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Anatomia e Fisiologia Humana -mesclado

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Anatomia e Fisiologia 
Humana no Processo 
do Envelhecimento
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Introdução
Os seres humanos são indiscutivelmente os organismos mais complexos deste planeta. 
Imagine bilhões de partes microscópicas, cada uma com sua identidade, trabalhando 
juntas de forma organizada para o benefício de todo o ser.
Enquanto a anatomia diz respeito à estrutura, a fisiologia diz respeito à função. A fisio-
logia humana é o estudo científico da química e da física das estruturas do corpo e as 
maneiras pelas quais elas trabalham juntas para apoiar as funções da vida. Assim, seu 
estudo de anatomia e fisiologia fará mais sentido se você relacionar continuamente a 
forma das estruturas que está estudando com suas funções. Na verdade, pode ser um 
tanto frustrante tentar estudar anatomia sem uma compreensão da fisiologia que uma 
estrutura corporal suporta.
O processo da vida humana inclui organização, metabolismo, capacidade de respos-
ta, movimentos, reprodução, crescimento, diferenciação, respiração, digestão e excre-
ção. Todos esses processos trabalham juntos, em perfeito equilíbrio, para o bem-estar 
do indivíduo e para a manutenção da vida.
Envelhecer é sofrer alterações fisiológicas progressivas que levam à senescência ou de-
clínio das funções biológicas e da capacidade do organismo de se adaptar ao estresse me-
tabólico. O envelhecimento ocorre em uma célula, órgão ou organismo total com o passar 
do tempo. É um processo que ocorre durante toda a vida adulta de qualquer ser vivo.
 A gerontologia, o estudo do processo de envelhecimento, dedica-se à compreensão 
e controle de todos os fatores que contribuem para a finitude da vida individual. 
Nesta unidade, iremos abordar a organização biológica dos sistemas e seus principais 
processos de integração, descrevendo a morfofisiologia de uma célula, bem como os 
transportes realizados pela membrana plasmática. Adicionalmente, iremos apresentar 
um conjunto de termos padrão para estruturas corporais e para planos e posições no 
corpo que servirão como base para informações mais abrangentes abordadas posterior-
mente nas próximas unidades. 
Portanto, você irá compreender a importância da anatomia e da fisiologia para o 
entendimento do corpo humano, relacionando estes conhecimentos com os impactos da 
senescência e senilidade sobre o organismo. 
Processos Celulares Básicos de Integração
Para iniciarmos nossa conversa sobre as diferentes estruturas e funções do corpo 
humano, é necessário observar sua arquitetura básica, isto é, como suas menores partes 
são organizadas em estruturas maiores. É conveniente considerar as estruturas do corpo 
em termos de níveis fundamentais de organização que aumentam em complexidade: 
átomos, moléculas, organelas, células, tecidos, órgãos, sistemas de órgãos, organismos. 
Uma célula é a menor unidade de funcionamento independente de um organismo 
vivo, são elas que desempenham todas as funções da vida. Mesmo as bactérias, que 
são organismos extremamente pequenos e com vida independente, têm uma estrutura 
8
9
celular. Cada bactéria é uma única célula. Todas as estruturas vivas da anatomia humana 
contêm células e quase todas as funções da fisiologia humana são realizadas nas células 
ou iniciadas por células.
Uma célula normalmente consiste em 3 estruturas básicas: Membrana plasmática, 
Citoplasma e Núcleo. A membrana plasmática, é uma estrutura flexível que envolve o 
citoplasma, este refere-se a um fluido celular à base de água onde localizamos uma va-
riedade de minúsculas unidades funcionais chamadas organelas. 
Um tecido é um grupo de muitas células semelhantes que se organizam para desem-
penhar uma função específica. 
Um órgão é uma estrutura anatomicamente distinta do corpo, composta por dois ou 
mais tipos de tecido. Cada órgão desempenha uma ou mais funções fisiológicas especí-
ficas. Sendo assim, os sistemas orgânicos são formados por conjuntos de órgãos que 
irão desempenhar funções importantes, ou atender às necessidades fisiológicas do corpo.
O nível do organismo é o nível mais alto de organização. Um organismo é um ser 
vivo que possui uma estrutura celular e que pode realizar de forma independente todas 
as funções fisiológicas necessárias à vida. Em organismos multicelulares, incluindo hu-
manos, todas as células, tecidos, órgãos e sistemas orgânicos do corpo trabalham juntos 
para manter a vida e a saúde do organismo.
Figura 1 – Níveis de organização estrutural do corpo humano
Fonte: TORTORA, 2016
A exploração pelo corpo humano se estenderá desde átomos e moléculas até a pessoa 
como um todo. Do menor para o maior, seis níveis de organização ajudam a com-
preender morfofisiologia: os níveis químicos (1), celular (2), tecidual (3), orgânico (4), 
9
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
sistêmico (5) e organísmico (6). Um organismo é um ser vivo que possui uma estrutura 
celular e que pode realizar de forma independente todas as funções fisiológicas ne-
cessárias à vida. Em organismos multicelulares, incluindo humanos, todas as células, 
tecidos, órgãos e sistemas orgânicos do corpo trabalham juntos para manter a vida e 
a saúde do organismo.
Vamos Praticar
Atividade 1
Observe a imagem abaixo e nomeie os níveis de organização biológica, fazendo uma 
breve explicação de cada um. 
Figura 2
Fonte: ODYA; NORRIS, 2020
Células: A Menor Unidade Funcional
As células, em biologia, são a unidade básica ligada à membrana, contendo as molé-
culas essenciais à vida, e todas as estruturas vivas são compostas dela. Uma única célula 
é geralmente um organismo completo, podendo ser desde uma bactéria até estruturas 
especializadas que cooperam entre si, para se tornarem parte de grandes organismos 
multicelulares (como os humanos). 
10
11
Existem dois tipos distintos de células: células procarióticas e células eucarióticas. 
Embora as estruturas das células procarióticas e eucarióticas sejam diferentes, suas com-
posições e atividades moleculares são muito semelhantes. As células procarióticas não 
têm núcleo ou outras organelas. São microrganismos unicelulares que tendem a ser 
menores do que as células eucarióticas. Existem dois tipos de células procarióticas – 
bactérias e arqueas.
As células eucarióticas constituem animais, plantas, fungos e alguns organismos uni-
celulares. Elas são compostas por unidades menores, chamadas organelas e o núcleo 
(delimitado por uma membrana), que contém o material genético da célula ( DNA).
Além do núcleo, as organelas mais proeminentes incluem:
• As mitocôndrias, as usinas de energia da célula, que convertem a energia dos ali-
mentos na principal fonte de energia do corpo, trifosfato de adenosina (ATP);
• Ribossomos, são fábricas moleculares que produzem proteínas;
• O retículo endoplasmático (RE), uma rede de sacos interconectados, processa pro-
teínas secretadas e de membrana recém-formadas e produz substâncias gordurosas 
chamadas lipídios;
• O complexo de Golgi, recebe proteínas e lipídios do RE, empacota-os e os envia 
para dentro da célula, dentro da membrana celular ou fora da célula;
• Os lisossomos, os depósitos de lixo das células, decompõem os resíduos e os des-
cartam ou reciclam;
• Peroxissomos: desintoxicam o álcool, formam ácido biliar e usam oxigênio para 
quebrar as gorduras.
Uma célula é delimitada por uma membrana que permite a troca de certos materiais 
com seu entorno.
Figura 3 – Modelo esquemático de uma célula eucarionte
Fonte: BÔER, 2017
Em estrutura básica, todas as células humanas são iguais, visto que apresentam os 
mesmos elementos constituintes. O que diferencia uma célula de outra é justamente 
a sua função.
11
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Você Sabia?
Uma célula se divide em duas em um processo chamado mitose. A mitose produz duas 
células “filhas” geneticamente idênticas a partir de uma única célula parental. Outro 
tipo de divisão celular, a meiose, cria quatro células-filhas que são geneticamente distin-
tas umas das outras e da célula-mãe original. Apenasalgumas células especiais podem 
realizar a meiose: aquelas que se tornarão óvulos nas mulheres e espermatozoides nos 
homens. Disponível em: https://bit.ly/3n1df5Q
A membrana plasmática é uma membrana fina semipermeável que envolve o cito-
plasma de uma célula. Sua função é proteger a integridade do interior da célula, permi-
tindo que certas substâncias entrem na célula, enquanto mantém outras substâncias fora. 
Assim, a membrana celular também serve para ajudar a sustentar a célula e a manter sua 
forma. Podemos descrevê-la como uma estrutura extremamente flexível composta prin-
cipalmente de fosfolipídios, formando uma bicamada que forma a base da membrana 
celular. O colesterol também está presente, o que contribui para a fluidez da membrana, 
e há várias proteínas embutidas na membrana que têm uma variedade de funções.
Dois tipos diferentes de proteínas estão associados à membrana celular, são as pro-
teínas integrais e as proteínas periféricas. Como o próprio nome sugere, uma proteína 
integral é uma proteína que está embutida na membrana. Uma proteína de canal é um 
exemplo de uma proteína integral que permite passar para dentro ou para fora da célula, 
seletivamente, materiais específicos, como certos íons. 
Figura 4 
Fonte: BÔER, 2017
Atualmente, o modelo consensual para representar a estrutura e funções da membra-
na é denominado “modelo de mosaico fluido”. De acordo com este modelo, a membra-
na é constituída por uma bicamada de lipídio estruturada por vários tipos de proteína.
Sendo assim, a membrana é uma barreira seletivamente permeável, permitindo que 
algumas substâncias dissolvidas, ou solutos, passem, enquanto bloqueia outras, regulan-
do o transporte de materiais que entram e saem da célula. Por exemplo, algumas molé-
culas pequenas, como água, oxigênio e dióxido de carbono, podem passar diretamente 
12
13
pelos fosfolipídios da membrana celular. Moléculas maiores, como a glicose, requerem 
uma proteína de transporte específica para facilitar seu movimento por meio da mem-
brana celular.
Importante!
As células, em sua maioria, trabalham ininterruptamente, produzindo uma das prin-
cipais substâncias do corpo humano: as proteínas. Todas as vezes que uma célula for 
produzir uma proteína, as ordens saem obrigatoriamente do núcleo, pois é o DNA que 
comanda todo esse processo.
Os transportes observados por meio da membrana plasmática são determinados 
por gradientes de concentração e podem ser divididos em transportes com ou sem 
gasto de energia. 
