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TECNOLOGIA APLICADA À PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DAS CULTURAS COMERCIAIS

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
 AGRONOMIA
 ALEXANDRO CARLOS RIZATO
 JOÃO MARCOS DA SILVA SIMÕES DAMIM
 MARCOS ROBERTO HAWERROTH FRANÇA
 TAYNARA DE SOUZA SANTOS
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
 Paranavaí
 2022
 ALEXANDRO CARLOS RIZATO
 JOÃO MARCOS DA SILVA SIMÕES DAMIM
 MARCOS ROBERTO HAWERROTH FRANÇA
 TAYNARA DE SOUZA SANTOS
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
Atividade interdisciplinar apresentada à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média do 9º semestre, na Atividade Interdisciplinar de Agronomia.
Orientador: Prof. 
Paranavaí
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................	04
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................	05
2.1 A CULTURA DO ALGODÃO	...............................................................06
2.2 A CULTURA DA MANDIOCA...............................................................09
2.3 A CULTURA DA CANA DE AÇÚCAR.................................................	11
2.4 CULTURA DO CAFÉ...........................................................................13
3 CONCLUSÃO..........................................................................................16
REFERÊNCIAS...........................................................................................17
1 INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como objetivo tecnologia aplicada à propagação vegetativa das culturas comerciais: cana de açúcar, mandioca, café e algodão. 
Os objetivos da disciplina são proporcionar aos discentes uma visão global sobre a cultura do café, cana-de-açúcar, algodão e mandioca.
 Aplicar adequadamente as técnicas de cultivo 
 conhecer sobre a obtenção de produção com aplicação de alta tecnologia
identificar e solucionar problemas de implantação dessas culturas e assim ter uma boa safra.
 O principal elemento para uma boa safra e a escolha das mudas, tem que ser sadias e bem desenvolvidas essa é um fator de extrema importância para qualquer cultura, principalmente, para aquelas que apresentam caráter perene, como é o caso do cafeeiro. A boa semente tem origem no bom manejo produtivo envolvendo a fase de campo, pós-colheita e armazenamento. Sementes certificadas são a garantia de que estes processos foram realizados, o que dá ao produtor maior certeza de um lote de sementes de qualidade. O mais interessante é conhecer o campo de produção de sementes, próximo a fase de colheita, e a forma de armazenamento.
Ao final deste trabalho devemos fazer recomendações sobre a cultura do algodão, cana de açúcar, mandioca e café. Cada cultura com suas propriedades e manejo assim podendo dar a solução e tratamento para cada uma delas assim ter uma boa colheita.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Cultura do Algodão
A cotonicultura brasileira apresenta-se atualmente com um novo modelo produtivo, em que são utilizados altas tecnologias, investimento em qualidade de fibra e semeadura em extensas áreas.
 Esse modelo produtivo tem sido empregado nas diversas regiões produtoras de algodão do país. No entanto, apesar dessa revolução tecnológica, a cotonicultura passa por problemas fitossanitários sérios de relevância econômica, principalmente quando se trata da qualidade das sementes de algodoeiro. Portanto, é importante que os cotonicultores conheçam a procedência do material a ser utilizado na propriedade e também procurem adquirir os lotes de sementes de produtores/empresas idôneos, pois sua qualidade sanitária é fundamental no estabelecimento da lavoura. O uso de sementes sadias e/ou tratadas com fungicidas torna-se necessário e indispensável para o controle adequado de inúmeras doenças, cujos agentes causais são transmitidos por sementes. A utilização de sementes tratadas com fungicidas é considerada o meio mais econômico e seguro para controlar os patógenos que são transmitidos por sementes, proporcionando o menor uso de defensivos na lavoura. Os fungos são os principais agentes fitopatogênicos que podem associar-se às sementes de algodoeiro, os quais, se não controlados, podem causar redução de rendimento da lavoura e prejuízos econômicos ao produtor, seja na fase inicial e/ou durante o ciclo da cultura no campo.
