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ANEMIAS: ANEMIA FERROPRIVA As anemias constituem uma condição patológica em que se tem uma diminuição dos valores de hemoglobina no sangue e diminuição também do número de hemácias. As anemias são uma condição secundária a alguma patologia, distúrbio ou de uma disfunção no organismo, sendo fundamental identificar a causa principal dessa anemia, já que se não resolvido, casos de anemia continuarão a acontecer reincidentemente, ainda que forem tratados. Inicialmente sabe-se que as células sanguíneas são formadas a partir de células troncos pluripotentes denominadas ainda de “Stem Cells” que irão dar origem posteriormente a todas as células componentes do plasma sanguíneo. Não é diferente com as células vermelhas, denominadas de hemácias. Os rins irão produzir uma proteína denominada eritropoietina que chega na medula óssea, local de produção e diferenciação além de maturação das hemácias. São formados inicialmente os eritroblastos, ocorre a formação de hemoglobina, que é o principal componente da hemácia e perda do núcleo celular conforme ocorre o processo de maturação. A última célula a ser formada é o reticulocitos que são denominadas hemácias jovens, que depois de 24 horas se tornam hemácias, dando o fim ao processo de maturação. DICA: a terminação “BLASTO” é utilizada para toda e qualquer célula inicial ou imatura de primeira linhagem sanguínea. As hemácias por serem anucleadas não se multiplicam, não se reproduzem. Logo, qualquer problema na produção nessas células é decorrente de problema na medula óssea, sendo os reticulocitos um marcador responsável por evidenciar baixa produção de hemácias, em que reticulocitos baixos indicam a falha e déficit na produção hematopoiética. Em qualquer situação de queda de hemácias, ocorre então um quadro de hipoxemia já que não possuem carregador de O2 no sangue disponível. Nesse momento, os rins são ativados a produzir eritropoietina, e estimular a produção de hemácias na medula óssea cada vez mais. É justamente nesse momento que os reticulocitos aumentam de expressão no sangue que pode ser identificado no hemograma. Pode-se então dividir as anemias em dois grandes grupos de doenças segundo a causa e conforme a contagem de células no hemograma: se os reticulocitos estiverem elevados sangue é indicativo de que a medula óssea e os rins funcionam muito bem conforme o mecanismo, e esse paciente está perdendo hemácias mais do que produzindo como na anemia hemolítica ou em casos de sangramentos agudos, denominado anemia HIPERPROLIFERATIVA. O outro caso é justamente ao contrário, em que se tem um quadro de diminuição dos reticulocitos no sangue, seguido da queda de hemácias. Se tem pouco reticulocitos, a medula não está funcionando corretamente ou os rins não conseguem ter a estimulação necessária, é o caso de anemias carenciais com destaque para carência de ferro, caso de inflamações crônicas ou doenças renais. É chamado anemia HIPOPROLIFERATIVA já que apresenta pouca proliferação de hemácias. FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA A hemoglobina é formada a partir da protoporfirina que é um componente produzido nas mitocôndrias. Esse componente se liga ao ferro, obtido na dieta dando origem ao grupo heme inicialmente. Essa molécula heme, mais especificamente as 4 moléculas heme se ligam a 4 moléculas de globina produzida por codificação genética dando origem a hemoglobina. A hemoglobina é o componente mais importante da hemácia e praticamente o único, é por isso que pode-se pensar que as hemácias constituem nada além de um saco de hemoglobina no sangue. Logo, a definição de anemia é justamente a falta de hemoglobina no sangue. A partir disso, pode-se descobrir a causa da anemia, além de diferenciar as anemias carenciais entre si: quando o problema for na protoporfirina é denominada de Anemia Sideroblástica quando o problema for na deficiência de ferro é denominada