A difusão é um exemplo de transporte passivo, ou seja, não teremos gasto de energia 
(ATP) para realizar. A difusão é dividida em difusão simples e difusão facilitada. As molé-
culas transportadas por difusão irão se mover da região mais para a menos concentrada.
Seguindo esta linha de raciocínio, quando uma molécula é deslocada da região me-
nos para a mais concentrada, teremos gasto de energia (ATP), sendo assim, este trans-
porte será denominado de transporte ativo. 
Figura 5 
Fonte: TORTORA, 2016
 Na difusão simples, uma substância se move por meio da bicamada lipídica da mem-
brana plasmática sem a ajuda de proteínas de transporte. Na difusão facilitada, uma 
substância se move por meio da bicamada lipídica com a ajuda de uma proteína de 
canal ou de uma proteína carreadora.
13
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Figura 6 – O transporte ativo é assim chamado porque é necessário energia para que proteínas 
carreadoras movam o soluto por meio da membrana contra um gradiente de concentração
Fonte: TORTORA, 2016
Você Sabia?
A adenosina trifosfato, também conhecida como ATP, é uma molécula que transporta 
energia dentro das células. É a principal moeda de energia da célula e é um produto final 
dos processos de fotofosforilação (adição de um grupo fosfato a uma molécula usando 
energia da luz), respiração celular e fermentação. Todas as coisas vivas usam ATP. Além 
de ser utilizado como fonte de energia, também é utilizado em vias de transdução de 
sinal para comunicação celular e é incorporado ao ácido desoxirribonucleico (DNA) du-
rante a síntese de DNA.
Tecidos
Na sessão anterior, compreendemos a estrutura básica de uma célula, essas, por 
sua vez, unem-se em conjuntos de células semelhantes para desempenhar uma função. 
Quando observamos esta organização classificamo-la como tecido. Os órgãos do corpo 
são compostos por uma combinação de quatro tipos básicos de tecido, embora um tipo 
geralmente seja o predominante. Os quatro tipos básicos de tecidos são tecidos epitelial, 
tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. 
Cada tipo de tecido tem um papel característico no corpo:
O tecido epitelial cobre a superfície do corpo e reveste as cavidades corporais. Forma 
limites entre diferentes ambientes e quase todas as substâncias devem passar pelo epi-
télio. Em sua função de tecido de interface, o epitélio realiza muitas funções, incluindo:
• Proteção dos tecidos subjacentes contra radiação, toxinas e traumas físicos;
• Absorção de substâncias no revestimento do trato digestivo com modificações distintas;
• Regulação e excreção de produtos químicos entre os tecidos subjacentes e a cavi-
dade corporal;
14
15
• A secreção de hormônios no sistema vascular sanguíneo. A secreção de suor, muco, 
enzimas e outros produtos que são liberados pelos dutos vêm do epitélio glandular;
• A detecção de sensações.
Os tecidos conjuntivos apoiam e protegem os órgãos do corpo, abrangem uma ampla 
variedade de tipos de tecidos que estão envolvidos na ligação e suporte da estrutura e 
dos tecidos do corpo.
As principais funções do tecido conjuntivo incluem:
• Ligação e suporte;
• Proteção;
• Isolante;
• Armazenamento de energia de reserva;
• Transporte de substâncias dentro do corpo.
O músculo fornece movimento, é um tecido altamente especializado na produção 
de tensão que resulta na geração de força. As células musculares, ou miócitos, contêm 
miofibrilas compostas de miofilamentos de actina e miosina que deslizam um sobre o 
outro, produzindo tensão que altera a forma do miócito. O tecido muscular pode ser 
classificado funcionalmente em voluntário ou involuntário, e morfologicamente estriado 
ou não estriado. Voluntário se refere ao fato de o músculo estar sob controle consciente, 
estriação se refere à presença de bandas visíveis dentro dos miócitos que ocorrem devido 
à organização das miofibrilas para produzir uma direção constante de tensão. Sendo 
assim, diante da classificação apresentada, podemos descrever o tecido muscular como 
dividido em estriado esquelético, estriado cardíaco ou liso.
O tecido nervoso fornece um meio de comunicação interna rápida, transmitindo 
impulsos elétricos. O sistema nervoso consiste em tecido nervoso, que é composto por 
dois tipos principais de células chamadas neurônios e neuroglia.
Figura 7 – Quatro tipos de tecidos que tem células diferentes 
que variam em formato, estrutura, função e distribuição
Fonte: TORTORA, 2016.
O tecido epitelial reveste o corpo, várias estruturas e forma glândulas. O tecido con-
juntivo protege, sustenta e une os órgãos, armazena energia e ajuda a fornecer imu-
nidade. O tecido muscular contrai e gera força e calor. O tecido nervoso detecta modi-
ficações no ambiente e gera impulsos nervosos que ativam a contração muscular e a 
secreção glandular.
15
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Uma biopsia é a remoção de uma amostra de um tecido vivo para sua observação ao mi-
croscópio. Esse procedimento é utilizado para ajudar a diagnosticar muitos distúrbios, es-
pecialmente o câncer, e para descobrir a causa de infecções e de inflamações não diagnos-
ticadas. Tanto o tecido normal quanto o potencialmente doente são removidos para serem 
comparados. Uma vez que as amostras de tecido são removidas, seja cirurgicamente ou com 
o auxílio de uma agulha e de uma seringa, elas podem ser preservadas, marcadas para des-
tacarem propriedades especiais, ou cortadas em pequenos pedaços para a observação ao 
microscópio. Algumas vezes,uma biopsia é conduzida enquanto o paciente está anestesia-
do durante uma cirurgia para ajudar o médico a determinar o tratamento mais adequado. 
Por exemplo, se uma biopsia do tecido da tireoide revela células malignas, o cirurgião pode 
optar imediatamente pelo procedimento mais adequado.
Vamos Praticar
Atividade 2
Observe a imagem abaixo e identifique as organelas apontadas e site suas principais 
funções. Para melhor memorização, estimulamos você a colorir o desenho, criando uma 
legenda de cores para as estruturas.
7 B
7 A
6
5
43
2
1
13
12
11
10 9
8
Figura 8
Fonte: NETTER, 2010
16
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Atividade 3
Observe a imagem abaixo e identifique as estruturas. Para melhor memorização, 
estimulamos você a colorir o desenho, criando uma legenda de cores para as estruturas.
Figura 9
Fonte: Adaptada de ODYA; NORRIS, 2020
Morte Celular
As células interagem ativamente com seu ambiente, constantemente ajustando sua 
estrutura e função para acomodar demandas de mudanças e estresses extracelulares. 
Lesões em tecidos e órgãos começam no nível celular. Dentro de certos limites, a lesão 
é reversível e as células retornam a um estado basal estável; no entanto, se o estresse for 
grave, persistente ou de início rápido, há a ocorrência de lesão irreversível e morte das 
células afetadas. As células têm um repertório limitado de respostas à lesão, dependendo 
do tipo de célula e da natureza da lesão. Essas respostas podem ser categorizadas como 
(1) adaptação, (2) degeneração ou (3) morte.
A morte celular é um evento altamente organizado e desenvolvido por organismos 
durante um longo processo evolutivo. Em condições fisiológicas, a morte celular de-
sempenha um papel significativo na eliminação de células indesejáveis, redundantes ou 
cancerosas para preservar a homeostase no corpo. Em circunstâncias patológicas, a 
regulação prejudicada da morte celular está ligada à ocorrência e ao desenvolvimento 
de várias doenças humanas, como doenças neurodegenerativas, doenças autoimunes, 
doenças infecciosas e câncer.
Estímulos
Brandos Severos
NecroseResultado
Patológicos
Apoptose
Fisiológicos
Figura 10 – Estímulos e formas de morte celular
Fonte: Adaptada de CARVALHO, SHIRLEI, 2019
17
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
A morte celular ocorre principalmente por necrose ou apoptose. As células necróti-
cas são caracterizadas por ruptura irreversível da membrana plasmática como resultado 
de danos e disfunções celulares graves, que, por sua vez, induzem reações inflamató-
rias. Em contraste, a integridade da membrana de uma célula apoptótica é mantida, e 
a célula encolhe e é removida por fagocitose sem induzir uma resposta inflamatória. 
Sendo assim, a apoptose é uma forma de suicídio celular que pode ser dividido (em 
células de mamíferos) em extrínseco (dependente dos chamados receptores de morte 
expressos na membrana plasmática) e intrínseco (dependente da sinalização controlada 
pela mitocôndria).
Figura 11 – As alterações celulares na apoptose e na necrose estão ilustradas
Fonte: KUMAR, 2018 
Acredita-se que a regulação anormal das vias de morte celular contribua significativamente 
para várias doenças associadas ao número ou função de células em excesso (por exemplo, 
neoplasia, doenças autoimunes), ou perda celular acelerada (síndromes de insuficiência 
medular, doenças neurodegenerativas).
Vamos Praticar
Atividade 4
Observe a imagem a seguir e identifique o tipo de morte celular representado em A e B. 
18
19
Figura 12
Fonte: CARVALHO; SHIRLEI, 2019
Planos de Delimitação e Secção, 
Posição e Terminologia Anatômica 
Anatomia é um campo da área da saúde que objetiva a identificação e descrição das 
estruturas corporais dos seres vivos. A anatomia macroscópica envolve o estudo das 
principais estruturas do corpo por dissecção e observação e, em seu sentido mais restri-
to, preocupa-se apenas com o corpo humano. “Anatomia macroscópica” normalmente 
se refere ao estudo das estruturas do corpo grandes o suficiente para serem examinadas 
sem a ajuda de dispositivos de aumento, enquanto a anatomia microscópica se preocupa 
com o estudo de unidades estruturais pequenas o suficiente para serem vistas apenas 
com um microscópio de luz. A dissecção é básica para todas as pesquisas anatômicas. 
O registro mais antigo de seu uso foi feito pelos gregos, chamando a dissecção de “ana-
tomia”, das palavras gregas “ana” e “temnein”, que significam “cortar”.
O conhecimento de anatomia e fisiologia, por exemplo, não é apenas fundamental 
para qualquer carreira nas profissões da saúde, mas também pode beneficiar sua própria 
saúde. A familiaridade com o corpo humano pode ajudá-lo(a) a fazer escolhas saudá-
veis e levá-lo(a) a tomar as medidas adequadas quando surgirem sinais de doença. Seu 
conhecimento neste campo o(a) ajudará na compreensão sobre aspectos nutricionais, 
medicamentos, dispositivos médicos e procedimentos e a entender doenças genéticas ou 
infecciosas, entre outros pontos relacionados a área da saúde.