A qualidade da semente é vital para a garantia de uma boa safra. É definida como o somatório dos atributos físicos, fisiológicos, genéticos e sanitários, que garantem a máxima produção da cultura de algodão, definidos pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Semente de boa qualidade propicia melhor condição para desenvolvimento da planta, condição fundamental para obtenção de alta produtividade.
O percentual mínimo de germinação para comercialização de sementes para a cultura do algodão é de 75% (categorias C1, C2, S1 e S2) e o percentual mínimo de pureza é de 98%. Atendido esses preceitos, a qualidade da semente pode ser avaliada por testes de germinação e vigor.
É importante esclarecer que a germinação e o vigor da semente são atributos diferentes, mas que estão relacionados com a qualidade da semente. O teste de germinação da semente é tradicionalmente usado para aferir a qualidade fisiológica da semente. Mas, como o teste é realizado sob condições controladas, nem sempre reflete o potencial real da semente no campo. Tendo isso em consideração, teste de vigor é um complemento útil.
Abaixo, temos uma definição clara destes testes:
- O teste de germinação determina a capacidade da semente germinar e gerar uma plântula normal, independente do seu vigor. Ou seja, emergência e desenvolvimento das partes essenciais do embrião, que proporcione aptidão para produzir planta normal em condições adequadas de temperatura e umidade (ambiente favorável).
- O teste de vigor determina a capacidade de desenvolvimento das partes essenciais do embrião e de emergência da plântula, de forma uniforme e rápida, sob condições variadas de ambiente. Ou seja, da capacidade da semente germinar e se desenvolver sob uma condição limitante, seja de alta ou baixa temperatura, bem como pode ser determinado pela integridade do embrião da semente ou pela velocidade de emergência, principalmente.
Para atestar a qualidade de sementes de algodão existem vários testes de qualidade disponíveis. O MAPA recomenda alguns testes de germinação para comercialização de algodão no Brasil, que são: Emergência em rolo papel.
Os tipos de papel utilizados mais comumente são mata-borrão, o papel toalha e o de filtro (germitest), umedecidos na proporção de 2.5 mL de água destilada por g de papel. São colocadas normalmente 25 ou 50 ou 100 sementes sobre duas folhas de papel, que são enroladas e mantidas em germinador em uma temperatura constante dentro do intervalo de 20 a 30 ºC. São realizadas 16 repetições de 25 sementes, ou 8 repetições de 50 sementes ou 4 repetições de 100 sementes. Após quatro dias é realizado a primeira contagem de germinação, e após 12 dias a contagem final de plântulas normais. Emergência em areia.
As sementes são dispostas sob uma camada de areia umedecida de 6 cm e depois cobertas com areia solta, de forma a obter uma camada de aproximadamente 1 cm sobre as sementes. Devem ser mantidas, normalmente em germinador de sala, sob temperatura entre 25-30 ºC. Assim como na emergência em rolo de papel, após quatro dias é feita a primeira contagem de germinação, e após 12 dias a contagem final de plântulas normais.
Os testes de vigor são complementares aos testes de germinação e não são obrigatórios, mas normalmente as empresas que comercializam sementes os realizam para garantir que seu produto tenha a melhor qualidade. Os principaisutilizados para a cultura do algodão estão apresentados a seguir:
Índice de velocidade de emergência: Utilizando o mesmo procedimento da emergência em areia. Após a semeadura, diariamente é registrado o número de plântulas emergidas até o décimo quarto dia. Com base no número de plantas emergidas ao longo do tempo é gerado um índice de Maguire (5) apresentado a seguir: IVE= N1/DQ +N2/D2 + .... + Nn/Dn
Em que: IVE = índice de velocidade de emergência; N: nº de plântulas emergidas no dia da contagem; D: nº de dias após a semeadura.
