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MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA: INTRODUÇÃO A microbiologia é a ciência que estuda os seres vivos de dimensões da ordem de micrômetros, incluindo bactérias, algas e alguns vírus. Eles estão presentes no homem, nos animais e em todos os locais do planeta, alguns cujo acesso é impossível para o ser humano. Por definição, micro-organismos são todos os organismos unicelulares que só podem ser vistos em preparações para microscópios. São eles: • Bactérias • Leveduras • Algas Microscópicas • Vírus Para conseguirmos observar um vírus, um microscópio deve ter uma capacidade de aumento de 50 mil vezes. São os chamados microscópios eletrônicos. As bactérias, devido a seu tamanho, podem ser observadas em microscópios óticos com aumento de 100 vezes. Bactérias Leveduras Algas Microscópicas Vírus Os Estudos da Microbiologia podem ser aplicados em: Produção de vacinas, melhoria do paladar e durabilidade de frutos na agricultura e na indústria com produtos desses micro-organismos. A grande maioria das doenças em animais e plantas é causada por micro-organismos. Conhecê-los profundamente nos auxilia no diagnóstico e prevenção. Escherichia coli Bactéria presente no cólon. Sua forma alongada, com inúmeros prolongamentos por toda a superfície, permite locomoção. Por muito tempo, as bactérias receberam nomes de cientistas em homenagem à descoberta dessas células. Theodor Escherich identificou-a no cólon (ou intestino grosso): por isso, seu nome é Escherichia coli. Todos os micro-organismos são denominados pelo sistema binomial. O primeiro nome designa o gênero e é escrito em letra maiúscula. Em seguida, vem a espécie (epíteto específico). Ambos devem estar em itálico; se forem manuscritos, sublinhados. Em um texto científico, quando o nome de um micro-organismo já tiver sido descrito, podemos abreviar seu primeiro nome. Exemplo: E. coli. A microrrevolução científica Antes invisíveis - e, por isso mesmo, desconhecidas -, as bactérias acabaram provocando uma revolução no pensamento científico. Isso porque, durante séculos, foram muitas as explicações para o aparecimento de doenças e grandes epidemias, como, por exemplo, a peste negra. O que foi a Peste Negra? A peste negra também foi chamada peste bubônica por provocar inchaços ou bulbos nas glândulas linfáticas. Ela assolou a Europa no século XIV, mas teve início na China, um país dominante nas transações comerciais da época. De lá, essa doença foi capaz de alcançar o velho continente. Como a Europa da Idade Média poderia explicar a origem de algo tão devastador? Sob forte influência católica, a população entendeu a doença como um castigo divino. Existem relatos da época relacionando a passagem do cometa Halley à má sorte e ao início dessa epidemia. Hoje sabemos que a peste negra é causada pela bactéria Yersinia pestis, presente nas pulgas dos ratos. As primeiras células foram descritas por Robert Hooke, filósofo naturalista inglês. Ele foi o responsável pelas traduções dos trabalhos de Leeuwenhoek para a academia de ciências. Mais elaborado, seu microscópio era formado por um sistema de duas lentes. Após esses estudos, ele publicou em 1664 o livro "Micrografia, ou algumas descrições fisiológicas de pequenos corpos, feitas com lentes de aumento, com observações e investigações sobre os mesmos". Suas imagens são impressionantes, ricas em detalhes. Pasteur, um divisor de águas no estudo da microbiologia A vida profissional de Louis Pasteur foi repleta de descobertas e inovações. Ele identificou a fermentação de leveduras em cervejas e vinhos, padronizou o método de esterilização chamado pasteurização e descobriu vacinas. Entre 1880 e 1890, ele produziu as vacinas contra antraz, cólera e raiva. Médico alemão Robert Koch Seus trabalhos provocaram uma evolução tão grande na área porque Koch foi capaz de identificar o Mycobacterium tuberculosis, que provoca a tuberculose, e o Vibrio cholerae (cólera), entre outros micro- organismos. A sua Teoria do Germe deu origem à microbiologia médica pela enorme importância dos seus resultados. Apesar de os postulados de Koch serem considerados extremamente valiosos, hoje sabemos que existem micro-organismos que não crescem em culturas de laboratório e que podemos ter o modelo animal da doença humana. No entanto, felizmente houve avanços em novas técnicas de identificação molecular, o que auxiliou muito nessas descobertas. Após 300 anos de estudo, a microbiologia nos fornece inúmeras ferramentas para que possamos controlar epidemias e o próprio planeta. Exemplos temos muitos: desde a biorremediação, que é o uso de bactérias para recuperar águas contaminadas por petróleo e solos com herbicidas, até a alça microbiana. A teoria sobre a alça foi descoberta há poucas décadas: as bactérias nos sedimentos marinhos promovem o fluxo de carbono para as cadeias tróficas superiores. Dessa forma, elas mantêm a química do planeta.
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