19
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
A anatomia macroscópica é subdividida em anatomia de superfície (o corpo externo), anatomia 
regional (regiões específicas do corpo) e anatomia sistêmica (sistemas de órgãos específicos).
A anatomia microscópica é subdividida em citologia (estudo das células) e histologia (es-
tudo dos tecidos).
A anatomia está intimamente relacionada à fisiologia (estudo da função), bioquímica (pro-
cessos químicos dos seres vivos), anatomia comparativa (semelhanças e diferenças entre as 
espécies) e embriologia (desenvolvimento de embriões).
O conhecimento da anatomia é necessário para compreender as disciplinas das área 
da saúde.
Posição Anatômica 
A posição anatômica padrão é a orientação do corpo usada ao descrever a anatomia 
de um organismo. A padronização é internacional e necessária para facilitar a descrição 
e a observação, evitando assim divergências, uma vez que a maioria dos organismos po-
dem alterar a localização relativa dos órgãos, a depender da posição. Portanto, a posição 
anatômica, como um mapa, fornece um “padrão ouro” para a localização, descrição 
e observação dos sistemas. Sendo assim, podemos definir a posição anatômica como 
aquela em que o corpo humano está ereto, com os pés juntos e a face, os olhos e as 
palmas das mãos direcionados para frente.
Adicionalmente à posição anatômica, usamos como orientação os termos direcio-
nais, pois estes fornecem descrições precisas da localização de uma estrutura. Eles per-
mitem uma descrição da posição anatômica comparando a localização em relação a 
outras estruturas ou dentro do resto do corpo. Três pares de termos principais são 
usados para descrever a localização de estruturas relativas ao corpo como um todo ou 
a outras estruturas:
• Anterior (ou ventral) e posterior (ou dorsal): descrevem a posição de estruturas 
relativas à “frente” e “atrás” do corpo. Por exemplo, o nariz é uma estrutura ante-
rior (ventral), enquanto a coluna vertebral é uma estrutura posterior (dorsal);
• Medial e lateral: descrevem a posição de estruturas em relação ao meio e aos la-
dos do corpo. Por exemplo, o polegar está lateral ao dedo mínimo;
• Superior e inferior: descrevem estruturas em referência ao eixo vertical do corpo. 
Por exemplo, a cabeça está superior aos ombros.
Outros termos utilizados na descrição da posição das estruturas são:
• Proximal: descreve uma posição em um membro que está mais próximo do ponto 
de fixação ou do tronco do corpo;
• Distal: descreve uma posição em um membro que está mais longe do ponto de 
fixação ou do tronco do corpo;
• Superficial: descreve uma posição mais próxima da superfície do corpo;
• Profundo: descreve uma posição mais distante da superfície do corpo. 
20
21
Figura 13
Fonte: ODYA; NORRIS, 2020
 A posição anatômica é considerada quando observamos as estruturas considerando a 
posição do corpo em decúbito dorsal ou o do corpo em pé, com os pés na largura dos 
ombros e paralelos, dedos para a frente. Os membros superiores são estendidospara 
cada lado e as palmas das mãos voltadas para a frente. Usar esta posição padrão reduz 
a confusão. Não importa a orientação do corpo descrito, os termos são usados como se 
ele estivesse em posição anatômica. Além disso, observe os termos descritivos anatô-
micos (palavras de direção) mais comuns usados nos estudos anatômicos.
Os planos do corpo são planos geométricos hipotéticos usados para dividir o corpo 
em secções, uma secção é uma superfície bidimensional de uma estrutura tridimensional 
que foi cortada, criando assim planos padrões usados na terminologia anatômica. Exis-
tem três planos básicos na anatomia: sagital, coronal e transversal:
• O plano sagital (plano lateral): divide o corpo em lados esquerdo e direito. 
O plano sagital mediano (mediano) está na linha média através do centro do corpo 
e divide a estrutura em duas metades (iguais), sendo assim, todos os outros planos 
sagitais são paralelos a ele;
• O plano coronal (plano frontal ou YX): divide o corpo em porções dorsal e ven-
tral (posterior e frontal). Ele também separa as porções anterior e posterior;
• O plano transversal (plano axial ou XZ): divide o corpo em porções superior e 
inferior (cabeça e cauda). É normalmente um plano horizontal que passa pelo cen-
tro do corpo e é paralelo ao solo.
21
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Dispositivos modernos de imagens médicas permitem que os médicos obtenham 
“secções virtuais” de corpos vivos. Chamamos a isso de varreduras. Secções corporais 
e digitalizações podem ser interpretadas corretamente, no entanto, apenas se o visuali-
zador compreender o plano ao longo do qual a secção foi feita.
Figura 14 – Planos do corpo
Fonte: ODYA; NORRIS, 2020 
Importante!
O estudo da anatomia descritiva segue planos de delimitação e secção. Em neuroanato-
mia, os planos clássicos de secção são: Coronal (divide anterior e posterior); Horizontal 
(divide superior de inferior); Sagital (divide lateral esquerdo e lateral direito).
22
23
Figura 15 – Planos anatômicos de secções corporais. Os diagramas (esquerda) 
apresentam os planos e as fotografi as (direita) mostram as secções resultantes
Fonte: TORTORA, 2016
Vamos Praticar
Atividade 5
Observe a imagem abaixo, nomeie e descreva os planos corporais indicados.
23
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Figura 16
Fonte: NETTER, 2010 
Senescência e Senilidade 
Envelhecer é um processo natural que implica mudanças graduais e inevitáveis re-
lacionadas à idade e que sucede a despeito de o indivíduo gozar de boa saúde e ter um 
estilo de vida ativo e saudável. A OMS (Organização Mundial da Saúde) define envelhe-
cimento saudável como “o processo de desenvolver e manter a capacidade funcional que 
permite o bem-estar na velhice”.
As populações em todo o mundo estão envelhecendo em um ritmo mais rápido do 
que no passado e essa transição demográfica terá um impacto em quase todos os aspec-
tos da sociedade. Esse cenário criará demandas adicionais significativas em serviços de 
saúde e de apoio, como, por exemplo: saúde, assistência social, transporte, habitação 
e planejamento urbano, já que devemos proporcionar um mundo adaptável aos idosos. 
Dieta e estilo de vida, aliados à manutenção de um peso corporal saudável, são impor-
tantes para a manutenção da saúde em todas as faixas etárias, mas são cruciais para um 
envelhecimento saudável.
24
25
A senescência e a senilidade são temas cada vez mais explorados, ainda que, muitas 
vezes, é difícil diferenciar o envelhecimento normal (senescência), que se caracteriza por 
alterações fisiológicas naturais, do envelhecimento patológico (senilidade), que está asso-
ciado a doenças que podem afetar a qualidade e o tempo de vida. 
Figura 17 
Fonte: KUMAR, 2018
 Mecanismos que causam e neutralizam o envelhecimento celular. Lesão do DNA, se-
nescência replicativa e redução das proteínas ou proteínas mal dobradas estão entre os 
mecanismos mais bem descritos de envelhecimento celular. Algumas influências am-
bientais, como a restrição calórica, se contrapõem ao envelhecimento, ativando várias 
vias de sinalização e fatores de transcrição. IGF, fator de crescimento do tipo insulina; 
ROS, espécies reativas de oxigênio; TOR, alvo da rapamicina.
O declínio gradual da função ao envelhecer é uma marca clínica do envelhecimento, 
embora a senescência desempenhe papéis fisiológicos durante o desenvolvimento nor-
mal, sendo necessária para a homeostase do tecido. A senescência celular associada 
ao envelhecimento está intrinsecamente ligada à resposta ao estresse, desencadeando 
instabilidade genômica e alteração dos telômeros, adicionalmente associada a mudan-
ças degenerativas, proliferativas e falhas no reparo tecidual, acarretando em um estado 
permanente de parada do ciclo celular, que pode contribuir para o declínio do potencial 
regenerativo e da função dos tecidos. Embora vários fatores possam induzir a senes-
cência, danos ao DNA, estresse oxidativo, neuroinflamação e proteostase alterada têm 
demonstrado desempenhar um papel em seu início. 
Consequentemente, a idade é um fator de risco para muitas doenças, a senescência 
desempenha um papel importante em muitas doenças relacionadas à idade, não se li-
mitando a osteoartrite, doenças cardiovasculares, glaucoma, diabetes e câncer. Apesar 
dessas ligações com a patologia humana, nossa compreensão do processo de envelhe-
cimento permanece limitada. 
A Doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo progressivo caracterizado pela 
perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra, a presença de agregados de pro-
teínas citoplasmáticas, conhecidos como corpos de Lewy. Essas características patológicas 
resultam em um comprometimento do controle motor, incluindo dificuldade para iniciar 
movimentos, perda de equilíbrio, rigidez, tremor e deterioração cognitiva. Os fatores de ris-
co mais importantes para o desenvolvimento da DP são o envelhecimento, a predisposição 
genética e a exposição a toxinas.
25
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Anexo I
Respostas das atividades propostas na unidade
Atividade 1
Observe a imagem abaixo e nomeie os níveis de organização biológica, fazendo uma 
breve explicação de cada um. 
Figura 18
Fonte: Adaptada de ODYA; NORRIS, 2020
a) Nível celular: Todos os seres vivos são feitos de células. Na verdade, “ter um 
nível celular de organização” é inerente a qualquer definição de “organismo”. 
