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1 FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO MELHORIAS NOS PROCESSOS DE PAGAMENTOS AOS FORNECEDORES DA STEPAN QUÍMICA LTDA Jéssica Magalhães dos Santos Pedro Leopoldo Dezembro/2013 2 Jéssica Magalhães dos Santos MELHORIAS NOS PROCESSOS DE PAGAMENTOS AOS FORNECEDORES DA STEPAN QUÍMICA LTDA Relatório de estágio apresentado ao curso de Administração da Fundação Pedro Leopoldo como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof: Wilken Geraldo Moreira Pedro Leopoldo Dezembro/2013 3 SUMÁRIO Página 1. Introdução ______________________________________________________ 05 2. Diagnóstico Empresarial ___________________________________________ 06 2.1 Introdução_____________________________________________________ 06 2.2 Apresentação da empresa________________________________________ 06 2.2.1 Dados Gerais_________________________________________________ 06 2.2.2 Histórico da empresa___________________________________________ 06 2.2.3 Estratégias de crescimento______________________________________ 11 2.2.4 Produtos que fabrica____________________________________________ 11 2.2.5 Excelência operacional__________________________________________ 13 2.2.6 Países em que atua_____________________________________________13 2.2.7 Visão, missão e valores__________________________________________14 2.3 Estrutura organizacional___________________________________________ 16 2.4 Principais pontos fortes e fracos da organização________________________ 17 2.5 Análise da situação atual__________________________________________ 18 2.5.1 Departamento financeiro_________________________________________ 18 2.5.2 Setor: Contas a pagar e receber___________________________________ 21 2.5.3 Setor: Fiscal___________________________________________________24 2.5.4 Setor: Faturamento_____________________________________________ 24 2.5.5 Setor: Contabilidade_____________________________________________25 2.5.6 Setor: Compras________________________________________________ 26 2.6 Conclusão______________________________________________________26 3 Estudo Temático__________________________________________________ 27 3.1 Definição de fornecedores_________________________________________ 27 3.2 A importância dos fornecedores_____________________________________ 28 3.3 Desenvolvimento de fornecedores___________________________________29 3.4 Relacionamento fornecedor cliente___________________________________29 3.5 Modelos de relacionamento________________________________________ 32 3.6 A importância do relacionamento cliente-fornecedor para a cadeia de suprimentos_______________________________________________________34 4 3.7 Relacionamento entre comprador e fornecedor_________________________36 3.8 Ambiente de competitividade_______________________________________39 3.9 Avaliação de desempenho do fornecedor e competitividade_______________41 3.10 Ética na relação entre cliente e fornecedor____________________________43 3.11 Construindo relacionamento durável_________________________________44 3.12 O futuro dos relacionamentos entre clientes e fornecedores______________ 44 3.13 Critérios para a escolha dos fornecedores____________________________45 3.14 A importância do processo de seleção de fornecedores_________________ 47 3.15 Tipos de fontes de fornecedores___________________________________ 51 3.16 Avaliação de desempenho dos fornecedores_________________________ 52 3.17 Critérios de avaliação de desempenho de fornecedores_________________53 3.18 Confiabilidade dos fornecedores___________________________________ 56 3.19 Fontes de fornecedores__________________________________________ 58 3.20 Conclusão____________________________________________________ 58 4 Considerações finais______________________________________________ 59 4.1 Conclusão_____________________________________________________ 59 4.2 Recomendações / Sugestões______________________________________ 60 5 Referências Bibliográficas__________________________________________ 61 5 1. Introdução O trabalho de conclusão de curso intitulado melhorias nos processos de pagamentos aos fornecedores, foi realizado na empresa Stepan Química Ltda, situada no distrito industrial em Vespasiano – Minas Gerais. Atuando no mercado há mais de 70 anos, é uma grande fabricante mundial de especialidades químicas e intermediárias utilizadas em uma ampla gama de indústrias. Durante os últimos anos , muito se tem falado sobre o assunto de relacionamento entre empresas e fornecedores. O foco no estreitamento dos laços de parceria entre fornecedor e cliente tem sido uma das maiores preocupações das organizações e esta parceria vem ganhando cada vez mais importância, pois as empresas para se manterem no mercado precisam de obter diferenciais competitivos e a qualidade de seus produtos ou serviços ofertados contribuirão para a conquista desta diferenciação. A finalidade deste trabalho é mostrar a importância de se obter um bom relacionamento com os fornecedores, atualmente podemos observar que ocorrem falhas internas no setor financeiro ocasionando atrasos nos pagamentos e esta falha causa uma má impressão de nossa empresa fazendo com que a mesma não seja bem vista no mercado fornecedor em questões de atrasos de pagamentos e causando impactos internos prejudiciais a saúde financeira como juros altos. O tema abordado tem o propósito de buscar embasamento teórico necessário para auxiliar nas possíveis melhorias que envolvem os processos relacionados aos fornecedores com o intuito de manter um relacionamento de parceria e duradouro na busca de resultados satisfatórios para a organização e que favoreçam também os fornecedores numa relação de confiabilidade e cooperação. 6 2. Diagnóstico Empresarial 2.1. Introdução Este diagnóstico foi realizado na empresa Stepan Química Ltda., localizada no Distrito Industrial em Vespasiano, tendo por finalidade conhecer e levantar dados e informações a respeito da atual realidade da empresa, evolução histórica, sua estrutura organizacional, evidenciando suas forças e fraquezas. 2.2. Apresentação da Empresa 2.2.1. Dados Gerais Nome da empresa: Stepan Química Ltda. CNPJ: 01.898.598/0002-21 Sede: Vespasiano – Minas Gerais Data da fundação: Março/1932 Website: www.stepanquimica.com.br Forma jurídica: Stepan Química LTDA Área de atuação: Segmento de indústria química. Porte da empresa: Grande Porte Colaboradores: Vespasiano – MG (60 colaboradores) e (05 estagiários). 7 2.2.3. Histórico da Empresa Desde a sua criação em 1932, a Stepan Química tem crescido constantemente com uma excelente trajetória que se iniciou com uma empresa pequena fornecedora de produtos químicos, se tornando atualmente uma das líderes mundiais em fabricação química no Brasil. A Stepan Química é uma grande fabricante mundial de especialidades químicas e intermediárias utilizadas em uma ampla gama de indústrias. Embora a empresa seja classificada como outras empresas de especialidades químicas, é a única no setor e não tem um concorrente ou concorrentes para combinar precisamente seus negócios porque seus produtos têm um foco específico. Evolução Histórica A história do grupo Stepan abrange oito décadas e inclui várias aquisições e desenvolvimento de 17 instalações em 12 países - todos sob a orientação da Stepan família, podemos demonstrar esta evolução através da linha do tempo abaixo: 1932: Fundação da empresa por 2 distribuidores químicos: Alfred C. Stepan Jr. 1935: Estabelece o primeiro processo de sulfonação de óleos. 1937: Principal produto fabricado em grande escala: óleo geral. 1937: A empresas transfere-se para um prédio de dois andares em Goose Island, em Chicago. 1940: Lançamento da Chemical Company . 1951: A Stepan adquire o seu novo espaço para escritórios, fabricação e pesquisa 8 em Kedzie Avenue. 1954: Modesto início das operações no novo 380-acre Millsdale (Joliet), Illinois. 1959: A empresa compra Maywood, Fábrica de ProdutosQuímicos em Maywood, Nova Jersey. 1960: Aquisição de nova sede em Northfield, Illinois. 1961: Ações são negociadas publicamente na Bolsa de Valores Americana sob o símbolo de "SCL." 1964: Sulfonação de produção em novas instalações da fabrica de Fieldsboro Bzura, New Jersey. 1965: A Stepan Química compra comodidades em Anaheim, na Califórnia. 1970: Empresa desenvolve os surfactantes biodegradáveis. 1976: Adquire primeira empresa europeia, "Industries Chimiques de Voreppe Voreppe (Grenoble,), França. 1982: Aquisição de nova empresa a partir de ésteres Kessco Armak. 1984: Stepan Chemical Company torna Stepan Company. 1985: Stepan Company compra negócios e instalações de fabricação de vidros, Westvaco na Geórgia. 1985: Compras de negócios de uretano Reichhold. 1986: Compra de negócios para agentes de superfície aniónicos e catiónicos de Millmaster Onyx. 9 1987: Compra de PVO ; Incorporações em instalações de Maywood, Nova Jersey. 1988: Aquisição da Petrolite tensoactivos em Matamoros, no México. 1989: Compra de empresas químicas no Canadá Packers em Toronto e Domtar em Longford Mills, Ontario, Canadá – ambas empresas surfactantes. O crescimento na década de 1980 e década de 1990 foi bastante significativo, proporcionando a empresa a adquirir novos negócios em vários estados. 1991: Compras ACCOSOFT®, linha de produtos químicos de Karlshamns USA. 1993: Formulários joint venture - Stepan Colombiana, Cali, Colômbia. 1995: Formulários joint venture - Stepan Philippines Inc., Bauan, Batangas, Filipinas. 1996: Adquire planta Colónia, Alemanha. 1996: Stepan Química começa a negociação em Bolsa de Valores de Nova York. 1997: Aquisição de filial - Stepan Quimica Ltda., São Paulo, Brasil. 1997 - Adquire a Lonza Costa Oeste surfactante. 1998: Adquire Boehme-Filatex Du Pont e empresas químicas. Expansão Global hoje: A Stepan Química é o maior fabricante comerciante dos agentes de superfície aniónicos, com mais de 1.800 funcionários em todas as suas unidades e 16 unidades de produção no mundo. 