Envelhecimento acelerado: as sementes são condicionadas em uma única camada sob uma tela metálica em caixas plásticas (gerbox), abaixo dessa tela há uma camada de água que não entra em contato direto com a semente, mas mantem a atmosfera com alta umidade. Esse compartimento plástico é fechado e colocado dentro de uma câmara de crescimento, sob 41 ºC durante 48 h. Após isso é realizado um teste de germinação com essas sementes, no mesmo procedimento do teste de germinação em areia, e as plântulas são avaliadas quatro dias após a semeadura.
Germinação em baixa temperatura: É realizado sob o mesmo procedimento do teste de emergência em rolo de papel, entretanto sob 18 ºC. A avaliação é realizada sete dias após a semeadura, consideradas plântulas normais aquelas que apresentarem o tamanho total (raiz + hipocótilo) igual ou maior que 4 cm.
Portanto, a semente de algodão deve apresentar um mínimo de 75% de germinação, e quanto maior for esse percentual, melhor a qualidade da semente. O algodão também é sujeito a ocorrência de sementes duras, isto é, sementes que não germinam. Caso isso ocorra, consulte a tabela 18.9 disponível no livro Regras para Análise de Sementes do Ministério da Agricultura.
Utilizar sementes de qualidade e tratá-las com fungicidas é medida indispensável para garantir bons resultados no cultivo de algodoeiro. De fácil execução esta ferramenta é relativamente barata quando avaliados os benefícios que proporciona aos cotonicultores, como prevenir a infestação ou reinfestação de áreas com doenças que limitam a cultura.
A importância e os objetivos de controlar os patógenos nas sementes de algodoeiro com a utilização de fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Tabela 1) antes da implantação da lavoura ou da semeadura no campo são erradicar ou reduzir, aos mais baixos níveis possíveis, os fungos presentes nas sementes; proporcionar proteção às sementes e plântulas contra fungos de solo; prevenir a transmissão e disseminação de inóculo por meio de sementes e promover a uniformidade na germinação e na emergência das plântulas de algodoeiro. Esses fungicidas, no entanto, devem ser tóxicos aos patógenos e não podem ter ação tóxica às sementes.
O tratamento de sementes é uma das principais medidas para o controle integrado de doenças. Estudos recentes, conduzidos em diferentes regiões do país, têm demonstrado que os fungicidas atualmente disponíveis para tratamento de sementes de algodoeiro (pertencentes ao grupo dos protetores e dos sistêmicos) têm controlado de forma variável o complexo de fungos associados às sementes desta cultura. Os mais utilizados são aqueles com ingrediente ativo à base de captana, tiram, carboxina, carbendazim, fludioxonil, metalaxil, triadimenol, pencicurom, tiofanato metílico, azoxistrobina, flutriafol, difeconazol, quintozeno e procimidona. A combinação de dois ou três fungicidas sistêmicos com protetores, em que cada produto é efetivo contra um fungo específico, tem proporcionado maior espectro de ação no controle destes fungos nas sementes e no solo, em comparação ao uso isolado de um determinado fungicida. Estratégia eficaz no controle de maior número de patógenos presentes nas sementes e/ou no solo tem sido a combinação de fungicidas com diferentes espectros de ação, além de evitar, em grande parte, o surgimento de populações resistentes entre os patógenos e garantir um estande ideal de plantas, em diversas situações. Portanto, o tratamento das sementes com fungicidas tem sido, até o momento, a principal medida adotada e a opção mais econômica para minimizar os efeitos negativos dos patógenos que são veiculados por sementes. Trata-se de uma medida de fácil execução, relativamente barata quando avaliada a relação custo/benefício e que vem ao encontro da necessidade de se racionalizar o uso de produtos químicos na agricultura. Dessa maneira, em função do seu baixo custo e em vista dos benefícios que proporciona, é imprescindível a sua utilização. Julga-se oportuno salientar que, principalmente quando se trata de algodoeiro, o tratamento de sementes com fungicidas faz-se necessário e até mesmo indispensável, evitando-se a infestação ou reinfestação de áreas com doe
 2.2 Cultura da mandioca 
 O Brasil ocupa a segunda posição na produção mundial de mandioca, participando com 12,7% do total. A mandioca é cultivada em todas as regiões do Brasil, assumindo destacada importância na alimentação humana e animal, além de ser utilizada como matéria-prima em inúmeros produtos industriais. Tem ainda papel importante na geração de emprego e de renda, notadamente nas áreas pobres da Região Nordeste.