O trabalho em si do corpo ocorre nas células. Por exemplo, seu coração bate 
para bombear o sangue para todo seu corpo devido ao que acontece dentro das 
células que formam as paredes daquele órgão;
26
27
b) Nível dos tecidos: Um tecido é uma estrutura feita de muitas células – geral-
mente de vários tipos – para exercer uma função específica. Tecidos se dividem 
em quatro categorias:
» O tecido conjuntivo sustenta as partes do corpo e as une. Tecidos tão diferen-
tes como ossos e sangue são classificados como conjuntivos ;
» O tecido epitelial (epitélio) funciona para alinhar e revestir os órgãos, bem 
como para realizar absorção e secreção. A camada externa da pele é compos-
ta de tecido epitelial ;
» O tecido muscular: é encontrado nos músculos e permite a movimentação das 
partes do corpo; nas paredes dos órgãos ocos (como intestinos e vasos san-
guíneos), para ajudar a movimentar seu conteúdo; e no coração, para mover o 
sangue por meio da contração e do relaxamento ; 
» O tecido nervoso transmite impulsos e forma nervos. O tecido cerebral é um 
tecido nervoso. 
c) Nível dos órgãos: Um órgão é um agrupamento de tecidos que exerce uma 
função fisiológica especializada. Por exemplo, o estômago é um órgão que tem 
a função específica de quebrar alimentos. Por definição, os órgãos são compos-
tos por pelo menos dois tipos de tecidos, mas muitos contêm os quatro. Embora 
possamos nomear e descrever todos os quatro tipos de tecido que compõem 
todos os órgãos, como fizemos na seção anterior, listar todos os órgãos já não 
seria tão fácil ;
d) Nível dos sistemas : Anatomistase fisiologistas humanos dividiram o corpo em 
sistemas de órgãos – grupos de órgãos que trabalham juntos para atender a 
uma grande demanda fisiológica.
Nivel do organismo : Quando estudamos os sistemas, os órgãos, os tecidos e 
as células, estamos sempre observando como eles sustentam você no nível do 
organismo.
Atividade 2
Observe a imagem abaixo e identifique as organelas apontadas e site suas prin-
cipais funções. Para melhor memorização, estimulamos você a colorir o desenho, 
criando uma legenda de cores para as estruturas.
A célula é a unidade básica, estruturalmente e funcionalmente, de todos os tecidos do 
corpo. Semelhante às pessoas, as células ocorrem em variedades muito diferentes, mas, 
também como as pessoas, quase todas as células compartilham de muitas estruturas in-
ternas básicas que nós chamamos de organelas. As organelas atuam cooperativamente 
em uma variedade de vias que permitem às células e aos tecidos executarem as suas 
funções exclusivas. Dependendo do tipo celular, algumas conterão mais de um tipo ou 
um outro tipo diferente de organela ou inclusão (diferente das organelas, as inclusões 
não são revestidas por uma membrana). Colorir
Colorir cada um destes 13 componentes celulares, utilizando cores diferentes, obser-
vando sua morfologia e função enquanto pinta. 
27
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
1. Peroxissomas: pequenas vesículas contendo enzimas que degradam o peróxi-
do de hidrogênio e os ácidos graxos; 
2. Aparelho de Golgi: pilhas achatadas de membranas que modififi cam e empa-
cotam proteínas e lipídios para utilização intracelular e extracelular; 
3. Membrana plasmática: a membrana da “célula”, composta de uma bicamada 
lipídica que atua na proteção, secreção, sensibilidade e sustentação; 
4. Citoplasma: a matriz aquosa da célula que fifi ca fora do núcleo; 
5. Mitocôndria: produz ATP por meio da fosforilação oxidativa da energia; 
6. Lisossomas: vesículas contendo enzimas digestivas; 
7. Retículo endoplasmático: rede membranácea no citoplasma, associada aos 
ribossomas para a síntese proteica (RE granular, 7A) ou sem ribossomas e en-
volvido com a síntese de lipídios e esteroides (RE agranular, 7B); 
8. Centríolos: inclusões pareadas essenciais para o movimento dos cromossomas 
na divisão celular; 
9. Nucléolo: condensação de RNA e proteínas dentro do núcleo; 
10. Núcleo celular: estrutura revestida por membrana que contém cromossomas, 
enzimas e RNA; 
11. Ribossomas: RNA e proteínas, ambos livres e aderidos ao RE granular; 
12. Microfifi lamentos: inclusões que promovem resistência e sustentação para 
a célula 
13. Microtúbulos: inclusões que compreendem o citoesqueleto e participam no 
transporte intracelular.
Atividade 3
Observe a imagem abaixo e identifique as estruturas. Para melhor memoriza-
ção, estimulamos você a colorir o desenho, criando uma legenda de cores para 
as estruturas.
Figura 19
Fonte: Adaptada de ODYA; NORRIS, 2020
28
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Atividade 4
» Observe a imagem abaixo e identifique o tipo de morte celular representado 
em A e B. 
a) Apoptose
b) Necrose
Figura 20
Fonte: CARVALHO; SHIRLEI, 2019
Atividade 5
Observe a imagem abaixo, nomeie e descreva os planos corporais indicados.
29
UNIDADE Introdução à Anatomofisiologia
Figura 21
Fonte: Adaptada de Fonte: NETTER, 2010
As descrições anatômicas fazem referência aos planos corporais que passam através 
do corpo humano em posição anatômica. Os planos incluem os seguintes: 
1. O plano mediano – também conhecido como plano sagital mediano – é um 
plano vertical que passa através do centro do corpo, dividindo-o em metades 
iguais direita e esquerda Os planos sagitais, exceto o plano sagital mediano, 
são planos verticais que são paralelos ao plano sagital mediano e são frequen-
temente chamados de planos paramedianos; 
2. Os planos frontais ou coranais – também conhecidos como planos coronais – 
são planos verticais que passam através do corpo e o divide em regiões anterior 
(frontal) e posterior (dorsal); 
3. Os planos transversos, também conhecidos como planos horizontais ou axiais, 
são planos que fazem ângulos retos com os planos sagitais e frontais e dividem 
o corpo nas regiões superior e inferior.
30
31
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Membrana plasmática
https://bit.ly/3h28o0a
Mitose
https://bit.ly/3mWcs69
Estrutura do corpo humano: células – tecidos – órgãos – sistemas – o corpo
https://bit.ly/3gVJE9W
Apoptose
https://bit.ly/2WLUF74
 Leitura
Década de Envelhecimento Saudável: Plano de Ação
https://bit.ly/3BIZFYV
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UNIDADE Sustentação e Locomoção
Introdução
A mobilização é uma das atividades da vida. O termo aparelho locomotor refere-se 
aos tecidos e órgãos do corpo responsáveis pelo movimento. Conhecido como sistema 
músculo-esquelético. É constituído pelo esqueleto, músculos esqueléticos, tendões, liga-
mentos, articulações, cartilagem e outro tecido conjuntivo. Essas peças trabalham juntas 
para permitir o movimento. Lesões, doenças e envelhecimento podem causar dor, rigi-
dez e outros problemas de movimento e função.
Durante o processo natural de envelhecimento, os ossos perdem sua densidade. Os-
sos menos densos podem causar osteoporose e fraturas ósseas (ossos quebrados). Con-
forme envelhecemos, os músculos perdem sua massa e a cartilagem nas articulações 
começa a se desgastar, causando dor, rigidez e diminuição da amplitude de movimento.
Sendo assim, iremos abordar temas relativos à anatomia e fisiologia do sistema 
músculo-esquelético e, ao final desta Unidade, espera-se que você consiga associar os 
sistemas esquelético, muscular e articular às funções de sustentação e locomoção, com-
preendendo as principais doenças que afligem estes sistemas durante o envelhecimento. 
Sistema Esquelético
O osso, ou tecido ósseo, é um tecido conjuntivo duro e denso, composto por quatro 
tipos de células: osteoblastos, células de revestimento ósseo, osteócitos e osteoclastos, 
formando, assim, a maior parte do esqueleto adulto e a estrutura de suporte do corpo. 
Nas áreas do esqueleto aonde os ossos se movem (por exemplo, a caixa torácica e as 
articulações), a cartilagem (uma forma semirrígida de tecido conjuntivo) fornece flexibi-
lidade e superfícies lisas para o movimento. Ao todo, o esqueleto representa cerca de 
20% do peso corporal de uma pessoa. 
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Figura 1 – Esqueleto composto de ossos e cartilagens, unidos 
por articulações, que fornece rigidez e apoio ao corpo
Fonte: A daptada de LAROSA, 2016
A natureza dinâmica do osso significa que o novo tecido é constantemente formado: 
o osso velho, danificado ou desnecessário, é dissolvido para reparo ou utilizado para 
liberação de cálcio. A célula responsável pela reabsorção ou quebra óssea é o osteoclas-
to, que está continuamente quebrando osso velho, enquanto que os osteoblastos estão 
continuamente formando novo osso. O equilíbrio contínuo entre os osteoblastos e os 
osteoclastos é responsável pela remodelação constante, mesmo que sutil, do osso. 
Apesar de sua aparência inerte, os ossos desempenham uma série de funções impor-
tantes, incluindo algumas necessárias para manter a homeostase. Podemos citar como 
funções do sistema esquelético:
• suportar o corpo;
• facilitar o movimento;
• proteger os órgãos internos;
9
UNIDADE Sustentação e Locomoção
• produzir células sanguíneas;
• armazenar e liberar minerais e gordura.
Os ossos são formados por uma matriz óssea, sendo uma parte orgânica (osteóide) e 
outra inorgânica (fosfato, cálcio e cristais de hidroxiapatita).
O periósteo é uma membrana externa de revestimento rígida e fibrosa, que tem a 
função de proteger o osso, ajudar no reparo e nutrir o tecido ósseo, pois é altamente 
vascularizado e cobre quase completamente o osso, exceto nas superfícies que formam 
as articulações; estes são cobertos por cartilagem. Os tendões e ligamentos se fixam na 
camada externa do periósteo, enquanto a camada interna contém osteoblastos (células 
formadorasde osso) e osteoclastos (células de reabsorção óssea), responsáveis pela re-
modelação óssea. 
A maioria dos ossos contém tecido ósseo compacto e esponjoso, mas sua distribui-
ção e concentração variam de acordo com a função geral do osso. Embora os ossos 
compactos e esponjosos sejam feitos dos mesmos materiais e células da matriz, eles são 
diferentes na forma como estão organizados. O osso compacto é denso, está em contato 
imediato com o periósteo e atua suportando forças compressivas, enquanto que o osso 
esponjoso fornece equilíbrio ao osso compacto, tornando os ossos mais leves para que 
os músculos possam movimenta-los com mais facilidade. Além disso, os espaços em 
alguns ossos esponjosos contêm medula óssea vermelha, protegida pelas trabéculas, 
onde ocorre a hematopoiese.
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Figura 2 – Devido à sua organização celular, o osso pode ser considerado esponjoso
Fonte: Adaptada de LAROSA, 2016
Quando apresenta espaços entre suas lamelas internas, ou compacto, quando essas 
lamelas estão justapostas, sem espaços entre elas. O periósteo é um tecido conjuntivo 
fibroso que reveste externamente os ossos. É formado por uma membrana externa 
fibrosa, que serve para proteção e fixação dos músculos, e uma membrana interna 
osteogênica, cuja função é possibilitar reparação e crescimento do osso em espessura.