10 1998: A Stepan Química adquire a Stepan Colombiana. 2001: Compra de fábrica de Produtos Químicos em São Paulo (Manchester). 2001: Compras Akcros Chemicals Ltd. surfactantes. 2002: Aquisição de empresas de produtos químicos Degussa quaternário, e Pentágono Especialidades Químicas (anteriormente detida pela Dow Haltermann). 2004: Formulários joint venture - Nanjing Stepan Jinling Chemical Co. Ltda Netherlands, da República Popular da China. 2004: Compra de fábrica de sulfonação em Vespasiano, no Brasil, da Unilever. 2007: Aquisição de uma especialidade agrícola em linhas de produtos tensioactivos de HallStar Company. 2007: Stepan Química comemora seu 75º aniversário. Europa 2008: A Stepan química compra duas linhas de produtos: Lnha de produtos para a esterquat amaciante mercado e um fosfato éster linha de produtos da CECA, uma subsidiária da Arkema, com sede em Paris, França. 2008: Stepan Company adquire participação adicional em Nanjing Stepan Jinling Chemical Company Ltd. em Nanjing, na China. 2008: Constitui uma joint venture com a Nalco Holding sob o TIORCO, para a recuperação de petróleo. 2010: Assume o fabricação de ativos de Peter Cremer GmbH, 100.000 toneladas por ano éster metílico. Planta localizada em Cingapura Jurong Island. 2010: Stepan Química compra Alfa Sistemas' novo poliéster polióis vegetais, localizado em Brzeg Dolny, apenas fora de Wroclaw, Polónia. 11 2010: Adquire propriedade adicional de Stepan Filipinas. 2011: Produção de produtos especiais LLC, aquisição de Clarinol®, Marinol® e PinnoThin® produtos químicos especiais linhas de Nutrição lipídica B. V. , uma parte de Loders Croklaan B. V. 2013: A Stepan Química compra a Bayer Material Science, empresa norte-americana e a Columbus. 2.2.4 Estratégia de Crescimento A empresa está no mercado há 74 anos e pretende crescer através de uma estratégia de quatro partes: Pesquisa e estudo através do desenvolvimento de um fluxo contínuo de aplicações de produtos superiores, de valor agregado, melhoria dos processos existentes e desenvolvimento de novos processos para produtos conhecidos. Aquisição de surfactantes, polióis, e os sistemas de uretano. Acompanhamento da globalização, estabelecendo fábricas, escritórios de vendas e laboratórios de desenvolvimento de produtos para atender seus clientes em sua expansão global. Criação de alianças estratégicas, aproveitando suas principais tecnologias nos mercados mundiais com joint ventures em que acrescenta o know-how, tecnologia, capital e clientes para complementar os recursos dos parceiros locais com fontes de matérias-primas vegetais,sites regionais, know-how e conexões. 2.2.5 Produtos que fabrica: A Stepan produz surfactantes, que são o ingrediente chave em produtos de limpeza industriais e de consumo. 12 Nossa capacidade de produção global química inclui: Sulfonação, neutralização e misturas Esterificação Amidaçào Quaternização Alcoxilao Oxidação A empresa também produz compostos quaternários germicidas. Estes produtos de limpeza são utilizados em produtos de consumo e industriais que mata os germes, fungos e mofo. A Stepan química oferece uma vasta gama de produtos químicos de surfactante, incluindo uma linha completa de aniónicos , catiónicos , não iónicos e anfotéricos, surfactantes, bem como misturas de surfactantes e ésteres especiaise também surfactantes personalizados e misturas formuladas para atender às demandas específicas dos clientes. Gráfico dos produtos mais lucrativos / 2013: 13 2.2.6 Excelência Operacional O Programa de Excelência Operacional da Stepan garante que todas as nossas instalações de fabricação ISO 9001:2008 sejam capazes de realizar operações seguras, de alta qualidade, mecanicamente confiável, orientada a serviços, estável e rentável. O foco da empresa é baseado em plataforma e inclui o estabelecimento de governança global, com uma estrutura comum, métricas comuns e relatórios comuns para todas as plantas. Excelência Operacional é uma filosofia de liderança, trabalho em equipe e solução de problemas. Ao concentrar-se nas necessidades do cliente, capacitação de funcionários e otimização das atividades existentes no processo, o grupo oferece um forte senso de trabalho em equipe e maior segurança global e de qualidade em todas as nossas fábricas em todo o mundo. 2.2.7 Países em que atua: Cobertura Global: VOREPPE (GRENOBLE), FRANÇA WESSELING (COLÓNIA), ALEMANHA BRZEG DOLNY, POLÔNIA STALYBRIDGE, REINO UNIDO VESPASIANO, BRASIL MANIZALES, COLÔMBIA NANJING, CHINA BAUAN, BATANGAS, FILIPINAS ILHA DE JURONG, DE CINGAPURA NORTHFIELD, ILLINOIS - SEDE CORPORATIVA LONGFORD MILLS, ONTARIO, CANADA 14 MATAMOROS, MÉXICO ANAHEIM, CALIFÓRNIA, EUA COLUMBUS, GEORGIA, EUA FIELDSBORO, NEW JERSEY, EUA MAYWOOD, NEW JERSEY, EUA MILLSDALE (JOLIET), ILLINOIS, EUA WINDER, GEORGIA, EUA 2.2.8 Visão, Missão, e Valores: Soluções Químicas Inovadoras para um Mundo Mais Limpo, Mais Saudável e Energeticamente Mais Eficiente. A Stepan Química tem como missão atender as necessidades de todos os nossos parceiros – clientes, acionistas, funcionários e comunidades em que atuamos. Com atenção especial aos nossos clientes, impulsionamos nosso crescimento, fornecemos inovações e alcançamos um retorno consistente para os nossos acionistas, tornando-nos a principal fabricante mundial de surfactantes (tensoativos) e polióis poliésteres e a principal fornecedora de especialidades químicas. Para cumprir essa missão, a Stepan tem como base os seguintes princípios e valores: FOCO NO CLIENTE Através do fornecimento de produtos e serviços inovadores e rentáveis que agradem aos nossos clientes, almejamos ser a principal parceira mundial em nossos mercados e tecnologias. Construímos relacionamentos duradouros com nossos clientes, fundamentados na confiança e na transparência. PESSOAS EM PRIMEIRO LUGAR 15 O investimento em nosso pessoal éa chave para a conquista de nossas metas e aspirações. O comprometimento com o desenvolvimento, o reconhecimento e o respeito por nosso pessoal permitem que todas as nossas conexões se desenvolvam e se aperfeiçoem. Nossas ações são caracterizadas pela transparência, trabalho em equipe e respeito mútuo. Conforme avançamos em nosso crescimento, mantemos a cultura responsável por tornar a Stepan Química um ambiente de trabalho ideal. INTEGRIDADE Nós conquistamos o direito de atuar a cada dia. Nossas ações devem sempre estar conciliadas com os mais altos padrões éticos e legais. Estamos envolvidos e apoiamos somente atividades lícitas, seguras, ambientalmente corretas e que respeitem as necessidades de nossos funcionários e as comunidades nas quais atuamos. Almejamos nos tornar a empresa líder em segurança e uma referência em nosso ramo. CRESCIMENTO E INOVAÇÃO Conduzimos um crescimento rentável através de inovações. Antecipamos as tendências do mercado e suas necessidades. Utilizamos nossa criatividade, perícia e disciplina para fornecer soluções práticas que agreguem valor aos nossos clientes. APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO Através de aperfeiçoamento constante, nos empenhamos em nosso crescimento e progresso. Buscamos, de forma incessante, aumentar a eficiência e a produtividade de nossos funcionários e instalações para atender as necessidades de nossos clientes. Esses princípios são responsáveis por conservar nossa força e independência, enquanto o valor de nossa Empresa é reforçado para todos os parceiros. 16 SUSTENTABILIDADE Adotamos uma visão ampla de sustentabilidade e nos comprometemos em fornecer valores diferenciados e sustentáveis a todos os nossos parceiros, aumentando a utilização eficiente de nossos recursos e minimizando nossos impactos e trabalhando como parceiros inovadores com nossos clientes em busca de suas metas sustentáveis. 2.3Estrutura Organizacional: 17 2.4 Principais pontos fortes e fracos da organização: Pontos fortes: - A Stepan Química é uma das maiores empresas mundiais fabricantes de especialidades químicas, atuando há 81 anos no mercado. - A empresa desenvolve uma política de responsabilidade social e ambiental, empenhada em melhorar o uso eficiente de energia e redução de poluição ao meio ambiente, oferecendo produtos ambientalmente vantajosos em operações sustentáveis. - A Stepan possui um rigoroso acompanhamento de atendimento ao cliente, criando relacionamentos de longo prazo com transparência e confiança. - A organização fornece um ambiente de trabalho seguro e sustentável para os funcionários, possui políticas de governança coorporativa bem definidas,tecnologia da informação atualizadas com a globalização , plano de cargos e salários e boas práticas de fabricação. Pontos fracos: -A empresa não possui incentivos educacionais. - Falta de comunicação nos processos internos dos setores. - Produção: Chão de Fábrica : Desperdício e derramamento de matéria-prima constante. - Rotatividade de funcionários, horários de turnos de serviços mal definidos. 18 2.5Análise da situação atual: 2.5.1 Departamento financeiro Nos processos de pagamentos da Stepan Química , existem algumas normas e procedimentos a serem seguidos pelo financeiro desde o pedido de compra até o pagamento final aos fornecedores, sendo eles: 1°: Surge a necessidade de algum produto ou serviço para a empresa, o solicitante repassa ao setor de compras. 2º : São realizados orçamentos com 3 fornecedores diferentes – Solicitação de compra ( SC ). 