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“Um copo de refrigerante tem 200 calorias”; na realidade tem 200.000 calorias ou 200 kcal. De qualquer forma, essa confusão tende a acabar, pois as embalagens dos produtos alimentícios trazem atualmente o conteúdo energético de seus produtos expressos em kcal ou kJ. Como se determina o valor calórico de um alimento? Toda a energia presente nos vegetais, que são a base da cadeia alimentar, provém do Sol, e é armazenada nas ligações químicas das moléculas de amido e celulose, formadas durante o processo de fotossíntese. Essa energia é transferida para os animais pela cadeia alimentar, ou seja, toda energia que obtemos provém dos alimentos que ingerimos. Quando nos alimentamos, as moléculas presentes nos alimentos são metabolizadas (queimadas) pelo nosso organismo para liberar (fornecer) essa energia que é utilizada para a manutenção dos processos vitais. O metabolismo dessas moléculas ocorre conforme a necessidade de energia do organismo. Nos animais, quando o consumo de energia é maior do que o gasto, o excesso é armazenado na forma de moléculas de gordura. As moléculas que ao serem metabolizadas liberam energia são: carboidratos, proteínas, óleos e gorduras. Observe o quadro abaixo, que mostra onde essas substâncias são encontradas e como agem no organismo. Como o organismo utiliza a energia dos alimentos? Mesmo quando estamos com a saúde plena e em absoluto repouso, nosso organismo gasta energia para manter nossas funções vitais, como a temperatura corporal constante, a respiração, o coração batendo, sangue circulando, rins trabalhando, fígado metabolizando alimentos, etc. Esse estado é denominado metabolismo basal. Situações como doenças, sustos, estudo, trabalho, prática de exercícios físicos, etc. levam o organismo a consumir mais energia, acima do requerido pelo metabolismo basal. A soma da atividade metabólica nessas situações mais o metabolismo basal é chamado de taxa metabólica e representa as necessidades calóricas do organismo de cada indivíduo. As embalagens de alimentos fornecem uma média das necessidades calóricas da população em geral, ou seja, tal alimento fornece determinada porcentagem de nutriente que supre uma porcentagem do conteúdo calórico “para uma dieta de 2.000 kcal” ou “2.500 kcal”. Sua necessidade calórica, porém, pode ser maior ou menor do que isso. E como a necessidade calórica varia de pessoa para pessoa, o ideal é que ela seja calculada por um médico ou nutricionista. A ENERGIA DOS ALIMENTOS Hoje em dia é muito comum as pessoas se interessarem pelo valor calórico dos alimentos que estão ingerindo, afinal essa informação é importante para quem deseja perder ou ganhar “peso” e deve constar sempre no rótulo de qualquer produto alimentício, mas você sabe dizer: • Como se determina o valor calórico de um alimento? • Como o organismo processa as calorias que ingerimos? • De onde vem as calorias dos alimentos? Essas perguntas (apesar de complexas) podem ser em parte esclarecidas com o estudo da Termoquímica. Conteúdo calorífico O calor é uma energia em trânsito que flui de um corpo de maior temperatura para outro corpo de menor temperatura e que a energia só pode ser transferida de um corpo para outro, na forma de calor, se houver diferença de temperatura entre os corpos. A principal diferença entre calor e temperatura é que a temperatura não depende da massa do corpo, mas o calor depende. Assim, por exemplo, se medirmos a temperatura de qualquer massa de água fervente sob pressão de 1 atm, o termômetro acusará 100 °C. Mas o calor fornecido por 2 litros de água fervente é maior do que o fornecido por 1 litro de água fervente. O calor é medido em calorias, que é uma unidade de energia e está relacionada a qualquer fenômeno que envolva trocas de calor. Note que a caloria é uma unidade de energia relativamente pequena, por exemplo, a queima completa de 1 litro de gasolina pode liberar cerca de 7.750.000 calorias. Por isso, costumamos trabalhar preferencialmente