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SEGURADOS DO RGPS

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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
Segurados do RGPS
Livro Eletrônico
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Segurados do RGPS ........................................................................................................................................................4
Regime Geral de Previdência Social .....................................................................................................................4
Beneficiários do RGPS ..................................................................................................................................................6
Filiação ...................................................................................................................................................................................7
Inscrição ................................................................................................................................................................................9
Segurado Obrigatórios ...............................................................................................................................................13
Contribuinte Individual .............................................................................................................................................. 28
Segurado Facultativo..................................................................................................................................................49
Trabalhadores Excluídos do RGPS ......................................................................................................................51
Resumo ...............................................................................................................................................................................54
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................57
Gabarito ..............................................................................................................................................................................64
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................65
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Bernardo Machado
ApresentAção
Querido(a) aluno(a)! Inicialmente, espero que você tenha gostado da nossa aula inaugural!
Na aula de hoje, inicia-se o estudo em relação ao Regime Geral de Previdência Social 
(RGPS), estudando os temas filiação e inscrição, segurados obrigatórios do RGPS, segurado 
facultativo e os trabalhadores excluídos do RGPS!
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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SEGURADOS DO RGPS
regime gerAl de previdênciA sociAl
Conforme determina o art. 6º do Decreto n. 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social 
- RPS), a previdência social compreende o regime geral de previdência social (RGPS) e os regi-
mes próprios de previdência social (RPPS) dos servidores públicos efetivos e dos militares dos 
Estados e do Distrito Federal (DF).
O RGPS ampara os trabalhadores da iniciativa privada, além dos servidores públicos efe-
tivos não amparados pelos RPPS.
Isso ocorre pelo fato de diversos municípios do país não possuírem servidores públicos 
efetivos, que passaram em concurso público de provas ou de provas e títulos, suficientes que 
mantenham o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
Dessa forma, a Lei n. 9.717/98, lei que regulamenta as regras gerais para a organização e 
o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Fe-
deral, veda a criação do RPPS sem que o ente da federação possua um número mínimo de 
segurados que consigam manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
Ademais, atualmente, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), foi in-
serido o § 22 no art. 40 da CF/88, o qual veda a instituição de novos regimes próprios de pre-
vidência social.
Portanto, os RPPS existentes na data da entrada em vigor da EC n. 103/19 persistem, en-
quanto não forem extintos, não podendo ser criados novos RPPS.
EXEMPLO
Imagine, portanto, um determinado município da federação, o qual preenche todos os requisi-
tos previstos na CF/88 e na Lei n. 9.717/98 para fins de criação de RPPS a favor de seus ser-
vidores públicos efetivos, mas, que na data da entrada em vigor da EC n. 103/19, não possuía 
tal regime a favor destes servidores. Após a citada EC, o citado município deseja criar RPPS a 
favor de seus servidores públicos efetivos. Dessa forma, indaga-se: será possível a criação do 
citado RPPS? Não, pois o art. 40, § 22 da CF/88 veda a instituição de novos regimes próprios 
de previdência social.
Uma vez que não pode mais ser criado RPPS pelo ente da federação que não criou o cita-
do regime antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), esses servido-
res públicos efetivos ficam a margem da previdência social brasileira?
Nunca! Eles irão ficar vinculados ao RGPS.
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É por isso que o RGPS ampara os trabalhadores da iniciativa privada e os servidores públi-
cos efetivos não amparados por RPPS.
Já os RPPS amparam os servidores públicos efetivos, quando o ente da federação possui 
regime próprio, além dos militares dos Estados e do DF.
Cabe ressaltar que a União e todos os Estados da Federação possuem RPPS. Em relação 
aos Municípios, apenas alguns possuem RPPS, como é o caso, por exemplo, do município do 
Rio de Janeiro e do município de São Paulo.
Importante frisar que a União ainda possui a incumbência do pagamento da inatividade re-
munerada dos membros das Forças Armadas, as quais são instituições nacionais, permanen-
tes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema 
do Presidente da República e dentro dos limites da lei, constituídas pela Marinha, pelo Exército 
e pela Aeronáutica, e destinam-se a defender a Pátria e a garantir os poderes constituídos, a 
lei e a ordem.
Os militares das Forças Armadas possuem um tratamento previdenciário diferenciado, 
uma vez que estes não se aposentam, mas sim recebem uma inatividade remunerada, seja 
na condição de reserva remunerada, seja na condição de reformados. Tais valores, conforme 
preceitua o art. 53-A da Lei n. 6.880/80 (Estatuto dos Militares), são encargos financeiros do 
Tesouro Nacional.
Cabe apenas mencionar a diferença entre a reserva e a reforma domilitar. A diferença re-
side principalmente na disponibilidade do militar para, em caso de necessidade, ser reincorpo-
rado ao serviço ativo das Forças Armadas em situações extremas como, por exemplo, estado 
de guerra ou estado de sítio. Tal reincorporação ocorre no caso do militar na reserva e não no 
caso do militar reformado. Portanto, enquanto o militar na reserva segue à disposição das For-
ças Armadas, o militar reformado está definitivamente afastado.
Além dos regimes básicos listados acima, ainda temos, na estrutura da previdência social 
brasileira, a previdência complementar.
A previdência complementar privada se subdivide em aberta, acessível a todos, e fechada, 
acessível apenas a certos beneficiários, como, por exemplo, os empregados de determinada 
empresa (Petros – acessível aos funcionários da Petrobras ou Previ – acessível aos funcio-
nários do Banco do Brasil). São os famosos fundos de pensão, os quais são fiscalizados pela 
PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar).
Por fim, há, ainda, a previdência complementar a ser instituída pelo ente da federação a 
favor dos seus servidores públicos efetivos, as quais apenas poderão oferecer plano de bene-
fícios na modalidade contribuição definida, o qual será efetivado por intermédio de entidade 
fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência complementar, 
nos termos do art. 40, § 15 da CF/88.
A partir do momento em que seja criada a citada previdência complementar, os servidores 
públicos efetivos passarão a se aposentar pelos RPPS com o mesmo teto aplicado aos be-
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neficiários do RGPS, recebendo a complementação do benefício da entidade de previdência 
complementar, caso venha a aderir ao citado regime, tendo em vista o seu caráter facultativo.
A título de exemplo, no âmbito federal, a partir de 04/02/2013, data da publicação da Por-
taria n. 44 da PREVIC, a qual aprovou o regulamento do plano executivo federal, administrado 
pela Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo 
- Funpresp-Exe, entrou em vigor o regime de previdência complementar para os servidores pú-
blicos efetivos vinculados ao Poder Executivo.
Assim, o servidor público federal vinculado ao Poder Executivo, que ingressar no serviço 
público após 04/02/2013, contribui com o percentual de 11,69% (aplicação da nova tabela pro-
gressiva, a qual será melhor explicada no momento oportuno na presente obra) sobre o limite 
máximo do RGPS, da mesma forma que os benefícios de aposentadorias e pensões também 
estão limitados ao limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.
Demonstra-se, por meio de um esquema ilustrativo, a estrutura da previdência social 
brasileira.