de Anemia Ferropriva e quando a deficiência for na formação da globina pode ser Anemia Falciforme que constitui anemia com deficiência qualitativa da hemoglobina, ou Talassemias em que não ocorre produção ideal da hemoglobina, tendo as quantidades reduzidas. Pensando nesse contexto, é possível diferenciar ainda anemia conforme o tamanho das hemácias. Se essas hemácias não tem uma quantidade ideal de hemoglobina, os sacos são bem menores, como ocorre nas anemias Sideroblástica, Ferropriva e Talassemias. Logo, menores as hemácias são, denomina-se de Anemias microcíticas, enquanto na Anemia Falciforme as quantidades de hemoglobina são ideais, mas a qualidade dela é ruim, então as hemácias possuem tamanho normal. DICA: as hemácias diminuídas de tamanho por conta da queda de hemoglobina em seu interior, também sofre com perda da cor, logo, tornam-se pálidas e hipocromicas. Todo tipo anemia microcíticas é também hipocromica. Agora pensando no ferro quantitativamente, se está baixo ou diminuído é um sinal claro de anemia Ferropriva ou de doença crônica. No entanto, se encontra-se aumentado indica que algum outro componente da formação da hemoglobina não está ideal para se ligar ao ferro sobrando, é o caso das anemia Sideroblástica (sidero = ferro) e Talassemias resultantes de uma diminuição quantitativa de hemoglobina. HEMOGRAMA HEMÁCIAS: indicativo de alterações podem dar suspeita de um sangramento ativo ou problemas na produção hemácias na medula óssea. Observar também os Reticulocitos para ter o diagnóstico do local do problema. HEMOGLOBINA: os valores de Hb são fundamentais e padrão ouro para busca etiológica da doença, valores diminuídos são indicativos de alguma falha na cascata de produção, levando as anemias microcíticas e hipocromicas. HEMATÓCRITO: relaciona-se com a quantidade de hemácias em comparação a todo o restante do plasma, é uma unidade relativa que pode se alterar conforme a volemia sanguínea do paciente. Geralmente o valor é 3X mais do que a Hb. VCM: é o Volume Corpuscular Médio que indica tamanho das hemácias do paciente. Valores elevados são indicativos casos de hemácias macrocíticas. Podem ser normocítica ou ainda microcíticas se forem diminuídas. HCM/CHCM: refere-se a hemoglobina corpuscular média que indicam a quantidade de hemoglobina presente dentro cada hemácia. Esses parâmetros servem para definir as cores das hemácias, podendo ser hipocromica, normocromica ou ainda hipercromica se obtiver muita hemoglobina. RDW: é o desvio médio do tamanho das hemácias, podendo indicar hemácias de diferentes tamanhos. São encontrados mais aumentados nos casos de anemias carenciais com uma falta de hemoglobina, em que algumas possuem hemoglobina normal enquanto outras hemácias possuem pouca. O RDW é aumentado muita das vezes na anemia Ferropriva. RETICULÓCITOS: são as células anteriores as hemácias, em que seus valores são indicativos principalmente exclusão de anemia hemolítica se tiverem elevados. Se tiverem baixos são indicativos de problemas medulares ou renais. Lembrando em caso de problemas na medula óssea, outros componentes do sangue também estão diminuídos como plaquetas e leucócito ou glóbulos brancos já que a célula tronco e a medula são bem insuficientes. Temos uma pancitopenia. CLASSIFICAÇÃO MICROCÍTICAS: tamanho das hemácias é menor do que esses valores de referência anteriores, geralmente ocorrendo por conta da diminuição dos valores de hemoglobina (saco vazio) em que se destaca: Anemia Ferropriva, Anemia por doenças crônicas, Talassemias e Anemia Sideroblástica genética. NORMOCÍTICAS: hemácias de tamanho normais, problemas estão fora da medula óssea como casos de anemia hemolítica, insuficiência renal, Anemias Anaplásicas. No entanto, podem ocorrer em casos de Anemia Ferropriva e Anemia por doenças crônicas também. MACROCÍTICAS: hemácias de tamanhos elevados, ocorrem em casos de AnemiaMegaloblástica, Etilismo Crônico e ainda na Anemia