com quilocalorias, kcal, sendo que 1 kcal = 1.000 cal. Uma caloria corresponde a 4,186 joules, e 1 J = 1 N/m2 (Sistema Internacional de Unidades). É comum, principalmente em referência aos alimentos, ouvirmos o termo caloria como sinônimo de quilocaloria, por exemplo: A Termoquímica estuda as trocas de calor associadas às reações químicas ou a mudanças no estado de agregação das substâncias. Uma caloria é a quantidade de energia ou calor necessária para elevar a temperatura de 1 grama de água em 1 °C. Substância Energia fornecida (kcal/g) Fonte Ação no organismo Carboidratos ou glicídios 4,02 ou ≃ 4,0 Massas, pães e alimentos ricos em amido (arroz, milho, batata) e em açúcar (frutas, principalmente frutas secas e doces). Os carboidratos são a fonte de energia mais facilmente aproveitada pelo organismo. A glicose é indispensável para manter a integridade funcional do tecido nervoso e é uma importante fonte de energia para o cérebro. São necessários para o metabolismo normal das gorduras. Proteínas ou protídios 5,2 ou, no final da queima, ≃ 4,0 Carnes, peixes, ovos e leguminosas (feijão, soja, lentilha, etc.). Desempenham um papel estrutural, ou seja, são responsáveis pelo desenvolvimento da estrutura do organismo. Como o organismo gasta mais energia para queimar 1 g de proteína do que para queimar 1 g de carboidrato, no final, o saldo de energia para o organismo é o mesmo: ≃ 4,0 kcal/g de proteína metabolizada. Gorduras e óleos ou lipídios 8,98 ou ≃ 9,0 Óleos, azeites, manteiga, margarina, maionese, abacate, coco, chocolate e oleaginosas (amendoim, nozes, etc.). Ajuda a manter os órgãos e os nervos no lugar, protegendo-os contra choques e lesões traumáticas. A camada subcutânea de gordura isola o organismo, preservando o calor do corpo e mantendo a temperatura constante. TRABALHO O trabalho será organizado em 6 grupos, com números iguais de integrantes, separados de acordo com os grupos alimentares pesquisados. São os grupos: • Proteínas animais: leite, queijo, ovos, peixes, carnes magras, etc. • Proteínas vegetais: feijão, lentilha, soja, etc. • Carboidratos (massas): pão macarrão, farinhas, batata, mandioca, etc. • Carboidratos (açúcares): guloseimas, sucos, refrigerantes, frutas, etc. • Lipídios (óleos): óleo de soja, azeites, amendoim, nozes, abacate, etc. • Lipídios (carnes e gorduras): manteiga, salames, salgadinhos, linguiças, carnes gordas, etc. A primeira tarefa dos estudantes será realizar uma pesquisa sobre o conteúdo calorífico de exemplos de alimentos representantes do seu grupo alimentar. Vale lembrar que os alimentos são uma complexa mistura de diferentes nutrientes, sendo levado em conta o grupo majoritário presente no alimento. A pesquisa pode também ser enriquecida com a obtenção dos rótulos destes alimentos. A segunda tarefa dos estudantes será realizar o cálculo do gasto energético, em diferentes atividades, para consumir a energia presente nos alimentos pesquisados. Para isso os alunos deverão acessar o site http://www.cdof.com.br/nutri1.htm, em que uma calculadora estima o gasto energético de variadas atividades a partir da massa corporal e do tempo de atividade. Para padronização dos resultados, será utilizado o valor de massa corporal igual a 70 kg e o tempo de atividade em 1 min. Após o resultado para o tempo de 1 minuto, os estudantes conseguirão estimar o tempo necessário para consumir toda a energia presente no alimento. Exemplo: ∆𝑡𝑚𝑖𝑛 = 𝑘𝑐𝑎𝑙𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑘𝑐𝑎𝑙𝑔𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑒𝑚 1 𝑚𝑖𝑛 ∆𝑡𝑚𝑖𝑛 = 52 1,05 = 49,5 𝑚𝑖𝑛 A terceira tarefa será a montagem de um gráfico para cada alimento pesquisado, indicando o tempo necessário para consumir a energia presente neste alimento. Osalunos deverão utilizar programas computadorizados, com auxílio do professor e salvar os arquivos para posterior impressão e montagem de cartazes com os resultados. http://www.cdof.com.br/nutri1.htm
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