 Considerando-se a fase de produção primária e o processamento de farinha e fécula, estima-se que são gerados, no Brasil, um milhão de empregos diretos. Estima-se que a atividade mandioqueira proporcione uma receita bruta anual equivalente a 2,5 bilhões de dólares e uma contribuição tributária de 150 milhões de dólares. A produção de mandioca que é transformada em farinha e fécula gera, respectivamente, uma receita equivalente a 600 milhões e 150 milhões de dólares, respectivamente
A época de plantio adequada é importante para a produção da mandioca, principalmente pela relação com a presença de umidade no solo, necessária para brotação das manivas e enraizamento. A falta de umidade durante os primeiros meses após o plantio causa perdas na brotação e na produção, enquanto que o excesso, em solos mal drenados, favorece a podridão de raízes. A escolha da época de plantio adequada ainda pode reduzir o ataque de pragas e doenças e a competição das ervas daninhas.
O plantio é normalmente feito no início da estação chuvosa, quando a umidade e a temperatura tornam-se elementos essenciais para a brotação e enraizamento. É importante conectar a época de plantio com a disponibilidade de manivas, sejam elas recém-colhidas, o que é melhor, ou armazenadas. Nos cultivos industriais de mandioca é necessário combinar as épocas de plantio com os ciclos das cultivares e com as épocas de colheita, visando garantir um fornecimento contínuo de matéria-prima para o processamento industrial
Devido a extensão territorial do Brasil, as condições ideais para o plantio de mandioca não coincidem para as diferentes regiões. Para a região dos Tabuleiros Costeiros recomenda-se o plantio de mandioca entre os meses de março e agosto.
 A utilização do espaçamento adequado associado a outras práticas de cultivo contribui para a obtenção de rendimentos elevados.
 No cultivo da mandioca o espaçamento depende da fertilidade do solo, do porte da variedade, do objetivo da produção (raízes ou ramas), dos tratos culturais e do tipo de colheita (manual ou mecanizada).
 De maneira geral, recomenda-se os espaçamentos de 0,80 a 1,50 m entre linhas e 0,50 a 1,00 m entre plantas em fileiras simples, e 2,00 x 0,60 x 0,60 m, em fileiras duplas. Em solos mais férteis deve-se aumentar a distância entre fileiras simples para 1,20 m, proporcionando uma maior área de exploração por planta. Enquanto que nas áreas de menor fertilidade a tendência é reduzir o espaçamento, proporcionado uma maior população, compensando a menor produção por planta com um maior número de plantas. Em plantios destinados à produção de ramas para ração animal recomenda-se um espaçamento mais estreito, com 0,80 a 1,00 m entre linhas e 0,50 m entre plantas. Com essa redução no espaçamento as plantas apresentam uma tendência a desenvolver uma parte aérea mais tenra, facilitando seu usona alimentação de animais tanto na forma fresca como seca ao sol. Quando o plantio e/ou a colheita for mecanizada, a distância entre as linhas deve apresentar um afastamento que permita a movimentação das máquinas. Se as capinas forem mecanizadas, deve-se adotar um espaçamento que permita a livre circulação das máquinas sem danificar as plantas; nesse caso, a distância entre fileiras duplas deve ser de 2,00 m, no caso do uso de tratores pequenos, ou de 3,00 m, para uso de tratores maiores. Nos pequenos cultivos, capinados à enxada, deve-se usar espaçamento mais estreito, facilitando a cobertura do solo mais rapidamente dificultando o desenvolvimento das ervas daninhas.O espaçamento em fileiras duplas oferece as seguintes vantagens: a) facilita a mecanização; b) facilita a consorciação; c) reduz o consumo de manivas, de adubos, mão de obra com plantio e colheita; d) permite a rotação de culturas pela alternância das fileiras; e) reduz a pressão de cultivo sobre o solo; e g) facilita a inspeção fitossanitária e a aplicação de defensivos.Quanto ao plantio da mandioca, em solos não sujeitos a encharcamento pode ser feito em covas preparadas com enxada ou em sulcos construídos com enxada, sulcador a tração animal ou motomecanizados. Tanto as covas quanto os sulcos devem ter aproximadamente 10 cm de profundidade. 