Previdêcia 
Social 
Brasileira
Regimes 
Básicos
RGPS
Trabalhadores da iniciativa privada e 
servidores públicos efetivos não 
amparados por RPPS
RPPS Servidores Públicos Efetivos e Militares dos Estados e do DF
Previdência 
Complementar
Privada
Aberta
Fechada
Servidores Públicos
Aberta
Fechada
Passa-se a estudar o RGPS.
Beneficiários do rgps
Os beneficiários do RGPS são as pessoas físicas que fazem jus a uma prestação previ-
denciária, seja essa prestação um benefício ou um serviço.
Os beneficiários, como gênero, têm como espécies os segurados e os seus dependentes.
Os segurados se dividem em segurados obrigatórios e facultativos.
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Já os segurados obrigatórios se subdividem em segurados empregados, empregados do-
mésticos, contribuinte individuais, trabalhadores avulsos e os segurados especiais.
Beneficiários 
do RGPS
Segurados
Obrigatórios
Empregado
Empregado Doméstico
Contribuinte Individual
Trabalhador Avulso
Segurado Especial
Facultativo
Dependentes
filiAção
A filiação é o vínculo jurídico que se cria entre a previdência social brasileira e a pessoa 
física, de onde decorrem direitos e obrigações.
Uma vez que o nosso sistema tem como característica a filiação compulsória, caso a pes-
soa exerça atividade remunerada, estará filiada ao sistema.
Veja o seguinte caso prático!
EXEMPLO
Imagine uma pessoa que passa a vender produtos de porta em porta. Perceba que essa pessoa 
está exercendo uma atividade remunerada. Portanto, estará filiada ao RGPS, ou seja, foi criado 
o vínculo jurídico entre essa pessoa e o RGPS, de onde decorrem direitos e obrigações. Uma 
vez que o sistema tem a característica de ser contributivo, essa pessoa deverá contribuir.
Pergunta: e se essa pessoa não quiser contribuir? Resposta: ela não tem essa faculdade. Essa 
pessoa será obrigada a contribuir, sob pena de estar devedora em relação à previdência social.
A filiação para o segurado obrigatório é completamente diferente em relação ao segurado 
facultativo. Enquanto que para o segurado obrigatório a filiação decorre do exercício da ativi-
dade remunerada, para o segurado facultativo, a filiação decorre de um ato de vontade.
Lembre-se que o segurado facultativo é aquela pessoa, maior de 16 anos, que não exerce 
uma atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório (exemplo: dona de casa).
Dessa forma, essa pessoa só terá o amparo do RGPS se demonstrar a vontade (ato voli-
tivo) de se filiar ao sistema. Portanto, para o segurado facultativo, a sua filiação decorre de 
sua inscrição (ato onde o segurado é cadastrado no RGPS), a qual é formalizada com o 1º 
pagamento.
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Visualiza-se esquematicamente a diferença entre a filiação do segurado obrigatório e a 
filiação do segurado facultativo:
Aquele segurado que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada é 
obrigatoriamente filiado em relação a cada uma dessas atividades.
EXEMPLO
Imagine, portanto, um professor que presta serviço para uma escola e, ao mesmo tempo, 
ministra aulas particulares. Esse professor estará filiado ao RGPS como segurado empregado 
em relação à escola e filiado ao RGPS como contribuinte individual em relação às aulas parti-
culares.
Por fim, cabe ressaltar que para um único caso de segurado obrigatório a sua filiação não 
irá decorrer do exercício da atividade remunerada.
É o caso do trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física (PRPF) para o 
exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do 
período de um ano.
Apesar desse trabalhador rural ser um segurado empregado do RGPS (art. 9º, I, “r” do De-
creto n. 3.048/99), a sua filiação não decorre do exercício da atividade remunerada, mas sim 
em declaração prevista em ato do Secretário Especial da Receita Federal do Brasil do Minis-
tério da Economia por meio de identificação específica (atualmente, o eSocial).
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A GFIP/eSocial é uma obrigação acessória (obrigação de fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa) que a empresa está obrigada a cumprir. Nesse caso, a empresa será o produtor rural 
pessoa física (equiparado a empresa). O produtor rural pessoa física está obrigado a entregar 
a GFIP/eSocial e, uma vez entregando a GFIP/eSocial, estará criando a filiação do trabalhador 
rural a seu serviço junto ao RGPS.
Por fim, cabe mencionar que o exercício de atividade prestada de forma gratuita e o serviço 
voluntário, nos termos do disposto na Lei n. 9.608/98, não geram filiação obrigatória ao RGPS.
Resumo de 
Filiação
Filiação é o vínculo jurídico que se cria entre a pessoa física e o 
RGPS, de onde decorrem direitos e obrigações.
Filiação do segurado obrigatório decorre do exercício da 
atividade remunerada, salvo o trabalhador rural que trabalha 
para PRPF por prazo não superior a 2 meses dentro do período de 
1 ano, em que, nesse caso, a filiação decorre de sua inclusão na 
GFIP/eSocial. 
Aquele segurado que exerce, concomitantemente, mais de uma 
atividade remunerada é obrigatoriamente filiado em 
relação a cada uma dessas atividades.
Filiação do segurado facultativo decorre da inscrição 
formalizada com o 1º Pagamento.
inscrição
A inscrição é um ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, mediante comprovação 
dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização.
Ainda que aparentemente seja um tema muito fácil para fins de provas de concurso públi-
co, alguns detalhes devem ser mencionados.
Primeiramente, o segurado, para fins de que sejam vertidas as suas contribuições para o 
RGPS, deve possuir um número de identificação do trabalhador no Cadastro Nacional de Infor-
mações Sociais (CNIS).
Tal identificação poderá ser feira pelo NIT, também conhecido como NIT (número de iden-
tificação do trabalhador), único, pessoal e intransferível, independentemente de alterações de 
categoria profissional; ou pelo Cadastro de Pessoas Físicas - CPF.
O NIT pode ser o número do PIS (Programa de Integração Social), PASEP (Programa de For-
mação do Patrimônio do Servidor Público), SUS e um número que identifique a pessoa apenas 
para fins previdenciários.
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Ademais, ao segurado cadastrado no PIS, no Pasep ou no NIS (Número de Identificação 
Social) não caberá novo cadastramento.
Para muitos, possuir um número é a inscrição do segurado!
Pergunta: se o conceito de inscrição fosse esse, como explicar que o segurado que exerce, 
concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS será obrigatoriamen-
te inscrito em relação a cada uma delas? Isso quer dizer que o segurado terá tantos NIT quanto 
forem essas atividades? Resposta: Não!
Vamos entender o conceito de inscrição por meio de um caso prático!
EXEMPLO
João é professor de matemática e ministra aulas em uma determinada escola “A”. Além de 
ministrar aulas de matemática nessa escola, João ministra aulas particulares em sua casa.