3º: Solicitação de pedido ( PO ) ( Sistema TOTVS ) 3º: Aprovação de Pedido ( Sistema TOTVS ) 4º: Faturamento de Nota Fiscal ( Sistema TOTVS ) 5º: Conferência Fiscal e Contábil ( Sistema TOTVS ) 6º: Liberação de Notas Fiscais ( Sistema TOTVS ) 7º: Envios de remessa Sispag e Retorno de Remessa ( Sistema TOTVS e Banco ) 8º: Aprovações no banco por 2 procuradores. ( Banco ). Visando estas informações, podemos observar que o setor de contas a pagar depende de processos anteriores de setores acima mencionados, citaremos uma breve apresentação dessa interligação de áreas: Primeiramente o gestor de algum setor solicita a compra de um produto ou serviço que tem necessidade, em seguida o setor de compras solicita a cotação dos pedidos que são avaliados dependendo da necessidade do solicitante ( tempo, preço, prazo, qualidade ) , logo após aprovado e lançado no sistema, este pedido deve estar com solicitação de compra e liberação dos gestores no sistema integrado.Com todas estas informações a nota fiscal é passada ao setor de faturamento assinada pelo solicitante do serviço que fará a conferência de acordo com a descrição geral da nota que será lançada no sistema, logo após será repassada ao setor fiscal e contábil que verificará impostos e conferência contábil e por fim será encaminhada 19 ao setor de contas a pagar que será responsável pela liberação no sistema e procedimentos finais de pagamentos. Em nossas rotinas diárias de pagamentos, o setor de contas a pagar identifica muitos atrasos nos processos que vão desde a solicitação e aprovação de pedidos, faturamento, conferência contábil, liberações de notas fiscais até o pagamento final e qualquer falha em algum desses processos ocasiona atrasos, grandes acréscimos de juros,protestos, bloqueios de compras, fazendo que a empresa não construa uma imagem saudável diante da concorrência no mercado. Gargalos que podem resultar em atrasos de lançamentos de notas fiscais e consequentemente atrasos nos pagamentos. Diante desses atrasos precisamos sempre estar entrando em contato com fornecedores via telefone ou e-mail solicitando boletos bancários atualizados ou dados bancários para depósito ou até mesmo pedir prorrogações de pagamentos de alguns títulos, recebemos muitas cartas de cobrança de protestos devido ao não pagamento de algumas notas fiscais que muitas vezes nem foram lançadas no sistema por algum motivo. Além de pagarmos juros ao fornecedor ainda temos burocracias em relação a carta de anuência e despesas com o cartório e estas faltas de pagamento nos impedem de realizar algumas compras, pois muitas empresas exigem histórico do serasa para vender seus produtos e como temos alguns protestos, não somos bem vistos por outras empresas. Muitas vezes os relatórios diários de pagamentos não são levados em consideração em relação a quantidade de dias que o financeiro estipula para efetuar todos os processos ( 5 dias ), sempre chegam notas fiscais de última hora para pagarmos, muitas vezes já vencidas, temos que retroagir datas de vencimentos de notas no sistema solicitada pelo faturamento pois alguns vencimentos não coincidem com as datas estipulados nas notas fiscais, muitos recebimentos em nossos extratos são sem identificação e perdemos muito tempo para acertarmos as conciliações. Verificamos algumas situações que podem ocasionar atrasos nos pagamentos: 20 -Responsáveis por aprovar pedidos não cumprem datas, muitas vezes o atraso no lançamento das notas fiscais se dá por este motivo. -Notas fiscais sem assinatura do solicitante não podem ser lançadas consequentemente mais gasto de tempo colhendo assinaturas que já deveriam estar na nota. -Notas fiscais conferidas pelo contábil estão erradas e são estornadas para relançamento, ocasionando retrabalho. -Demora no cadastro de fornecedores para lançamento de notas. -Demora na liberação de notas fiscais no sistema. -Atraso na conferência de notas fiscais. -Atraso na separação manual de notas, - Erros em lançamentos de notas fiscais. -Lançamentos no sistema com datas retroativas. -Notas fiscais vindas de São Paulo via sedex, não chegam em tempo hábil de vencimento e na maioria das vezes vencidas, acrescentando juros altos. Podemos observar que qualquer falha ou atraso em processos anteriores influenciam no contas á pagar, que é basicamente o setor final do financeiro. Visando buscar melhorias nestes processos levantaremos informações sobre as áreasque fazem parte deste fluxo e também analisaremos as principais áreas interligadas identificando seus pontos fortes e fracos dando ênfase no setor de contas á pagar. 21 2.5.2 Setor: Contas a pagar e receber: O setor de contas a pagar é composto por :1 Controller financeiro,1 analista de contas á pagar, 1 analista de contas a receber e 1 estagiária que desenvolve atividades interligadas de contas a pagar e receber. Principais funções do setor: Efetuamos nossas transações financeiras no banco Itaú, utilizamos do sistema de gestão integrada TOTVS Microsiga, nosso setor financeiro efetua pagamentos da Stepan São paulo ( matriz ) e Stepan Minas Gerais tudo em nossa base de Vespasiano, movimentando 4 contas bancárias sendo elas: Conta corrente de São Paulo e Minas Gerais: Contas nas quais efetuamos pagamentos de fornecedores, pagamentos de atividades relacionadas ao recursos humanos ( férias, depósitos judiciais, FGTS, pensões, salários), pagamentos de impostos, tarifas bancárias, DOC, TED, Créditos em conta corrente, fechamento de câmbios, empréstimos, dentre outros. Conta de compror de São Paulo e Minas Gerais: Contas destinadas somente para recebimento de clientes. O setor é responsável por desenvolver atividades diárias que incluem: Pagamentos: Emissão de relatórios de pagamentos diários. Separação de notas fiscais manuais para liberação. Liberação de notas fiscais no sistema. Separação de boletos e dados bancários para depósito. Emissão de envios de remessa de borderôs de pagamentos Recepção de envios de retorno de borderôs de pagamentos. Conferência sistema/banco de pagamentos diários. Aprovação de pagamentos por dois procuradores via itau on-line. 22 Inclusões manuais no sistema: Reembolsos de despesas de colaboradores. Impostos: IPI, FGTS, DARF. Inclusão e guias de pagamentos de depósitos judiciais. Inclusão de boletos tipo financeiro que não necessitam de lançamento de Notas Fiscais. Conciliações Bancárias diárias: Emissão de extratos bancários das 4 contas correntes e compror diárias. Conciliações bancárias diárias. Identificação de créditos e débitos. Transferências de compror diárias. Baixas de recebimentos de clientes. Emissão de extratos bancários das 4 contas correntes diárias. Baixa de pagamentos a efetuar e efetuados nos extratos e sistema. Movimentos financeiros de tarifas DOC, TED. Movimento financeiro de tarifas custas cobranças. Identificação de rendimento pago de aplicação. Aplicações financeiras. Alimentação de planilhas de contratos de câmbio. Contato freqüente com fornecedores. Câmbio: Fechamento de câmbio com as demais empresas internacionais do grupo e outros clientes. Identificação de débito siscomex. Identificação de importações em andamento. Recebimentos: 23 Cobrança de crédito feita diariamente. Análise de crédito. Sistema de suporte ao cliente esclarecendo dúvidas sugestões ou reclamações. Contato freqüente com clientes. Cobrança: Emissão de arquivo de cobrança enviando a nossos clientes boletos bancários via DDA ou correios. Emissão de boletos bancários manuais no banco. Contabilizações: Alocações de todas as movimentações financeiras do setor em suas respectivas contas contábeis. Emissão de relatórios contábeis. Pontos fortes. - Equipe financeira ativa e integrada ( contas a pagar e receber ). - Sistema automatizado ( Envios de remessa e retorno de pagamentos ). -Cobrança diária de recebimentos/ Identificação precisa de créditos e débitos. - Acompanhamento diário das movimentações financeiras e conciliações, mantendo em dia a relação entre sistema interno e saldo bancário. Pontos fracos - Falta de um fluxo de caixa. - Liberação dos pagamentos não é automática, as notas tem que ser separadas uma a uma manualmente e isso atrasa o andamento do processo financeiro. - Equipe enxuta dificultando desenvolvimento do processo de forma ordenada / Falta comunicação entre os departamentos 24 2.5.3 Setor: Fiscal Setor composto por 1 analista fiscal sênior, responsável pela gestão tributária da empresa, escrituração de todos os documentos fiscais (entradas, saídas e prestações de serviços), apuração e preparação das guias de recolhimento do PIS, COFINS, IRPJ, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL, IPI, ICMS e ISS, etc, bem como a escrituração dos livros conferência de retenções em notas fiscais, emissão de guias, escrituração dos documentos fiscais é feita através de sistema de processamento de dados, totalmente integrado com a Contabilidade.É também responsável pela elaboração e entrega das declarações mensais, trimestrais e anuais, nos âmbitos estadual e municipal, tais como a DIME, SINTEGRA, DES, GIF, e outras declarações exigidas pelos órgãos de fiscalização. Pontos fortes: - Sistema adequado - Recolhimento Tempestivo - Revisão Contínua Pontos Fracos: - Planejamento Tributário - Conciliação Fiscal - Registro de Notas Fiscais 2.5.4 Setor: Faturamento: Composto por 3 faturistas, Setor responsável pela emissão diária de notas fiscais, manutenção e faturamento, lançamentos de importação e exportação, cadastro de fornecedores e clientes, emissão de notas de venda e débito, emissão de conhecimentos de transporte. 25 Pontos fortes - Sistema automatizado: tributação, retenções de impostos, entrada e saída de notas fiscais. - Contato direto com diversos setores da empresa. - Aprendizado no processo de importação e exportação. Pontos fracos: - Sobrecarga de trabalho. - Desvalorização profissional. - Acumulo de tarefas e baixa remuneração. 2.5.5 Setor: Contabilidade Setor composto por 1 supervisor contábil, 1 analista contábil e 1 analista jr. responsáveis por todos os registros de todas as movimentações financeiras, de todas as transações comerciais e de todo o processo produtivo da empresa,orçamentos que possam analisar cada setor da empresa no tocante ao volume de despesas, receitas, com dados acumulados no cumprimento de objetivos propostos pela diretoria, bem como analisar o volume de despesas e receitas gerados por cada departamento. Pontos fortes: - Sistema automatizado – Conciliações Contábeis - Planilhas informatizadas e atualizadas. - Conferência diária Pontos fracos: - Prazo de entrega dos compromissos - Falta de alinhamento com o setor de exportação e importação. 