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Exame pré-anestésico, preparo do paciente para anestesia, principais vias de administração dos fármacos anestésicos, recuperação anestésica Avaliação pré-anestésica Todo procedimento anestésico-cirúrgico apresenta um risco: condição física geral do paciente, seleção do fármaco anestésico, dose utilizada, procedimento cirúrgico. Principais objetivos da avaliação pré- anestésica: diminuir a mortalidade e morbidade cirúrgica, determinar a condição física do paciente, escolher o protocolo anestésico, estimar o risco anestésico- cirúrgico do procedimento, obtenção do termo de consentimento esclarecido. Ao final da avalição pré-anestésica deve-se responder a seguinte pergunta: o meu paciente encontra-se em condições adequadas para ser submetido a um procedimento anestésico-cirúrgico? Exames: exame físico geral, exame físico específico, exames de apoio, diagnostico Identificação do paciente: espécie e raça ↪Felinos: difícil contenção, a maioria dos fármacos é administrado via intramuscular, função metabólica hepática limitada (depende da função renal para a eliminação de determinados fármacos, logo, se tiver comprometida não há eliminação do fármaco na urina), laringe mais sensível (laringoespasmo, isto é, é importante na hora de intubação sendo o laringoespasmo em que fecha a laringe não permitindo a passagem de ar, dessa forma realiza uma traqueostomia), maior susceptibilidade a hipotermia (isso porque são animais de pequeno porte, e na anestesia ocorre depressão do metabolismo, consequentemente cai a temperatura). ↪Caninos: grande variedade de raças e temperamentos influencia na resposta aos anestésicos. • Raças grandes: temperamento dócil, menor taxa metabólica, doses reduzidas de sedativos e anestésicos. • Raças pequenas: temperamento nervosos, maior taxa metabólica, doses maiores de sedativos e anestésicos. • Cães galgos: são mais sensíveis aos barbitúricos • Cães braquicefálico: cuidado na recuperação anestésica monitorando as primeiras horas e manter o paciente em decúbito esternal. Ao remover a sonda, o paciente deve estar consciente, sustentar a cabeça sozinho e reflexo de deglutição presente • Cães cardiopatas: ➢ Histórico: raças predispostas e animais idosos. ➢ Avaliação cardíaca completa: auscultação criteriosa, radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma. ↪Equinos: maior índice de morbidade (complicações) e mortalidade no período peri-anestésico (primeiros 7 dias pós- operatório). • Temperamento: comportamento variável, em geral são muito sujeitos ao estresse, reagem de maneira muito rápida e brusca a estímulos externos. • Maior susceptibilidade aos efeitos excitatórios dos opioides, logo, deve usar em caso de dor que irá causar um efeito tranquilizante para esses animais. • Maior susceptibilidade a depressão cardiorrespiratória durante a anestesia ↪Bovinos: • Temperamento: comportamento variável, são sujeitos ao estresse, podem apresentar temperamento agressivo e defensivo (principalmente em mães com filhote ao pé e touros) tornando as manobras de contenção física arriscadas. ↪Pequenos ruminantes: • Temperamento: comportamento dócil e contenção física facilitada Identificação do paciente: idade ↪Neonatos: menos de 6 meses (mais susceptíveis a hipoglicemia e hipotermia) ↪Pediátricos: idade de 6-12 semanas • Pequena massa corpórea, logo, mais fácil de perder temperatura • Temperamento agitado • Sistema microssomal hepático imaturo • Sistema termorregulador imaturo, logo, esquenta o filhote antes de apresentar hipotermia • Hipoglicemia ↪Idosos: temperamento mais calmo, maior dificuldade de metabolização dos fármacos, sistema microssomomal hepático insuficiente, capacidade termorreguladora reduzida, reserva cardíaca reduzida. Identificação do paciente: sexo ↪Não altera as respostas anestésicas ↪Deve-se considerar situações fisiológicas que possam interferir na resposta anestésica: fêmeas no cio e pacientes gestantes (principalmente no