João, ao ser admitido pela escola A, fornece o número do seu PIS. Dessa forma, a escola 
A está obrigada a pagar as contribuições previdenciárias em relação à remuneração paga a 
João, efetuar o desconto de suas contribuições, além de informar os dados de João para a 
previdência social, por meio da GFIP/eSocial.
Quando a empresa entrega a GFIP/eSocial, essas informações migram para o banco de dados 
do INSS, mais conhecido como CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais).
A partir do momento que as informações migram para o banco de dados do INSS, essa autar-
quia federal fica sabendo que João, CPF tal, n. de PIS tal, exerce atividade na escola A receben-
do um valor mensal de tanto.
Ou seja, a partir do momento que a empresa entrega a GFIP/eSocial, é feita a inscrição do 
segurado em relação a essa atividade.
Em relação às aulas particulares, João deverá contribuir por conta própria, desde que não con-
tribua em relação ao limite máximo mensal previsto na legislação (será visto esse limite em 
aulas futuras).
Imaginando que não contribua pelo limite máximo, João será obrigado a contribuir por meio 
de uma guia, conhecida como Guia de Previdência Social (GPS). Nessa guia, João irá colocar o 
código de pagamento (contribuinte individual mensal), a competência de recolhimento, o iden-
tificador, que nada mais é do que o n. do seu PIS, e o valor da contribuição social.
Uma vez efetuado o pagamento, essas informações migrarão para o banco de dados do INSS.
Assim, o INSS irá visualizar, além da atividade exercida na escola A, a qual ele estará inscrito 
junto ao INSS como segurado empregado, que João exerce atividade remunerada como con-
tribuinte individual.
Perceba que João, efetuando o seu pagamento, estará realizando a sua inscrição em relação 
a essa atividade.
Percebe-se, portanto, que João é cadastrado junto ao RGPS como segurado empregado e 
como contribuinte individual.
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Ademais, com a entrada em vigor da LC n. 150/15, cabe ao empregador doméstico reali-
zar a inscrição do empregado doméstico ao seu serviço para fins de inclusão no FGTS. Essa 
inclusão é feita por meio de um sistema, o qual é conhecido como o eSocial. Portanto, a partir 
de 01/10/2015, o empregador doméstico, por meio do eSocial, faz o seu cadastramento, bem 
como a do empregado doméstico a seu serviço. Uma vez feito esse cadastramento, o empre-
gador doméstico gera folha de pagamento, e gera uma guia única que consolida os recolhi-
mentos tributários (contribuição previdenciária e IRRF, se for o caso), bem como os valores 
devidos para o FGTS. Essa guia única é conhecida como DAE (Documento de Arrecadação do 
eSocial). Uma vez prestada essas informações pelo eSocial, não é apenas feita a inclusão no 
FGTS, mas também para fins previdenciários.
Dessa forma, conclui-se que a inscrição do segurado empregado é feita pela própria empresa, 
assim como do trabalhador avulso e do contribuinte individual, a partir de 04/2003, quando 
presta serviço para a empresa, bem como, com a entrada em vigor da LC n. 150/15, cabe ao 
empregador doméstico fazer a inscrição do empregado doméstico a seu serviço.
Para os demais casos (contribuinte individual, que presta serviço por conta própria, segurado 
especial e segurado facultativo), a inscrição é feita pelos próprios segurados.
A inscrição no RGPS exige a idade mínima de 16 anos. A única exceção a essa regra é o 
menor aprendiz.
O art. 7º, XXXIII da CF/88 proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e 
de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.
Portanto, a única possibilidade de inscrição abaixo dos 16 anos de idade é o menor apren-
diz, cuja inscrição é a partir dos 14 anos.
Por fim, cabe ressaltar mais uma proteção destinada para o segurado especial.
Para o segurado especial, permite-se a sua inscrição post mortem (após a morte), desde 
que presentes os pressupostos da filiação.
Ou seja, os dependentes do seguradoespecial poderão efetuar a inscrição do segurado 
mesmo após a sua morte, quando forem solicitar a pensão por morte. É importante perceber 
que os pressupostos da filiação devem estar presentes, ou seja, deve ser comprovado que o 
segurado exercia a atividade rural, ou de extrativismo vegetal ou de pesca artesanal, em regime 
de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros.
Por uma conclusão lógica, não será admitida a inscrição post mortem de segurado contri-
buinte individual e de segurado facultativo, conforme prevê o art. 17, § 7º da Lei n. 8.213/91.
A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao seu grupo familiar e 
conterá, além das informações pessoais:
• A identificação da propriedade em que é desenvolvida a atividade e a informação de a 
que título ela é ocupada;
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• A informação sobre a residência ou não do segurado na propriedade em que é desenvol-
vida a atividade, e, em caso negativo, sobre o Município onde reside; e
• Quando for o caso, a identificação e a inscrição da pessoa responsável pelo grupo fami-
liar.
O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário do imóvel rural 
ou da embarcação em que desenvolve sua atividade deve informar, no ato da inscrição, con-
forme o caso, o nome e o CPF do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou 
assemelhado.
Resumo de 
Inscrição
A inscrição é um ato pelo qual o segurado é cadastrado 
no RGPS.
A inscrição só é possível a partir dos 16 anos, salvo o 
menor aprendiz (a partir dos 14 anos).
Aquele segurado que exerce, concomitantemente, mais de 
uma atividade remunerada é obrigatoriamente inscrito 
em relação a cada uma dessas atividades.
A inscrição do segurado empregado, trabalhador avulso e 
contribuinte individual, que presta serviço para a 
empresa a partir de 04/2003, é feita pela própria 
empresa, bem como a inscrição do empregado doméstico 
é feita pelo empregador doméstico. A inscrição dos 
demais segurados é feita pelos próprios.
É possível a inscrição post mortem do segurado especial, 
desde que presentes os pressupostos da filiação.
Não será admitida a inscrição post mortem de segurado 
contribuinte individual e de segurado facultativo
001. (CESPE/DPU/2010/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Quanto à filiação do segurado 
obrigatório à previdência social, vigora o princípio da automaticidade, segundo o qual a filiação 
desse segurado decorre, automaticamente, do exercício de atividade remunerada, independen-
temente de algum ato seu perante a previdência social. A inscrição, ato material de registro 
nos cadastros da previdência social, pode ser concomitante ou posterior à filiação, mas nun-
ca, anterior.
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A filiação é o vínculo jurídico que se cria entre a pessoa física e o RGPS, de onde decorrem direi-
tos e obrigações. A filiação para o segurado obrigatório decorre automaticamente do exercício 
de atividade remunerada. Portanto, independe de qualquer formalidade. Já a inscrição é o ato 
pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS.
Certo.
segurAdo oBrigAtórios
Empregado
Conforme determina a legislação previdenciária, segurado empregado é aquele que presta 
serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação 
e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado.
Pode-se observar, portanto, 4 características básicas: pessoalidade, não-eventualidade, 
subordinação e onerosidade.
A pessoalidade significa que o empregado não se pode fazer substituir por outra pessoa, 
uma vez que o contrato de trabalho é intuitu personae, ou seja, é personalíssimo.