26 - Grande número de Notas fiscais estornadas. 2.5.6 Setor: Compras Setor composto por 1 Gerente de compras 1 Analista de compras e 1 estagiário, responsáveis por toda compra de equipamentos, reposição e aquisição de itens necessários à empresa desde o administrativo ao chão de fábrica, negociando preço e prazo, são efetuadas 3 cotações com diferentes fornecedores e nas propostas são levados em consideração tempo, qualidade, valor, Pontos fortes: - Sinergia com demais Departamentos principalmente Setor de Manutenção para que produtos / serviços sejam atendidos em tempo hábil; - Canal que propicia economia financeira para a empresa através de negociações com Fornecedores - Savings; - Desenvolvimento de Fornecedores de diversas áreas (Manutenção / Segurança) Pontos Fracos: - Regularização de Pedidos de Compras. - Para produtos importados lead time muito alto; - Não há avaliação de Fornecedores. 2.6 Conclusão A partir do desenvolvimento deste diagnóstico, foram levantadas informações importantes dos setores que compõem o departamento financeiro, sendo possível evidenciar seus pontos fracos e fortes, verificando os fatores que limitam o crescimento da empresa. Através desta análise percebemos que o financeiro apresenta falhas, não somente no setor de contas a pagar mas também nos processos que o antecedem, estas 27 informações contidas no diagnóstico nos indicam quais são os processos da empresa que necessitam ser reformulados ou corrigidos, a fim de que o fluxo de pagamentos seja efetuado de maneira correta evitando possíveis atrasos aos nossos fornecedores. 3 Estudo Temático: O estudo temático buscará a fundamentação teórica do trabalho abordando conceitosde diversos autores que servirão de base para a realização de análises e propostas para melhorias nos processos que envolvem os fornecedores. 3.1 Definição de fornecedores: Na visão de Chiavenato (2004), fornecedores são as empresas e/ou os indivíduos que fornecem recursos ou insumos necessários ao funcionamento do negócio. Os fornecedores podem ser de recursos materiais (matérias-primas, materiais semi- acabados, produtos acabados, etc), de recursos financeiros (mercado de capitais, mercado financeiro, investimentos, empréstimos, etc), de recursos tecnológicos (máquinas, equipamentos, tecnologias) ou de recursos humanos (talentos e competências). Ainda segundo Chiavenato (1999), fornecedores são os elementos que proporcionam entradas ou insumos na forma de recursos, energia, serviços e informação à organização. Os fornecedores oferecem recursos como capital, matéria-prima, maquinários e implementos, tecnologia, conhecimentos, propaganda, serviços jurídicos, contábeis, mão-de-obra qualificada. Com a terceirização, cada vez mais, o trabalho interno, que não é essencial para a missão da organização, está sendo transferido para fornecedores externos, transformando custos fixos em custos variáveis e, simultaneamente aumentando a dependência da organização em relação a esses elementos ambientais. O componente fornecedor é o segmento do ambiente de tarefa que envolve todas as 28 variáveis relacionadas com indivíduos ou agências que proporcionam os recursos necessários para que as organizações possam produzir bens e serviços (Chiavenato, 1999). Segundo Degen (1989, p. 137): " é comum um fornecedor dispor-se a ajudar o futuro empreendedor a começar o seu negócio porque, se a nova atividade for bem-sucedida, o fornecedor garante um cliente fiel". Essa é também uma forma encontrada para que os dois, empreendedor e fornecedor, se beneficiem do negócio: melhores preços e prazos para o empreendedor e clientes fiéis para o fornecedor”. 3.2 A importância dos fornecedores: Para Martins (2005), com o decorrer dos anos, a seleção de fornecedores vem ganhando cada vez mais importância. O aumento no valor dos itens comprados em relação ao total da receita das empresas, a aquisição de produtos de outros países viabilizados pela globalização, a preços competitivos e a crescente velocidade de mudança de tecnologia, acompanhada por uma redução do ciclo de vida dos produtos, são alguns fatores que contribuem para o crescimento da seleção de fornecedores. Segundo Bertaglia (2006) o processo de seleção de fornecedor não é simples. A complexidade aumenta em função das características do item ou serviço a ser comprado, pois as exigências podem ser maiores ou menores. O ato de comprar deixou de ser simplesmente o de efetuar uma cotação de preços. Há três características básicas que devem ser consideradas em um processo de decisão para se selecionar um fornecedor: preço, qualidade e serviço. Segundo Mchug et al. (2003), as relações de parceria apresentam alguns aspectos comuns, como: relacionamento de longo prazo baseado em confiança mútua e em cooperação mais do que em competição; forte interesse do fornecedor pela qualidade dos produtos que são entregues; e cooperação, visando o aumento de desempenho dos fornecedores. Maia e Cerra (2004) complementam, ressaltando 29 que a confiança mútua é um dos requisitos essenciais da parceria, e está fortemente condicionada às relações de longo prazo. 3.3 Desenvolvimento de fornecedores: Baily et al. (2000), mostra que um programa de desenvolvimento de fornecedores deveria permitir identificar e atrair os melhores fornecedores, visando criar novos graus de relacionamento como parcerias de longo prazo. Cada empresa deve definir o que é um “melhor fornecedor”, o autor apresenta o que deveria ser uma lista de atributos de um bom fornecedor: Cumpre prazos de entrega Fornece itens com qualidade Oferece preço competitivo Tem um bom histórico de referências Fornece um bom serviço Cumpre o prometido Apóia tecnicamente 3.4 Relacionamento fornecedor – cliente Para Kotler (2000) as empresas buscam aperfeiçoar seus procedimentos para obter melhor relacionamento com seus fornecedores, criam processos de integração e parcerias tornando-os mais flexíveis e menos burocráticos, de forma a considerar as necessidades e expectativas de ambas as partes envolvidas no negócio, onde se procurou evitar benefícios unilaterais e estimular a obtenção de benefícios mútuos. Porter (1988 ) relata que o foco no estreitamento dos laços de parceria entre fornecedor e cliente tem sido uma das maiores preocupações das organizações. A geração de valor tem como ponto de partida um outro patamar de relacionamento com o cliente, que possibilita a visualização de todos os aspectos tangíveis e intangíveis de suas necessidades, para além daquilo que ele mesmo possa enunciar 30 como sua demanda. O fortalecimento do relacionamento com os fornecedores deve ser uma meta, de igual importância a àquelas almejadas junto aos seus clientes. Para Frederick Reichheld (2000), os fornecedores que não buscam a lealdade dos clientes abalam sua proposta de valor e arriscam o futuro. Segundo Fortes (1999), a descontinuidade de um empreendimento pode ser causada pela insistência de um fornecedor em manter posturas totalmente ultrapassadas de relacionamento com os clientes dos produtos e serviços ofertados. Para Fortes (1999), bens e serviços podem não ser elementos suficientes para garantia do fornecimento numa avaliação mais criteriosa dos fornecedores, os clientes poderão considerar outros aspectos de relacionamentos com pesos eliminatórios, tais como: logística inadequada, falha de atendimento, problemas de agilidade e outros aspectos não ligados diretamente ao produto. Conforme diz Frazão ( 2009 , p. 49 ): “ A busca por vantagens e diferenciais competitivos no ambiente empresarial tem se baseado em estratégias que possuam repercussões positivas de longo prazo. A gestão da cadeia de suprimentos vem conquistando adeptos e espaço na tomada de decisões das grandes organizações, e envolve o gerenciamento do processo “desde as matérias- primas iniciais até o consumo final dos produtos acabados, conectando companhias produtoras, fornecedores e usuários dos bens.Como as organizações não são autos suficientes, surge a necessidade de estreitar seus laços com os fornecedores, a fim de formar aliados eficientes e ágeis no desempenho de suas funções”. Band (1997, p. 134) cita algumas condições para um bom relacionamento com os fornecedores: [...]"O papel de cada parceiro é cooperativo, e não adversário; As exigências ou padrões são claramente definidos e compatíveis com as capacidades dos fornecedores; A comunicação é nos dois sentidos e suficientemente freqüente para refletir necessidades de mudança, expectativas e práticas de negócios de ambas as organizações; Ambas as organizações compreendem que padrões de serviço de alta qualidade de ambos os lados são mutuamente benéficos; O computador ajuda o fornecedor a atender suas exigências; uma organização está a serviço da outra”. 