início e no final da gestação) Exame físico ↪Ambiente tranquilo ↪Avaliar o estado geral do paciente: SNC (nível de consciência), sistema cardiorrespiratório, função renal e hepática ↪Determinar o peso corporal ↪Exames complementares Classificação ASA: classificação dos pacientes ASA 1I: animal está compensado, logo, fisiologicamente está bem ASA V: animal provavelmente vai morrer, tentando ou não Vias de administração dos fármacos anestésicos Oral: não é muito usado na anestesia geral. ↪Ação demorada (1 a 1,5h) ↪Utilizada para sedação e analgesia pós- operatória Subcutânea: pouco empregada para anestesia geral, mas muito utilizada para bloqueios locais (técnica anestésica infiltrativa) ↪Tempo de ação lento, pois existem muitas barreiras para chegar no sangue. Intramuscular: muito utilizada em equinos, bovinos, cães e gatos (muito usado em gatos devido a dificuldade de contenção). Intravenosa: a maioria dos fármacos são empregados por esta via ↪O início de ação é mais rápido ↪Pequenos: veia cefálica (membro torácico), jugular e safena (membro pélvico) ↪Equinos: jugular ↪Pequenos ruminantes: radial, jugular ↪Suínos: veia marginal da orelha, pois as veias periféricas são mais difíceis de visualizar, logo, é mais fácil as veias da orelha Via pulmonar: o período de ação depende da função pulmonar e da característica físico-química do agente inalatório ↪Utilizada para indução anestésica ↪Utilizada para manutenção anestésica, ou seja, usa outra via primeiramente e depois mantem a anestesia com a pulmonar Via intraperitoneal: ↪Utilizada para animais de laboratório ↪O fármaco é absorvido pelo peritônio caindo na corrente sanguínea ↪Ação rápida ↪Absorção não uniforme: efeito imprevisível, isto é, não tem controle da forma de absorção Via tópica: muito utilizada em procedimentos de mucosas e olho ↪Utiliza spray, gel ↪Gatos: mantem reflexo laringotraqueal, isto é, fica deglutindo ao passar a sonda, logo, aplica spray para dessensibilizar para facilitar a intubação Via peridural: via de administração de anestésicos locais, espaço compreendido entre a dura-máter e o canal vertebral. ↪Muito usado para analgesia ↪Pequenos: espaço lombo sacro (L7-S1) ↪Grandes: espaço intercoccígeo (Cd1-Cd2) Preparo do paciente para anestesia Jejum hidro-alimentar ↪Objetivos: • Redução do risco de regurgitação e aspiração (principalmente para pequenos animais) • Diminui pressão intra-abdominal: melhora expansão torácica e a capacidade ventilatória (principalmente em grandes animais) uma vez que não tem nada no estômago para deixar o animal mais “pesado” para respirar • Facilita as manobras cirúrgicas abdominais • Reduz pressão de grandes vasos abdominais pois diminui o volume intra- abdominal ↪Pequenos animais: • Sólido: 8-12 horas • Hídrico: 2 horas ↪Jejum especial: neonato e lactentes: não é necessário jejum! Uma vez que são animais que necessitam se alimentar corretamente, senão tem hipoglicemia ↪Equinos: • Sólido: 8-12 horas • Hídrico: 6 horas (depende da temperatura) ↪Bovinos: • Jejum mais drástico, devido ao acúmulo de gás que pode gerar complicações • Sólido: 48 horas • Hídrico: 24 horas • Bezerros: 24-36 horas ↪Pequenos ruminantes: • Sólido: 24 horas • Hídrico: 12 horas ↪Suínos: • Sólido: 12 horas • Hídrico: 6 horas Acesso vascular/cateterização: administração de fármacos anestésicos. Administração de fármacos de emergência, fluidoterapia transoperatória Terapia analgésica: a dor e o estresse alteram os parâmetros fisiológicos, logo, deve tratar logo a dor desse animal. É um tratamento profilático da dor em que facilita o controle pós-operatório. Existem vários grupos farmacológicos. Recuperação anestésicaManter: fonte de oxigênio, glicemia (principalmente em neonatos e diabéticos), temperatura e débito urinário (é o volume de urina produzido em um determinado tempo) Analgesia Cálculo de doses *cai na prova Dose: está na embalagem do medicamento Porcentagem da concentração: g/100ml
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