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1-Exame pré-anestésico, preparo do paciente para anestesia, principais vias de administração dos fármacos anestésicos, recuperação anestésica (04 10 2022)

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Exame pré-anestésico, preparo do paciente para anestesia, 
principais vias de administração dos fármacos anestésicos, 
recuperação anestésica 
Avaliação pré-anestésica 
Todo procedimento anestésico-cirúrgico 
apresenta um risco: condição física geral do 
paciente, seleção do fármaco anestésico, 
dose utilizada, procedimento cirúrgico. 
Principais objetivos da avaliação pré-
anestésica: diminuir a mortalidade e 
morbidade cirúrgica, determinar a condição 
física do paciente, escolher o protocolo 
anestésico, estimar o risco anestésico-
cirúrgico do procedimento, obtenção do 
termo de consentimento esclarecido. 
Ao final da avalição pré-anestésica deve-se 
responder a seguinte pergunta: o meu 
paciente encontra-se em condições 
adequadas para ser submetido a um 
procedimento anestésico-cirúrgico? 
Exames: exame físico geral, exame físico 
específico, exames de apoio, diagnostico 
Identificação do paciente: espécie e raça 
↪Felinos: difícil contenção, a maioria dos 
fármacos é administrado via intramuscular, 
função metabólica hepática limitada 
(depende da função renal para a eliminação 
de determinados fármacos, logo, se tiver 
comprometida não há eliminação do 
fármaco na urina), laringe mais sensível 
(laringoespasmo, isto é, é importante na 
hora de intubação sendo o laringoespasmo 
em que fecha a laringe não permitindo a 
passagem de ar, dessa forma realiza uma 
traqueostomia), maior susceptibilidade a 
hipotermia (isso porque são animais de 
pequeno porte, e na anestesia ocorre 
depressão do metabolismo, 
consequentemente cai a temperatura). 
↪Caninos: grande variedade de raças e 
temperamentos influencia na resposta aos 
anestésicos. 
• Raças grandes: temperamento dócil, 
menor taxa metabólica, doses reduzidas 
de sedativos e anestésicos. 
• Raças pequenas: temperamento 
nervosos, maior taxa metabólica, doses 
maiores de sedativos e anestésicos. 
• Cães galgos: são mais sensíveis aos 
barbitúricos 
• Cães braquicefálico: cuidado na 
recuperação anestésica monitorando as 
primeiras horas e manter o paciente em 
decúbito esternal. Ao remover a sonda, 
o paciente deve estar consciente, 
sustentar a cabeça sozinho e reflexo de 
deglutição presente 
• Cães cardiopatas: 
➢ Histórico: raças predispostas e animais 
idosos. 
➢ Avaliação cardíaca completa: 
auscultação criteriosa, radiografia de 
tórax, eletrocardiograma e 
ecocardiograma. 
↪Equinos: maior índice de morbidade 
(complicações) e mortalidade no período 
peri-anestésico (primeiros 7 dias pós-
operatório). 
• Temperamento: comportamento 
variável, em geral são muito sujeitos ao 
estresse, reagem de maneira muito 
rápida e brusca a estímulos externos. 
• Maior susceptibilidade aos efeitos 
excitatórios dos opioides, logo, deve usar 
em caso de dor que irá causar um 
efeito tranquilizante para esses animais. 
• Maior susceptibilidade a depressão 
cardiorrespiratória durante a anestesia 
↪Bovinos: 
• Temperamento: comportamento 
variável, são sujeitos ao estresse, podem 
apresentar temperamento agressivo e 
defensivo (principalmente em mães com 
filhote ao pé e touros) tornando as 
manobras de contenção física arriscadas. 
↪Pequenos ruminantes: 
• Temperamento: comportamento dócil e 
contenção física facilitada 
Identificação do paciente: idade 
↪Neonatos: menos de 6 meses (mais 
susceptíveis a hipoglicemia e hipotermia) 
↪Pediátricos: idade de 6-12 semanas 
• Pequena massa corpórea, logo, mais fácil 
de perder temperatura 
• Temperamento agitado 
• Sistema microssomal hepático imaturo 
• Sistema termorregulador imaturo, logo, 
esquenta o filhote antes de apresentar 
hipotermia 
• Hipoglicemia 
↪Idosos: temperamento mais calmo, maior 
dificuldade de metabolização dos fármacos, 
sistema microssomomal hepático insuficiente, 
capacidade termorreguladora reduzida, 
reserva cardíaca reduzida. 