A não-eventualidade, como a própria legislação previdenciária define, é quando o serviço 
prestado está relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa.
Quando falamos em subordinação não estamos falando de subordinação econômica e 
sim de uma subordinação jurídica. Ou seja, pela subordinação o empregado sujeita o exercício 
de suas atividades laborais à vontade do empregador, uma vez que o mesmo detém o poder 
para dirigir, regulamentar, fiscalizar e punir.
Por fim, a onerosidade se refere ao valor a ser pago pela contraprestação do servi-
ço prestado.
Feita essa sucinta análise, devem ser verificadas as hipóteses previstas no art. 9º, I do De-
creto n.. 3.048/99.
Características do Empregado
Pessoalidade Não-eventualidade Subordinação Onerosidade
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a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob 
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
O art. 9º, I, “a” elenca a definição clássica de segurado empregado, já estudada inicialmente.
O diretor empregado é aquele que é contratado ou promovido para ser diretor de uma so-
ciedade anônima, mantendo as características inerentes a uma relação de emprego.
Dessa forma, tem direito ao FGTS, 13º salário, férias, no caso de uma despedida arbitrária 
terá direito ao aviso prévio, 40% de multa no FGTS...
Já o diretor não empregado é aquele que é eleito pela assembleia dos acionistas para ser 
diretor de uma sociedade anônima, não mantendo as características inerentes a uma relação 
de emprego.
Portanto, diferentemente do diretor empregado, o diretor não empregado não tem direito a 
FGTS, 13º salário, férias, no caso de uma despedida arbitrária não terá direito ao aviso prévio, 
40% de multa no FGTS... O diretor não empregado é segurado obrigatório do RGPS na qualida-
de de contribuinte individual.
Diretor 
empregado Empregado
contratado ou promovido, 
mantendo as características 
inerentes a uma relação de 
emprego
Diretor não
empregado
Contribuinte 
Individual
eleito pela assembleia dos 
acionistas, não mantendo as 
características inerentes a 
uma relação de emprego
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, na forma prevista em legislação 
específica, por prazo não superior a cento e oitenta dias, consecutivos ou não, prorrogável por até 
noventa dias, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regu-
lar e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas;
O art. 9º, I, “b” menciona o caso do trabalhador temporário.
O trabalhador temporário trabalha em uma relação triangular. Nessa relação triangular 
nós temos o tomador de serviços, a empresa de trabalho temporário e o próprio trabalhador 
temporário.
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Segurados doRGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Imagine um caso prático!
EXEMPLO
Uma empresa (tomadora de serviços) necessita contratar mão de obra, tendo em vista o acrés-
cimo extraordinário de serviço (exemplo: lojas em certos períodos do ano, como na época do 
natal). Nessa situação, a empresa não contrata diretamente a pessoa física, mas sim uma 
empresa de trabalho temporário, que aloca a sua mão de obra (trabalhador temporário) na 
empresa tomadora.
Perceba que o vínculo do trabalhador temporário não é com a empresa tomadora de ser-
viços, mas sim com a empresa de trabalho temporário. Portanto, em relação ao trabalhador 
temporário, quem assina a carteira de trabalho, FGTS, paga 13º salário, férias... é a empresa de 
trabalho temporário e não a empresa tomadora de serviços.
Por fim, cabe ressaltar, que o trabalhador temporário é contratado em apenas duas situ-
ações, ou seja, para atender a necessidade de pessoal regular e permanente (exemplo: uma 
segurada da empresa que ficou grávida e vai se licenciar durante o período da licença mater-
nidade, recebendo o benefício previdenciário conhecido como o salário-maternidade), ou a 
acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas (caso prático demonstrado).
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede 
e administração no País;
O art. 9º, I, “c” menciona o brasileiro ou o estrangeiro trabalhando no exterior.
Esse trabalho é realizado em uma sucursal ou agência de empresa brasileira que tenha 
sede e administração no País.
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Consegue-se visualizar o caso diariamente, quando assistimos os telejornais. As grandes 
emissoras possuem jornalistas que trabalham em sucursais dessas empresas no exterior, 
como por exemplo, em Nova York, Paris, Roma...
Esses jornalistas, apesar de estarem trabalhando no exterior e recebendo em moeda es-
trangeira, são vinculados a empresas brasileiras, sendo, portanto, segurados obrigatórios do 
RGPS na qualidade de empregado.
d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constitu-
ída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em 
caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes 
no País ou de entidade de direito público interno;
O art. 9º, I, “d” é a alínea mais complicada de se visualizar na prática. É o caso do brasileiro 
ou do estrangeiro que trabalha em uma empresa domiciliada no exterior.
Entretanto, tal empresa no exterior é controlada por uma empresa brasileira, tendo em vista 
que a maioria do capital votante pertence a essa empresa, que tenha sede e administração no 
Brasil e cujo controle efetivo está sob a titularidade de pessoas físicas residentes no país.
EXEMPLO
Imagine uma grande instituição financeira brasileira que adquire o controle de um banco no 
exterior.
Essa grande instituição financeira contrata um brasileiro para trabalhar nesse banco adquirido 
no exterior, com o intuito de divulgar a sua filosofia de trabalho.
Perceba que apesar desse brasileiro trabalhar nesse banco no exterior, ele está vinculado a 
instituição financeira que o contratou, sendo, portanto, segurado obrigatório do RGPS na quali-
dade de segurado empregado.
e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos 
o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previ-
denciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
O art. 9º, I, “e” menciona o caso da pessoa que presta serviço no Brasil a missão diplomá-
tica ou a repartição consular de carreira estrangeira.
A preocupação do legislador é em relação às missões diplomáticas e repartições consula-
res que entendem ser imunes a absolutamente tudo.
A legislação previdenciária, se preocupando com esse entendimento, prevê que missão 
diplomática e repartição consular equiparam-se a empresa para fins previdenciários e, portan-
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
to, se contratam alguém com pessoalidade, não-eventualidade, subordinação e onerosidade, 
estarão contratando um segurado empregado vinculado ao RGPS.
Atente para o fato das exclusões!
Não são segurados obrigatórios do RGPS o brasileiro sem residência permanente no Brasil 
(exemplo: diplomata), além do brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da 
respectiva missão diplomática ou repartição consular.
Sempre que um brasileiro já for amparado por regime previdenciário de outro país, não será 
segurado obrigatório do RGPS, em nenhuma categoria, ou seja, não será enquadrado como 
segurado empregado ou como contribuinte individual.
Perceba que no caso do nosso estudo, o brasileiro já está amparado pelo regime previden-
ciário do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular.
EXEMPLO
Imagine um brasileiro trabalhando no consulado americano, já amparado pelo regime de previ-
dência dos Estados Unidos.
Nessa situação, não será segurado obrigatório, tendo em vista o amparo de regime previden-
ciário de outro país.
f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos 
quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por 
regime próprio de previdência social;
O art. 9º, I, “f” é a situação de um brasileiro civil contratado pela União para trabalhar em 
organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo.
EXEMPLO
Imagine um brasileiro civil, domiciliado na Suíça, que seja contratado pela União para trabalhar 
na Organização Mundial de Saúde (organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro 
efetivo).