 As plantadeiras mecanizadas disponíveis no mercado fazem de uma só vez as operações de sulcamento, adubação, plantio e cobertura das manivas. Em solos argilosos recomenda-se o plantio em cova alta ou matumbo, que são pequenas elevações de terra, de forma cônica, construídas com enxada, ou em leirões, que são elevações contínuas de terra, que podem ser construídos com enxada ou arados.
 As manivas-semente, estacas ou rebolos podem ser plantadas em três posições: vertical, inclinada ou horizontal. A maneira mais adotada é a horizontal, porque facilita a colheita das raízes por apresentar um desenvolvimento superficial, colocando-se as manivas no fundo das covas ou dos sulcos. Quando se usa a plantadeira mecanizada, as manivas também são colocadas na posição horizontal. Enquanto posições inclinada e vertical são menos difundidas porque as raízes aprofundam mais, dificultando a colheita.
2.3 Cultura da cana de Açúcar
 A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) é originária da Nova Guiné. É uma cultura perene com perfilhamento abundante e produz de 4 a 12 colmos, com altura entre 3 e 5 metros. Como planta C4, a cana possui uma alta taxa fotossintética, em torno de 150-200% acima da média de outras plantas. O dossel evolui do período de perfilhamento até máximo crescimento.
 A cana-de-açúcar uma cultura semi perene, pertencente à família Poaceae, a mesma do milho, por isso, possui alta taxa fotossintética (planta C4).
 De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), foi divulgado em março de 2020, o Brasil deve produzir 642,7 mil toneladas de cana-de-açúcar na safra 2019/2020.
 Resultado representa um crescimento de 3,6% em relação à safra anterior. Dessa forma, para alavancar os números da produção no plantio de cana-de-açúcar, é essencial que o produtor tenha em mãos conhecimento para traçar a melhor rota e elevar sua produção com um menor custo.
 O primeiro ciclo, cana-planta, é normalmente iniciado pelo plantio de pequenos pedaços de colmos, chamado tolete, e em alguns países também se faz o plantio do colmo inteiro. As gemas germinam para produzir as plântulas e raízes, estabelecendo assim o primeiro ciclo de cana-planta. Em algumas variedades, as raízes se desenvolvem primeiro, ao passo que em outras variedades, a parte aérea se desenvolve primeiro. A duração do ciclo varia de acordo com o clima e variedade, entre 12 e 24 meses
 Após a colheita da cana-planta, uma série de ciclos sucessivos são cultivados a partir da rebrota – a chamada soqueira. A cada nova soqueira que se desenvolve, as raízes mais velhas morrem e novas raízes são formadas. Também há a formação de novos perfilhos e a partir desses, a nova safra de cana-de-açúcar é colhida.
 Após cada soqueira, ocorre uma gradativa redução na produtividade. Em alguns países asiáticos, em determinadas circunstâncias, devido a pressões significativas de inóculo e limitada disponibilidade de variedades adaptadas, a cultura é replantada a cada safra.
O plantio é uma operação importante e a sua eficiência determina o número de soqueiras a serem colhidas. A cana é cortada em seções de preferencialmente 30cm de comprimento, normalmente com três a quatro gemas. É recomendável que a análise de solo seja feita na profundidade de 40 cm a 50 cm, de preferência com certa antecedência, média 3 meses antes do início do plantio.
 Em alguns países a cana inteira é plantada. Os colmos são sobrepostos e plantados em sulcos de 15-30cm de profundidade. A densidade deve ser de 10.000 a 15.000 seções por ha, para que origine uma densidade ideal de plantas de 90.000-150.000 colmos/ha na colheita.