Identificação do paciente: sexo 
↪Não altera as respostas anestésicas 
↪Deve-se considerar situações fisiológicas 
que possam interferir na resposta 
anestésica: fêmeas no cio e pacientes 
gestantes (principalmente no início e no final 
da gestação) 
Exame físico 
↪Ambiente tranquilo 
↪Avaliar o estado geral do paciente: SNC 
(nível de consciência), sistema 
cardiorrespiratório, função renal e hepática 
↪Determinar o peso corporal 
↪Exames complementares 
Classificação ASA: classificação dos 
pacientes 
ASA 1I: animal está compensado, logo, 
fisiologicamente está bem 
ASA V: animal provavelmente vai morrer, 
tentando ou não 
Vias de administração dos fármacos 
anestésicos 
Oral: não é muito usado na anestesia geral. 
↪Ação demorada (1 a 1,5h) 
↪Utilizada para sedação e analgesia pós-
operatória 
Subcutânea: pouco empregada para 
anestesia geral, mas muito utilizada para 
bloqueios locais (técnica anestésica infiltrativa) 
↪Tempo de ação lento, pois existem 
muitas barreiras para chegar no sangue. 
Intramuscular: muito utilizada em equinos, 
bovinos, cães e gatos (muito usado em 
gatos devido a dificuldade de contenção). 
Intravenosa: a maioria dos fármacos são 
empregados por esta via 
↪O início de ação é mais rápido 
↪Pequenos: veia cefálica (membro 
torácico), jugular e safena (membro pélvico) 
↪Equinos: jugular 
↪Pequenos ruminantes: radial, jugular 
↪Suínos: veia marginal da orelha, pois as 
veias periféricas são mais difíceis de 
visualizar, logo, é mais fácil as veias da orelha 
Via pulmonar: o período de ação depende 
da função pulmonar e da característica 
físico-química do agente inalatório 
↪Utilizada para indução anestésica 
↪Utilizada para manutenção anestésica, ou 
seja, usa outra via primeiramente e depois 
mantem a anestesia com a pulmonar 
Via intraperitoneal: 
↪Utilizada para animais de laboratório 
↪O fármaco é absorvido pelo peritônio 
caindo na corrente sanguínea 
↪Ação rápida 
↪Absorção não uniforme: efeito 
imprevisível, isto é, não tem controle da 
forma de absorção 
Via tópica: muito utilizada em procedimentos 
de mucosas e olho 
↪Utiliza spray, gel 
↪Gatos: mantem reflexo laringotraqueal, isto 
é, fica deglutindo ao passar a sonda, logo, 
aplica spray para dessensibilizar para facilitar 
a intubação 
Via peridural: via de administração de 
anestésicos locais, espaço compreendido 
entre a dura-máter e o canal vertebral. 
↪Muito usado para analgesia 
↪Pequenos: espaço lombo sacro (L7-S1) 
↪Grandes: espaço intercoccígeo (Cd1-Cd2) 
Preparo do paciente para anestesia 
Jejum hidro-alimentar 
↪Objetivos: 
• Redução do risco de regurgitação e 
aspiração (principalmente para pequenos 
animais) 
• Diminui pressão intra-abdominal: melhora 
expansão torácica e a capacidade 
ventilatória (principalmente em grandes 
animais) uma vez que não tem nada no 
estômago para deixar o animal mais 
“pesado” para respirar 
• Facilita as manobras cirúrgicas 
abdominais 
• Reduz pressão de grandes vasos 
abdominais pois diminui o volume intra-
abdominal 
↪Pequenos animais: 
• Sólido: 8-12 horas 
• Hídrico: 2 horas 
↪Jejum especial: neonato e lactentes: não 
é necessário jejum! Uma vez que são 
animais que necessitam se alimentar 
corretamente, senão tem hipoglicemia 
↪Equinos: 
• Sólido: 8-12 horas 
• Hídrico: 6 horas (depende da 
temperatura) 
↪Bovinos: 
• Jejum mais drástico, devido ao acúmulo 
de gás que pode gerar complicações 
• Sólido: 48 horas 
• Hídrico: 24 horas 
• Bezerros: 24-36 horas 
↪Pequenos ruminantes: 
• Sólido: 24 horas 
• Hídrico: 12 horas 
↪Suínos: 
• Sólido: 12 horas 
• Hídrico: 6 horas 
Acesso vascular/cateterização: administração 
de fármacos anestésicos. Administração de 
fármacos de emergência, fluidoterapia 
transoperatória 
Terapia analgésica: a dor e o estresse 
alteram os parâmetros fisiológicos, logo, 
deve tratar logo a dor desse animal. É um 
tratamento profilático da dor em que facilita 
o controle pós-operatório. Existem vários 
grupos farmacológicos. 
Recuperação anestésicaManter: fonte de oxigênio, glicemia 
(principalmente em neonatos e diabéticos), 
temperatura e débito urinário (é o volume 
de urina produzido em um determinado 
tempo) 
Analgesia 
Cálculo de doses *cai na prova 
Dose: está na embalagem do medicamento 
Porcentagem da concentração: g/100ml

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