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Estesiologia Estudo dos órgãos dos sentidos OLHOS (Globos oculares): • Captam a luz do ambiente e transformam em impulso elétrico para o encéfalo. • Formado por: o Bulbo do olho: túnicas fibrosa, vasculosa e interna do bulbo (esclera, córnea, corioide, corpo ciliar, íris, retina); o Anexos: músculos oculares, pálpebras, aparelho lacrimal; o Nervo óptico; o Área visual do córtex cerebral • Nervos: o III – Oculomotor o IV – Troclear (mm. Oblíquo dorsal) o V – Trigêmeo (ramo oftálmico) o VI – Abducente O vértice da córnea é denominado polo anterior do olho e está voltado para o lado oposto do polo posterior O contorno do bulbo do olho não é arredondado de maneira uniforme: sua parte posterior exibe uma curvatura maior do que a parte anterior, onde a córnea se pronuncia para a frente. A divisão dos dois segmentos é delimitada por um sulco visível, o sulco da esclera • → Formatos e posicionamento variam conforme a espécie meio ambiente, métodos de alimentação, hábitos e adaptação funcional. • →O eixo óptico forma um ângulo de 20º com o plano mediano no gato, de 30º a 50º no cão, de 10º a 40º no bovino e de 90º no equino. • → De modo geral, as espécies predadoras possuem olhos juntos e voltados para a frente, enquanto os olhos de espécies caçadas (presas) se posicionam mais lateralmente. • → Quanto mais baixo o grau de divergência, maior o campo de visão binocular. A parede do bulbo do olho é formada por três camadas concêntricas que envolvem o interior, envolvendo assim também suas outras estruturas: • Túnica fibrosa do bulbo: esclera, limbo e córnea; • Túnica vascular do bulbo: corióide, corpo ciliar e íris; • Túnica interna do bulbo: parte cega e óptica da retina. Túnica fibrosa: Tecido colágeno denso dando forma ao olho e dividido em esclera e córnea Esclera “Branco do olho”. Densa camada de fibras colágenas, elásticas e resiste a pressão do olho. Local de fixação dos músculos ciliar, o seio venoso escleral por onde drena o humor aquoso que auxilia no controle da pressão. Limbo: região de transição entre esclera e córnea. Seio venoso escleral: drenagem humor aquoso - Glaucoma Córnea - Avascular - Parte transparente do olho, anterior da túnica fibrosa. - Dividida em cinco camadas: • Epitélio anterior: células escamosas constantemente irrigadas • Lâmina limitante anterior ou membrana de Bowman • Substancia própria: fibras colágenas com fibras nervosas sensitivas autônomas. Nutrição por difusão de capilares da junção córneo-escleral • Lâmina limitante posterior ou membrana de Descemet • Epitélio posterior ou epitélio da câmara anterior: células escamosas com constante difusão de água Túnica vasculosa do bulbo Localizada entre esclera e retina • Composta de tecido conectivo com células pigmentadas, fibras elásticas, plexo nervoso e uma grande rede de vasos sanguíneos; • Essa camada possui funções de vascularização, suporte e regulação da lente, regulação do tamanho da pupila e produção do humor aquoso; • Dividida em uvea (corióide), corpo ciliar e íris. Uvea - Também chamada de corioide, altamente pigmentada. - Responsável pela vascularização. Tapetum lucidum: área da coróide presente em todos os mamíferos domésticos, com exceção do suíno. Animais de hábitos noturnos. - As células do tapete contêm bastões cristalinos, auxiliando essa visualização A retina sob o tapete normalmente não possui pigmentos; As células do tapete contêm bastões cristalinos (zinco e cisteína) que são altamente refletores, resultando na multiplicação do estímulo luminoso para as células fotossensíveis da retina. Portanto, o tapete lúcido auxilia a visão durante o amanhecer e à noite. • Possui uma cor distinta em cada espécie e em diferentes raças • Amarela no gato; • Verde no cão; • verde-azulada no bovino e no equino • Responsável pela aparência iridescente do olho do animal Corpo ciliar • Anéis elevados onde surgem os processos ciliares em direção a lente no centro; • Emitem fibras zonulares para fixar a lente ao corpo ciliar; • Localizado entre corióide e íris; • O epitélio ciliar produz o humor aquoso. • Lente ou cristalino: lente biconvexa, presa ao corpo ciliar. Foca os raios luminosos a uma distância específica; • Músculo ciliar: musculo liso que permite que a lente altere seu formato. A lente se mantém em posição devido à zônula ciliar: delicado aparelho de sustentação, composto de uma disposição de fibras zonulares extremamente ordenadas. • O músculo ciliar é um músculo liso que permite que a lente altere seu formato para fazer o foco em objetos próximos ou distantes (acomodação). • Comparativamente delgado no equino, porém mais forte nos carnívoros, ele recebe inervação parassimpática do gânglio ciliar e inervação simpática. • A inervação