Sideroblástica mas de forma adquirida sendo a principal causa justamente o etilismo crônico. LEMBRETE: É fundamental analisar todos os dados dentro do hemograma já que pode ocorrer, raramente, de pacientes ter a presença de dois tipos de anemias em conjunto como casos de anemia falciforme associado a anemia Ferropriva ou ainda a Talassemias. Lembrando que anemia falciforme não causa diminuição do tamanho das hemácias, apenas alterações nas estruturas da hemoglobina, denominada de hemoglobina S. ANEMIA FERROPRIVA A anemia Ferropriva é caracterizada pela diminuição do ferro no organismo, o que leva a diminuição na síntese também da hemoglobina já que o ferro é indispensável na formação dos grupos heme. Caracterizado pela deficiência de hemoglobina e ferro, pode apresentar hemácias microcíticas e hipocromica mas infelizmente também apresenta quadros de hemácias do tipo normocromica. O quadro clinico é bastante característicos com a presença da síndrome anêmica com fadiga, palidez, astenia, cefaleia, pode apresentar ainda angina em casos de cardiopatas por conta do efeito reflexo da hipoxemia com aumento dos batimentos cardíacos e frequência cardíaca. No entanto, convém observar também os sintomas que estão relacionados a carência nutricional já que o ferro é obtido em especial na dieta, se existe pouco ferro, a carência e déficit da nutrição daquele paciente está presente. Sintomas como a glossite que consiste na língua inchada, dolorida e vermelha, quielite angular que são pequenas feridas no canto da boca, a deficiência de ferro pode provocar perversão do apetite que é a PICA como comedor de terra, tijolos e de gelo (pagofagia) característico de pacientes deficientes de ferro, coiloníquia que representa depressão da unha ou da camada ungueal em que o paciente apresenta unha em forma de “colher”. Outro sinal é a disfagia de Plummer-Vinson em que se tem fibrose das paredes esofagianas. “A síndrome de Plummer-Vinson, também conhecida como síndrome de Patterson-Kelly, caracteriza-se por disfagia cervical, deficiência de ferro e presença de membrana esofágica. É uma síndrome rara, incomum antes de 30 anos1 e afeta, principalmente, mulheres brancas, entre 40 e 70 anos de idade” CICLO DO FERRO O ferro é um mineral indispensável na produção das células vermelhas, principalmente os eritrócitos já que atua também na síntese do grupo heme na medula óssea. Apesar de muitos alimentos possuírem grande quantidade de ferro dentro sua composição como carnes vermelhas, hortaliças escuras como brócolis, agrião e espinafre a absorção do ferro é muito baixa dentro do organismo, sendo que apenas 30% do que consome é absorvido pelos enterócitos durante a digestão. DICA: é por esse motivo de baixa absorção do ferro que muito pediatras ou médicos passam o sulfato ferroso juntamente com a vitamina C ou ácidos ascórbico já que o ferro possui a absorção aumentada se consumido junto componentes mais ácidos. Ao ser absorvido pelo organismo, o ferro se aloja dentro dos enterócitos que são as células intestinais. Para conseguirem ser levados até a medula óssea existe uma proteína chamada de TRANSFERRINA que realiza o TRANSporte desse ferro até a medula óssea para produção da hemoglobina posteriormente nesse local. Quando uma hemácia chega a 120 dias de vida é destruída no baço. Lembrando que para ser destruída é necessário então que todos seus componentes sejam degradados: a globina é eliminada pelos macrófagos do baço, a protoporfirina é então transformada em bilirrubina indireta no fígado e também em bilirrubina direta para ser eliminada (lembrando que a maior fonte de bilirrubina do corpo é justamente as hemácias) e o ferro pode ser alojado de duas maneiras, ou novamente for levado pela transferrina para a medula óssea para síntese de novas hemácias, ou ficar armazenado na forma de ferritina no fígado. DICA: observa-se que não existe nenhum tipo de excreção do ferro dentro do organismo de maneira