A doença de Paget geralmente ocorre em adultos com mais de 40 anos. É um distúrbio do 
processo de remodelação óssea que começa com osteoclastos hiperativos. Isso significa que 
mais osso é reabsorvido do que depositado. Os osteoblastos tentam compensar, mas o novo 
osso que eles depositam é fraco e quebradiço e, portanto, sujeito a fraturas. Enquanto algumas 
pessoas com a doença de Paget não apresentam sintomas, outras sentem dor, fraturas e defor-
midades ósseas. Os ossos da pelve, crânio, coluna e pernas são os mais comumente afetados. 
Quando ocorre no crânio, a doença de Paget pode causar dores de cabeça e perda auditiva.
11
UNIDADE Sustentação e Locomoção
Cada osso do corpo desempenha uma função específica e, portanto, os ossos variam 
em tamanho, forma e força com base nessas funções. Sendo assim, podemos classificar 
os ossos quanto à sua forma: longo, curto, plano, irregular ou sesamoide, conforme 
apontado na Tabela 1.
Tabela 1 
Classificação óssea Características Exemplos
Longo Forma cilíndrica, mais longa do que larga. Fêmur, tíbia, fíbula, metatarsos, úmero, ulna, rádio, metacarpos, falanges.
Curto Forma de cubo, aproximadamente igual em comprimento, largura e espessura. Carpo e tarso.
Plano Fino e curvo. Esterno, costelas, escápulas, ossos cranianos.
Irregular Forma complexa. Vértebras, ossos faciais.
Sesamóide
Pequeno e redondo;
Embutido em tendões.
Patela.
Os bebês nascem com cerca de 300 ossos separados, à medida em que a criança 
cresce, alguns desses ossos se fundem até o crescimento cessar (normalmente por volta 
do 20 a 25 anos), deixando o esqueleto com 206 ossos. Estes ossos são divididos em dois 
conjuntos (ou dois esqueletos), conhecidos como esqueleto axial e esqueleto apendicular. 
O esqueleto axial contém 80 ossos, incluindo o crânio, coluna e caixa torácica. For-
ma a estrutura central do esqueleto com a função de proteger o cérebro, medula espi-
nhal, coração e pulmões. Os 126 ossos restantes constituem o esqueleto apendicular, 
que incluem os braços, pernas, cintura escapular e cintura pélvica. A parte inferior do 
esqueleto apendicular protege os principais órgãos associados à digestão e reprodução, 
além de fornecer estabilidade para locomoção. O esqueleto axial adulto tem 80 ossos, 
incluindo o crânio, a coluna vertebral, as costelas e o esterno.
Para que você possa atingir os objetivos esperados desta Unidade, solicitamos que 
utilize um atlas de anatomia e localize as seguintes estruturas:
Ossos do Crânio
O crânio é formado por 22 ossos que são divididos, embriologicamente, em:
• Viscerocrânio ou ossos da face: maxilas (2); Zigomáticos (2); Lacrimais (2); Nasais 
(2); Conchas nasais inferiores (2); Palatinos (2); Vômer (1); Mandíbula (1);
• Neurocrânio e base: Frontal (1); Parietal direito / Parietal esquerdo (1); Occipital (1); 
Temporal direito/ Temporal esquerdo (2); Esfenoide (1); Etmoide (1).
Além dos ossos do crânio, compondo o esqueleto axial, teremos:
• Ossos das costelas (12 pares); Osso esterno; Osso hióide.
Ossos da coluna vertebral
Vértebras cervicais (7); Vértebras torácicas (12); Vértebras lombares (5); Osso sacro (1), 
tendo cinco vértebras fundidas; Osso cóccix (1), tem de quatro a cinco vértebras, tam-
bém fundidas. 
12
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Anomalias de desenvolvimento, alterações patológicas ou obesidade podem aumentar as cur-
vas normais da coluna vertebral, resultando no desenvolvimento de curvaturas anormais ou 
excessivas. A cifose, também conhecida como corcunda, é uma curvatura posterior excessiva 
da região torácica. Isso pode se desenvolver quando a osteoporose causa enfraquecimento e 
erosão das porções anteriores das vértebras torácicas superiores, resultando em seu colapso 
gradual. A lordose é uma curvatura anterior excessiva da região lombar e está mais comumen-
te associada à obesidade ou ao final da gravidez. A escoliose é uma curvatura lateral anormal, 
acompanhada por torção da coluna vertebral, sendo mais comum entre as meninas. A causa 
geralmente é desconhecida, mas pode resultar de fraqueza dos músculos das costas, defei-
tos como taxas de crescimento diferenciais nos lados direito e esquerdo da coluna vertebral 
ou diferenças no comprimento dos membros inferiores. Quando presente, a escoliose tende a 
piorar durante os surtos de crescimento do adolescente. Embora a maioria dos indivíduos não 
necessite de tratamento, um suporte para as costas pode ser recomendado para crianças em 
crescimento. Em casos extremos, a cirurgia pode ser necessária.
O esqueleto apendicular, que é preso ao esqueleto axial, em sua forma adulta com-
porta 126 ossos isolados. Observe os ossos dos membros superiores: Escápula (2); Cla-
vícula (2), Úmero (2), Rádio (2), Ulna (2), Carpos (16), Metacarpos (10), Falanges (28); 
e os ossos dos membros inferiores: ossos do quadril (2), Fêmur (2), Tíbia (2), Fíbula (2), 
Patelas (2), Tarsos (14), Metatarsos (10), Falanges (28).
A ingestão adequada de vitaminas e minerais é essencial para a formação óssea ideal 
e a saúde óssea contínua. Dois dos mais importantes são o cálcio e a vitamina D. Para 
manter ou aumentar a densidade óssea, recomenda-se exercício físico para assegurar a 
qualidade geral e força dos ossos. 
À medida que as pessoas envelhecem, a taxa de reabsorção óssea pelas células os-
teoclásticas (células multinucleadas que contêm mitocôndrias e lisossomas, responsáveis 
pela reabsorção óssea) excede a taxa de formação óssea, por isso o osso enfraquece, 
diminuindo sua capacidade de realizar as funções mecânicas, e os estoques de cálcio 
muitas vezes se esgotam. A perda de massa óssea resulta da desmineralização, enquanto 
que a fragilidade decorre de uma taxa mais baixa da síntese de proteína.
A osteoporose é um importante problema de saúde pública que afeta milhões de idosos. 
Há uma redução da densidade mineral óssea, aumentando o risco de ocorrência de fraturas. 
Ocorre quando a remoção ou reabsorção do osso ocorre muito rapidamente, ou quando um 
novo osso é formado muito lentamente ou por ambos os motivos. Além do envelhecimento, 
pode ser causada por insuficiência de cálcio, deficiência de vitamina D, consumo excessivo 
de álcool ou tabagismo. 
13
UNIDADE Sustentação e Locomoção
Figura 3 
Fonte: Adaptada de TORTORA, 2016
Você Sabia?
O cálcio desempenha um papel significativo no corpo e é necessário para a contração mus-
cular, condução nervosa, divisão celular e coagulação do sangue. Como apenas 1% do cálcio 
do corpo está no sangue, o esqueleto atua como depósito, liberando cálcio em resposta às 
demandas do corpo. Os níveis de cálcio sérico são rigidamente regulados por dois hormô-
nios, que atuam de forma antagônica para manter a homeostase. A calcitoninafacilita a 
deposição de cálcio nos ossos, diminuindo os níveis séricos, enquanto o hormônio paratire-
óideo estimula a liberação de cálcio dos ossos, elevando os níveis séricos de cálcio.
Vamos praticar
Atividade 1
O sistema esquelético pode ser dividido em esqueleto axial, que representa o eixo 
mediano do corpo e esqueleto apendicular, que representa os ossos dos membros infe-
riores e superiores, junto com os ossos que formam a cintura escapular e pélvica. No 
caça-palavras a seguir, localize os 13 ossos que forma o esqueleto apendicular.
Figura 4
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Atividade 2
As imagens a seguir (A, B, C e D) fazem referência aos ossos do crânio. Observe a 
legenda e faça a correspondência de cores (colorindo os ossos em todas as imagens).
Tabela 2
1- Frontal 4. Lacrimal 7.Occipital 10. Vômer 13. Temporais 
2. Parietais 5. Zigomático 8. Etmoide 11. Mandíbula 14. Concha nasal inferior
3. Esfenoide 6. Maxila 9. Nasal 12. Palatino
Figura 5
Fonte: Adaptada de HANSEN, 2015
Atividade 3
Mulher, 80 anos, procurou serviço médico relatando dor crônica na coluna dorsal, 
dispneia e limitação para o movimento de extensão do tronco. Ao exame físico, além da 
restrição ao movimento, observou-se escoliose esquerda. Foi solicitado o exame de TC 
que evidenciou osteófitos anteriores, laterais e posteriores nos diversos níveis. 
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UNIDADE Sustentação e Locomoção
Figura 6
Fonte: PEZZI, 2017
a) A paciente apresentou alterações posturais em vários segmentos da coluna ver-
tebral. Quantas vértebras encontram-se na coluna vertebral e nos seus respec-
tivos segmentos?
b) A paciente apresentou alteração na curvatura da coluna torácica. Quais são as cur-
vaturas normais da coluna? Em qual período do desenvolvimento elas aparecem?
Sistema Articular
Como sabemos, o corpo de um adulto é formado por 206 ossos, sendo que cada um 
deles (com exceção dos ossos sesamoides) está conectado a pelo menos um outro osso.
As articulações são o local onde os ossos se unem. Existem articulações que foram 
projetadas para estabilidade e fornecem pouco ou nenhum movimento, permitindo pou-
ca ou nenhuma mobilidade entre os ossos. Nestas articulações os ossos são unidos for-
temente por tecido conjuntivo (ossos do crânio) ou cartilagem (vértebras com o esterno). 