parassimpática faz com que o músculo ciliar se contraia e, desse modo, a lente se torna mais redonda e se foca em objetos próximos. • Os impulsos simpáticos fazem com que o músculo ciliar relaxe, achatando a lente e permitindo o foco em objetos distantes. Íris • Continuação do corpo ciliar (entre a córnea e a lente) – delimita a pupila (controlando a entrada de luz); • A região de estroma é composta por fibras colágenas dessa se adaptam a dilatação (midríase) e constrição (miose); • O estroma contém músculos lisos, o esfíncter e o dilatador da pupila; regulam a entrada de luz na retina • Pigmento do olho: melanina (protege a retina de luminosidade intensa) • Humor aquoso: localizado na câmara anterior; • Humor vítreo: câmara postrema, ocupada pelo corpo vítreo que é composto pelo humor. Túnica nervosa: Retina • Ligada ao nervo óptico, recobre toda a coróide; • Captar os estímulos luminosos e transformar impulsos nervosos; • Dividida em duas partes: o Parte cega: câmara anterior, altamente pigmentada. o Parte óptica da retina: câmara posterior do olho, sem pigmento. • Ora serrata: junção entre as partes ópticas e ciliar. • Nervo óptico: conduz os estímulos ao encéfalo. Células fotossensíveis • Bastonetes (receptores sensíveis a preto e branco de noite • Cones (receptores especialização em cores) • Neurônios da retina: 3 estratos de neurônio que fazem a transformação da imagem em impulso nervoso. • Nutrição por difusão dos capilares da coróide O interior do bulbo do olho se divide em três câmaras: • Câmara anterior entre a córnea e a íris; • Câmara posterior entre a íris, o corpo ciliar e a lente; • Câmara vítrea por trás da lente, cercada pela retina. No adulto, a lente é avascular e os nutrientes são obtidos pela difusão dos humores aquoso e vítreo As câmaras anterior e posterior são preenchidas com humor aquoso → produzido na câmara posterior por um processo de secreção ativo do epitélio do corpo ciliar; → líquido claro e incolor que contém eletrólitos, glicose, aminoácidos e ácido ascórbico, importante para a nutrição das estruturas não vascularizadas do olho (córnea e lente). → segue para a câmara anterior (através da pupila) e do ângulo iridocorneal para o plexo venoso escleral. → seu índice de produção equilibra o índice de drenagem e mantém a pressão intraocular constante. → prejuízo no fluxo resulta em aumento da pressão intraocular (glaucoma), levando a atrofia retiniana e cegueira. A câmara postrema (vítrea) é a maior dentre as três; → delimitada anteriormente pela lente e pelo corpo ciliar, e o postrema é demarcado pela retina → ocupada pelo corpo vítreo, uma substância gelatinosa suave e clara, que se adapta ao formato de seu ambiente. → composto de solução de mucopolissacarídeos ricos em ácido hialurônico (99% de água, 1% de sólidos). → manter o formato do globo ocular. Anexos oculares Pálpebras: → Inferior, superior e 3º pálpebra (membrana nictitante). → Função de proteção, a 3º pálpebra aparece durante o processo de retração do olho, através do músculoretrator do bulbo. Músculos oculares: responsáveis pela movimentação do globo ocular. • Quatro músculos retos: dorsal, ventral, lateral e medial. • Dois músculos oblíquos: dorsal e ventral. • Um músculo retrator do bulbo: nervo óptico. Carúncula lacrimal → proeminência mucosa presente no ângulo medial do olho • Pequenos pelos finos se projetam da carúncula e, no cão, uma glândula lacrimal do tamanho de uma ervilha se posiciona abaixo dela. • O ponto lacrimal, por onde flui a lâmina lacrimal, se abre nas margens da pálpebra próximo ao ângulo medial do olho Aparelho lacrimal - Glândulas lacrimais presentes no olho. - Produzem as lágrimas e a levam para o sistema de drenagem. - Glândula lacrimal drenagem pontos lacrimais (extremidade medial da pálpebra, próximo à carúncula) → canalículos → saco lacrimal → ducto nasolacrimal. - Glândula da terceira pálpebra - Glândulas tarsais (Meibomius) são glândulas sebáceas especialmente modificadas presentes nas duas pálpebras e produzem a camada oleosa superficial da lâmina lacrimal Orelhas: Introdução Órgão vestibulococlear: audição e equilíbrio - Cóclea: captação dos estímulos sonoros mecânicos e transformação em sinais elétricos; - Vestíbulo: neurorreceptores permitem a percepção do animal de posição e movimento em relação a gravidade. Os receptores dos dois órgãos fazem parte da orelha interna, a qual se situa no osso temporal petroso Ambos são conectados anatomicamente e funcionalmente pelo nervo vestibulococlear. Dividida em três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna Orelha externa Subdivide-se em: • Orelha com cartilagem auricular • Meato acústico externo; • Membrana timpânica Subdivide-se em • Orelha • meato acústico externo • membrana timpânica ou tímpano