Onde há problemas de alagamento, são usados drenos permanentes ou canteiros elevados. A qualidade dos toletes é importante e os produtores devem usar mudas livres de doenças e em boas condições com gemas sem danos. A cana usada para plantio é frequentemente produzida em áreas definidas da propriedade, onde um adequado controle de pragas e doenças é empregado, com bom fornecimento de nutrientes. Os facões para corte dos colmos devem ser desinfetados para minimizar a disseminação de doenças, como raquitismo da cana-de-açúcar, nas novas seções de colmos.
A escolha adequada da época de plantio é fundamental para o bom desenvolvimento da cana-de-açúcar. Que necessita de condições climáticas ideais para se desenvolver e acumular açúcar. A planta pede uma grande quantidade de água, temperaturas elevadas e um bom índice de radiação solar e são três as épocas do ano em que a cultura pode ser plantada: sistema de ano-e-meio, sistema de ano e o plantio de inverno
2.4 A CULTURA DO CAFÉ
 A cafeicultura é uma das atividades mais representativas do agro-negócio nacional, com grande relevância do ponto de vista social e
econômico, nas regiões onde está instalada.
O Brasil é considerado o maior produtor e exportador de café verde
no mundo, além de ser um dos maiores consumidores da bebida.
São cultivadas duas espécies de café, sendo que a maior produção é
da espéc ie arábica, com cerca de 76% do total nacional. Suas lavou-
ras são perenes e estão localizadas, principalmente, nos estados de
Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. A espécie conilon, também
perene, representa cerca de 24% do restante da produção e é cultiva-
da, principalmente, nos estados do Espírito Santo, Rondônia e Bahia.
Cada espécie possui diversas variedades, com diferentes caracterís-
ticas entre si, atendendo às necessidades técnicas, edafoclimáticas
(solo e clima) e econômicas de cada região. A propagação delas é
feita em viveiros predominantemente por sementes, no arábica, e
por estacas, no conilon. Esta cartilha mostra, de maneira objetiva e prática, as espécies de café arábica e conilon, apresentando as principais variedades culti-
vadas no Brasil, com o objetivo de auxiliar o produtor na escolha do
material genético mais adequado a sua realidade. De acordo com Matiello et al. (2005), as sementes devem ser obtidas sem Fazendas Experimentais de Órgãos de Pesquisa, federais e estaduais, ou, então, de produtores registrados para a produção de sementes, onde se pode ter certeza quanto à boa origem do material, devendo se conhecer a variedade/linhagem. As sementes podem ser colhidas na própria fazenda, desde que o cafezal tenha sido formado com sementes de boa origem, devendo, os lotes de lavoura para produção de sementes serem mais separados, para reduzir o risco de cruzamento entre variedades, o que pode correr à razão de 5 a 10%.
 A atividade de produção de sementes e mudas está sob a égide do MAPA.  O produtor de sementes ou o produtor de mudas, inscrito no RENASEM, deverá ser assistido por responsável técnico, devidamente credenciado no RENASEM, quandoas sementes ou as mudas são destinadas à comercialização.
 Para a produção de sementes e mudas, de forma geral, é preciso:
· Que o responsável técnico do interessado, que vai prestar assistência na produção, esteja credenciado no RENASEM;
· Que o interessado se inscreva no RENASEM como produtor de sementes ou produtor de mudas, devendo informar a relação de todas as espécies que pretende produzir;
· Que o interessado inscreva o campo de produção de sementes ou o viveiro de mudas na Superintendência do MAPA em sua Unidade da Federação
 Além disso, é preciso atender o que diz a Lei n° 10.711, de 05 de agosto de 2003, o seu Regulamento, estabelecido pelo Decreto n° 10.586, de 18 de dezembro de 2020, a Instrução Normativa n° 9, de 2 de junho de 2005, que estabelece as Normas Gerais para Produção, Comercialização e Utilização de Sementes, e a Instrução Normativa nº 24, de 16 de dezembro de 2005, que estabelece as Normas Gerais para Produção, Comercialização e Utilização de Mudas; além das normativas específicas para cada espécie vegetal, quando houver.