Por outro lado, as articulações que fornecem mais movimento entre os ossos e permitem 
amplitudes de movimento são as menos estáveis, pois as superfícies articulares dos os-
sos não estão diretamente unidas umas às outras. Nestas articulações observa-se uma 
cavidade articular, recoberta por uma cápsula articular, preenchida de fluido lubrificante 
(líquido sinovial ajuda a proteger a articulação de lesões mecânicas e contém ácido hia-
lurônico e lubricina), que permite que os ossos se movam suavemente uns contra os ou-
tros. A maioria das articulações entre os ossos do esqueleto apendicular são desse tipo 
de articulação móvel. Essas articulações permitem que os músculos do corpo puxem um 
osso e, assim, produzam o movimento dessa região do corpo. 
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Artrite reumatóide: é uma artropatia inflamatória autoimune que afeta a sinóvia. Ocorre 
com mais frequência em fumantes, sendo três vezes mais comum em mulheres.
Sendo assim, as articulações podem ser classificadas de acordo com a quantidade de 
movimento que permitem:
• Sinartrose: uma articulação imóvel;
• Anfiartrose: uma articulação com pouco movimento;
• Diartrose: uma articulação livremente móvel.
Podendo, também, serem classificadas de acordo com os componentes que unem os ossos:
• Articulações fibrosas: componente de união tecido conjuntivo rico em fibra. Ex: 
suturas do crânio;
• Articulações cartilaginosas: conexões realizadas por cartilagens;
• Articulações sinoviais: conectadas por um capsula articular que recobre uma ca-
vidade (lacuna entre os ossos).
Figura 7 – A a C. Três classes de articulações. A fi gura mostra exemplos de cada classe. 
Dois modelos mostrando as características básicas de uma articulação sinovial são incluídos em (A)
Fonte: Adaptada de MOORE, 2018
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UNIDADE Sustentação e Locomoção
Por mais saudável que seja um indivíduo, à medida que envelhece, suas articulações 
apresentam algumas alterações na mobilidade, em parte devido a alterações nos tecidos 
conjuntivos. Como a amplitude de movimento articular tem um efeito direto na postura 
e no movimento, isso pode resultar em alteração acentuada da função.
Sistema Muscular
O tecido muscular é um dos quatro tecidos básicos que formam os órgãos, sendo assim, 
este é o tecido primordial dos músculos. Considerando uma organização microscópica de 
suas proteínas contrateis, os músculos podem ser classificados em três tipos: Músculo liso; 
estriado cardíaco e estriado esquelético. As proteínas actina e miosina são organizadas nas 
células musculares individuais (chamadas de fibras) e compõem tanto o músculo esquelético 
quanto o músculo cardíaco, criando estriações, característica não observada no músculo liso.
O músculo liso e o estriado cardíaco atuam no controle involuntário e não fazem 
parte do aparelho locomotor, uma vez que a musculatura lisa compõe a formação de 
órgãos como o estômago, intestinos, artérias; e a musculatura estriada cardíaca compõe 
o coração. No aparelho locomotor encontramos os músculos estriados esquelético, sen-
do um tipo de músculo voluntário. Estes músculos são ligados aos ossos por elementos 
anatômicos denominados, em sua maioria, de tendões.
Figura 8 – De acordo com sua formação histológica, os músculos podem ser classificados em estriados e lisos 
Fonte: Adaptada de LAROSA, 2016
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Os estriados têm contração voluntária e estão relacionados com o sistema esquelético, 
enquanto os lisos têm contração involuntária e estão associados às vísceras. O músculo 
do coração (miocárdio) é um tipo especial, classificado como estriado cardíaco, de con-
tração vigorosa e involuntária.
Todos os músculos apresentam quatro propriedades principais:
• Contratilidade: contração para produzir forças suficientes para mover o osso;
• Extensibilidade: garantindo que ele seja capaz de se esticar sem ser danificado;
• Elasticidade: permitindo que ele retorne ao seu estado de repouso após ser esti-
cado ou contraído;
• Excitabilidade: portanto, é capaz de responder a um estímulo (potencial de ação).
A contração muscular (encurtamento das fibras) ocorre quando actina é puxada pela 
miosina. Isso ocorre no músculo estriado (esquelético e cardíaco) após locais de ligação 
específicos na actina terem sido expostos em resposta à interação entre íons cálcio 
(Ca++) e proteínas (troponina e tropomiosina) que “protegem” os locais de ligação da ac-
tina. O Ca++ também é necessário para a contração do músculo liso, embora seu papel 
seja diferente: aqui, o Ca++ ativa enzimas, que, por sua vez, ativam as cabeças da miosi-
na. Todos os músculos requerem adenosina trifosfato (ATP) para continuar o processo 
de contração, e todos eles relaxam quando o Ca++ é removido e os locais de ligação da 
actina são novamente protegidos.
De forma geral, existem, aproximadamente, 650 músculos conhecidos e nomeados, 
desempenhando funções relacionadas com o movimento humano (produção do mo-
vimento, manutenção de posturas e posições e estabilização das articulações); com a 
proteção e sustentação dos órgãos e vísceras; alteração e controle das pressões intraca-
vidades; manutenção da temperatura corporal; e controles, por exemplo, da deglutição, 
defecação e micção.
A sarcopenia é definida como um declínio na função muscular (velocidade de caminhada 
ou força de preensão ) associado à perda de massa muscular [2] . Atinge, mais comumente, 
populações idosas e sedentárias e pacientes que apresentam comorbidades que afetam o 
sistema musculoesquelético ou prejudicam a atividade física [3] . A sarcopenia leva à inca-
pacidade, quedas e aumento da mortalidade. A perda de força muscular e função aeróbia 
são duas das marcas da fragilidade . A sarcopenia tem sido associada a um aumento da pre-
valência de osteoporose, aumentandoainda mais sua propensão a fraturas .
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UNIDADE Sustentação e Locomoção
Figura 9 – Tipos de músculo (tecido muscular)
Fonte: Adaptada de MOORE, 2018
Nesta Unidade iremos abordar a morfofisiologia dos músculos estriados esqueléticos, 
por comporem o aparelho locomotor.
Cada músculo esquelético é um órgão que consiste em vários tecidos integrados. Es-
ses tecidos incluem as fibras musculares esqueléticas, vasos sanguíneos, fibras nervosas 
e tecido conjuntivo. Cada músculo esquelético possui três camadas de tecido conjuntivo 
que o envolvem e fornecem estrutura ao músculo como um todo, e também comparti-
mentam as fibras musculares dentro do músculo. 
O epimísio é a membrana mais externa, recobrindo todo o músculo e o separando 
de outros órgãos, permitindo que o mesmo contraia e se mova com força enquanto 
mantém sua integridade estrutural. 
Dentro de cada músculo esquelético, as fibras musculares são organizadas em feixes 
individuais, denominada fascículo e por uma camada intermediária de tecido conjuntivo, 
denominada perimísio. Esta membrana, auxilia a transmissão do impulso nervoso para 
contração do músculo. 
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Dentro do fascículo, cada fibra muscular é envolta em uma fina camada de tecido 
conjuntivo de colágeno e fibras reticulares, chamadas endomísio, que auxilia na nutrição 
das fibras.
Figura 10 – Estrutura de um músculo esquelético
Fonte: Adaptada de LAROSA, 2016
A. Corte transversal do músculo esquelético. B. Ampliação em corte transversal. C. Am-
pliação em corte longitudinal. D. Estrutura de uma fibra muscular (célula muscular). 
E. Estrutura de uma miofibrila. 
A aparência estriada das fibras musculares esqueléticas se deve ao arranjo dos mio-
filamentos de actina e miosina, em ordem sequencial, de uma extremidade da fibra 
muscular à outra. Cada pacote desses microfilamentos e suas proteínas regulatórias 
(troponina e tropomiosina), junto com outras proteínas, conferem a menor unidade de 
contração, chamado de sarcômero.
21
UNIDADE Sustentação e Locomoção
Figura 11 – Músculos esqueléticos superficiais
Fonte: Adaptada de MOORE, 2018
Vamos treinar
Atividade 4
Observe as imagens abaixo, referentes aos músculos estriados esqueléticos, e faça a 
identificação dos mesmos (com cores ou números), de acordo com o roteiro A, B e C.
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Tabela 4 – Músculos Estriados Esqueléticos
Roteiro A-
Cabeça e Pescoço
Roteiro B-
Tronco Membros Superiores
Roteiro C-
Membros Inferiores
• Mastigação
1. M. Masseter
2. M. Temporal
3. M. Pterigóideo Medial
4. M. Pterigóideo Lateral
• Mm. da Face (Mímicos)
5. M. Bucinador
6. M. Orbicular Da Boca
7. M. Orbicular Do Olho
• Músculo do Pescoço 
8. M.esternocleidomastóideo 
• Músculo do Ombro 
9. M. Deltoide
• Músculos do Tórax
10. M. Peitoral Maior
11. M. Peitoral Menor
12. M. Serrátil Anterior
• Músculos do Braço
Região Anterior
13. M. Bíceps Braquial
14. M. Braquial
Região Posterior
15. M. Tríceps Braquial
• Músculos do Antebraço
Região Anterior
16. M. Flexor Superficial Dos Dedos
17. M. Pronador Redondo
Região Posterior
18. M. Braquio Radial
• Músculos da Região Glútea
19. Piriforme 
20. M. Glúteo Máximo
21. M. Glúteo Médio
22. M. Glúteo Mínimo
• Músculos da Coxa 
Região Anterior 
23. M. Sartório 
• M. Quadríceps Femoral 
24. M. Reto Femoral 
25. M. Vasto Medial 
26. M. Vasto Intermédio 
27. M. Vasto Lateral
Região Posterior 
• M.tríceps Sural 
28. M. Gastrocnêmio Cabeças Medial 
29. M. Gastrocnêmio Cabeças Lateral
30. M. Sóleo
Figura 12 – Cabeça e pescoço
Fonte: Adaptada de HANSEN, 2015
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UNIDADE Sustentação e Locomoção
Figura 13 – Tronco e Membros Superiores
Fonte: Adaptada de HANSEN, 2015
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Figura 14 – Membros Inferiores
Fonte: Adaptada de HANSEN, 2015
Sistema Tegumentar
A pele e suas estruturas acessórias (folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas 
sudoríferas) constituem o sistema tegumentar, respondendo a 15% do peso corporal, é 
um órgão sofisticado e dinâmico, que funciona como um baluarte entre os tecidos internos 
sensíveis do corpo e o ambiente externo. Não se tratando de uma mera barreira, o tegu-
mento está envolvido na manutenção da temperatura corporal, hidratação interna, funções 
sensoriais e vigilância imunológica.
