença de Vossa Excelência com EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL, com fundamento nos arts. 914 e seguintes do Código de Processo Civil, opor os presentes EMBARGOS À EXECUÇÃO movida pela empresa RR FINANCEIRA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito com CNPJ ..., com endereço na Rua..., nº..., Bairro ..., Aracaju – SE, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
I. DOS FATOS
			A embargante celebrou contrato de empréstimo com a EMPRESA RR FINANCEIRA, através do qual obteve um contrato de financiamento de veículo por meio do qual ela se comprometia a pagar 25 parcelas de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) em troca de um financiamento para aquisição de um veículo de passeio.
			Ocorre que, em 30 de março de 2020, depois de pagar 12 (doze) parcelas de seu empréstimo, a ora Requerente, por pertencer ao grupo de risco para a COVID 19, foi afastada do trabalho, sem remuneração, já que prestava serviço para uma cooperativa de profissionais de saúde que atuava em parceria com o município de Aracaju, e por decisão unânime da mesa diretora da instituição, todos os profissionais do “grupo de risco” deveriam ser afastado até que houvesse uma situação de segurança para o retorno dos funcionários, o que impossibilitou a ora Requerente de continuar pagando as prestações do referido empréstimo.
			Em 5 de maio de 2020, após sucessivas notificações de atraso, que gerou o consequente vencimento antecipado da dívida, a ora Requerida ajuizou, uma execução contra ora Requerente, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), valor este que era composto pelo vencimento antecipado da dívida e das multas pelo inadimplemento das obrigações. 
			Além disso, a exequente indicava a penhora dos móveis do apartamento em que a ora Requerente reside, na capital sergipana, mesmo que não houvesse, entre estes móveis, obras de arte, adornos suntuosos, bens de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida, e que correspondem aos únicos bens que a devedora possui, uma vez que o automóvel adquirido com o financiamento objeto da execução, possui um valor de mercado menor que o valor total da dívida.
			O juízo deferiu a citação da embargante, promovendo análise futura da penhora e constrição de bens. Sendo citada a embargante, o mandado cumprido fora juntado aos autos em 22 de maio de 2021.
II. DA TEMPESTIVIDADE
			O mandado de citação cumprido da embargante fora juntado em 22 de maio de 2021 aos autos do processo, data em que se inicia a contagem de prazo. Considerando que na contagem dos prazos se exclui o dia do começo e consideram-se dias úteis, nos termos dos arts. 219 e 224 do CPC, verifica-se que o prazo se encerraria em 14 de junho de 2021, correspondendo aos 15 dias previstos no art. 915 do CPC. Dessa forma, a presente peça processual é tempestiva.
III. PRELIMINAR
A – DA INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO
			Conforme abordado nos autos, o contrato de empréstimo entre as partes é regido pelo Código de Defesa do Consumidor, uma vez que figuram consumidor e fornecedor na relação jurídica, nos termos dos arts. 2º e 3º do aludido diploma.
			Nessa toada, há incompetência do juízo de execução em face da abusividade da clausula do foro de eleição inserida em contrato de adesão, haja vista implicar limitação do direito consumerista dificultando atuação no processo e desvantagem excessiva, nos termos do inciso V do art. 917 do CPC c/c com art. 52 do CDC.
IV. DOS DIREITOS
A) DO EXCESSO DE EXECUÇÃO
			As demais parcelas do contrato de empréstimo não foram pagas pela embargante em razão de dificuldades financeiras, recebendo uma notificação do embargado sobre o vencimento antecipado, considerando os encargos remuneratórios, moratórios e demais tarifas, gerando o montante de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
			O valor supracitado é excessivamente abusivo perante a embargante, configurando excesso de execução, nos termos do inciso I do § 2º do art. 917 do CPC, tendo em vista que houve cobranças indevidas de tarifas não previstas contratualmente, bem como parâmetros inadequados de atualizações tarifárias, caracterizando cláusulas desproporcionais, onerosas e nulas de pleno direito, incompatíveis com os princípios da boa-fé objetiva nos contratos, a luz dos arts. 6, IV e V e 51, IV, do CDC.
			Após uma consulta com especialista, o valor que se presuma correto a ser pago pela embargante corresponde a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), já inclusos os encargos contratuais e multas por inadimplemento, conforme tabela anexa ao próprio contrato por ela assinado, nos termos do inciso III, § 3º, do art. 917 do CPC.
B) DA IMPENHORABILIDADE DO IMÓVEL
			A embargada indicou como bem penhorável o único imóvel da embargante, ao qual reside. De tal forma, o bem imóvel é impenhorável, configurado como bem de família, sendo imóvel residencial, não podendo ser objeto de constrição, nos termos inciso II do art. 917 do CPC c/c 833 do CPC
C) DO SEGURO DE GARANTIA E EFEITO SUSPENSIVO
			A embargante relata que pretende contratar seguro garantia, nos termos dos arts. 919, 845 e 848 do CPC. Dessa forma, a penhora poderá ser substituída por fiança bancária ou seguro garantia judicial, em valor não inferior ao débito constante da exordial, acrescido de 30%, ao montante de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), nos termos do art. 848 do CPC.
			Ademais, resta demonstrado o perigo de dano e perigo na demora para atribuição do efeito suspensivo ao presente embargos à execução, nos termos do art. 919 do CPC, no que tange a penhora, bem como a negativação.
V. DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
			a) A CONCESSÃO dos benefícios da justiça gratuita, uma vez que a embargante não possui meios para arcar com as custas do processo, juntando-se declaração de hipossuficiência, nos termos dos arts. 98 e seguintes do CPC c/c com o art. 5º, LXXIV, da CF;
			b) A INTIMAÇÃO do embargado, na pessoa do seu advogado para que, querendo, apresente impugnação no prazo legal, nos termos do inciso I do art. 920 do CPC;
			c) A CONCESSÃO do efeito suspensivo ao presente embargos à execução, nos termos do § 1º do art. 919 do CPC;
			d) O RECONHECIMENTO da incompetência do juízo e imediata remessa dos autos ao juízo de Porto Alegre, nos termos do inciso V do art. 917 do CPC e 54 do CDC;
			e) A IMPENHORABILIDADE do bem imóvel considerada como bem de família, nos termos do inciso II do art. 917 e 833 do CPC c/c art. 1º da Lei 8009/90;
			f) O RECONHECIMENTO do excesso à execução dos cálculos apresentados pelo embargado e prosseguimento do processo ao valor atualizado de R$ 30.000,00, conforme planilha de cálculos acostada;
			g) Em eventual não acolhimento, a concessão de seguro garantia ao montante de 30% de R$ 30.000,00;
		h) A CONDENAÇÃO do embargado ao pagamento de custas e honorários advocatícios, conforme o artigo 85 do CPC/2015.
Dá-se o valor da causa em R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
							Aracaju, 14 de junho de 2021.
Advogado
OAB/SE 00.000

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