31 Slack (2008) mostra que o objetivo do gerenciamento da cadeia de suprimentos é atender às necessidades dos clientes finais, fornecendo produtos e serviços adequados quando eles são necessários, a um preço competitivo. Para o autor, a cadeia de suprimentos deve atingir um nível ótimo de cinco dimensões fundamentais para o sucesso das atividades: qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custo (SLACK, 2008). A natureza dos relacionamentos cliente-fornecedor tem vindo a mudar ao longo dos tempos e “o foco das compras está a evoluir dramaticamente de uma abordagem transacional para uma abordagem relacional” (Araújo et al., 1999, p.498), o que demonstra uma evolução do conceito de compra para o conceito de gestão de fornecimentos (Gadde e Snehota, 2000). Neste sentido, é de extrema importância a seleção dos fornecedores com quemse pretende desenvolver um relacionamento colaborativo (Araújo et al., 1999) e que serão prováveis de oferecer maiores vantagens financeiras para a empresa (Gadde e Hakansson, 2001), pois o tipo de relacionamentos mantidos com os fornecedores será uma potencial fonte de vantagem competitiva (Lewis, 1995; Sheth e Sharma, 1997; Wilkinson e Young, 2002; Batt e Purchase, 2004). Curry e Stora (1999) já comentavam sobre a necessidade de manutenção do cliente, como fator tão ou mais importante quanto a conquista de novos clientes,muitos fornecedores têm dedicado grande parte dos esforços de marketing , na busca por novos clientes. Kotler (2001) mostra que empresas atuais não devem se preocupar apenas na venda de seus produtos, mas empreender uma atuação forte no foco aos fornecedores. Kotler (2001) considera recomendável a necessidade da retenção de clientes, comentando que, infelizmente, a maior parte da teoria e prática do marketing concentra-se na arte de atrair novos clientes, em vez de retê-los. Kotler (2001) mostra que existe uma carência de ênfase por parte dos fornecedores na questão da construção de relacionamentos que possam sustentar esta retenção dos clientes. 32 Kotler (2001) também defende que a chave da retenção de clientes é a satisfação, citando alguns pontos: - permanecendo fiel por mais tempo; -comprando mais, à medida que a empresa lança novos produtos ou aperfeiçoa produtos existentes; - falando favoravelmente da empresa e de seus produtos; - dando menos atenção a marcas e propagandas concorrentes e tornando-se menos sensível a preço; - oferecendo idéias sobre produtos ou serviços à empresa; - custando menos para ser atendido, do que novos clientes, uma vez que as transações são rotinizadas. 3.5 Modelos de relacionamento: O modelo de Juran (JURAN 1992) : “O objetivo principal de um estreitamento das relações com fornecedores é criar um relacionamento que garanta que o produto satisfaça às necessidades de adequação ao uso com um mínimo de inspeção de recebimento e ação corretiva” Segundo Juran (1992), existem umas series de atividades para relacionamento cliente-fornecedor que devem ser seguidas: Planejamento pré-contrato Avaliação da aptidão do fornecedor Seleção do fornecedor Custo total de uma compra Planejamento conjunto Cooperação com fornecedor durante a execução de contrato 33 O modelo de Merli (1990) “COMAKERSHIP”: A relação fornecedor - cliente segundo Merli (1990) é considerada, como um fator prioritário na estratégia industrial. Falar de estratégia empresarial significa falar de “vantagens competitivas”, isto é, um dos elementos que garantem ou podem garantir o sucesso de uma empresa no mercado. O modelo de Merli se baseia na evolução dos relacionamentos operacionais entre clientes e fornecedores de uma cadeia industrial decorrente de dois tipos de contribuições: Abordagem estratégico-filosofica e fruto de evoluções práticas. O modelo é apresentado a través da seguinte lógica: - Evolução cultura/organizacional e as políticas de referência - Os relacionamentos operacionais - A avaliação de fornecedores - A administração da qualidade - A logística - O marketing de compra O Modelo de Merli ( 1990 ) esta caracterizado pelas seguintes atividades no relacionamento fornecedor cliente: Classe operacional exigida Realizar avaliação Desenvolvimento de fornecedores Certificação 34 Modelo Híbrido: Petrus (1994), descreve de forma detalhada o desenvolvimento de fornecedores com a qualidade assegurada, existem umas series de atividades que auxiliam na integração de fornecedores e clientes : - Índice de desempenho - Inspeção por amostra - Relacionamento - Seleção de fornecedores - Planejamento da certificação - Pré-auditoria - Ações corretivas e qualidades assegurada aprovada. 3.6 A importância do relacionamento cliente-fornecedor para a cadeia de suprimentos: Resende (2006) diz que os fornecedores desempenham um papel não só tático como também estratégico. Eles devem ser tratados como parceiros estratégicos na cadeia de valor, e não como organizações subcontratadas. François (2004) relata que é desejável que o relacionamento entre clientes e fornecedores seja cooperativo, a despeito do relacionamento adversário e competitivo que vigia no passado. Moura (2009; p.60) descreve que essa relação deve ser próxima por força dos negócios envolvidos, já que “as transações de fornecimento levam ao interesse comum”. Primeiro, porque a empresa cliente necessita de fornecedores confiáveis, depois, devido ao fato de que a empresa fornecedora precisa da oportunidade de negócio (MOURA, 2009). 35 Finger (2002) diz que o planejamento estratégico das empresas vem sendo pautado cada vez mais na satisfação do cliente. Harrington (1997, apud FINGER, 2002) diz que as estratégias de suprimentos também seguem essa tendência e procuram novas tecnologias capazes de fazer com que os materiais e informações se movimentem o mais rápido possível e com menores custos. Segundo François ( 2004 ), a partir dos anos 1970, com a expansão do uso dos sistemas de informação, houve mudanças significativas na relação entre clientes e fornecedores, quando o foco passou a ser a busca por estratégias de integração cooperativa entre organizações, a fim de promover a competitividade da cadeia de suprimentos como um todo. Essa promoção é possibilitada pela adição do valor de cada empresa à cadeia e pela supressão de alguns custos comuns. Na visão de Pires (2010), durante a década de 1980 o foco da gestão estratégica da produção estava centrado para o alinhamento vertical das áreas produtivas com a estratégia de negócios da organização. Já na década de 1990, o foco voltou-se para o posicionamento horizontal entre os processos de Cadeia de Suprimentos. Argumentos teóricos a favor da integração entre empresa, fornecedores e clientes estão baseados na Reengenharia de Processos. Bowersox et al. (1999, apud PIRES, 2010) dizem que ao passo que a integração entre processos vem recebendo atenção especial desde 1990, muitas oportunidades advêm da integração externa com parceiros de negócios. O papel estratégico da aliança entre fornecedor e cliente assume cada vez mais importância no resultado das organizações, seja devido à participação dos materiais nos custos de produção ou por causa do seu impacto sobre a qualidade do produto final. A padronização de procedimentos que permitam avaliar os fornecedores é considerada como essencial instrumento de gestão da cadeia de suprimentos de uma organização (ISATTO e FORMOSO, 1997). Harrington (1988), afirma que bons fornecedores podem fazer com que a organização, apesar de apresentar baixo desempenho, pareça boa, mas que fornecedores ruins fazem com que a organização pareça ruim.Ainda segundo o 36 autor, essa máxima é extensível ao setor público, que somente poderá reduzir seus custos e maximizar a qualidade de seus serviços à população se seus fornecedores forem eficazes em seus propósitos. Ishikawa (1993) mostra que um fabricante despende cerca de 70% de seu custo de fabricação na compra de matérias-primas e peças de outras empresas fornecedoras. Assim, se a qualidade, o preço, a quantidade e o tempo de entrega destas matérias- primas e peças não estiverem adequados, o comprador e o montador não podem fabricar bons produtos nem garantir a qualidade a seus consumidores. Uma gestão efetiva da cadeia de suprimentos é uma fonte potencial da vantagem competitiva para as entidades. Sua efetividade, então, “exige que os gestores avaliem periodicamente o desempenho de seus fornecedores, mantendo aqueles que atendam os graus de exigência definidos nos diversos critérios estabelecidos” (PETRONI e BRAGLIA, 2000, apud FINGER, 2002; p.19). 3.7 Relacionamento entre comprador e fornecedor: Segundo Ishikaw de vista do comprador, a relação entre o comprador e o fornecedor precisa ser clara como água antes que seja feito qualquer contrato ou qualquer compra”. Pires (2010)define que as relações com os fornecedores podem ser consideradas como uma “imagem espelho” das relações com os clientes e, por isso, a organização deve desenvolver parcerias com os fornecedores-chave com o intuito de construir relações ganha-ganha. De acordo com Gurgel ( 2002 ),a participação da solução dos problemas internos, em termos de recursos de tempo por parte da gerência é menor do que o tempo gasto com problemas que entraram do meio exterior da organização sendo preciso trabalhar nas causas e colocar filtros de qualidade nas fronteiras e eliminar ou amenizar significativamente a entrada de problemas na empresa. Segundo Gurgel (2002), o relacionamento entre fornecedores esta ligado a gerência de produção que administra diariamente dois tipos de problemas: Os que são 37 gerados internamente e os importados do meio ambiente. Exemplos destes problemas importados do meio ambiente são as falhas no suprimento de utilidades, problemas de sub-contratação de pessoal e, principalmente, entrada de materiais e componentes com problemas. Conforme Bail ( 2003 ), um dos filtros mais importantes é montar um bom sistema de seleção e avaliação dos fornecedores. Para Jones (1998) a atividade de compras tornou-se conhecida como a visão "transacional" baseada na idéia de que o ato de comprar diz respeito a simples trocas, com comprador e vendedor interagindo entre si a curta distância. O interesse básico do comprador nesse cenário limitado é adquirir o volume máximo de recursos pela menor quantia de dinheiro. Ainda segundo Jones ( 1998 ), esta visão ainda não está obsoleta,há uma tendência atual da redução do número dos fornecedores pelos clientes, ocorrendo uma busca no desenvolvimento de relacionamentos mútuos entre fornecedores e compradores, em que os benefícios de fazer negócios decorrem de idéias de compartilhamento, bem como de troca, devendo haver benefícios comuns para a busca do relacionamento em longo prazo. De acordo com Cezar Taurion (2001), a filosofia ou o método de relacionamentos de transações entre compradores e fornecedores deve ceder lugar para a de relações, objetivando maior estabilidade destes relacionamentos. Comenta ainda que o foco de visão em relacionamentos transacionais está fortemente ligada a produtos, que surgem e desaparecem, porém relacionamentos devem permanecer. Jordan D. Lewis (1997) mostra que a maioria dos compradores não consegue perceber todo o potencial contido no relacionamento com seus fornecedores e que as empresas que entenderam e aplicaram métodos voltados a melhorias no relacionamento, independentes do seu porte, conseguiram redução de custos, avanços tecnológicos, encurtamento do ciclo da produção, aumento da qualidade, ampliação da fatia de mercado e crescimento dos lucros. Lewis (1997) também 38 afirma que as relações entre clientes e fornecedores são as mais importantes do mundo dos negócios. Kotler (2001) cita que o processo de decisão de compra é uma atividade de 5 estágios: - reconhecimento do problema; - busca de informações; - avaliação de alternativas; - decisão de compra; - comportamento pós-compra. Kotler (2001),diz que os compradores passam seqüencialmente pelas cinco etapas, porém pode ocorrer que algumas etapas sejam puladas ou mesmo repetidas. O modelo apresentado por Kotler (2001) considera o processo quando um comprador se depara com uma nova necessidade de aquisição. 