Essa pessoa será enquadrada como segurado obrigatório do RGPS como segurado emprega-
do, desde que não esteja vinculado ao regime previdenciário da Suíça.
Perceba que, se a pessoa já tiver o amparado do regime previdenciário da Suíça, não será segu-
rado obrigatório do RGPS.
O art. 9º, I, “f” deve ser estudado em conjunto com o art. 9º, V, “d”.
O inciso V menciona as situações de contribuinte individual.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é 
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de 
previdência social;
Perceba que a redação é praticamente a mesma. A diferença é em relação à União como 
contratante.
Conclui-se, portanto, que, quando a Uniãocontrata um brasileiro civil para trabalhar no exte-
rior em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, será enquadra-
do como segurado obrigatório na qualidade de segurado empregado, desde que não esteja 
vinculado ao regime de previdência do país do organismo oficial internacional. Entretanto, 
quando o brasileiro civil trabalha no exterior em organismo oficial internacional do qual o 
Brasil seja membro efetivo, será enquadrado como segurado obrigatório na qualidade de con-
tribuinte individual, desde que não esteja vinculado ao regime de previdência do país do orga-
nismo oficial internacional.
Brasileiro Civil em 
Organismo Oficial 
Internacional no Exterior
Contratante é a 
União Segurado empregado
Contratante não é a 
União
Contribuinte 
individual
Desde que não vinculado a 
regime previdenciário 
estrangeiro
g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasilei-
ras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 
11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se 
ao sistema previdenciário local;
O art. 9º, I, “g” menciona a situação do brasileiro civil prestando serviço à União no exterior, 
em repartições governamentais brasileiras.
EXEMPLO
Imagine um brasileiro civil, domiciliado e contratado na Itália, para trabalhar em um consula-
do brasileiro na Itália. Esse brasileiro, desde que não amparado pelo regime de previdência da 
Itália, será segurado obrigatório do RGPS na qualidade de empregado.
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
O auxiliar local mencionado na alínea é o brasileiro ou o estrangeiro admitido para prestar ser-
viços ou desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições de vida, 
os usos e os costumes do país onde esteja sediada a repartição governamental brasileira.
h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 
25 de setembro de 2008;
O art. 9º, I, “h” menciona a figura do estagiário.
Como estamos estudando as situações de segurado empregado do RGPS, o estagiário, 
para ser enquadrado nessa categoria, deverá ser contratado em desconformidade com a lei.
A lei que regulamenta o estágio é a Lei n. 11.788/08, que, entre outras exigências, determina 
a necessidade de celebração termo de compromisso com a instituição de ensino e o educan-
do, ou a necessidade de se contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais.
EXEMPLO
Imagine uma empresa contratando um estagiário sem celebrar o termo de compromisso ou 
sem contratar um seguro de acidentes pessoais a favor do estagiário.
Nessa situação, estará contratando em desconformidade com a lei, fazendo com que esse 
estagiário seja enquadrado como segurado obrigatório do RGPS na qualidade de segurado 
empregado.
Pergunta: e a bolsa de complementação educacional do estagiário? Será considerada remune-
ração, ou seja, será considerado fato gerador de contribuição previdenciária? Resposta: sem a 
menor sombra de dúvidas!
Dessa forma, a empresa que contrata deverá pagar as contribuições previdenciárias sobre 
essa remuneração paga, além da necessidade de se efetuar o desconto do segurado (esse 
ponto será estudado nas nossas próximas aulas).
Pergunta: e se o estagiário for contratado em conformidade com a lei? A bolsa de complemen-
tação educacional do estagiário será considerada remuneração? Resposta: de jeito nenhum!
Nessa situação, o estagiário, caso queira, poderá contribuir para o RGPS como segurado facul-
tativo, não sendo o valor recebido a título de bolsa de complementação educacional conside-
rado remuneração.
Estagiário
Conformidade com a 
lei
Segurado facultativo
Bolsa - não é considerada 
remuneração
Desconformidade 
com a lei
Segurado empregado
Bolsa - é considerada remuneração
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, 
ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
O art. 9º, I, “i” menciona a figura do servidor que exerce, exclusivamente, cargo em comissão.
O cargo em comissão é aquele destinado ao livre provimento e exoneração, de caráter 
provisório, destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, podendo 
recair ou não em servidor público efetivo.
Dessa forma, quando recai sobre servidor que exerce, exclusivamente, o cargo em comis-
são (não é servidor público efetivo), será enquadrado como segurado obrigatório do RGPS na 
qualidade de empregado.
EXEMPLO
Imagine um servidor público efetivo que seja nomeado para ser secretário de fazenda do 
Estado do Rio de Janeiro. Nessa situação, o servidor será cedido para exercer o cargo em 
comissão, permanecendo vinculado ao seu regime de origem. Nessa situação, não será enqua-
drado como segurado empregado do RGPS.
PEGADINHA DA BANCA
Não confundir cargo em comissão com função de confiança. Explica-se o porquê!
O cargo público, conforme preceitua o art. 3º da Lei n. 8.112/90, é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Portanto, o cargo público possui 3 características básicas: atribuições, responsabilidades e 
posto na estrutura da Administração Pública.
O cargo em comissão, conforme já mencionado, pode ser provido por qualquer pessoa, pois 
possui essas 3 características.
Entretanto, a função de confiança, em que pese ser uma função destinada apenas às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento, assim como é a regra do cargo em comissão, não 
detém essas 3 características mencionadas, mas apenas 2 (atribuições e responsabilidades). 
Como a função de confiança carece da característica do posto, esta função deverá ser preen-
chida por quem faz parte da Administração Pública, ou seja, por um servidor público efetivo.
Portanto, quem exerce, exclusivamente, cargo em comissão, será um segurado obrigatório do 
RGPS na qualidade de segurado empregado.
Já aquele que exerce a função de confiança é um servidor público efetivo, sendo, em regra 
amparado pelo RPPS. Só não será amparado pelo RPPS, caso o Ente da federação não tenha 
condição de criar o citado regime, situação na qual este será vinculado ao RGPS. Na próxima 
alínea, será estudada essa situação!
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Servidor 
Comissionado RGPS
segurado 
empregado
Servidor Efetivo RPPS segurado
j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e 
fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime 
próprio de previdência social;
O servidor público efetivo é aquele que foi aprovado em concurso público de provas ou de 
provas e títulos.Regra geral, esses servidores públicos são vinculados ao RPPS do Ente da federação 
(exemplo: Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil é vinculado ao RPPS da União).
Entretanto, certos Entes da Federação não possuem servidores públicos efetivos suficien-
tes para manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
Dessa forma, a Lei n. 9.717/98, lei que regulamenta as regras gerais para a organização e 
o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Fe-
deral, veda a criação do RPPS sem que o Ente da federação possua um número mínimo de 
segurados que consigam manter o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
Pergunta: uma vez que não pode ser criado o RPPS pelo Ente da federação, tendo em vista 
a inexistência de um número mínimo de segurados, esses servidores públicos efetivos ficam a 
margem da previdência social brasileira? Resposta: Nunca! Eles irão ficar vinculados ao RGPS.