Orelha (pavilhão auricular, aurícula ou pina) • Apresenta grande variedade entre as espécies • Apresenta formato de funil e serve para captação do som • A mobilidade ocorre devido aos músculos auriculares • Os pelos do trago da região protegem a entrada do meato. Meato acústico externo • Dividido em uma parte cartilaginosa e outra parte óssea. • Vai da parte estreitada até o tímpano; • Existe um anel separando pavilhão auricular e meato acústico externo; • Epitélio escamoso estratificado com glândulas sebáceas e ceruminosas. Membrana timpânica ou tímpano • Separa orelha média do meato acústico externo; • Transmite as ondas sonoras para os ossículos da orelha média; • Anel timpânico; • A membrana timpânica tem três camadas o Epiderme escamosa estratificada externa; o Camada de tecido conectivo fibroso central o Mucosa interna (stratum mucosum) Orelha média Subdivide-se em: • Cavidade timpânica • Ossículos da audição • Tuba auditiva Cavidade timpânica - Ocupa o interior do osso petroso temporal; - Dividida em dorsal, média e caudal - Bula timpânica: expansão bulbosa aumentada do osso temporal que se subdivide em várias áreas celulares em algumas espécies; - Forma o assoalho e uma grande parte das paredes laterais da cavidade timpânica; - A parede lateral da cavidade timpânica incorpora a membrana timpânica; a parede medial contém duas janelas: • Janela do vestíbulo: vai do estribo e conecta a cavidade timpânica da orelha interna; • Janela da cóclea: conduz a cavidade da cóclea. (região é altamente inervada e vascularizada) Ossículos da audição Martelo – conectado à parte petrosa do osso temporal, à membrana timpânica e à bigorna Bigorna - suspensa entre martelo e estribo Estribo – conectado ao anel fibrocartilaginosos que circunda a janela vestibular • Unidos por sindesmoses • Presos na cavidade timpânica por ligamentos e pregas mucosas; • Responsáveis por transmitir as vibrações da membrana timpânica, mas também amplificar; • Dois músculos auxiliam essa amplificação: m. tensor do tímpano e m. estapédio Tuba auditiva: • Conecta a cavidade timpânica na cavidade nasal; • Equalizam a pressão atmosférica nos dois lados da membrana timpânica; • Abrem-se temporariamente durante o bocejo ou deglutição; • Além de eliminar pequena secreção produzida pelas glândulas de revestimento; • Nos equinos se encontra o divertículo da tuba auditiva na região de faringe (bolsa gutural); • Em contato com importantes vasos e nervos • Divertículo da tuba auditiva - Função provável de reduzir o peso da cabeça Orelha interna: Órgão com uma série de câmaras e ductos membranosos chamado labirinto membranáceo - Preenchidos com líquido chamado endolinfa; O labirinto membranáceo se divide em: • Labirinto vestibular (equilíbrio) • Labirinto coclear (audição) • Os dois são unidos pelo ducto de união.; • Envolta do labirinto membranáceo temos o labirinto ósseo Labirinto ósseo: - Envolve o labirinto membranáceo - Subdividido em: Vestíbulo: é a câmara central (entre canais semicirculares e cóclea) • Sua parede lateral possui 2 janelas: o Janela do vestíbulo o Janela da cóclea Canais semicirculares: acomodam o canal circular vestibular Cóclea: forma de espiral ao redor do modíolo (osso oco) que contém o nervo coclear. Entre os labirintos ósseo e membranoso estão os espaços perilinfáticos, que se conectam ao espaço subaracnóideo das meninges por meio dos aquedutos vestibular e coclear. Modíolo: pirâmide óssea ôca dentro da cóclea, Entre os labirintos correm perilinfa. O LABIRINTO MEMBRANÁCEO se divide em: • Labirinto vestibular (equilíbrio) • Labirinto coclear (audição) Labirinto vestibular - Envolve 3 estruturas que recebem e conduzem os impulsos de equilíbrio, através do nervo vestibular Sáculo e utrículo • São expansões do vestíbulo ósseo. • Do utrículo são três canais semicirculares referentes ao equilíbrio. • Do sáculo emerge o ducto coclear espiral, o qual se refere à audição • Apresentam máculas (camada gelatinosa que se direciona ao solo e guia suas células e cílios por ação gravitacional (orienta posição da cabeça) Canais semicirculares: • Localizados no labirinto ósseo, os pilares apresentam uma dilatação chamada ampola Labirinto coclear • Órgão em espiral, onde no interior se localiza o ducto coclear. • São três ductos membranosos, localizados ao redor do modíolo. • Dividido em rampa do vestíbulo e rampa da cóclea. Ducto coclear • Envolta do modíolo, entre as duas rampas. • Sua parede lateral é formada pelo ligamento espiral, o qual adere firmemente ao periósteo. Ele é intensamente vascularizado e responde pela produção e secreção de endolinfa; • Possuem três membranas que formam as paredes dos ductos cocleares (timpânica, vestibular e lateral
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