1. Reconhecimento do problema: Kotler ( 2001 ) evidencia que o processo de compra começa quando o comprador reconhece um problema, sente uma necessidade que gera o estímulo inicial da compra, do outro lado, está o fornecedor que precisa identificar as circunstâncias que desencadeiam estas necessidades. Através de informações, podem criar estratégias que provoquem o interesse dos compradores. 2. Busca de informações: De acordo com Kotler ( 2001 ), trata-se do momento da coleta de informações pelo comprador, sobre o item de compra. A quantidade destas informações pode variar de acordo com a categoria e especificação dos itens e as características do comprador. Estas informações desempenham um processo influenciador importante no processo de decisão de compra. 3. Avaliação de alternativas: Kotler ( 2001 ) mostra que não existe regra única que explique como o comprador processa as informações dos produtos concorrentes. Existe uma linha de atuação mais atual, onde os compradores tratam o processo 39 como sendo cognitivamente orientado, ou seja, vão adquirindo conhecimento sobre o produto a partir das informações adquiridas sobre os atributos do processo da compra (item, fornecedor, marca, preço). Existem várias alternativas de decisões, conforme a quantidade e a importância associada a cada atributo. Os compradores prestarão mais importância aos atributos que forneçam os benefícios buscados. 4. Decisão de compra: Na visão de Kotler ( 2001 )após a avaliação, o comprador cria a intenção de compra, possuindo uma lista de marcas desejáveis. A decisão final pode ser influenciada, conforme Kotler ( 2001 ), por basicamente dois fatores. O primeiro ocorre em decorrência da atitude dos outros,referências de terceiros, atitudes negativas ou positivas do fornecedor preferido influenciam na decisão. O segundo, de fatores situacionais imprevistos, que podem surgir mudando ou mesmo interrompendo a intenção da compra como: fluxo de caixa baixo, risco da operação, juros, nível de autoconfiança do comprador, incerteza quanto à credibilidade dos atributos levantados). 5. Comportamento pós-compra: Na visão de Kotler ( 2001 ), o comprador experimenta após efetuar a compra, algum nível de insatisfação ou satisfação. O fornecedor deve monitorar a satisfação e a utilização do produto pelo seu cliente. Se o desempenho do produto adquirido não alcançar totalmente as expectativas, o cliente fica desapontado ; se alcançar às expectativas, ele fica satisfeito ; e se exceder às expectativas, então o cliente fica encantado.O nível de satisfação do cliente neste ponto determina seu comportamento futuro com relação ao seu fornecedor. Segundo Kotler (2001), deve haver uma atenção pelas organizações para a melhoria dos relacionamentos com fornecedores e a consolidação da qualidade do fornecimento torna-se perceptível através da monitoração freqüente dos fornecedores. 3.8 Ambiente de competitividade: 40 Porter (1986) mostra que as forças externas em geral afetam todas as empresas na indústria, o ponto básico encontra-se nas diferentes habilidades em lidar com elas, e, portanto a meta da estratégia competitiva para uma unidade empresarial em uma determinada indústria é encontrar uma posição dentro dela em que a companhia possa melhor se defender contra estas forças competitivas ou influenciá-las a seu favor. Para Zairi (1997), a vantagem competitiva de uma determinada empresa só pode ser obtida através da diminuição da vantagem competitiva de seu oponente, caracterizado pelo polinômio fornecedor-cliente.A indústria deve desenvolver habilidades específicas para lidar com elas. Zairi (1997) cita também que a competitividade bem sucedida é o resultado da habilidade em determinar racionalmente a capacidade de competir, por meio da verificação dos pontos fortes e fracos da organização, juntamente com um esforço constante em satisfazer as necessidades dos clientes. Porter (1986), diz respeito a intensidade da concorrência em uma empresa não é questão de coincidência ou de má sorte. Forças externas à indústria são significativas e estão presentes o tempo todo. Conforme Porter (1986), a intensidade da concorrência em uma empresa não é questão de coincidência ou de má sorte. Forças externas à indústria são significativas e estão presentes o tempo todo. Porter (1986) apresenta as cinco forças que dirigem a competição como sendo: ameaça de novos concorrentes, ameaças de produtos e serviços substitutos, poder de negociação ou barganha dos fornecedores, poder de negociação ou barganha dos compradorese a própria rivalidade entre as empresas competidoras. A indústria deve desenvolver habilidades específicas para lidar com elas. Zairi (1997) cita também que a competitividade bem sucedida é o resultado da habilidade em determinar racionalmente a capacidade de competir, por meio da verificação dos pontos fortes e fracos da organização, juntamente com um esforço constante em satisfazer as necessidades dos clientes. 41 Para Porter (1986), a diferenciação das forças incidentes sobre as organizações faz com que resulte uma diferença de potencial sobre os lucros que acabam diferindo à medida que as forças diferem. A compreensão destas forças evidencia à organização seus pontos fracos e fortes que, uma vez detectados, podem tornar-se em vantagem competitiva. Zairi (1997) diz que competir nos dias atuais exige um conjunto sem precedentes de forças extraordinárias. Os tempos atuais são de paridade tecnológica entre os competidores, o que torna a dinâmica de mercado mais turbulenta, uma vez que fatores menos tangíveis passam a ser o foco principal da concorrência, como atendimento ao cliente, qualidade e capacidade de resposta. Para Zairi (1997), este cenário aumenta a imprevisibilidade do mercado de forma que o sucesso ou fracasso depende da estratégia de diferenciação, inovação, de ser único, de ensinar em vez de copiar, surpreender o concorrente pelas inovações e velocidade nos lançamentos de novos produtos e serviços com uma cultura de melhoria contínua e aprendizado. Na visão de Steve Milunovich (1997), o fornecedor necessita estar em sintonia adequada com seus clientes. Esta sintonia deve ir além do fornecimento de produtos com qualidade, preços e prazos adequados. Ainda segundo Steve Milunovich (1997), é através do posicionamento, não num sentido físico, mas sim na mente dos clientes quanto à importância estratégica que representa esta manutenção do fornecimento. Isto pode se conseguido através do fornecimento de valores reconhecidos pelos clientes, sobre o amplo processo operacional envolvido na entrega dos produtos e serviços. Milunovich (1997) salienta que o posicionamento permite que os fornecedores se associem na atividade dos clientes, tornando-se muitas vezes partes inseparáveis do processo produtivo. Chiaventado ( 2003 ) diz que eelacionamentos entre fornecedores e clientes, desenvolvimento de produtos em atividades conjuntas, fidelização e posicionamento, são elementos diferenciais de forte apelo competitivo nos dias atuais e, portanto, 42 passíveis de serem detectados, podendo ser considerados numa avaliação do fornecimento. Kuczmarski (1998) alerta que não se deve ter uma grande idéia e tentar achar um uso para ela no mercado e sim identificar as necessidades e os problemas deste mercado e transformá-los em produtos que representem soluções, caso contrário este potencial inovador poderá deixar de surtir efeito, existe a necessidade de cautela, para um estudo criterioso com relação aos produtos ofertados ao mercado. A cadeia de fornecimento passa a participar deste processo de maneira importante, onde o relacionamento cliente versus fornecedores deve ser fortalecido. 