 Para a inscrição do campo de produção de sementes, o produtor deverá comprovar a origem da semente em quantidade suficiente para o plantio da área a ser inscrita. Toda pessoa física ou jurídica que utilize sementes, com a finalidade de semeadura, deverá adquiri-las de produtor ou comerciante inscrito no RENASEM.
 O Sistema de Gestão da Fiscalização – SIGEF foi desenvolvido para o gerenciamento das ações de fiscalização das áreas afetas ao Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas – DFIA, sendo que o primeiro módulo em funcionamento é o Sistema de Controle de Produção de Sementes. O objetivo é diminuir a burocracia e dar agilidade e transparência as demandas recorrentes à fiscalização do MAPA. Deverão ser inscritos os campos de produção de sementes e informadas as Declarações de Uso Próprio de Sementes e Mudas, de acordo com o estabelecido na Instrução Normativa nº 9 de 2 de junho de 2005. 
 Para a produção de mudas, é preciso usar material proveniente de uma planta ou um conjunto de plantas já inscritos no MAPA para esta finalidade de fornecer material de propagação, podendo ser uma Planta Básica, uma Planta Matriz, um Jardim Clonal de Plantas Básicas ou de Plantas Matrizes, uma Borbulheira, ou uma Planta ou Campo de plantas Fornecedoras de Material de Propagação Sem Origem Genética Comprovada.
 Além disso, é necessário atender o que diz a Lei n° 10.711, de 2003, o seu Regulamento, estabelecido pelo Decreto n° 10.586, de 18 de dezembro de 2020, e a Instrução Normativa n° 24, de 16 de dezembro de 2005; além das normativas específicas para cada espécie vegetal, quando houver, e providenciar as devidas inscrições junto ao MAPA.
3 CONCLUSÃO
 Conclui-se que o trabalho feito teve como objetivo conhecer as tecnologias e escolher a melhor semente para o sucesso das culturas de cana de açúcar, algodão, mandioca e café e assim ter uma boa safra.
 A cultura do algodão podemos ver que o bom desempenho se deve principalmente à adoção de novas tecnologias de produção, que possibilitam uma alta produtividade. Em geral, o produtor de algodão adota alta tecnologia, recorrendo ao que há de mais moderno no país. Isso faz com que o algodão brasileiro tenha uma boa qualidade e boa produtividade.
 A mandioca pode ser cultivada até em solos pouco férteis, desde que sejam bem drenados. Solos argilosos pesados e solos compactados não são adequados, pois prejudicam o crescimento das raízes. O mais indicado é que o solo seja permeável, fértil, rico em matéria orgânica, com pH entre 5 e 6.
 A cana de açúcar para seu crescimento, necessita de alta disponibilidade de água, temperaturas elevadas e alto índice de radiação solar. A cultura pode ser plantada em três épocas diferentes: sistema de ano-e-meio, sistema de ano e plantio de inverno.
 Aprendemos também sobre a cultura do café que o desenvolvimento de uma cafeicultura sustentável passa pela utilização das melhores tecnologias e de cultivares adaptadas ao local e ao sistema de cultivo.
REFERÊNCIAS:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-agricolas/sementes-e-mudas/producao-de-sementes-e-mudas
https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/item/696/1/livro2007cafeconilon5.pdf
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/187-CAF%C3%89.pdf
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mandioca/mandioca_tabcosteiros/plantio.htm
https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/culturas_anuais/livros/A%20CULTURA%20DA%20MANDIOCA%20SISTEMAS%20DE%20PRODUCAO%20EMBRAPA.pdf
https://revistacultivar.com.br/artigos/tratamento-de-sementes-de-algodao
https://agriculture.basf.com/br/pt/conteudos/cultivos-e-sementes/algodao/testes-de-qualidade-em-sementes-de-algodao.html

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