fisiológica. É por esse motivo que a absorção do ferro é muito baixa, todo ferro que é absorvido fica dentro do organismo. Caso a absorção fosse muito elevado, o ferro impregnaria em todo organismo como um “homem de ferro”. Mas então como poderíamos ter um balanço negativo ferro se o ferro nunca sai do organismo? A resposta é simples, esse organismo está perdendo mais ferro do que ganhando, nesse caso situações como sangramentos, parasitas que começam a roubar ferro do organismo e crescimento corporal que exige maior quantidade de ferro são exemplos. Associado claro a uma dieta rica em ferro na grande maioria das vezes. Ao diminuir o ferro, e o balanço se tornar negativo, é avisado ao organismo para iniciar o consumo das reservas ferritina do corpo. Se essa reserva acabar ou não resolver a deficiência, o fígado é alertado para pegar mais ferro nos enterócitos, logo a transferrina também vai aumentar. Então em um primeiro momento, a transferrina é elevada já o nível de ferritina sofre uma queda importante já que se tem o consumo das reservas de ferro no organismo. Se ambos esses mecanismos não resolverem a deficiência, depois de mais ou menos 3 meses ocorre uma diminuição no ferro sérico, assim como diminuição da hemoglobina. Nesse momento, a medula óssea percebe a queda de ferro e a deficiência na produção de hemoglobina, e na tentativa de carregar mais as hemácias com a menor quantidade que há de hemoglobina, dessa forma, ocorre diminuição na síntese de hemácias (eritropoiese). É por esse motivo que primeiro momento da anemia Ferropriva encontra-se hemácias do tipo normociticas. Caso com o passar do tempo a hemoglobina diminua cada vez mais, ocorre então uma deficiência também na produção das hemácias, formando hemácias menores com muito pouca hemoglobina, temos a fase microcíticas junto com a perda de coloração hipocromica, sendo uma fase mais avançada. É mais comum que se encontrem anemia ferropriva com hemácias normociticas (VCM normal) do que hemácias microcíticas (VCM baixo). Em resumo, no início da anemia por conta de todos esses tipos de mecanismos, as hemácias apresentam caráter normal com normocítica e normocromica. Com o passar do tempo e com as quedas acentuadas de hemoglobina ocorre diminuição das hemácias, se tornando hipocromica e microcíticas. Outro fator que aumenta é a TIBC ou ainda Capacidade Total de Combinação do Ferro que consiste justamente na ligação da transferrina com o ferro nos enterócitos para levar o ferro até a medula óssea. Quantitativamente os valores da TIBC são aproximadamente o dobro da quantidade de transferrina no organismo, a grosso modo, representa a transferrina por ser uma maneira mais fácil de dosar a transferrina. Existe ainda uma formula possível para calcular a saturação da Transferrina que é justamente a quantidade total de ferro por quantidade total de TIBC, ou seja, de sítios disponíveis para a ligação. Geralmente esses valores ficam normais em torno de 30% a 40% tendo mais sítios de ligação/transferrina do que a quantidade de ferro no organismo. Concluindo, na anemia ferropriva os índices de ferritina estão diminuídos, sendo os primeiros a caírem já que a reserva deve ser consumida, os ESTOQUES DIMINUEM. Já a transferrina se encontra aumentada, já que precisa chegar mais ferro medula óssea, o TRANSPORTE AUMENTAM. E por fim os níveis ferro sérico estão diminuídos obviamente devido à falta de ferro ou a perda maior do que o ganho na dieta, FERRO DIMINUI. Os outros parâmetros são sinônimos, como a TIBC aumentada por aumento da transferrina e o aumento da protoporfirina pela mesma lógica do aumento de ferro que ocorre na anemia Sideroblástica: pouco ferro disponível faz com que se tenha a sobra da protoporfirina na formaçãodo grupo HEME. CONDUTA NA ANEMIA FERROPRIVA A conduta é baseada em dois aspectos importantes, sendo o primeiro deles uma busca pela etiologia daquela anemia que já como foi dito, é uma apresentação