Conforme determina o art. 9º, I, “j”, esses servidores públicos são vinculados ao RGPS, na 
qualidade de segurado empregado.
Cabe ressaltar que a União, assim como todos os Estados possuem RPPS. Em relação aos 
municípios, vai depender do número de segurados para saber se é possível a criação do RPPS.
l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pe-
las respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constitui-
ção Federal;
Em certas situações, o Ente da federação necessita contratar servidores temporários, ten-
do em vista o excepcional interesse público.
Temos como exemplo dessa situação, casos de calamidade, surto endêmico, vacinação 
em massa...
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http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/22/Consti.htm
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Esses servidores não foram aprovados em concurso público de provas ou de provas e títu-
los. Dessa forma, não são servidores públicos efetivos, não sendo vinculados ao RPPS do Ente 
da federação.
Conforme determina o art. 9º, I, “l”, esses servidores temporários são vinculados ao RGPS, 
na qualidade de segurados empregados.
m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, 
ocupante de emprego público;
Em relação a alínea “m” transcrita acima, a partir da EC n. 19/98, não há mais a exigência de 
um regime jurídico único para os servidores da administração direta, autárquica e fundacional. 
Ou seja, cada esfera do governo poderá instituir regime estatutário ou contratual, com a possi-
bilidade de conviverem os dois, sendo que o regime adotado pela administração direta poderá 
ser diverso do das autarquias e fundações.
Entretanto, o STF concedeu liminar na ADI n. 2.135-4 para suspender a eficácia do art. 39, 
caput da CF/88, com a redação da EC n. 19/98, mas com efeitos ex nunc (não retroagem) sub-
sistindo a legislação editada nos termos da emenda declarada suspensa.
Dessa forma, a situação de servidores dos Entes da Federação ocupantes de emprego 
público ocorrerá nos casos instituídos na vigência da redação dada ao art. 39, caput da CF/88, 
antes de ter sido concedida a liminar na ADIN n. 2.135-4, tendo em vista os efeitos ex nunc.
Tais servidores, conforme determina a Lei n. 9.962/00, são regidos pela CLT, e legislação 
trabalhista correlata, naquilo que ela não dispuser em contrário, sendo enquadrados como se-
gurados obrigatórios do RGPS na qualidade de segurados empregados.
n) Revogado;
o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir 
de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência 
Social, em conformidade com a Lei n. 8.935, de 18 de novembro de 1994;
Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados 
a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.
Os titulares de serviços notariais são os tabeliães e os oficiais de registros, os quais são 
enquadrados no RGPS na qualidade de contribuintes individuais.
Entretanto, os notários e os oficiais de registro poderão, para o desempenho de suas fun-
ções, contratar escreventes e auxiliares.
Conforme determina o art. 9º, I, “o”, esses escreventes e auxiliares são vinculados ao RGPS, 
na qualidade de segurados empregados.
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Escrevente e Auxiliar Segurado empregado
Notário e Oficial e 
Registro Contribuinte individual
p) aquele em exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que não 
seja vinculado a regime próprio de previdência social;
A Lei n. 9.506/97 extinguiu o Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC).
Dessa forma, eles foram inseridos na Lei n. 8.212/91 (art. 12, I, “h”) e na Lei n. 8.213/91 
(art. 11, I, “h”) como segurados obrigatórios do RGPS na qualidade de segurados empregados.
Uma vez enquadrados como segurados empregados do RGPS, o Ente da federação deverá 
contribuir sobre os valores recebidos pelos exercentes de mandato eletivo.
Acontece que os exercentes de mandato eletivo recebem subsídio e não salário.
Na época da publicação da Lei n. 9.506/97, a CF/88 determinava que a contribuição da 
empresa incidia sobre a folha de salários, faturamento e lucro (art. 195, I da CF/88).
Como os exercentes de mandato eletivo recebem por meio de subsídio, a contribuição 
social incidente sobre esses valores foi declarada inconstitucional, assim como as alíneas 
inseridas na lei enquadrando-os como segurados obrigatórios na qualidade de empregados.
A CF/88 foi alterada por meio da EC n. 20/98, alterando a redação do art. 195, I da CF/88. 
Atualmente, a contribuição da empresa incide sobre folha de salários e demais rendimentos 
pagos ou creditados a pessoas físicas mesmo sem vínculo empregatício, receita ou fatura-
mento e o lucro.
A partir dessa alteração, não há mais o que se questionar em relação às contribuições inci-
dentes sobre os subsídios recebidos pelos exercentes de mandato eletivo.
Por isso, os exercentes de mandato eletivo foram novamente inseridos na Lei n. 8.212/91 
(art. 12, I, “j”) e na Lei n. 8.213/91 (art. 11, I, “j”) como segurados obrigatórios do RGPS na qua-
lidade de segurados empregados, por meio da Lei n. 10.887/04.
q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo 
quando coberto por regime próprio de previdência social;
O art. 9º, I, “q” menciona a figura do empregado que trabalha para o organismo oficial inter-
nacional em funcionamento do Brasil.
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
BernardoMachado
Perceba que, diferentemente da alínea “f”, onde o brasileiro civil trabalha no exterior em 
organismo oficial do qual o Brasil seja membro efetivo, nesse caso o organismo oficial interna-
cional está funcionando no Brasil.
Portanto, a pessoa que trabalha para esse organismo oficial internacional é segurado obri-
gatório do RGPS na qualidade de empregado.
r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 
5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não 
superior a dois meses dentro do período de um ano
O art. 9º, I, “r” menciona a figura do trabalhador rural temporário.
O produtor rural pessoa física (equiparado a empresa para fins previdenciários) pode con-
tratar esse trabalhador rural temporário por prazo não superior a dois meses dentro do período 
de um ano.
Esse trabalhador rural temporário é segurado obrigatório do RGPS na qualidade de segura-
do empregado.
Não esqueça que esse trabalhador rural temporário é a única exceção à regra da filiação do 
segurado obrigatório decorrer do exercício de atividade remunerada. No caso do trabalhador 
rural temporário, a sua filiação decorre automaticamente de sua inclusão na GFIP/eSocial.
s) aquele contratado como trabalhador intermitente para a prestação de serviços, com subordina-
ção, de forma não contínua, com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, 
em conformidade com o disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprova-
da pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943;
Conforme preceitua o art. 443, § 3º da CLT, considera-se como intermitente o contrato de 
trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com al-
ternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias 
ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto 
para os aeronautas, regidos por legislação própria.
No contrato de trabalho intermitente, temos um colaborador que tem seu vínculo com a 
empresa, mas não trabalha com uma carga horária definida e é pago somente pelas horas 
trabalhadas. Ele pode, por exemplo, prestar somente 20 horas de serviço por mês. Entretanto, 
devem ser respeitados os limites máximos de 44 horas semanais e 220 horas mensais.