3.9 Avaliação do desempenho do fornecedor e competitividade: Segundo Brondmo (2001) , o fornecedor, em muitas organizações industriais, tem um papel estratégico, de forma que a escolha dos fornecedores deve ser bastante criteriosa, necessitando-se avaliar sua plena capacidade de atender, continuamente, todas as exigências e necessidades da organização cliente.Ainda segundo o autor , a partir de indicadores voltados à Avaliação do Desempenho dos Fornecedores é possível obter bons resultados junto aos fornecedores, como a minimização dos custos. Para Carolyn Wiley (1997),a avaliação do Desempenho dos Fornecedores deve ser considerada como uma atividade estratégica da organização baseadas em critérios tais como: - capacidade do fornecedor de desenvolver novos produtos; - capacidade do fornecedor de compartilhar informações de modo eletrônico; - habilidade do produto do fornecedor de diferenciar o produto final do comprador. - crescimento; - inovação; - possíveis sinergias; 43 Para Costa (2000), a certeza da qualificação dos fornecedores de itens e serviços envolve a avaliação qualitativa do desempenho do produto entregue, além de seus sistemas de trabalho e de sua competência específica na área em questão. Dias e Costa (2000) falam sobre a proximidade de relacionamento existente entre compradores e fornecedores e que as falhas de fornecimentos são os maiores problemas enfrentados pelo setor de compras e o que mais compromete a imagem do profissional de compras. O processo de relacionamento com os fornecedores pode ser efetuado em quatro etapas, conforme sugerido por Chiavenato ( 2002 ): - seleção do Fornecedor; - definição do relacionamento entre os materiais e fornecedores aptos; - controle e gerenciamento do fornecimento através de um processo e avaliação de desempenho dos fornecedores; - gerenciamento dos dados em busca da melhoria contínua da qualidade 3.10 Ética na relação entre cliente e fornecedor: Segundo Kloter ( 1998 ) , ética é entendida em termos de comportamento. Uma pessoa é considerada ética se seu comportamento for dentro de padrões e princípios morais, como: eqüidade, justiça, confiança. Esta é a imagem que os fornecedores deveriam passar a seus clientes: a de “ empresas éticas” . Srour (2000) mostra que desvios de conduta sempre ocorreram, motivados por interesses egoístas e que estes fatores são apontados como conseqüência do enfraquecimento do controle social exercido pelas agências ideológicas tradicionais – a família, a comunidade local, a escola, a igreja, principalmente nas metrópoles. Para Kotler ( 2002 ). quem trabalha em uma organização está sempre tomando decisões e com isso moldando não só seu futuro, mas também o da empresa, de seus clientes. 44 De acordo com Costa (2000), ética pode ser considerada com postura que afeta o bem-estar individual e social. Esta postura contribui positivamente no relacionamento dos fornecedores e seus clientes,numa avaliação de desempenho dos fornecedores, dados que representem valores éticos através de indicadores específicos, podem contribuir significativamente em decisões estratégicas da organização quanto ao futuro do relacionamento e manutenção dos fornecedores. Olga Colpo (2001) menciona: “ Se a empresa quiser conquistar uma imagem corporativa, identidade e fidelidade de seus clientes, precisa pautar seus trabalhos sobre valores, diretamente relacionados à ética” . Na visão de Chiavenato ( 2002 ), para que os resultados das avaliações dos fornecedores com indicadores sobre ética tenham respaldo perante os fornecedores, é necessário que o departamento de compras tenha postura ética perante os fornecedores. Este departamento normalmente lida com grandes somas de dinheiro. Por tal razão, compradores passam a gozar de grande prestígio e poder perante seus fornecedores, pois possuem poderes decisórios sobre o futuro dos pedidos sob a sua responsabilidade. Para Dias e Costa (2000) o comprador, durante a avaliação de um processo de compra de determinado material ou de contratação de serviço, deve manter-se eqüidistante de todos os fornecedores, evitando que aspectos pessoais e subjetivismo interfiram nas suas decisões, beneficiando um único fornecedor em detrimento de outros e, conseqüentemente, da sua própria empresa. 3.11 Construindo relacionamento durável: Para Tucker (2001), não basta apenas fornecer produtos ou serviço aos clientes, é necessário desenvolver experiências personalizadas, formando sinergicamente a criação conjunta de produtos e serviços que possam ter aceitação no mercado. 45 Segundo Juran (1992), o cliente é a razão de ser das empresas, porém, a cadeia produtiva é formada por uma seqüência de fornecedores e clientes. Quanto melhor for o relacionamento entre eles, maiores chances das organizações obterem sucesso. Toda a cadeiade fornecimento pode ser vista como uma corrente, cujos elos interligados, devem operar sinergicamente para fornecer um produto ou serviço que satisfaça o seu cliente imediato. Se um desses elos falhar, toda a cadeia será comprometida. Para Tucker (2001), a descontinuidade de um empreendimento pode ser causada pela insistência de um fornecedor em manter posturas totalmente ultrapassadas de relacionamento com os clientes dos produtos e serviços ofertados. Neste sentido, conforme Frederick Reichheld (2000), os fornecedores que não buscam a lealdade dos clientes abalam sua proposta de valor e arriscam o futuro. 3.12 O futuro dos relacionamentos entre clientes e fornecedores: Kotler (2000) relata que a agilidade será um fator preponderante para a sobrevivência das organizações, quando afirma que nos anos 80 as empresas eram cuidadosas com os seus novos produtos; nos anos 90 elas tinham menos tempo para cuidar dos novos produtos e por isso apontavam e atiravam com rapidez; nos anos 2000 as empresas atiram sem apontar e depois vão ver o que podem aprender com suas novidades. Com isso Kotler (2000) também considera que os relacionamentos entre as empresas e seus fornecedores serão afetados, forçando- os a buscar a criação de valor junto aos seus clientes. “ Serão consultores e irão ajudar os clientes a administrar melhor as empresas que dirigem” (KOTLER, 2000). Para Fortes (1999), nos anos vindouros, as áreas de relacionamento lutarão pela propaganda completamente isenta de declarações enganosas, especialmente se desejarem evitar regulamentações por parte da administração pública, por intermédio das quais, talvez, toda a publicidade tenha de ser aprovada antes de aparecer na mídia. 46 Brondmo (2001) comenta que no futuro a estrutura de todas as formas de comunicação conterá a internet mas somente haverá chances de manter o cliente se forem oferecidos serviços de qualidade. Com relação aos preços dos produtos e serviços, Kotler (2000) diz que serão cada vez mais baixos e apresentarão variações menores de um fornecedor para outro, porque o cliente terá facilidade de comparações via internet. 3.13 Critérios para a escolha dos fornecedores: Kotler (2000) observa que as organizações devem priorizar a segmentação, quando afirma: “ a propaganda de massa vai perder força no futuro, porque passamos menos tempo em frente à televisão e nos dedicamos cada vez mais ao computador e às atividades que nos garantem melhor qualidade de vida” . Brondmo (2001) afirma que as empresas estão focando a atuação da tecnologia como elemento transformador e facilitador no relacionamento entre as organizações. "Os Processos de escolha de fornecedores são pertinentes a qualquer tipo de compra que a empresa deseja efetuar. Como as políticas de relacionamento com fornecedores variam em função da estratégia, há a necessidade de se desenvolverem métodos flexíveis de seleção de fornecedores que reflitam as estratégias coorporativas, considerem as restrições de compradores e fornecedores e envolvam variáveis tangíveis e intangíveis."(GHODSYPOUR: 'BRIEN, 1998, apud FURTADO, 2005). De acordo com Chiavenato (2005), é necessário que os fornecedores sejam pesquisados de acordo com seus preços , condições de pagamento, assim como especificações de qualidade e prazos de entrega. O autor ainda revela a necessidade de que se faça um levantamento um levantamento sobre os fornecimentos já realizados pelos potenciais fornecedores , observando qualidade e cumprimento dos prazos de entrega. 47 Segundo Slack ( 2002 ), é necessário que o setor de compras mantenha uma base de dados sobre possíveis e potenciais fornecedores, obtendo também alternativas para materiais e serviços. O autor cita a necessidade de que se façam cotações junto aos fornecedores, para que estes possam oferecer seus preços e vantagens. Ainda de acordo com o autor, os potenciais fornecedores devem passar por uma avaliação junto ao pessoal requisitante. Segundo Viana ( 2002 ), os critérios para a escolha de um fornecedor se fundamentam no tripé: qualidade/preço/prazo. O autor ainda cita quatro pontos importantes a serem relevados quando é feita a escolha de uma carteira de fornecedores: 1) Ter inserido fornecedores cujos produtos ou serviços possam ser de interesse efetivo ou potencial da empresa; 2) Garantir um plantel de fornecedores com padrão acima do mínimo necessário; 3) Despertar o interesse do fornecedor em manter-se atualizado perante as metas da empresa; 4) Antecipar-se ás necessidades de aquisição da empresa. Furtado ( 2005 ), cita dois critérios para a escolha de fornecedores , quantitativo e qualitativo e ressalta ainda, que o último, respectivamente , é composto de subjetividade ( confiança e compatibilidade administrativa ), cabendo qualquer ação e decisão aquele responsável pelo processo. O autor continua , esclarecendo , que a utilização dos critérios depende de como a empresa pretende se relacionar ( parceria ) , do tipo de produto ( rotineiro ou inovador, simples ou complexo ). Na visão de Chiavenato ( 1999 ) , o processo de seleção de fornecedores, é um processo de tomada de decisão , onde é necessário ter objetivos estabelecidos. Existe uma dificuldade em ponderar os valores a cada tomada de decisão . O autor exemplifica citando situações onde um fornecedor tem a melhor qualidade de produto, mas tem sua estabilidade financeira comprometida podendo ainda apresentar promissoras futuras parcerias . 