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UNIDADE Sustentação e Locomoção
Composta por várias camadas de células e tecidos, que são fixados às estruturas 
subjacentes pelo tecido conjuntivo. A camada mais profunda da pele é bem vasculari-
zada (possui numerosos vasos sanguíneos) e fibras nervosas sensoriais que garantem a 
comunicação de e para o cérebro.
A pele é composta por três camadas: a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo. O 
nível mais externo (a epiderme) consiste em um conjunto específico de células, conheci-
das como queratinócitos, que funcionam para sintetizar a queratina, uma proteína longa 
e filamentosa com função protetora. A camada intermediária (a derme) é composta, 
fundamentalmente, pela proteína estrutural fibrilar, conhecida como colágeno. A derme 
encontra-se no tecido subcutâneo (ou panículo), que contém pequenos lobos de células 
de gordura, conhecidas como lipócitos. A espessura dessas camadas varia dependendo 
da localização anatômica. O tecido subcutâneo (hipoderme) é a camada subcutânea situ-
ada abaixo da derme; consiste principalmente em gordura. Fornece o principal suporte 
estrutural para a pele, além de isolar o corpo do frio e auxiliar na absorção de choques.
A pele nova não consegue se regenerar se uma lesão destruir uma grande área do estrato 
basal e suas células-tronco. São necessários enxertos cutâneos para a cicatrização de feri-
mentos dessa magnitude. Um enxerto cutâneo é a cobertura do ferimento com um retalho 
de pele saudável, retirado de um local doador para cobrir um ferimento. Esse procedimento 
é realizado para proteger contra perda de líquido e infecção, promover a cicatrização tecidu-
al, reduzir a formação de tecido cicatricial, evitar a perda de função e por motivos estéticos. 
Para evitar a rejeição tecidual, a pele transplantada geralmente é retirada do mesmo indi-
víduo (autoenxerto) ou de um gêmeo idêntico (isoenxerto). Se a extensão da lesão cutânea 
for tal que um autoenxerto causaria danos, pode-se usar um procedimento de autodoação, 
denominado transplante cutâneo autólogo. Nesse procedimento, mais frequente em casos 
de queimadura grave, pequenas quantidades da epiderme do indivíduo são removidas e os 
queratinócitos são cultivados em laboratório para produzir finas lâminas de pele. A nova 
pele é transplantada de volta no paciente para cobrir a área queimada e gerar uma pele per-
manente. Para cobertura de feridas, também são usados como enxertos cutâneos produtos 
cultivados em laboratório a partir do prepúcio de recém-nascidos circuncidados.
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Figura 15 – A pele e algumas de suas estruturas especializadas
Fonte: Adaptada de TORTORA, 2019
O sistema tegumentar é suscetível a uma variedade de doenças, distúrbios e lesões. 
Elas variam de infecções bacterianas ou fúngicas irritantes, mas relativamente benignas 
(categorizadas como doenças), a câncer de pele e queimaduras graves, podendo ser fatais. 
O processo de envelhecimento afeta a pele de várias maneiras e processos paralelos 
internos e externos contribuem, simultaneamente, para uma perda progressiva da inte-
gridade da pele. A estabilidade estrutural, bem como a função fisiológica, são afetadas. 
Com o envelhecimento, a camada externa da pele (epiderme) fica mais fina, embora 
o número de camadas de células permaneça inalterado. O envelhecimento da pele é 
caracterizado por características como enrugamento, perda de elasticidade, flacidez e 
aparência de textura áspera.
Você Sabia?
A cor da pele é influenciada por vários pigmentos, incluindo melanina, caroteno e hemo-
globina. Lembre-se de que a melanina é produzida por células chamadas melanócitos, 
que se encontram espalhadas por todo o estrato básico da epiderme. A melanina é trans-
ferida para os queratinócitos por meio de uma vesícula celular chamada melanossomo.
27
UNIDADE Sustentaçãoe Locomoção
Vamos treinar
Atividade 5
Observe a imagem a seguir, faça a identificação das estruturas enumeradas e, para 
seu aprendizado, sugerimos que você pinte o desenho, criando uma legenda de cores. 
Figura 16 
Fonte: Adaptada de Hansen, 2015
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Anexo I
Respostas das atividades propostas na Unidade:
Figura 17
• Atividade 2 – Colorir e identificar (vide Hansen, John T. Netter. Anatomia Para 
Colorir – 2ª Ed. Elsevier 2015) .
• Atividade 3 : 
» a) A anatomia normal da coluna é geralmente descrita pela divisão da coluna em 
três regiões principais: a coluna cervical, a torácica e a lombar. Cada região é 
composta de ossos individuais, chamados de vértebras. Existem 7 vértebras cer-
vicais, 12 vértebras torácicas e 5 vértebras lombares. Além disso, existem cinco 
vértebras sacrais, que se fundem em um único osso: o sacro. Quatro pequenas 
vértebras rudimentares caudais fundem-se para formar o cóccix.
» b) No útero e por um período de tempo após o nascimento, a coluna vertebral do 
bebê tem o formato da letra “C”. Essa curva é denominada curva primária, que 
é cifótica. Curvas gradualmente secundárias se desenvolvem nas regiões cervical 
e lombar; Curvas lordóticas. Essas curvas continuarão a se desenvolver até que 
o crescimento pare A lordose normal são as duas curvas para frente, vistas no 
pescoço (coluna cervical) e na parte inferior das costas (coluna lombar). A cifose 
normal são as duas curvas para trás, vistas no tórax (coluna torácica) e áreas do 
quadril (coluna sacral).
• Atividade 4 – Colorir e identificar (vide Hansen, J. T. Netter. Anatomia Para 
Colorir – 2. ed. Elsevier, 2015).
• Atividade 5 :
» 1. Epiderme: uma camada externa protetora, que consiste em um epitélio estra-
tificado pavimentoso e queratinizado, derivado do ectoderma. 
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UNIDADE Sustentação e Locomoção
 » 2. Derme: uma camada de tecido conjuntivo denso, que concede à pele a maior 
parte da sua espessura e sustentação, sendo derivada do mesoderma.
 » 3. Estrato córneo: uma camada de células anucleadas, que é espessa e contém 
células achatadas quase que completamente repletas de filamentos de queratina. 
 » 4. Estrato granuloso: uma camada com uma a três células de espessura, onde 
as células contêm grânulos de querato-hialina, contendo uma proteína que fará a 
união dos filamentos de queratina da camada seguinte. 
 » 5. Estrato espinhoso: várias camadas de células de espessura, composta de 
células com processos citoplasmáticos, os quais vão sendo perdidos conforme as 
células vão ascendendo em direção à superfície da pele. 
 » 6. Estrato basal: uma única camada de células germinativas, que é mitoticamen-
te ativa e fornece células para as camadas superficiais a ela.
 » 7. Glândulas sebáceas.
 » 8. Folículos pilosos.
 » 9. Glândulas sudoríferas (diversos tipos). 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Estudo de anatomia (atlas virtual)
https://bit.ly/3yu8rIb
 Vídeos
 Video-aula 3 Introdução ao aparelho locomotor 2019 
https://bit.ly/3jtHmAz
 Video-aula 4 Introdução ao aparelho locomotor 2019
https://bit.ly/3yvxZ7y
 Leitura
Envelhecimento e ossos
https://bit.ly/3zx4eEL
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UNIDADE Comunicação e Integração
Introdução
O sistema nervoso é um sistema orgânico muito complexo e desempenha uma série 
de funções, sendo responsável por controlar grande parte do corpo, tanto por meio de 
funções somáticas (voluntárias) quanto autônomas (involuntárias). Por isso, esse sistema 
apresenta subdivisões especializadas e fortemente conectadas. Sendo assim, ele é um con-
junto de órgãos que estão comprometidos com a comunicação e integração do indivíduo.
Um excelente ponto de partida para o estudo do sistema nervoso é a compreensão 
do desenvolvimento embrionário, que parte de estruturas simples sobre as quais estrutu-
ras progressivamente mais complicadas podem ser construídas.
A compreensão celular do tecido nervoso é fundamental, pois os neurônios são os 
principais tipos de células associadas ao sistema nervoso. Estes são eletricamente ativos 
e liberam sinais químicos para as células-alvo, sendo responsáveis pela computação e 
comunicação que o sistema nervoso fornece.
Desse modo, é essencial entender a morfofisiologia do sistema nervoso para se che-
gar à compreensão de sua função e das patologias a ele relacionadas. 
Nesta unidade, objetivamos: relacionar os diferentes estágios de desenvolvimento 
com as estruturas adultas do sistema nervoso; demonstrar a estrutura básica de um 
neurônio; descrever as mudanças que ocorrem na membrana que resultam no potencial 
de ação, permitindo, assim, a ocorrência de sinapses; distinguir as principais estruturas 
que compõem o sistema nervoso central e periférico; e descrever os componentes do 
sistema nervoso autônomo.
Morfogênese do Sistema Nervoso
A formação embrionária é altamente regulada por fatores genéticos, moleculares e 
celulares. O desenvolvimento se inicia na fecundação, aproximadamente 14 dias após 
o início do último período menstrual normal. O processo contínuo começa quando um 
espermatozoide penetra um oócito (ovócito) e forma um zigoto (óvulo). Podemos dividir 
o desenvolvimento pré-natal em dois períodos: o período embrionário, que abrange as 
primeiras oito semanas de desenvolvimento de um embrião, e o período fetal, que co-
meça na nona semana. A análise do cronograma de desenvolvimento pré-natal humano 
mostra que a maioria dos avanços visíveis ocorre da terceira à oitava semana.
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Figura 1 – Etapas do desenvolvimento embrionário. Fases iniciais. 
Eventos que ocorrem da fecundação à implantação
Fonte: Reprodução
A neuroembriologia proporciona a chave para a compreensão das malformações 
congênitas do sistema nervoso. A maturação desse sistema progride em uma sequência 
previsível no tempo exato. Mesmo as lesões breves podem ter um profundo impacto so-
bre o seu desenvolvimento posterior, interferindo nos processos essenciais para iniciar o 
estágio seguinte de desenvolvimento. É um processo altamente regulado e sincronizado.
O desenvolvimento neural é um dos primeiros sistemas a começar e o último a ser 
concluído após o nascimento. Antes da formação do sistema nervoso, durante a orga-
nogênese, na terceira semana de desenvolvimento, o embrião já se diferenciou em três 
camadas básicas.