clínica secundária por conta de algum problema primário no organismo. Quando se trata de crianças, deve-se desconfiar do desmame precoce já que o leite materno é uma importante fonte de ferro e deve ser administrada concomitantemente ao crescimento dessa criança pelo menos até 2 anos de idade. Outra causa menos comum, mas presente, é a ancilostomose ou ancilostomíase que consiste numa infecção por parasita Ancylostoma que é um hematófago, consumindo sangue do paciente e também o ferro presente. Lembrando sempre que sangue = ferro. Já em pacientes adultos são dois os quadros principais dessa causa de anemia ou perda de ferro acentuada, nos casos das mulheres, a hipermenorreia principalmente com fluxos muito intensos de sangue. Outro fator é algum sangramento crônico no TGI, sendo que sangramentos agudos não entram nesses casos já que diminuição de sangue agudamente provocam a anemia hiperproliferativa com aumento de reticulocitos. Em todos os pacientes acima de 50 anos com anemia ferropriva deve-se realizar Colonoscopia E Endoscopia Digestiva Alta. O tratamento da anemia ferropriva é tratada de maneira bem simultânea a investigação da etiologia causadora do quadro de anemia. É indicado Sulfato Ferroso 300 mg (60 mg de Fe) 3x ao dia durante um período de 6 meses a 01 ano já que ele possui um quadro crônico de extrema perda de ferro durante longos períodos que levou ao consumo total da reserva e não se esquecer que a absorção do ferro é absurdamente muito baixa. Uma maneira de avaliar se está realizando o tratamento ou se o organismo está respondendo a terapia é avaliando valores de reticulocitos no organismo. Se após o início do tratamento os reticulocitos aumentaram muito é indicativo de que tudo está conforme os padrões já que a medula voltou a produzir hemácias normalmente com estimulo da eritropoietina nos rins. Pode-se suspender a terapia também se os valores dessa ferritina forem maiores que 50 ng/ml em adultos ou maiores que 30 mg/ml em crianças. Já o Ferro quelato é atualmente o ferro oral mais indicado devido a maior disponibilidade, não prejudica com a dieta ou alimentos ingeridos e principalmente por apresentar menores indicies de toxicidade local e de efeitos adversos contra a mucosa intestinal por exemplo. Sua adesão a esse tratamento é muito maior do que do sulfato ferroso e dos sais férricos. E o uso de ferro endovenoso é bastante raro de ser usado com exceção de casos bastante específicos como casos de intolerância ao ferro oral, falha na resposta ao ferro oral, resposta terapêutica rápida e recusa a transfusão hemácias. ANEMIA POR DOENÇA CRÔNICA Algumas doenças auto imunes, como Lúpus, inflamatórias, as doenças infecciosas e até neoplásicas como é o caso paciente durante a pratica no hospital. O que ocorre nesses casos é um aumento na produção de citoquinas através de um processo da resposta inflamatória inicial produzida no fígado. Nesse momento, o fígado produz outra proteína denominada de hepcidina que atua diretamente no metabolismo do ferro aumentando o aprisionamento do ferro absorvido na forma de ferritina, impedindo que esse ferro seja utilizado. Além do mais faz com que diminua a absorção de ferro pelo TGI, tendo como consequência um aumento dos valores de reserva, ou seja, da ferritina e diminuição do ferro sérico. Assim sendo, no laboratório da anemia ocasionada por algum tipo de doença da mesma maneira que ocorre na anemia do tipo ferropriva o ferro sérico está diminuído. No entanto, há algumas diferenças importantes e que devem ser lembradas pelo diagnostico diferencial: a ferritina está elevada devido ao aumento das reservas pela hepcidina, enquanto a transferrina está diminuída, assim como o TIBC e a saturação da mesma transferrina. É condizente concluir portanto, que a ferritina é um importante e fundamental marcador de inflamação ou de caráter inflamatório dentro do organismo.
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