3.14 A importância do processo de seleção de fornecedores: 48 No contexto competitivo em que as empresas se encontram, faz-se necessário o desenvolvimento de diferenciais para sobrevivência em um mercado em constante mudança. Nesse cenário, os critérios de avaliação e seleção de fornecedores podem ser utilizados no contexto do gerenciamento da cadeia de suprimentos. A gestão efetiva desta cadeia consiste em vantagem competitiva para as organizações que a compõem. A concorrência acontece, pois, não mais entre empresas do mesmo ramo, mas sim, entre as cadeias de suprimentos e o seu correto gerenciamento (LANGENDYK, 2002). Segundo Bertaglia (2006) o processo de seleção de fornecedor não é simples. A complexidade aumenta em função das características do item ou serviço a ser comprado, pois as exigências podem ser maiores ou menores. O ato de comprar deixou de ser simplesmente o de efetuar uma cotação de preços. Há três características básicas que devem ser consideradas em um processo de decisão para se selecionar um fornecedor: preço, qualidade e serviço. De acordo com Martins (2005), com o decorrer dos anos, a seleção de fornecedores vem ganhando cada vez mais importância. O aumento no valor dos itens comprados em relação ao total da receita das empresas, a aquisição de produtos de outros países viabilizados pela globalização, a preços competitivos e a crescente velocidade de mudança de tecnologia, acompanhada por uma redução do ciclo de vida dos produtos, são alguns fatores que contribuem para o crescimento da seleção de fornecedores. Para a seleção de fornecedores existem critérios que têm deixado de ser somente aqueles básicos, o preço ao qual o fornecedor oferecia o produto, a qualidade do produto, que deveria atender à especificação mínima requerida pela empresa, e a velocidade de entrega do produto pelo fornecedor. O custo total de aquisição, que considera todos os custos associados à aquisição do produto; a qualidade total oferecida pelo fornecedor (não somente a qualidade mínima necessária); o serviço prestado pelo fornecedor, que além da velocidade de entrega passou a considerar a 49 confiabilidade, o custo de transporte, a consistência e freqüência de entregas e a flexibilidade do fornecedor; a capacidade tecnológica e de processo do fornecedor; sua saúde financeira; e a estrutura e estratégia organizacional do fornecedor, estão entre os novos critérios que passaram a ser adotados. (GOFFIN et al., 1997 apud MARTINS, 2005). Conforme Martins(2005), há vários fatores que influenciam na seleção de um fornecedor , tais como: Habilidade técnica: O fornecedor possui habilidade técnica para produzir ou fornecer o produto desejado? Capacidade produtiva: A produção deve ser capaz de satisfazer às especificações do produto de forma consciente, ao mesmo tempo produzindo o menor número possível de defeitos. Confiabilidade: Ao selecionar um fornecedor, é desejável que se escolha um fornecedor confiável, reputado e financeiramente sólido. Pós-venda: Se o produto tem natureza técnica ou provavelmente necessitará de peças de reposição ou apoio técnico, o fornecedor deve ter um bom serviço de atendimento pós venda. Localização do fornecedor: Algumas vezes é necessário/recomendável que o fornecedor esteja próximo do comprador, ou pelo menos mantenha um estoque local. Preço: O fornecedor deve ser capaz de oferecer preços competitivos, não significando necessariamente o menor preço. Segundo Slack et al. (1999) a definição de com quantos e com quais fornecedores a empresa irá trabalhar faz parte da estratégia de compras. A empresa poderá trabalhar com fornecedores exclusivos para determinados produtos (single sourcing), vários fornecedores para um mesmo produto (multiple sourcing); com uma rede constituída de poucos fornecedores diretos (de primeiro nível) e uma base maior de fornecedores indiretos, que "fornecem para seus fornecedores" (de segundo e terceiro níveis), ou pode trabalhar com fornecedores internacionais (global sourcing). A área de Compras deverá ponderar as vantagens e 50 desvantagens de cada um dos modelos e selecionar o que melhor se adequar (ou os que melhor se adequarem) à estratégia e ao alcance da empresa. O tipo de relacionamento que a empresa pretende manter com os mesmos será também uma condição para a seleção dos fornecedores, é preciso que o setor de compras mantenha uma base de dados extensa sobre fornecedores potenciais e que seja capaz de sugerir alternativas de materiais e serviços para serem considerados Dentro do processo de compras, existem, segundo Pozo (2000, p.139), as seguintes atividades centrais: É preciso que o setor de compras mantenha uma base de dados extensa sobre fornecedores potenciais e que seja capaz de sugerir alternativas de materiais e serviços para serem considerados Assegurar descrição completa das necessidades; Selecionar fontes de suprimentos Conseguir informações de preço; Colocar os pedidos (ordens de compras); Acompanhar (follow up) os pedidos; Verificar notas fiscais; Manter registros e arquivos; Manter relacionamento com vendedores. Conforme Kotler ( 1999 ), na avaliação de fornecedores potenciais, alguns fatores são quantitativos, e é possível atribuir um valor monetário a eles. Outros fatores são qualitativos e sua determinação exige ponderação, geralmente, são determinados de forma descritiva. SQUE quendo Kotler ( 1999 ), existe um método de classificação que pode ser utilizado para combinar esses dois fatores principais (quantitativos e qualitativos). Auxiliando o comprador a selecionar o melhor fornecedor: 51 1. Selecionar os fatores que devem ser considerados na avaliação de fornecedores potenciais. 2. Atribuir um peso a cada fator. Esse peso determina a importância de um fator em relação aos outros. 3. Atribuir uma pontuação para os fornecedores quanto a cada um dos fatores. 4. Classificar os fornecedores. Para Martins (2005), o processo de seleção de fornecedores é de extrema importância no processo de compras. A seleção de fornecedores precisa ser a mais correta, pois caso aconteça o contrário, as necessidades de compras da empresa não serão perfeitamente atendidas e com isso afetará diretamente a demanda, a qualidade e a logística do produto a ser fornecido. 3.15 Tipos de fontes de fornecedores: De acordo com Gurgel (2000), o processo de seleção de fornecedores começa com a avaliação das propostas e a aplicação dos seus critérios para indicar, enfim, o ganhador da concorrência. A partir daí, o fornecedor selecionado deverá estar habilitado para atender as condições epecificadas. Segundo Arnold (1999), há três tipos de fontes de fornecedores, conforme segue: a) fonte única: apenas um fornecedor está disponível para atender as especificações técnicas, devido a patentes, detenção de tecnologia, etc; b) fonte múltipla: mais de um fornecedor para um item, a competição através da concorrência provoca a queda dos preços e melhores serviços; e c) fonte simples: decisão em selecionar um fornecedor para um item quando existem várias fontes disponíveis. O autor destaca ainda, os fatores que influenciam a escolha dos fornecedores, conforme abaixo: a) habilidade técnica: refere-se ao domínio técnico que fornecedor possui sobre os produtos; b) capacidade de produção: o fornecedor deve possuir capacidade de produção com qualidade para as quantidades desejadas e garantir a pontualidade na entrega; 52 c) confiabilidade: é desejável que o fornecedor escolhido seja confiável; d) serviço pós-vendas: o fornecedor escolhido deve ter um serviço de pós- vendas, incluindo atendimento técnico e de reposição de peças; e) localização do fornecedor: uma localização próxima auxilia na redução dos tempos de entrega e do custo com frete: f) outras considerações: fatores em que o fornecedor pode estar agregando para manter a satisfação do cliente; e g) preço: o fornecedor deve ter a capacidade de oferecer preços competitivos na quantidade, na qualidade exigida e no tempo desejado. 3.16 Avaliação de desempenho de fornecedores Dentre as justificativas para adoção da avaliação de fornecedores, Finger (2002) diz que é necessário um acompanhamento periódico, constante e estreito das atividades realizadas entre duas organizações, de modo a fornecer feedbacks. Segundo o autor, essa avaliação deve ser estruturada por meio de um checklist sobre o que será monitorado e controlado, por meio do qual será feito o diagnóstico do desempenho do fornecedor apontando as deficiências que devem ser melhoradas. Juran (1992, apud FINGER, 2002) sugere que o feedback não se limite à insatisfação, mas que reforce as experiências positivas a fim de que sirva de base para a melhoria contínua dos processos e sistemas organizacionais. Pires (2010) relata que desempenho, em relação à gestão da produção, pode ser definido como a informação sobre os resultados derivados dos processos e produtos que permite avaliar e comparar com relação a metas, padrões, resultados do passado e a outros semelhantes. Finger (2002) afirma que é preciso estabelecer e manter uma metodologia de acompanhamento dos fornecedores e de troca rápida e constante de informações, para que se evite ou se corrija situações indesejadas. Nesses sistemas de avaliação, surge a necessidade da implantação de indicadores de desempenho que forneça uma base de dados que possibilite a formação de diagnósticos o quanto mais reais possível da capacidade e desempenho do fornecedor (FINGER, 2002). Ainda conforme o autor, uma avaliação de desempenho consistente oportuniza “cada vez mais melhorias para os clientes e, consequentemente, para os próprios fornecedores, concentrando desta forma o foco nas relações do tipo ganha-ganha” (FINGER, 2002; p.29). 53 Para análise dos fatores qualidade, entrega e serviço, Finger (2002; p.23) destaca que um bom fornecedor deve: Entregar pontualmente; Fornecer qualidade consistente; Oferecer bom preço; Ter antecedentes estáveis; Fornecer bom serviço; Ser responsivoàs necessidades do cliente; Cumprir com o prometido; e Dar apoio técnico. Slack (2008) sugere a utilização de indicadores que mensurem os requisitos genéricos de qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custo do fornecimento, que são os objetivos de desempenho desejados por qualquer operação produtiva e que contribuem para a competitividade da organização, e lista os seguintes fatores para seleção e qualificação de fornecedores:
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