Tal colaborador, em que pese ser contratado por meio de um contrato de trabalho intermi-
tente, é considerado um segurado obrigatório do RGPS na qualidade de segurado empregado.
“Menor aprendiz”
O menor aprendiz é segurado obrigatório do RGPS na qualidade de segurado empregado.
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Segurados do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Entretanto, tal enquadramento não se encontra nem nas leis básicas, nem no decreto, mas sim 
na IN INSS/PRES n. 77/2015.
Conforme determina o art. 7º, XXXIII da CF/88 é proibido o trabalho noturno, perigoso ou in-
salubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de 
aprendiz, a partir de 14 anos.
Portanto, a partir dos 14 anos de idade, a pessoa pode exercer atividade remunerada como 
menor aprendiz.
O contrato de aprendizagem está regulamentado nos arts. 428 e seguintes da Consolidação 
das Leis Trabalhistas – CLT. Segue abaixo a transcrição do art. 428 da CLT:
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por 
prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e 
menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profis-
sional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a 
executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
O intuito do menor aprendiz é a capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
Conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao menor aprendiz são 
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
Dessa forma, o menor aprendiz, como dito anteriormente, é enquadrado como segurado obri-
gatório do RGPS na qualidade de segurado empregado.
PRINCIPAIS SITUAÇÕES DE SEGURADO EMPREGADO QUE CAEM NAS PROVAS DE 
CONCURSO PÚBLICO
Diretor empregado
Trabalhador temporário
Brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos 
quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado 
por regime próprio de previdência social
Estagiário contratado em desconformidade com a lei
Servidor que ocupa, exclusivamente, cargo em comissão
Exercente de mandato eletivo
Contratado como trabalhador intermitente
Menor aprendiz
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
002. (CESPE/DPE-BA/2010/DEFENSOR PÚBLICO) É segurado obrigatório da previdência so-
cial, na qualidade de empregado, o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou munici-
pal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social.
O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a re-
gime próprio de previdência social, é segurado obrigatório do RGPS na qualidade de segurado 
empregado.
Certo.
Empregado Doméstico
Empregado doméstico é aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, one-
rosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucra-
tivos, por mais de dois dias por semana.
Tal conceito está previsto no art. 1º da LC n. 150/15, que é a lei que dispõe sobre o contrato 
de trabalho doméstico.
Vamos fazer uma análise mais detalhada da definição!
Primeiramente, o serviço deve ser contínuo. Apesar da legislação previdenciária, antes da 
entrada em vigor da LC n. 150/15, não definir o que seria um serviço contínuo, era necessário 
se basear nos entendimentos jurisprudenciais, apesar de não existir súmula ou orientação ju-
risprudencial das seções especializadas. Para esses entendimentos, continuidade pressupõe 
ausência de interrupção, de forma que o trabalho se desenvolva de maneira expressiva ao 
longo da semana, diferente de não-eventualidade visto anteriormente para o segurado empre-
gado. Com base nessa interpretação, a diarista que presta serviço numa residência apenas 
em alguns dias da semana, sem se desenvolver de maneira expressiva ao longo da semana, 
recebendo por dia, não se enquadrava no critério do trabalho de natureza contínua.
Com a entrada em vigor da LC n. 150/15, foi normatizado o entendimento acerca do ser-
viço contínuo, uma vez que o art. 1º da citada lei determina que o empregado doméstico é 
aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade 
não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por se-
mana. Dessa forma, o serviço só é considerado contínuo quando prestado por mais de 2 dias 
por semana.
O serviço deve ser prestado à pessoa ou família, ou seja, para o empregador doméstico 
e não para empresa. Portanto, empregador doméstico nada mais é do que a pessoa ou fa-
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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mília que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, empregado 
doméstico.
Além disso, o serviço deve ser prestado no âmbito residencial do empregador doméstico 
que pode ser, entre outras, a sua casa, casa de campo, inclusive veículos de transporte par-
ticular (automóvel, helicóptero...). Portanto, um motorista particular, nada mais é do que um 
empregado doméstico, assim como a babá, um jardineiro, caseiro...
Deverá ainda ser prestado em atividades sem fins lucrativos. Ou seja, uma vez que o em-
pregador doméstico utilize o seu empregado doméstico em uma atividade com fins lucrativos, 
essa relação deixa de existir.
Assim sendo, o empregador doméstico, tendo em vista que o empregado doméstico exer-
ce atividades com fins lucrativos, passará a ser enquadrado como contribuinte individual e, 
como possui segurado a seu serviço (empregado doméstico que se tornou empregado), passa 
a ser considerado empresa para fins previdenciários, como será visto nas próximas aulas. Isso 
faz com que essa pessoa, agora empresa, seja tributada como tal, tendo que, inclusive, cumprir 
as obrigações acessórias, como elaborar folha de pagamento, elaborar Guia de Recolhimento 
do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social (GFIP)/eSocial, entre outras.
Conforme os mais recentes entendimentos jurisprudenciais, nessa situação, entende a ju-
risprudência que existe uma dupla jornada, ou seja, existe a relação de empregador doméstico 
em relação ao empregado doméstico concomitantemente com a relação de uma empresa em 
relação ao empregado. Portanto, existe um duplo vínculo.
Por fim, deve receber remuneração pela contraprestação do serviço prestado ao emprega-
dor doméstico.
Características do Empregado 
Doméstico
Serviço
contínuo
Pessoa ou 
família
Âmbito 
residencial
Atividades 
sem fins 
lucrativos
Por mais de 2 
dias por 
semana
003. (CESGRANRIO/INSS/2005/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Carlos Afonso foi contrata-
do pela esposa de um fazendeiro para ser seu motorista. Sua função é transportá-la da proprie-
dade rural onde mora para locais que ela desejar, cumprindo jornada diária de 6 (seis) horas de 
trabalho, com uma folga semanal. A inscrição de Carlos no Regime Geral de Previdência Social 
será obrigatória, na qualidade de:
a) empregado.
b) empregado doméstico.
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c) trabalhador avulso.
d) contribuinte individual.
e) segurado especial.
Carlos Afonso se enquadra como empregado doméstico, tendo em vista que presta um serviço 
de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial 
desta, em atividade sem fins lucrativos, por mais de dois dias por semana.
Letra b.
contriBuinte individuAl
A categoria de contribuinte individual foi criada pela Lei n. 9.876/99 e unificou as catego-
rias de segurado empresário, segurado trabalhador autônomo e segurado equiparado a traba-
lhador autônomo existentes até aquela data.
A definição básica de contribuinte individual se divide em duas. A primeira seria aquela 
pessoa que presta serviço em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de em-
prego. Pode-se citar, como exemplo, um pintor que no mesmo mês presta serviço a diversas 
empresas, sem ter vínculo com nenhuma delas.
A segunda seria uma pessoa que presta um serviço por conta própria. Pode-se citar como 
exemplo uma pessoa que exerce atividade comercial em via pública.