O Sistema Nervoso Central (SNC) envolve três camadas germinativas: ectoderme, 
mesoderme e endoderme.
O ectoderma é o principal jogador iniciador na embriogênese do SNC. Ela é, ainda, 
subespecializada em: (1) ectoderme de superfície, que se diferencia em epiderme, unhas 
e cabelo; (2) ectoderma neural, que dá origem ao tubo neural e à crista neural, que pos-
teriormente dão origem ao cérebro, medula espinhal e nervos periféricos.
A endoderme dá origem ao revestimento dos sistemas gastrointestinal e respiratório. 
Também dá origem a órgãos abdominais, como fígado, pâncreas e bexiga.
O mesoderma dá origem à derme, músculos, gônadas, rins e estruturas urogenitais, 
esqueleto e parede muscular do tubo intestinal.
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UNIDADE Comunicação e Integração
Neurulação
O sistema nervoso central inicial começa como uma placa neural simples que se 
dobra para formar um sulco neural e, em seguida, tubo neural. Esse neural inicial é a 
princípio aberto em cada extremidade, formando os neuroporos. A falha dessa abertura 
para fechar contribui para uma classe importante de anormalidades neurais (defeitos do 
tubo neural).
Figura 2 
Fonte: WASCHKE, 2018
Neurulação a e b A placa neural se expande de ambos os lados da linha média na 
forma de pregas neurais em direção dorsal, e forma o sulco neural (c). Ao início da 
terceira semana, as pregas neurais se fundem de modo similar a um “zíper” e formam 
o tubo neural (d). O tubo neural permanece conectado à cavidade amniótica por algum 
tempo através dos neuroporos anterior e posterior.
Dentro do tubo neural, as células-tronco geram as duas principais classes de células 
que constituem a maior parte do sistema nervoso:neurônios e glia. Ambas as classes 
de células se diferenciam em muitos tipos diferentes, gerados com funções e formas al-
tamente especializadas. Essa seção cobre o estabelecimento de populações neurais, as 
influências indutivas dos tecidos circundantes e a geração sequencial de neurônios que 
estabelecem a estrutura em camadas vista no cérebro e na medula espinhal.
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Figura 3 – Vistas dorsal, após remoção do âmnio (A e C), e seccional (B, D, E e F) de embrião 
em diferentes fases do desenvolvimento (18 dias em A e B; 22 dias em C, D, E e F)
Fonte: MARTINEZ et al. 2014
Observa-se a invaginação da placa neural, originando o sulco e, posteriormente, o 
tubo neural. Durante as fases iniciais, antes do fechamento dos neuroporos, como o 
sistema vascular ainda não está formado, a nutrição das células do sistema nervoso 
em desenvolvimento depende do fluido amniótico que circula em seu entorno. Uma 
circulação sanguínea rudimentar se estabelece no momento do fechamento dos neu-
roporos, tomando, então, essa função.
Importante!
Neurulação se refere ao dobramento da placa neural. A placa neural dobra, por indução 
do notocórdio, no tubo neural, que então se torna o neuroectoderma, que finalmente 
forma o SNC, ou seja, o cérebro e a medula espinhal (o cérebro de dois terços craniais do 
segmento e a medula espinhal de um terço caudal do segmento).
Durante a formação do cérebro, existem três vesículas cerebrais primárias que se 
diferenciam em cinco vesículas cerebrais secundárias.
• Prosencéfalo: mais tarde se desenvolve nos hemisférios cerebrais que contêm es-
truturas como o epitálamo, o tálamo e o hipotálamo. Essa seção do cérebro é res-
ponsável pela consciência, transformação sensório-motora e integração sensorial;
• Mesencéfalo: essa parte do cérebro sofre pouca reorganização estrutural em com-
paração com a medula espinhal e outras vesículas cerebrais;
• Rombencéfalo: essa parte pode ser dividida em três segmentos: metencéfalo, mie-
lencéfalo caudal e rostral.
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UNIDADE Comunicação e Integração
Figura 4 – Desenvolvimento embrionário do sistema nervoso
Fonte: LAROSA, 2016
Cada vesícula secundária desenvolve-se em componentes específicos do sistema ner-
voso adulto
Figura 5 
Fonte: MARTINEZ et al., 2014
Desenvolvimento do encéfalo desde o estágio de cinco vesículas (em torno da quinta 
semana) até um nível bem avançado – porém, ainda incompleto – do desenvolvimen-
to (ao nascimento). Note como a estrutura se torna progressivamente maior e mais 
complexa com o aparecimento de sulcos e giros a partir do sexto mês de gestação.
Vamos Praticar
Atividade 1 – Caso clínico
Os processos fisiopatológicos que podem ocorrer durante a embriogênese são raros 
e não ocorrem com muita frequência e, quando acontecem, o recém-nascido está vivo 
e não é um natimorto. No entanto, o recém-nascido pode precisar de certas cirurgias 
12
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para corrigir as anomalias craniofaciais antes que ocorram danos significativos. Defeitos 
do Fechamento do Tubo Neural (DFTN) são os mais comuns. Encefalocele é protusão 
do cérebro para o espaço subaracnoide. As imagens abaixo evidenciam essa condição 
clínica.. Recém-nascido com encefalocele parietal totalmente coberta por pele A e B
Figura 6 – Encefalocele. A e B, recém-nascido com encefalocele 
parietal totalmente coberta por pele
Fonte: Adaptada de JOTZ, 2017
Questão I – Descreva as características neuroembriológicas dessa malformação.
Questão II – Durante o período embrionário, podem ocorrer defeitos no desenvolvi-
mento do crânio e do cérebro. Diversas pesquisas já associaram a alimentação durante a 
gestação com o desenvolvimento do feto, deficiências de determinados nutrientes estão 
ligadas ao surgimento de defeitos no tubo neural do bebê, como anencefalia, encefalo-
cele e espinha bífida. A deficiência de qual vitamina não produzida pelo organismo está 
relacionada a esses defeitos do tubo neural citado e quando ela deve ser suplementada?
Histofisiologia do Sistema Nervoso
O tecido nervoso é uma das quatro principais classes de tecidos básicos. É um tecido 
especializado encontrado no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico. 
Consiste em células de suporte chamadas neuroglia e neurônios.
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ISHA ISHA
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ISHA ISHA
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ISHA ISHA
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ISHA ISHA
Máquina de escrever
Neuralgia - Dolor - (ALGIA) de los nervios.
Neurólogo - Especialista (LOGO) de los nervios.
Neurastenia - Debilidad (ASTENIA) de los nervios.
Neurosis - Enfermeda (SIS) de los nervios.
Neuropatia - Padecimiento (PATIA) del sistema nervioso
Neurotomía - Disección (TOMIA) de los nervios 
UNIDADE Comunicação e Integração
Figura 7 – Estrutura geral do tecido nervoso
Fonte: Adaptada de KREBS, 2015
Existem seis tipos de neuroglia, quatro no sistema nervoso central e dois no Sistema 
Nervoso Periférico (SNP). Essas células gliais estão envolvidas em muitas funções espe-
cializadas, além do suporte dos neurônios. Neuroglia no SNC inclui astrócitos, células 
microgliais, células ependimárias e oligodendrócitos. No SNP, as células satélite e as 
células de Schwann são os dois tipos de neuroglia.
• Astrócitos: têm o formato de uma estrela e são as células gliais mais abundantes do 
SNC. Eles têm muitos processos de irradiação que ajudam a aderir aos neurônios 
e capilares. Eles sustentam e protegem os neurônios e os ancoram às linhas de 
suprimento de nutrientes;
• Células microgliais: são pequenas e ovoides com processos espinhosos. Eles são 
encontrados no SNC. Quando o micro-organismo invasor ou neurônios mortos 
estão presentes, as células microgliais podem se transformar em um macrófago 
fagocítico e ajudar na limpeza dos restos neuronais;
• Células ependimárias: são ciliadas e revestem as cavidades centrais do cérebro e 
da medula espinhal, onde formam uma barreira bastante permeável entre o líquido 
cefalorraquidiano que preenche essas cavidades e as células dos tecidos do SNC;
• Oligodendrócitos: produzem uma capa isolante chamada bainha de mielina no SNC;
• Células satélite: circundam os corpos celulares dos neurônios no SNP. Elas são 
análogas aos astrócitos do SNC;
• Células de Schwann: envolvem todas as fibras nervosas do sistema nervoso pe-
riférico e formam bainhas de mielina ao redor das fibras nervosas. Sua função é 
semelhante à dos oligodendrócitos.
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ISHA ISHA
Máquina de escrever
células nervosas no SN
ISHA ISHA
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ISHA ISHA
Máquina de escrever
oligo : poucos
dendro: árvore
kytos: ramificações
ISHA ISHA
Máquina de escrever
células com poucas ramificações. (vide explicação acima)
ISHA ISHA
Lápis
ISHA ISHA
Lápis
ISHA ISHA
Máquina de escrever
micro: pequeno - Glia: que gruda
ISHA ISHA
Máquina de escrever
epi: sobre, em cima.
dima: vestido
são células que cobrem o torso.
ISHA ISHA
Máquina de escrever
 células com poucas
ramificações
ISHA ISHA
Máquina de escrever
 satelite: soldado, escolta. São células que CIRCUNDAM o corpo celular do neurônio
ISHA ISHA
Destacar
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Os neurônios são células nervosas altamente especializadas que geram e conduzem 
impulsos nervosos. Um neurônio típico consiste em dendritos, o corpo celular e um 
axônio. Os dendritos são responsáveis por responder aos estímulos; eles recebem sinais 
de entrada para o corpo celular. Os axônios são responsáveis por transmitir impulsos a 
longas distâncias do corpo celular. O axônio é circundado por uma camada gordurosa 
esbranquiçada chamada bainha de mielina. O corpo celular é como uma fábrica para 
o neurônio, é o principal centro biossintético de um neurônio e contém as organelas 
usuais para a síntese de proteínas e outras substâncias químicas.
Importante!
A bainha de mielina é uma estrutura de revestimento lipídica encontrada em neurô-
nios mielínicos (quando revestido por uma bainha lipídica de mielina, a qual aumenta 
a velocidade de transmissão do impulso). Mas também podemos encontrar neurônios 
amielínicos (sem revestimento nenhum).
Figura 8
Fonte: MARTINEZ et al. 2014
A. Esquema de um neurônio mielinizado ilustrando

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