Contribuinte 
Individual
1ª Definição
presta serviço em caráter eventual, a 
uma ou mais empresas, sem relação
de emprego
2ª Definição presta um serviço por conta própria
Seguem, abaixo, as hipóteses de contribuinte individual previstas no art. 9º, V do Decreto 
n. 3.048/99:
V – como contribuinte individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em cará-
ter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; 
ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, 
com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 23 
deste artigo;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em ca-
ráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio 
de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
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c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou 
de ordem religiosa;
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é 
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de 
previdência social;
e) desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa:
1. o empresário individual e o titular de empresa individual de responsabilidade limitada, urbana ou 
rural;
2. o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima;
3. o sócio de sociedade em nome coletivo; e
4. o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador, quanto a este último, quando 
não for empregado em sociedade limitada, urbana ou rural;
f) Revogado;
g) Revogado;
h) Revogado;
i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer na-
tureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção 
condominial, desde que recebam remuneração;
j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, 
sem relação de emprego;
l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins 
lucrativos ou não;
m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da 
Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do §1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo 
único do art. 116 da Constituição Federal
, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do §1º do art. 
120 da Constituição Federal;
n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade coope-
rativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
o) (Revogado pelo Decreto n. 7.054 de 2009)
p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar n. 
123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangi-
dos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais;
q) o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil, instituído pela Lei n. 12.871, de 22 
de outubro de 2013, exceto na hipótese de cobertura securitária específica estabelecida por orga-
nismo internacional ou filiação a regime de seguridade social em seu país de origem, com o qual a 
República Federativa do Brasil mantenha acordo de seguridade social;
r) omédico em curso de formação no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil, instituído pela Lei n. 
13.958, de 18 de dezembro de 2019.
Diferentemente do estudo feito em relação às situações de enquadramento do segurado 
empregado, onde estuda-se alínea por alínea do art. 9º, I do Decreto n. 3.048/99, no caso do 
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contribuinte individual, tal estudo não é necessário. Entretanto, qual o motivo para a não neces-
sidade de tal estudo? Fácil a resposta!
Estuda-se alínea por alínea as situações de enquadramento do segurado empregado. Além 
disso, foi estudada a definição do empregado doméstico. Por fim, serão estudadas, ainda nes-
sa aula, as definições do trabalhador avulso e do segurado especial. Dessa forma, pergunto 
a você: se uma pessoa exerce uma atividade remunerada que a enquadre como segurado 
obrigatório, mas não se consegue enquadrá-la como segurado empregado, ou empregado do-
méstico, ou trabalhador avulso, ou segurado especial, em qual categoria essa pessoa será 
enquadrada? Resposta: contribuinte individual!
Portanto, o enquadramento como contribuinte individual pode ser feito, para fins de prova 
de concurso público, pela regra da exclusão.
Se a banca examinadora apresentar a situação de uma pessoa que exerce atividade remunera-
da e que não se enquadre como segurado empregado, ou empregado doméstico, ou trabalha-
dor avulso, ou segurado especial, enquadra-se como contribuinte individual.
Pessoa que exerce atividade remunerada e que não se enquadre como segurado empregado, 
ou empregado doméstico, ou trabalhador avulso, ou segurado especial, enquadra-se como 
contribuinte individual.
Apenas para facilitar o estudo posterior sobre o segurado especial, será feita a análise da 
alínea “a”, além de certas alíneas que merecem destaque.
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em cará-
ter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; 
ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, 
com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 23 
deste artigo;
Caso o segurado exerça atividade agropecuária, qualquer que seja a sua forma, em área 
superior a 4 módulos fiscais será contribuinte individual. Entretanto, caso exerça atividade 
agropecuária em área inferior ou igual a 4 módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativis-
ta poderá ser contribuinte individual ou segurado especial. Será contribuinte individual quando 
exercer a atividade com empregados (permanentes) ou preposto, enquanto será segurado es-
pecial quando exercer a atividade individualmente ou em regime de economia familiar, ainda 
que com o auxílio de terceiros.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Atividade Agropecuária Área > 4 módulos fiscais
Contribuinte
Individual
Atividade Agropecuária 
(área ≤ 4 módulos 
fiscais) / Pesqueira / 
Extrativista
Empregados 
(permanentes) / 
Presposto
Contribuinte 
Individual
Regime de Economia 
Familiar Segurado Especial
As hipóteses dos §§ 8º e 23 do art. 9º do RPS são aquelas em que o segurado não é en-
quadrado como segurado especial ou é excluído da categoria de segurado especial, devendo, 
portanto, ser enquadrado como contribuinte individual.
Pergunta: o que seria a pessoa exercer a atividade por intermédio de um preposto?
EXEMPLO
A pessoa física, proprietária ou não, explora atividade por intermédio de prepostos quando, na 
condição de parceiro outorgante, desenvolve atividade agropecuária, pesqueira ou de extração 
de minerais por intermédio de parceiros ou meeiros.
Imagine Joaquim, proprietário de uma terra, que deseja exercer a atividade por intermédio de 
alguém, ou seja, por intermédio de um preposto.
Perceba que Joaquim não quer pessoalmente exercer a atividade agropecuária ou pesqueira, 
mas sim que alguém exerça a atividade por ele, recebendo uma cota limite na participação dos 
frutos da parceria.
Dessa forma, Joaquim entra em contato com um amigo, Zezinho, que aceita celebrar um con-
trato de parceria com Joaquim.
Tendo em vista que Joaquim cederá a terra crua, foi estipulado um percentual de cota limite de 
10% na participação dos frutos da parceria.
No caso em comento, Joaquim, parceiro outorgante, é considerado segurado obrigatório do 
RGPS na qualidade de contribuinte individual.
Pergunta: e o parceiro outorgado? Em que categoria de segurado ele se enquadra? Resposta: 
depende! Pode, inclusive, ser enquadrado como segurado especial (será estudado com mais 
detalhes no tópico segurado especial).
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b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em ca-
ráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio 
de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
Até a Emenda Constitucional n. 20/98, que alterou a redação ao art. 195, § 8º da CF/88, 
o garimpeiro que trabalhasse individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que 
com o auxílio eventual de terceiros, era enquadrado como segurado especial.
Entretanto, com a alteração da redação do citado dispositivo, o garimpeiro, em qualquer 
situação, é enquadrado como segurado obrigatório do RGPS na qualidade de contribuinte 
individual.
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou 
de ordem religiosa;
Essa alínea aborda os ministros de confissão religiosa, padres, pastores, presbíteros ou 
quaisquer assemelhados.
A pergunta que surge em relação a essas pessoas é a seguinte: os valores despendidos 
pelas entidades religiosas em relação ao ministro de confissão religiosa em face do seu mister 
religioso ou para a sua subsistência é considerado remuneração? Resposta: depende!
Se o valor despendido for fornecido de acordo com a natureza e a quantidade do traba-
lho executado, será considerado remuneração. Portanto, será fato gerador de contribuição 
previdenciária. Exemplo: um padre que recebe em razão da quantidade de missas que são 
celebradas.
Entretanto, se o valor despendido independer da natureza e da quantidade do trabalho 
executado, não será considerado remuneração. Portanto, não será fato gerador de contribui-
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